Brasileirão 2024: planejamento de pontos

O Brasileirão 2024 começa neste fim-de-semana e o Verdazzo traz a tradicional projeção de pontos para que o Verdão conquiste o campeonato. Para quem ainda não conhece este exercício, trata-se de uma previsão de quantos pontos o Palmeiras precisaria fazer em cada partida para chegar, ao fim da temporada, com uma pontuação suficiente para conquistar o título.

Obviamente não existe a pretensão de acertar os resultados, mas sim de balizar a evolução dos pontos. Se o Palmeiras tropeçar numa partida em que a projeção apontava vitória, terá que “recuperar” esses pontos numa partida vencendo uma partida em que um tropeço seria tolerado, e seguir acompanhando a pontuação prevista rodada a rodada.

Como se trata de uma previsão, haverá “check points” e a tabela foi dividida em quatro pedaços. Ao fim de cada quartil, será feito um novo post ajustando as previsões para que continue havendo um cenário realista no exercício.

Para esta temporada, consideramos que 77 pontos devem ser suficientes para a conquista, diante da extrema dificuldade imposta pelo calendário, que vai roubar os melhores jogadores dos clubes por até dez rodadas só para a disputa da Copa América.

Primeiro quartil

A tabela aponta duelos realmente difíceis logo neste primeiro período. Um fator que aumenta a dificuldade é a presença de jogos pelas copas nos meios da semana, alguns deles exigindo viagens desgastantes.

O Palmeiras precisa vencer seis desses dez primeiros jogos, contra Vitória (F), Inter (C), Athletico-PR (C), Criciúma (F), Vasco (C) e Bragantino (C) – três deles em Barueri.

Vencer os jogos contra o Flamengo, no Allianz Parque, e Galo, fora, seria espetacular, mas tratam-se de partidas que admitem empates. Só não podemos perder jogos para os concorrentes diretos ao título.

Outros tropeços toleráveis são contra o SPFC, no Morumbi, e contra o Cuiabá, na Arena Pantanal, quando Abel poderá até poupar jogadores devido a viagens desgastantes. Ao final deste quartil, o Verdão precisará estar com 21 pontos acumulados.

Segundo quartil

A parada da Copa América machucará os principais times neste período. O lado bom é que não haverá mudança de chavinha e o foco no Brasileirão será total.

Nestes nove jogos, com adversários menos difíceis que no quartil anterior, o Palmeiras precisará somar 5 vitórias e 3 empates, sendo tolerada uma derrota.

Os cinco jogos em casa precisam ser convertidos em cinco vitórias, contra Juventude, SCCP, Bahia, Atlético-GO e Cruzeiro.

Jogos fora contra Fortaleza, Grêmio e Botafogo admitem empates. A partida no Maracanã que fecha o turno, contra o Fluminense, admite derrota, mas pode funcionar para recuperar eventuais tropeços ao longo da campanha. A pontuação desejável ao final do turno é 39.

Terceiro quartil

Espelhando o primeiro quartil, e com a volta das copas, este período será massacrante. Neste recorte, o Verdão precisa vencer cinco jogos e pode empatar quatro, dando margem para apenas uma derrota.

Mais uma vez o fator casa será fundamental, com triunfos contra o Vitória, SPFC, Cuiabá, Criciúma e Galo. Infelizmente deveremos ter alguns deles sendo transferidos para Barueri, para complicar mais as coisas.

Os jogos fora contra Inter e Athletico, mesmo sendo em vésperas de eventuais duelos pela Copa do Brasil, exigem ao menos empates. O jogo contra o Vasco pode ser em véspera de viagem em mata-mata da Libertadores e um tropeço pode acontecer.

O mesmo se aplica ao jogo em Bragança Paulista, mas o jogo do meio da semana que pode atrapalhar seria a semifinal da Copa do Brasil. Lembrando que, em caso de eliminação nas copas, a força do Palmeiras no Brasileirão aumentará bastante. De toda forma, fechar o terceiro quartil com 58 pontos é a meta.

