Satisfeito com a volta da confiança, Abel destaca importância dos mais experientes

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Internacional, durante partida válida pela vigésima sétima rodada do Brasileirão 2021, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Em entrevista coletiva, Abel também falou sobre as vaias recebidas por Luiz Adriano e saiu em defesa do jogador

Depois de cinco jogos, o Palmeiras voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Com gol de Raphael Veiga, de pênalti, a equipe bateu o Internacional por 1 a 0. Após a partida, o técnico Abel Ferreira destacou a importância da vitória para dar mais tranquilidade ao time.

“Traz confiança e tira um peso de cima das costas. Todos sabem o tamanho da pressão que existe no Palmeiras”, relatou o comandante, que contou com os importantes retornos de atletas que estavam machucados e convocados.

“Os jogadores é que fazem a diferença na equipe. E hoje, quando precisou segurar o time, foram os mais experientes que tomaram conta, como o Felipe Melo, Weverton, Gómez, Luiz Adriano e Marcos Rocha. A exigência de jogar aqui é muito grande. Esses jogos são importantes para que os mais novos obtenham experiência”.

Sobre a partida, Abel fez menção à mudança tática na saída de bola: “Tem a ver com criatividade e não fazer sempre a mesma coisa. Eu sou assim. Muitas vezes ganhamos, outras perdemos. Hoje fizemos uma saída diferente, com o Melo atuando entre os centrais. Treinamos isso muitas vezes em jogo porque queremos melhorar. Tenho que ouvir as críticas quando a equipe não joga bem e não cria tanto, mas quando isso acontece eu preciso olhar para os atletas em campo”, disse.

E prosseguiu falando sobre o desempenho do time após a vantagem no placar e na quantidade de jogadores em campo, já que Edenilson foi expulso por reclamar do pênalti.

“Houve uma desconcentração defensiva coletiva da equipe para manter o comportamento. Muitas vezes o time que está com um a menos vence o jogo porque o adversário está com falta de foco. Isso teremos que corrigir. De modo geral, contudo, fomos bem. Estávamos em um momento difícil e a vitória foi boa para voltar a confiança”.

Abel Ferreira sai em defesa de Luiz Adriano

Luiz Adriano em jogo do Palmeiras contra o Internacional, durante partida válida pela vigésima sétima rodada do Brasileirão 2021, no Allianz Parque.
Cesar Greco

O atacante Luiz Adriano, que no duelo contra o Red Bull Bragantino discutiu com um torcedor antes da partida começar, foi vaiado por grande parte dos palmeirenses ao ser substituído.

Questionado sobre a situação, Abel Ferreira fez um pedido para a torcida e saiu em defesa do camisa 10.

“Faço um pedido para os torcedores, sei que o futebol é muita emoção, mas quando quiserem criticar, critiquem o treinador. Até mesmo durante o jogo, podem cobrar o treinador. O Luiz Adriano cortou uma bola na defesa e todo o estádio deu força. Se todos fizerem isso, vamos conseguir tirar o máximo de rendimento dele. Ele tem tido um bom comportamento dentro do clube, mesmo quando não joga. E ele é um ‘chama títulos’, vencedor”, finalizou.

Com a vitória, o Verdão chegou a 43 pontos. Na próxima quarta-feira, a equipe visita o Ceará em jogo atrasado da 19ª rodada; o confronto está previsto para começar às 19h.

Luiz Adriano alcança centésimo jogo com a camisa do Palmeiras

Luiz Adriano em jogo do Palmeiras contra o Bahia, durante partida válida pela vigésima sexta rodada do Brasileirão 2021, na Fonte Nova.
Cesar Greco

Artilheiro do Palmeiras na temporada passada, Luiz Adriano foi às redes quatro vezes no atual período

Escolhido para ser o comandante do ataque titular do Palmeiras no duelo contra o Bahia, que terminou empatado em 0 a 0, o atacante Luiz Adriano completou seu centésimo jogo pelo clube.

O jogador ficou cerca de 70 minutos em campo, antes de ser substituído por Deyverson. Apesar de o Verdão ter feito uma partida pouco inspirada ofensivamente, foi dos pés de Luiz Adriano que a melhor chance do time foi criada, em chute defendido por Danilo Fernandes no final do primeiro tempo. Esse foi seu único arremate no duelo, nos poucos 14 toques na bola.

Contratado em agosto de 2019 para solucionar o problema que o Verdão tinha no setor, já que Deyverson e Borja não apresentavam um bom desempenho, o camisa 10 teve um bom começo na equipe: foram sete gols em 15 jogos.

No ano seguinte, Luiz viveu sua melhor época no clube. Além de ajudar o Palmeiras na conquista da Tríplice Coroa (Paulistão, Copa do Brasil e Libertadores), anotando gols em partidas decisivas, como na final do estadual e nas semifinais das copas, foi o artilheiro do time com 20 gols marcados e conseguiu manter uma sequência de jogos sem se lesionar.

