Leve, Abel concedeu entrevista coletiva após vitória sobre o Atlético-MG
Abel Ferreira acionou o modo leve, sorridente e ‘coach’ após a vitória do Palmeiras sobre o Atlético-MG, a sexta seguida no Campeonato Brasileiro. O Verdão chegou aos 56 pontos e segue firme na busca pelo título.
Na entrevista coletiva após o jogo, o treinador rasgou elogios ao elenco, citou o filme ‘Divertidamente’ ao explicar o trabalho mental no dia a dia e comentou sobre Dudu e Raphael Veiga, além de, novamente, evitar projetar o campeonato até o fim.
Confira as respostas de Abel após Palmeiras 2 x 1 Atlético-MG
– Superação do elenco para engatar sequência de vitórias após eliminações
“Não existe só vencer no futebol. Também há empates e derrotas. O baque emocional só acontece quando não entregamos tudo que podemos. E a nossa atitude foi de entregar tudo nas copas. Eu só cobro isso deles, que deem tudo em campo. Por isso tenho um orgulho tremendo deles. Eles não desistem e entregam tudo, são incríveis. E os torcedores enxergam isso na nossa equipe”.
– Trabalho mental no dia a dia com os jogadores
Posso dizer o que fiz? Convidei-os a ver Divertidamente 1 e 2. Eles conseguem ver as emoções que temos em nós e quais nos interessa ativar. Podemos jogar com nossas emoções. Às vezes, aqui na coletiva, posso chamar a atenção para deixar os jogadores em paz, ou os saudá-los, como faço hoje. Todos temos um capeta e um anjinho. Qual quer dar ouvidos? Temos que escolher. Falo aos jogadores, e no jogo é igual.
“Todos nós temos vozes interiores e precisamos saber o que elas estão falando. Ninguém pode me amar mais que eu mesmo. Eu tenho que falar coisas para mim mesmo, tenho que me incentivar, tenho que fazer isso sem pensar no que vai acontecer depois. Temos que manter a calma. Falo isso para eles sempre e eles estão absorvendo tudo isso. Nossa atenção vai para onde está o nosso pensamento. Tenho certeza que, se pensarmos positivo, as coisas acontecem. Gosto de pessoas com energias positivas”.
– Melhora defensiva
“Tivemos muitas lesões nos meses de julho e agosto e isso acarretou em problemas na zaga e nas laterais. Depois, quando todos estão bem e na máxima energia, é normal que os processos melhorem”.
– Dudu
“O Dudu merece porque trabalha muito. Ele teve uma lesão muito séria. Sei que há questionamentos dos torcedores, mas eu sempre escalo os jogadores que são os melhores para a equipe. Se me perguntar se o Dudu está pronto para jogar os 90 minutos? Não está. Mas, se nos ajudar como nos ajudou hoje, é espetacular. Foi preciso buscar o resultado hoje, foi preciso um desequilibrador e ele entrou e fez isso. Após o fim do jogo, sim, fui abraçá-lo. Ninguém vai apagar a história que ele tem no clube. Ele trabalha muito e merece. Às vezes acaba o treino e ele fica fazendo exercícios suplementares porque sabe que tem de fazer. Muito feliz por ele. Ele tem o carinho da comissão técnica e do grupo de trabalho. Mais do que falar, é só olharmos os gestos de todos com ele”.
– Raphael Veiga
“Os jogadores não são máquinas. Ninguém consegue estar ao máximo em todo o momento. Por isso temos que ter elenco, porque quando um não está bem, saí e outro entra. Conversei muito com o Veiga. Se calhar, demorei um pouco demais para tirá-lo. Tirar um jogador, às vezes, não é castigá-lo, é entender que é preciso ficar de fora para ganhar energia e às vezes até para ficar chateado com os jogadores. Quem não está jogando não pode ficar feliz, senão fica acomodado e quando está acomodado temos que trocar. Gosto de jogadores que respeitam a decisão do treinador e, quando são chamados, mostram em campo o nível que tem. Fico feliz por ter voltado e ter nos ajudado. Fez uma bela dupla com o Giay”.
– Próximos jogos
“É um jogo de cada vez. Nosso calendário é duro, é difícil, mas não vamos jogar tudo ao mesmo tempo. Uma partida de cada vez. É treinar bem durante a semana, desfrutar da vida”.