Abel cita filme, não poupa elogios ao elenco e valoriza Dudu

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Atlético-MG, durante partida válida pela vigésima oitava rodada do Brasileirão 2024, no estádio Brinco de Ouro da Princesa.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Leve, Abel concedeu entrevista coletiva após vitória sobre o Atlético-MG

Abel Ferreira acionou o modo leve, sorridente e ‘coach’ após a vitória do Palmeiras sobre o Atlético-MG, a sexta seguida no Campeonato Brasileiro. O Verdão chegou aos 56 pontos e segue firme na busca pelo título.

Na entrevista coletiva após o jogo, o treinador rasgou elogios ao elenco, citou o filme ‘Divertidamente’ ao explicar o trabalho mental no dia a dia e comentou sobre Dudu e Raphael Veiga, além de, novamente, evitar projetar o campeonato até o fim.

Confira as respostas de Abel após Palmeiras 2 x 1 Atlético-MG

– Superação do elenco para engatar sequência de vitórias após eliminações

“Não existe só vencer no futebol. Também há empates e derrotas. O baque emocional só acontece quando não entregamos tudo que podemos. E a nossa atitude foi de entregar tudo nas copas. Eu só cobro isso deles, que deem tudo em campo. Por isso tenho um orgulho tremendo deles. Eles não desistem e entregam tudo, são incríveis. E os torcedores enxergam isso na nossa equipe”.

– Trabalho mental no dia a dia com os jogadores

Posso dizer o que fiz? Convidei-os a ver Divertidamente 1 e 2. Eles conseguem ver as emoções que temos em nós e quais nos interessa ativar. Podemos jogar com nossas emoções. Às vezes, aqui na coletiva, posso chamar a atenção para deixar os jogadores em paz, ou os saudá-los, como faço hoje. Todos temos um capeta e um anjinho. Qual quer dar ouvidos? Temos que escolher. Falo aos jogadores, e no jogo é igual.

“Todos nós temos vozes interiores e precisamos saber o que elas estão falando. Ninguém pode me amar mais que eu mesmo. Eu tenho que falar coisas para mim mesmo, tenho que me incentivar, tenho que fazer isso sem pensar no que vai acontecer depois. Temos que manter a calma. Falo isso para eles sempre e eles estão absorvendo tudo isso. Nossa atenção vai para onde está o nosso pensamento. Tenho certeza que, se pensarmos positivo, as coisas acontecem. Gosto de pessoas com energias positivas”.

– Melhora defensiva

“Tivemos muitas lesões nos meses de julho e agosto e isso acarretou em problemas na zaga e nas laterais. Depois, quando todos estão bem e na máxima energia, é normal que os processos melhorem”.

– Dudu

“O Dudu merece porque trabalha muito. Ele teve uma lesão muito séria. Sei que há questionamentos dos torcedores, mas eu sempre escalo os jogadores que são os melhores para a equipe. Se me perguntar se o Dudu está pronto para jogar os 90 minutos? Não está. Mas, se nos ajudar como nos ajudou hoje, é espetacular. Foi preciso buscar o resultado hoje, foi preciso um desequilibrador e ele entrou e fez isso. Após o fim do jogo, sim, fui abraçá-lo. Ninguém vai apagar a história que ele tem no clube. Ele trabalha muito e merece. Às vezes acaba o treino e ele fica fazendo exercícios suplementares porque sabe que tem de fazer. Muito feliz por ele. Ele tem o carinho da comissão técnica e do grupo de trabalho. Mais do que falar, é só olharmos os gestos de todos com ele”.

– Raphael Veiga

“Os jogadores não são máquinas. Ninguém consegue estar ao máximo em todo o momento. Por isso temos que ter elenco, porque quando um não está bem, saí e outro entra. Conversei muito com o Veiga. Se calhar, demorei um pouco demais para tirá-lo. Tirar um jogador, às vezes, não é castigá-lo, é entender que é preciso ficar de fora para ganhar energia e às vezes até para ficar chateado com os jogadores. Quem não está jogando não pode ficar feliz, senão fica acomodado e quando está acomodado temos que trocar. Gosto de jogadores que respeitam a decisão do treinador e, quando são chamados, mostram em campo o nível que tem. Fico feliz por ter voltado e ter nos ajudado. Fez uma bela dupla com o Giay”.

– Próximos jogos

“É um jogo de cada vez. Nosso calendário é duro, é difícil, mas não vamos jogar tudo ao mesmo tempo. Uma partida de cada vez. É treinar bem durante a semana, desfrutar da vida”.