Na temporada atual, contudo, o atacante não conseguiu manter o bom desempenho. Nos últimos 14 jogos em que foi a campo (oito como titular), foi às redes apenas uma vez, contra a Chapecoense. Ao todo, são 29 jogos, quatro gols marcados e quatro assistências distribuídas.

Luiz Adriano vive seu maior jejum de gols no Allianz Parque

Dono da segunda melhor média de gols da História do Allianz Parque (0,36 – 15 tentos em 42 partidas) e quinto maior goleador da arena, Luiz Adriano não vai às redes há nove jogos na casa palmeirense, maior seca desde que foi contratado pelo Palmeiras.

O jogador poderá ter mais uma oportunidade de quebrar esse jejum no próximo domingo, quando o Verdão recebe o Internacional pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo está previsto para começar às 16h.

Luiz Adriano pode reencontrar sua única vítima no Brasileirão

Luiz Adriano comemora seu gol pelo Palmeiras contra a Chapecoense, durante partida válida pela segunda rodada do Brasileirão 2021, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Na temporada, Luiz Adriano foi às redes adversárias apenas três vezes

No próximo sábado, Luiz Adriano pode reencontrar sua única vítima no Campeonato Brasileiro. Sem marcar um gol há cem dias, o camisa 10 foi às redes pela última vez na vitória do Palmeiras por 3 a 1 sobre a Chapecoense, no dia 6 de junho, em jogo válido pela segunda rodada.

Desde então, o Verdão disputou 17 jogos no Brasileirão e o camisa 10 pouco apareceu. Neste período, foi titular em apenas uma oportunidade (contra SCCP), entrou no decorrer do jogo em outras quatro (América-MG, Red Bull Bragantino, Fortaleza e Flamengo) e por quatro vezes ficou como opção no banco de reservas.

No restante, não foi relacionado devido a uma lesão no joelho direito e também por ter contraído o novo coronavírus. Ao não entrar no confronto contra o Athletico-PR, no último dia 28, Luiz foi assunto na coletiva de Abel Ferreira, que explicou: “Ele está trabalhando bem para voltar à melhor forma após alguns problemas físicos”.

Além dos problemas físicos, o atacante também ganhou neste período um concorrente na posição: Deyverson. O camisa 16 retornou de empréstimo em junho e, por possuir características diferentes, chegou a ficar com a titularidade.

Sem a contratação de um novo atacante, holofotes se viram para Luiz Adriano

Luiz Adriano não possui as características de um “nove-nove”, tão pedido por Abel Ferreira. Entretanto, passada a janela de transferência e a confirmação de que o clube não irá ao mercado, as fichas de muitos torcedores novamente estão depositadas no camisa 10.

Artilheiro do Palmeiras na temporada passada (20 gols) e decisivo em jogos importantes, como as semifinais da Libertadores e da Copa do Brasil, Luiz vive o pior momento desde que chegou ao Verdão. São três gols marcados e três assistências distribuídas em 23 jogos na temporada, além de alguns pênaltis desperdiçados.

O atacante contabiliza 94 partidas e 30 gols anotados desde que chegou ao Palmeiras.

Luiz Adriano novamente não vai a campo e Abel explica: “está buscando a melhor forma”

Luiz Adriano, Rony e Raphael Veiga comemoram gol do Palmeiras sobre o Athletico-PR
Cesar Greco

Apesar dos números abaixo do esperado na atual temporada, o camisa 10 ainda tem a confiança de Abel

Pelo terceiro jogo consecutivo, o atacante Luiz Adriano não foi aproveitado por Abel Ferreira e ficou somente como opção no banco de reservas. A ausência do centroavante em mais uma partida foi assunto na coletiva de imprensa do comandante após a vitória sobre o Athletico-PR por 2 a 1.

De acordo com Abel, o camisa 10 ainda não está na forma física ideal.

“Ele está trabalhando bem para voltar à melhor forma após alguns problemas físicos. Contra o SPFC [no dia 10 de agosto] jogou meia hora, dois dias depois não pôde atuar contra o Atlético-MG. Ele estava disponível contra o SPFC [jogo da volta da Libertadores], mas na segunda-feira passada voltou a sentir um problema e recuperou-se bem”, revelou o treinador.

Luiz Adriano sofreu um edema no joelho direito antes do duelo contra o Sport, no dia 05 de julho. Esta lesão o tirou de combate por um mês – seu retorno aos gramados ocorreu contra o Fortaleza, no último dia 7.

Apesar de recuperado, o atacante, artilheiro do clube na temporada passada com 20 gols, ainda não engrenou. No período atual, disputou apenas 22 jogos e foi às redes adversárias três vezes, sendo o último tento há quase três meses.

A irregularidade no desempenho em campo fez com que o camisa 10 perdesse a condição de titular para Deyverson. Mesmo assim, o comandante palmeirense reafirmou sua confiança no jogador: “Está trabalhando e tenho certeza que ainda vai nos ajudar nesta temporada”.

