Abel revela o que pediu aos jogadores no intervalo para alcançar a virada sobre o Liverpool-URU

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o Liverpool, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Ao analisar a partida, Abel viu um Palmeiras ansioso no primeiro tempo e fez as correções para a segunda etapa

O Palmeiras sofreu um susto e, logo com três minutos de jogo, saiu atrás do placar contra o Liverpool-URU, pela Libertadores, no Allianz Parque. O Verdão chegou ao empate no fim da etapa inicial e alcançou a virada no segundo tempo, vencendo por 3 a 1.

Após a partida, o técnico Abel Ferreira analisou o duelo e pontuou os problemas da equipe no primeiro tempo.

“Foi bom a gente novamente saber lidar com esses momentos de adversidades. Sofremos o gol logo no início, ficamos muito nervosos e com pressa para resolver as jogadas, sem construir com critério. Os jogadores sabem que, quando ligam o modo competitivo, podem ganhar de qualquer equipe. Mas também sabem que, quando não ligamos, podemos perder para qualquer um time. Sinceramente, nós entramos um pouco desligados”, disse Abel.

“Se eu pudesse pedir um tempo na primeira etapa, eu teria feito, para passar as instruções que passei no intervalo. Tenho uma equipe técnica muito competente, ficam dois comigo no banco e mais dois assistindo ao jogo de cima”, complementou.

De acordo com o treinador, as instruções no intervalo não foram muitas.

“O que eu pedi a eles no intervalo foi ter mais bola, ligar mais o jogo, construir de forma apoiada e colocar menos a bola no ar. Eles estavam defendendo com uma linha de cinco, mais três jogadores à frente. E para furarmos essa muralha, temos que jogar por fora, com ajuda. Não tirei o Luis Fuilherme porque ele estava mal, mas precisávamos de mais um centroavante na partida, por isso coloquei o Rony. O Piquerez deu a largura na esquerda e mudamos o Veiga do centro para a meia-esquerda. Isso nos deu mais dinâmicas”, revelou.

Tivemos muitos erros técnicos no primeiro tempo e deixamos o jogo do jeito que o adversário queria, com muitas transições. Na segunda parte fizemos bem o nosso trabalho e nossa atitude competitiva foi melhor também. Em resumo, nós corremos menos no segundo tempo para jogar mais. Estávamos precipitados no primeiro. Fica aqui uma boa lição”, complementou.

Além do jogo, Abel também comentou sobre a partida e o primeiro gol de Estêvão como profissional. O treinador pediu calma.

“O Luis [Guilherme] e o Estêvão estiveram muito bem. Acredito que o contexto favoreceu para que eles jogassem. Fomos atrás da vitória, tiveram jogadores experientes para ajudá-los. Só precisam tomar cuidado com a imprensa, os muitos elogios. Precisam de equilíbrio e acreditar no trabalho do Palmeiras”, concluiu.

Abel alcança Felipão

Campeão no último domingo do Campeonato Paulista, Abel Ferreira alcançou mais um feito pelo Palmeiras, no duelo contra o Liverpool. Ele empatou com o Felipão na primeira posição da lista dos treinadores que mais vezes dirigiram o Verdão na Libertadores, ambos com 43 jogos.

Na coluna das vitórias, Abel era o líder antes mesmo da partida desta quinta começar e só aumentou sua vantagem para Felipão. São 28 para o atual treinador contra 23 do técnico campeão em 1999.

Mosaico, ambição e mais: o que disse Abel Ferreira após mais um título pelo Palmeiras

Abel Ferreira durante comemorações do título após partida pelo Palmeiras contra o Santos, válida pela segunda final do Paulistão 2024, no Allianz Parque, em São Paulo-SP.
Reprodução

Treinador não escondeu a emoção ao falar sobre o mosaico feito pela torcida palmeirense antes do jogo

Pela décima vez no comando do Palmeiras, Abel Ferreira concedeu uma coletiva de imprensa após mais um título conquistado. Desta vez, o treinador levou o Verdão à terceira conquista seguida do campeonato estadual.

Abel falou sobre o mosaico feito pela torcida, antes da partida começar; destacou a ambição dos jogadores de ir em busca de mais uma conquista; e a pressão de disputar mais um título.

Mosaico

Mosaico, ambição e mais: o que disse Abel Ferreira após mais um título pelo Palmeiras.
Marcos Ribolli

“Acho que fiquei mais emocionado com o que o torcedor nos fez, a mim, minha comissão e nossos jogadores, do que com o título. Nem nos meus sonhos poderia imaginar. Naquele momento, meu coração transbordou da palavra amor. Eles dizem que eu sou um deles, sou mesmo. Me dizem que me amam, também os amo. Foi muito lindo. Muito obrigado, de coração”.

Legado

“Nem eu tenho noção do que estamos fazendo. Em 15 ou 20 anos, o que esses rapazes estão fazendo, vai perdurar para a história. Sabíamos que vínhamos para um grande clube, mas encaixou muita coisa, a competência dos diretores para nos deixar em paz para fazermos nosso trabalho, continuar inovando no que precisa inovar”.  