Quem é Gilberto? Lateral-direito do Sub-20 elogiado por Abel Ferreira

Gilberto comemora gol do Palmeiras contra o Cruzeiro, na primeira partida válida pela final do Brasileiro Sub-20, na Arena Independência, em Belo Horizonte-MG.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Aos 19 anos, Gilberto é o titular do Sub-20 e foi citado pelo treinador na última entrevista coletiva

O Palmeiras foi para Brasília enfrentar o Vasco com apenas um lateral-direito do elenco disponível: Giay. Isto porque Mayke lesionou a panturrilha semanas atrás e na véspera do confronto frente ao time carioca, Marcos Rocha teve uma mialgia e foi desfalque.

Os experientes laterais ainda não têm data para retornarem aos gramados. Assim, um espaço pode-se abrir para Gilberto, lateral-direito titular do Sub-20. Aos 19 anos, o jogador, que estará presente na final do Campeonato Brasileiro da categoria contra o Cruzeiro, foi elogiado por Abel na coletiva após o triunfo sobre o Vasco.

“O Gilberto é um garoto que tem muita qualidade. Ainda bem que contratamos o Giay, porque os dois (Mayke e Marcos Rocha) estão machucados. Do outro lado, também tivemos dois desfalques e felizmente temos o Vanderlan, que fez um bom jogo. Felizmente temos o Giay, que está preparado e sabemos porque o contratamos, ele também tem 20 anos. Podemos ter o Gilberto sim [contra o Atlético-MG]. Eles têm final do Brasileirão sub-20. Pode ser que sim, mas ele tem jogo na outra segunda-feira [30/09]”, disse o comandante.

No primeiro jogo da decisão, Gilberto participou dos lances dos dois gols do Verdão no empate em 2 a 2. A partida de volta será de mando do Palmeiras.

“O Castanheira é muito próximo da base, do João Paulo [Sampaio, coordenador das categorias de base], assim como do treinador do Sub-20. Pensamos sempre naquilo que é o melhor para o Palmeiras em um todo”, completou.

Gilberto no Palmeiras

Gilberto está no Palmeiras desde 2017, quando passou no teste e integrou o elenco do Sub-13. Na base, ele acumula gols, assistências e títulos importantes, como a Copinha de 2023, o Brasileirão Sub-17 (2022) e a Copa do Brasil Sub-17 (2022), além de diversos estaduais em categorias diferentes. Na categoria Sub-17, também atuou ao lado de Endrick, Luis Guilherme e Vitor Reis.

Lateral de baixa estatura (1.65m), Gilberto se destaca pela habilidade com a bola no pé e a facilidade para passar dos adversários no 1 contra 1. Apesar de destro, ele também mostra facilidade com o pé esquerdo, preferindo muitas vezes manter a posse da bola com seu pé não dominante.

Outras características que chamam a atenção são a bola parada e a qualidade nos cruzamentos. Não à toa ele é o principal cobrador de falta do time e já balançou as redes desta maneira, seja em faltas mais próximas ou mais afastadas da área.

Nascido em 2005, o lateral-direito de 19 anos soma 30 partidas e três gols na temporada.

Abel esclarece Veiga no lugar de Estêvão e se diz mais leve: “minha esposa agradece”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Vasco, durante partida válida pela vigésima sétima rodada do Brasileirão 2024, no Mané Garrincha.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel comandou o Palmeiras na quinta vitória consecutiva no Brasileirão

Engatou a quinta! Focado no Brasileirão, o Palmeiras derrotou o Vasco em Brasília, por 1 a 0, e chegou a cinco vitórias consecutivas, mantendo-se na vice-liderança, com 53 pontos.

Após a vitória, Abel Ferreira concedeu entrevista e falou sobre a campanha palmeirense depois das eliminações nas copas. O treinador destacou como as semanas livres vêm sendo importantes.

Além disso, o treinador explicou porque escolheu Raphael Veiga como substituto de Estêvão, que está lesionado, e elogiou o elenco.

Confira as respostas de Abel Ferreira

– Semanas livres:

“A primeira parte da pergunta é que focamos no que controlamos e temos tempo para treinar e viver. Isso nos dá, de uma certa forma, uma felicidade interior, estamos 100% focados no jogo e no treino. O lado emocional tem a ver com o se desconectar e descansar”.

“Eu me sinto mais leve, tranquilo, durmo melhor, não tem tanta viagem, minha esposa agradece, fala que estou mais bem humorado em casa, isso é bom. Esse descanso nos dá anos de vida”.