Abel enaltece papel de Luiz Adriano dentro do grupo

Até o momento, os números de Luiz Adriano em 2021 são seus piores desde quando foi contratado pelo Palmeiras. Entretanto, Abel declarou que o atacante reconhece o momento que está passando “como um dos capitães, ele sabe que tem importância quando joga e também quando não joga”, e prosseguiu reafirmando seu papel de liderança: “ele tem muita relevância dentro do grupo”.

Aos 34 anos, Luiz Adriano disputou 93 partidas com a camisa do Palmeiras e anotou 30 gols; seu vínculo com o clube se encerra em junho de 2023.

Tragédia anunciada: Palmeiras chega sem centroavante na parte decisiva da temporada

Reprodução

A lesão sofrida por Luiz Adriano na partida contra o Goiás, no último sábado, parece uma tragédia anunciada, literalmente. Sofrendo com o músculo anterior da coxa esquerda desde o Derby em Itaquera, o atacante teve mais três tentativas antes deste novo colapso.

O camisa dez ficou dois jogos em recuperação após o Derby. Foi liberado pelo DM e fez mais três jogos, o último deles completo, contra o Flamengo. Sentiu a coxa nos treinos e acabou vetado da partida seguinte, contra o Bolívar no Allianz Parque, e permaneceu de fora nos jogos contra Ceará e Botafogo, ambos pelo Brasileirão.

Foi liberado novamente e entrou no segundo tempo na derrota para o SPFC e participou das oito partidas seguintes como titular, participando por 77 minutos por jogo, na média. Na partida contra o Vasco, sentiu novamente a coxa esquerda aos 31 do segundo tempo e deixou o time.

Perdeu mais dois jogos, contra Ceará e Fluminense e foi novamente liberado para participar do jogo da volta contra os cearenses pela Copa do Brasil, em Fortaleza – entrou no segundo tempo e jogou por 24 minutos. Foi o mesmo tempo que ele aguentou em campo contra o Goiás, como titular, quando sentiu a coxa pela quarta vez.

Perguntinhas

Luiz Adriano
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Não sabemos se a lesão é a mesma, mas o fato do jogador sentir a região anterior da coxa esquerda nas quatro oportunidades indicam que é bem provável que sim.

Luiz Adriano não tem um reserva com as mesmas características e isso já era fácil de ser notado por qualquer torcedor desde que o elenco para a temporada foi oficializado. Aqui, no Verdazzo, apontamos essa necessidade inúmeras vezes em textos e nas lives.

Diante desta situação, há duas perguntas que precisam ser respondidas pela diretoria de futebol. A primeira é sobre o tratamento da lesão do camisa dez: será que as decisões de como tratar e de quando liberar o jogador foram tomadas corretamente?

E a segunda: diante da instabilidade física que, somada ao calendário exigente, tornava evidente que Luiz Adriano precisaria ter seu aproveitamento dosado, não era necessário investir numa peça de reposição?

Erros grosseiros ou falta de sorte?

Entramos no mata-mata da Libertadores e enfrentaremos o Delfín, amanhã, no Equador. O surto de Covid-19 que castiga o elenco deixa Abel Ferreira com apenas uma opção de ataque – Rony, que fará seu primeiro jogo após contrair a doença.

Existe a chance de Gabriel Veron ser liberado se testar negativo hoje, véspera da partida – mesmo assim, tende a ser apenas opção de banco. Abel deve recorrer a Gabriel Silva, ainda vinculado ao time sub-20, também recém-recuperado.

O adversário não deve exigir muito do Verdão e o Palmeiras deve passar de fase, mesmo com tantos problemas. Mas o sarrafo vai subir e podemos entrar em partidas decisivas sem um centroavante de ofício.

A sorte vem sorrindo para o Palmeiras em várias frentes nesta temporada de 2020. Os sorteios para as chaves das competições eliminatórias nos proporcionaram estradas bem pavimentadas. Até mesmo o surto de Covid-19 que nos acometeu veio em “boa hora”, se é que é possível usar a expressão – teremos o elenco totalmente recuperado antes das fases realmente decisivas.

Mas mesmo com toda essa sorte podemos chegar no ponto alto da temporada sem nosso principal artilheiro e sem um substituto adequado.

O prazo para inscrições na Copa do Brasil e Brasileirão se encerrou na última sexta-feira; para a Libertadores, ainda é possível fazer novas inscrições, mas as transferências internacionais foram finalizadas e só é viável reforçar o elenco recorrendo à Série B.

Podemos jogar fora chances imensas de conquistar títulos por falta de um artilheiro. Terá sido por omissão da diretoria? Por inépcia dos profissionais do Núcleo de Saúde e Performance? As duas coisas? Ou apenas fatalidade e uma tremenda falta de sorte?


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