Quarto quartil

Aqui estaremos na reta final e qualquer previsão será atirada pela janela após o check point do terceiro quartil; o que interessa é a distância para os principais concorrentes e os tropeços só poderão ser tolerados nos complementos de cada rodada, após saber os resultados dos outros. Mas para termos um balizamento apropriado nos primeiros quartis, é preciso projetar.

Em meio às semifinais e finais das copas, o Verdão terá boas chances de chegar ao tri consecutivo se conseguir cinco vitórias e quatro empates – uma arrancada menos forte do que a do ano passado. Os trunfos serão as duas pausas proporcionadas pelas datas Fifa.

Vitórias contra Juventude (F), Fortaleza(C), Bahia (F), Botafogo (C) e Cruzeiro (F), mais empates contra SCCP (F), Grêmio (em casa, na véspera da final da Copa), e Atlético-GO (fora, na véspera da final da Libertadores) darão ao Verdão a primazia de jogar pelo empate no jogo derradeiro, no Allianz Parque, contra o Fluminense. Isso, claro, se 77 pontos ainda forem a conta para o título.

Conclusão

Claro que todos esses números são apenas referências. Não sabemos como será a campanha do Palmeiras nem as dos concorrentes. No ano passado, o Botafogo bagunçou qualquer previsão com uma campanha extraordinária no turno (pra ramelar forte no final). É por isso que, ao final das rodadas 10, 19 e 29 faremos check points para ajustar essas contas.

O primeiro desafio é amanhã, contra o Vitória, no Barradão, e precisamos de três pontos para não ter que recuperar tropeços em jogos mais difíceis. Então salve esta previsão nos seus favoritos e consulte antes de cada jogo. Boa sorte para nós e VAMOS PALMEIRAS!

Brasileirão 2023: planejamento de pontos – fim do segundo quartil

O primeiro turno do Brasileirão chegou ao fim e temos uma anomalia. O Botafogo atingiu a estupenda marca de 47 pontos e subverteu qualquer projeção baseada no histórico do Brasileirão.

A marca não é exatamente inédita: em 2017, o SCCP, comandado por Fábio Carille, também fechou o primeiro turno com um aproveitamento espantoso, chegando aos mesmos 47 pontos – mas a atual campanha do Botafogo é superior pelo número de vitórias.

Em 2017 o SCCP terminou o primeiro turno 15 pontos à frente do Palmeiras e acabou campeão, mas a campanha no segundo turno foi fraca e a distância ficou a ponto de ser exterminada.

Na rodada 31, o rival foi derrotado pela Ponte Preta e, 12 rodadas após o fim do primeiro turno, somou apenas 12 pontos, num aproveitamento de 33% no recorte. O Palmeiras, que já havia cortado a vantagem para seis, jogaria na segunda-feira contra o Cruzeiro e teríamos o confronto direto no domingo seguinte. Duas vitórias palmeirenses mudariam a liderança de mãos pelo número de vitórias.

Uma operação casada impediu a virada histórica. Héber Roberto Lopes e Anderson Daronco assaltaram o Palmeiras nessas duas partidas; a distância voltou para a casa dos oito pontos e sabemos qual foi o final da história. Mas o ponto é: ninguém acreditava que o campeonato mudaria de mãos ao fim do primeiro turno, mas o SCCP derreteu e só não viramos o jogo por fraqueza nos bastidores. Se chegamos em 2017, podemos chegar em 2023.

Para isso, o Botafogo precisa derreter. E não é toda hora que um time com uma campanha tão superior perde rendimento de forma tão dramática. Mas pode acontecer – e se acontecer, o Palmeiras precisa seguir somando pontos para aproveitar a possível brecha.

Assim, faremos nossa projeção atual levando em conta que o time carioca não fará mais que 35 pontos no segundo turno, chegando a 82 pontos. Uma campanha de 61,4% de aproveitamento, bem inferior aos 82,4% do primeiro turno, mas não tão irreal quanto os 12 pontos em 12 jogos do time de Carille.