– Veiga substituto de Estêvão:

“O Veiga foi quase um ponta construtor, veio para o meio e acertou uma finalização na trave. O Veiga indo para o meio, o Mauricio pode trazer para frente. A comissão técnica deu aval para essas mudanças. A equipe é uma mudança constante e podemos usar várias formações. Temos muitos lesionados e encontramos opções”.

– Elenco:

“Temos um grupo espetacular, todos se ajudam. Eles sabem que todos estão aqui para os proteger. O Veiga era o construtor, que fez um jogo com compromisso defensivo e equilibrou com Ríos. Achei que fizemos um bom jogo. Mudou a característica dos jogadores, o Estêvão leva mais a bola, o Veiga traz mais para dentro”.

– Título do Brasileirão:

“É jogar um jogo de cada vez. Como eu disse da última vez, é um jogo de cada vez. Nesse momento o Botafogo está na frente e por mérito próprio. O Palmeiras entra em tudo que entra para brigar. Felizmente ou infelizmente, estamos fora das copas”.

Abel Ferreira comemora “tempo para viver” e dedica goleada à torcida

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Criciúma, durante partida válida pela vigésima sexta rodada do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Coletiva de Abel Ferreira após goleada teve vários assuntos abordados pelo comandante

Depois de duas semanas, o Palmeiras voltou a campo pelo Campeonato Brasileiro e não tomou conhecimento do Criciúma. Marcando três gols em 20 minutos e mais dois na segunda etapa, o Verdão goleou o adversário por 5 a 0, no Allianz Parque.

Após a partida, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva e falou sobre a importância da pausa no calendário para o desempenho do Verdão. O comandante falou sobre a recuperação física e descanso mental.

Além disso, Abel também revelou que desfrutou da vitória, comentou a concorrência dentro do elenco e pediu calma para a sequência do Brasileirão, entre outros assuntos.

Confiras as respostas de Abel Ferreira após Palmeiras 5 x 0 Criciúma

– Pausa no calendário

“Primeiro, tivemos tempo para viver, algo que o futebol brasileiro não dá a ninguém. Isso é fundamental, por isso bato tanto nesta tecla de recuperar o estado mental dos jogadores. A outra parte é que tivemos tempo para treinar e preparar os jogadores. Por fim, o futebol é assim. Às vezes vamos jogar com grande qualidade e intensidade, outras vezes os adversários nos bloqueiam os caminhos. Hoje tudo ocorreu bem, os gols aconteceram. Tiveram jogos que não. O mais importante é continuar criando”.

– Vitória dos jogadores e da torcida

“Hoje a vitória é dos jogadores e também da torcida. Obrigado à nossa torcida pelo carinho, mesmo com a gente sendo eliminado das copas. Continuam a encher o estádio e a apoiar. Se desfrutaram da partida como eu desfrutei, no próximo jogo estarão aqui novamente nos apoiando”.

– Crescimento do Palmeiras após sair das copas

“É preciso voltar uns meses atrás, quando disse, em junho, que os jogadores contratados na janela do meio do ano precisariam de tempo para adaptação. Àquela altura, também tivemos algumas saídas e não gosto muito dessas mudanças no meio da temporada, mas às vezes é impossível. Também tivemos muitos problemas físicos por conta da densidade competitiva. Há muitos fatores que justificam porque baixamos tanto o nosso rendimento”.

– Concorrência no elenco

“Pra mim, todos os jogadores são titulares. Sempre disse que o meu sonho é ter dois jogadores do mesmo nível na mesma posição porque a concorrência faz bem a todos”.

“A partir do momento em que saímos das copas, eu disse aos jogadores: ‘vamos treinar mais e jogar menos’. Infelizmente eles não vão jogar o quanto querem. Não posso mentir pra eles. Se faço quatro jogos por mês, são menos partidas e a cada treino cada um vai mostrar o quanto querem estar no jogo. E os meus critérios são muitos claros: o primeiro é comportamento, rendimento e o terceiro é estratégia. O que eu quero é que eles se foquem no que eles controlam, que é se prepararem. Gosto deles todos e me corta o coração deixar alguns de fora. Mas as regras são claras, começam 11 e podem entrar cinco”.