“O clube aceita as inovações que a gente propõe. Isso não garante vitória e nem títulos. Acreditamos no que fazemos dentro da Academia. Se não ganhássemos hoje, fecharíamos a porta e iríamos para outra. Um dia vamos ganhar uma grande competição nos pênaltis, queria isso hoje. Meus jogadores queriam resolver no tempo normal, eles não quiseram. O que tiver que ser”.

Ambição

“Paixão e amor por competir e continuar ganhando, é difícil manter esse sarrafo e de forma consistente. O grande mérito da equipe é não se deslumbrar quando ganha e nem deixar ir abaixo quando perde, como foi na derrota para o SPFC. Fomos melhores nos 90 minutos na minha opinião, mas nosso adversário foi melhor nos pênaltis. Ficamos de pé vendo nossos adversários festejarem.

“A ambição que essa equipe tem e fome para ganhar títulos, em respeito que tem às decisões do treinador e entre eles. O bom ambiente no nosso clube e no nosso elenco. Quem não gosta de estar, tem a porta aberta. Quem está aqui, quer estar aqui. Não vamos obrigar ninguém a estar no Palmeiras, e é por isso que conseguimos criar isso”.

Pressão

“É difícil lidar com todas as expectativas. Nossos jogadores são equilibrados, sabem lidar com momentos de pressão. E hoje o que eu pedi para eles é que fizessem um jogo nota 7 o tempo inteiro, porque na Vila Belmiro fomos abaixo”.

“O grande mérito dessa equipe é nem se deslumbrar quando ganha e não se deixar ir abaixo quando perde. Foi o caso da derrota para o SPFC. Ficamos de pé vendo o adversário festejando. Sofrendo por dentro”.

Confira outras respostas de Abel Ferreira:

Merece mais chances? Luis Guilherme vibra com oportunidade na Argentina: “Pude fazer a diferença”

Luis Guilherme em partida pelo Palmeiras contra o San Lorenzo, válida pela fase de grupo da Libertadores 2024, no Nuevo Gasometro, em Buenos Aires-ARG.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Acionado no segundo tempo, Luis Guilherme sofreu a falta que resultou no gol do Verdão

Luis Guilherme voltou a ganhar oportunidades com Abel Ferreira, no duelo do Palmeiras contra o San Lorenzo na Argentina, e correspondeu. O meia entrou no segundo tempo e participou do lance do gol de empate, de Piquerez, sofrendo a falta que foi cobrada pelo uruguaio.

Aos 18 anos, Luis Guilherme vive sua segunda temporada na equipe profissional. Ele foi promovido ao time em maio de 2023 e, até o momento, soma 34 jogos. Após o treino de quinta-feira, o camisa 31 celebrou a chance recebida.

“Feliz por ter feito mais um jogo bom. Temos de estar sempre preparados para quando a oportunidade aparecer, agarrar com todas as forças. Graças a Deus, pude entrar e fazer a diferença, sofrendo a falta que resultou no gol do Piquerez. Só tenho a agradecer a Deus, agradecer à comissão, à torcida, que sempre me apoiou, e, se Deus quiser, vai ser um ano vitorioso para a gente”, disse o meia.

O jogador atua ao lado de Endrick desde o Sub-11 e é considerado um dos grandes nomes da geração de 2006. Ele busca ainda se firmar no time profissional. Nos últimos oito jogos, foi a campo apenas duas vezes. Contra o San Lorenzo, jogou por 30 minutos e terminou o duelo com 77% dos passes certos, 100% dos lançamentos certos, três duelos ganhos no chão e três faltas sofridas.

Luis Guilherme: entre elogios e ‘puxão’ de orelha de Abel

A atuação de Luis Guilherme foi assunto na coletiva de Abel Ferreira. O meia foi elogiado e também levou uma ‘bronca’ por não ter ajudado defensivamente a equipe no último lance da partida.

“Quem entrou foi muito bem. Estamos sempre na espera de que o Luis nos dê o que deu hoje [quarta]. Mas naquele último lance eu vou puxar suas orelhas, ele tem que ajudar o Garcia a defender para o Ríos não sair do corredor central para ajudar o lateral. Senão falta no meio. Felizmente, o Rony fez a compensação. Por isso todos somos um”, disse o treinador.

Luis Guilherme deve ser opção no banco de reservas na final de domingo contra o Santos. A bola rola a partir das 18h, no Allianz Parque.

Abel explica qual foi a ideia por trás da escalação inicial e revela sentimento após empate com San Lorenzo

Abel Ferreira em partida pelo Palmeiras contra o San Lorenzo, válida pela fase de grupo da Libertadores 2024, no Nuevo Gasometro, em Buenos Aires-ARG.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Em coletiva após o 1 a 1, Abel analisou o desempenho do Palmeiras

O técnico Abel Ferreira deixou o estádio Nuevo Gasómetro satisfeito com o empate em 1 a 1 com o San Lorenzo, na estreia do Palmeiras na Libertadores. Em coletiva após o jogo, o treinador afirmou ter terminado o duelo com a “sensação positiva”.