Para chegar aos mesmos 82 pontos, o Palmeiras precisará fazer uma campanha fantástica de 48 pontos no returno – ou contar com uma campanha mais fraca ainda do Botafogo. É muito, muito difícil, sobretudo levando-se em conta que nossa prioridade total está na Libertadores. Mas ainda dá.

Terceiro quartil

As duas primeiras partidas serão logo antes de confrontos contra o Deportivo Pereira, pela Libertadores. Mas as vitórias são mandatórias. Nosso time reserva terá que performar com nunca nas partidas contra o Cuiabá e contra o Vasco.

Na sequência, teremos o Derby, em Itaquera, e um empate será tolerado – até porque, ainda estaremos na ressaca da conclusão do confronto contra os colombianos. Na sequência, teremos dez dias livres pela data Fifa, quando esperamos que não haja jogadores do Palmeiras convocados para a seleção da CBF. Bastidores serão fundamentais.

Não há como imaginar outro resultado que não seja a vitória contra o Goiás, em casa. O confronto contra o Grêmio ocorre uma semana antes da possível ida à Argentina para jogar a semifinal da Libertadores – mas a final da Copa do Brasil está marcada para o fim-de-semana entre as duas datas, dia 24 de setembro. Se o Grêmio estiver na final, vai jogar contra nós com o sub-15.

Entre os dois possíveis jogos pelas semifinais da Libertadores, teremos um jogo em Bragança Paulista, em que a derrota é quase certa. Teremos então que engatar uma sequência de vitórias logo depois, iniciando contra o Santos – o que não parece muito complicado.

Mais uma data Fifa, após a rodada 26, para que o Palmeiras vença os três jogos seguintes: Atlético, em casa; Coritiba, fora; e SPFC, em casa. Cumprindo este roteiro duríssimo, teremos somado 25 pontos no quartil e chegado a 59 pontos.

Quarto quartil

A marcha nas nove rodadas finais será, obviamente, balizada pelo que o Botafogo estiver fazendo. A meta será vencer todas as partidas e torcer para o time carioca perder um ponto aqui, outro ali, até encostar e virar. Mas, para efeito de nosso exercício, seguiremos imaginando que nossa meta é de 82 pontos.

O quartil começa com a sombra da final da Libertadores. Se o Palmeiras estiver classificado, as duas primeiras partidas terão na falta de foco o principal obstáculo. O primeiro jogo é em casa, contra o Bahia. Mas o pior vem a seguir: a três dias da grande final, teremos o confronto direto contra o Botafogo, no Engenhão, onde não podemos nos dar ao luxo sequer de empatar. Não podemos perder a chance de diminuir a distância.

O jogo seguinte está previsto para o dia 5 de novembro; se o Palmeiras estiver na final da Libertadores, provavelmente será movido para a data Fifa de novembro, entre as rodadas 34 e 35.

De qualquer forma, a sequência final de sete jogos admite, no máximo, dois tropeços. Uma campanha de cinco vitórias e dois empates em jogos contra Athletico-PR (C), Flamengo (F), Inter (C), Fortaleza (F), América (C), Fluminense (C) e Cruzeiro (F) não é exatamente impossível. Mas é bem difícil.

Conclusão

Ser campeão brasileiro é sempre difícil. Partindo de uma desvantagem de 13 pontos, com apenas metade dos jogos pela frente, é quase impossível. Mas a História e a matemática estão aí para mostrarem que dá.

Uma campanha de 48 pontos no returno, somada a um derretimento parcial do líder, torna o sonho possível. Lembrando que se o Botafogo voltar a ser Botafogo e fizer uma campanha em torno dos 50%, de cerca de 30 pontos, chegando a 77, nosso milagre não precisa ser tão grande e poderemos deixar mais alguns pontos pelo caminho.

Somos Palmeiras e lutamos sem parar. Somos torcedores e nossa função é acreditar. Enquanto ainda houver perspectivas, seguiremos fazendo nossas contas e empurrando o time pra cima dos adversários. VAMOS PALMEIRAS!