– Maurício

“Quando decidimos contratar um jogador, sabemos da qualidade, do potencial e também sabemos o quanto ele pode demorar para jogar bem. O Veiga é o maior exemplo. Chegou jovem e só se firmou quando a gente assumiu o Palmeiras. Agora está há 4 anos a top. O Maurício é um jogador em que analisamos desde quando o Scarpa saiu e sempre disse que ele disputaria vaga com o Veiga. Acreditamos nele, é jovem e eles também podem jogar juntos. Ele nos traz competitividade e fico contente com isso”.

– Expulsão de Caio Paulista

“A expulsão foi justa, mas eu pergunto é por que o zagueiro do Botafogo não foi expulso no lance do Flaco López? [no jogo do primeiro turno, no Nilton Santos]. É isso que eu falei ao bandeirinha, se eles têm reuniões constantes para uniformizar os critérios, porque aquele lance não teve a expulsão”.

– Sequência do Brasileirão

“Vivo o momento, o atual. Não vou colocar essa ansiedade em mim mesmo. Agora é descansar, viver e treinar bem nessa semana e se preparar para o Vasco. É um jogo de cada vez”.

Abel Ferreira revela força do Palmeiras após 3ª vitória seguida e comenta sobre futuro

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Athletico-PR, durante partida válida pela vigésima quinta rodada do Brasileirão 2024, na Arena da Baixada.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva depois de o Verdão derrotar o Athletico-PR

O Palmeiras chegou à terceira vitória consecutiva ao bater, fora de casa, o Athletico-PR por 3 a 1, em duelo válido pela 25ª rodada do Brasileirão. Após a partida, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva.

O comandante destacou as mudanças realizadas no elenco como uma das forças do time; elogiou a produção ofensiva na partida e comentou sobre seu futuro na equipe, além de falar dos períodos de descanso que o Palmeiras terá entre um jogo e outro após a eliminação nas copas e também voltar a pedir desculpas para a jornalista Alinne Fanelli.

Confira as respostas de Abel Ferreira:

– Mudanças na equipe

“Sempre encontramos uma forma de jogar. Uma equipe nunca está acabada. Há momentos, formas e dinâmicas da equipe em que temos de estar constantemente entre o gato e o rato. Os jogadores não são top sempre. Por isso temos 26, 27 jogadores. A minha ambição e a do clube é ter dois jogadores do mesmo nível em cada posição e vamos lá chegar”.

– Análise do duelo contra o Athletico-PR

“Nós em função do que tinham sido as dinâmicas na construção, mudamos para dar mais variabilidade ao nosso jogo. Colocamos o trio no lado esquerdo, e eles combinaram bem. Quando temos bola, não olhamos muito a fraqueza do adversário, jogamos da nossa maneira. Sem bola, sim. Não gostamos que o adversário controle o jogo. Não olhei para o fato de eles improvisarem na lateral-direita, olhei nossas características, dos nossos jogadores. A dinâmica dos dois lados esteve muito bem. Criamos muitas oportunidades hoje e fizemos um bom jogo”.

– Semanas longas de trabalho

“Ninguém aqui fala de aspectos emocionais e psicológicos. […] E com uma semana para trabalhar, descansar a mente e corpo, nos preparamos melhor para cada jogo. Sim, hoje mais uma vez fizemos um jogo muito consistente, poderíamos ter feito mais gols, mas um jogo condizente com o que nos preparamos para fazer durante a semana”.

– Pressão por resultados

“Temos é que comer nosso arroz com feijão, que fazemos dentro do CT muito bem. Desde que cheguei ao Palmeiras o barulho é todo exterior. Uma coisa é o barulho de fora, temos de perceber tudo que se passa, o treinador que o Palmeiras tem, a história do clube, os processos, e o que é futebol. Uma hora vai ganhar, outra vai perder”.

“Vamos dar continuidade, há muita coisa para fazer e para melhorar dentro do clube. É seguir melhorando processos, ajudando os jogadores a serem melhores. A vida do jogador vai para cima e para baixo. Da equipe é igual”.

– Futuro e ciclo no Palmeiras

“Se Deus quiser, e se tudo correr normalmente, vai encerrar em dezembro de 2025”.

– Desculpas para a jornalista

“Os desvios cometidos não fazem a regra, nem definem as pessoas. No fim do jogo contra o Cuiabá, no sábado passado, uma hora depois do jogo, liguei para a jornalista Alinne (Fanelli), me retratei e pedi desculpas. No dia seguinte, nas minhas redes sociais, e publicamente, voltei a me retratar”.

“Hoje, uma semana depois, estou aqui mais uma vez a pedir desculpa. E voltar a referir o que disse no início: os desvios cometidos não fazem a regra, nem definem as pessoas”.