“Era bom conseguirmos um bom resultado. Queríamos ganhar. No primeiro tempo, o adversário fez o gol na bola parada, mas no resto nós conseguimos controlar. Na segunda parte tivemos a grande primeira oportunidade, com o Rony; depois outra com o Gómez. Nestes tipos de jogos, não podemos perder esses gols. Eles tiveram boas oportunidades em transições. Mas, no fim, é bom sair daqui com a sensação de que a equipe lutou, jogou e criou”, disse.

“Somos um time que nunca desiste e busca sempre o melhor resultado. Queríamos a vitória, mas saímos com uma sensação positiva do jogo. Colocamos um time que não tem tanto ritmo de jogo, mas é para isso que os treino, para darem uma boa resposta. Começamos melhor do que o ano passado e tenho que dar os parabéns aos meus jogadores”, complementou.

Abel apostou em um time todo reserva e precisou acionar alguns titulares para chegar ao empate no segundo tempo.

“O Gabriel Menino e o Breno não entravam há um tempo, sei que é difícil. O Garcia também tinha jogado pela última vez em janeiro. O Lázaro é uma grata surpresa, entrou muito bem. O Vanderlan jogou numa posição que gosta menos, ele gosta de estar mais espetado. Quem entrou foi muito bem, o Luis, que estamos sempre esperando que ele nos dê o que nos deu hoje”, disse Abel, que também explicou os motivos da escalação inicial.

“A ideia inicial era criar um quadrado no meio, com Menino e Ríos, lado a lado, na primeira fase da construção e o Lázaro e o Breno circulando nas costas dos meio-campistas do adversário. Criar um quadrado para ganhar a bola por dentro. Em alguns determinados momentos [a estratégia] funcionou bem, em outros nem tanto. No segundo tempo, o que fizemos foi encostar o Breno mais na linha de defesa deles, subir mais o Vanderlan. Não é fácil fazer essas mudanças, é preciso coragem e também confiar nos jogadores, eu os confio. Os jogadores ganharam ritmo, ganhei opções”, explicou o comandante, que no segundo tempo colocou Piquerez, Flaco López, Aníbal Moreno, Luan e Luis Guilherme.

Passada a estreia na Libertadores, o Palmeiras volta todas as atenções na final do estadual. No domingo, o Verdão enfrenta o Santos, no Allianz Parque, precisando vencer por dois gols de diferença para conquistar o título Paulista nos 90 minutos.

Confira outras respostas de Abel Ferreira

– Gol sofrido de bola parada

“Não me incomoda sofrer gols, porque sei que não jogo sozinho. Sofremos um gol de um jogador muito forte e alto, é difícil ganhar o duelo, mas faz parte. Claro que não queremos sofrê-los, mas o importante é ter uma boa resposta, uma boa reação. É sempre difícil jogar fora de casa na Libertadores”.

– Piquerez

“Nós esperamos isso do Piquerez. Ele aumentou muito o sarrafo, pela forma com que ele joga. Então, é isso que nós esperamos dele. Não só gols de falta, que ele treina muito, mas tudo que ele faz: correr de trás pra frente, criar, chegar à área… é isso que esperamos”.

Vai poupar? Abel comanda último treino antes de estreia na Libertadores e Vanderlan valoriza elenco

Abel comanda último treino antes de estreia na Libertadores e atletas do Palmeiras durante treinamento na Academia de Futebol, em São Paulo-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Com a final contra o Santos no próximo domingo, Abel pode poupar os titulares para duelo na Argentina

O Palmeiras encerrou nesta terça-feira a preparação para a estreia na Libertadores, contra o San Lorenzo, na Argentina. A equipe desembarca no país vizinho no período da noite e entra em campo às 21h30 desta quarta, no Nuevo Gasómetro.

Por conta da final do Paulistão, diante do Santos, no próximo domingo, o técnico Abel Ferreira pode poupar os principais jogadores para o primeiro jogo na competição continental. Regularizado, Rômulo pode estrear com a camisa palmeirense.

O Verdão participa da principal competição sul-americana pelo nono ano seguido, um recorde brasileiro. Além disso, entra em campo como o clube brasileiro com mais títulos, mais finais, mais semifinais, mais quartas de finais, mais oitavas de finais, mais participações, mais jogos, mais vitórias e mais gols em Libertadores.

Vanderlan confia na escolha de Abel

Possível titular contra o San Lorenzo, Vanderlan falou após o treino sobre a oportunidade de jogar na Argentina e se diz preparado.

“Eu acho que não tem motivação maior do que vestir a camisa do Palmeiras. Essa é a principal motivação. O Abel sempre bate nessa tecla, para nos prepararmos sempre, estarmos sempre prontos, porque a oportunidade vai chegar e aí vai depender de você. O que eu controlo é a minha preparação, o meu treino, a minha recuperação, a minha alimentação. Então eu sigo muito esses conselhos e graças a Deus pude jogar bem na Vila Belmiro”, comentou.

“É como o Abel sempre fala: jogue quem jogar, nós vamos jogar para ganhar. Mais uma vez, é importante estar todo mundo pronto, todo mundo se dedicando no dia a dia. Se a oportunidade aparecer, a nossa preparação foi muito boa e creio que faremos um grande jogo”, completou.