Brasileirão 2022: planejamento de pontos – fim do terceiro quartil

Calculadora - planejamento de pontos

Chegamos ao fim do terceiro quartil do Campeonato Brasileiro e o Palmeiras cumpriu, com muitas sobras, o planejamento de pontos proposto – tanto no início do campeonato, quanto na previsão ajustada.

A nove rodadas do fim, o Palmeiras tem confortáveis dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado. A projeção inicial apontava para 61 pontos ao final da rodada 29. A previsão ajustada ao final do segundo quartil projetava 57 pontos. Removido das copas pelas arbitragens, o Verdão focou no Brasileirão e chegou a 63 pontos.

Com uma combinação extremamente otimista de resultados, a equipe de Abel Ferreira pode conquistar o #11 com até seis rodadas de antecedência; uma projeção razoável permite crer na conquista na rodada 33, e um exercício realista aponta para a conquista em Curitiba, na rodada 34.

Mas quando entramos nesta fase do campeonato, com poucas rodadas pela frente, os pontos perdidos são menos recuperáveis. Os adversários podem entrar numa fase em que tudo encaixa. Qualquer resultado fora da expectativa mexe bastante com as projeções.

Obviamente nossa torcida tem todo o direito de fazer contagem regressiva e simular a data da conquista. Faz parte da curtição da conquista de um campeonato. Mas nada chega na véspera. Cautela nunca é demais.

Os dois adversários mais próximos são o Internacional, a dez pontos de distância (pode atingir 80), e o Fluminense, a doze (chegará no máximo a 78). O SCCP também está 12 pontos atrás, mas tem um jogo a mais – em pontos possíveis está junto do Flamengo, ambos podendo chegar, no máximo, a 75.

Para não depender de nada, inclusive podendo perder do Inter na rodada final no Beira-Rio, a conta segue sendo 81 pontos. Para isso, ainda são necessárias seis vitórias, perfazendo 66,6% dos pontos, menos que os 72,4% que o Palmeiras tem em toda a disputa.

O Internacional, nos 9 jogos que tem pela frente, pode pensar de maneira otimista numa arrancada de 7 vitórias e 2 empates – incluindo uma vitória sobre o Palmeiras. Essa supercampanha de 85% o alçaria a 76 pontos. Para o Fluminense chegar aos 76, a arrancada precisaria de uma campanha quase perfeita de 8 vitórias e 1 empate, quase irreal – mas possível.

Assim, para conquistar o título com alta segurança, mesmo com os adversários subindo o sarrafo de maneira absurda, o Palmeiras precisa pensar em 77 pontos antes da rodada 38. Com 63 pontos ganhos atualmente, o Palmeiras precisa então fazer mais 14 pontos nas próximas 8 rodadas. Esta meta significa pouco mais de 58% de aproveitamento, bastante inferior ao índice do time no campeonato

Tais pontos podem ser conquistados com 4 vitórias e 2 empates, em oito jogos. Ainda há margem para duas derrotas. Considerando que o Palmeiras perdeu apenas duas vezes em todo o campeonato, essa projeção nos dá muito conforto. Não é à toa que os principais sites matemáticos que calculam as chances de conquista no futebol estão dando cerca de 98% de chances ao Palmeiras.

O Palmeiras tem a seguinte tabela pela frente antes da rodada 38:

  • Coritiba (C)
  • Atlético-GO (F)
  • SPFC (C)
  • Avaí (C)
  • Athletico-PR (F)
  • Fortaleza (C)
  • Cuiabá (F)
  • América (C)

Não é uma tarefa das mais difíceis chegar a 4 vitórias e 2 empates com essa tabela. Ainda mais considerando que o jogo contra o Athletico, em Curitiba, acontecerá às vésperas da final da Libertadores e o time de Felipão deve poupar até os reservas imediatos.

No mundo real, é bastante razoável imaginar que na rodada 34 o #11 venha. Com um pouco de sorte, pode chegar no Allianz Parque, na rodada 33. Desde que nosso time não caia no justificável oba-oba da torcida, é perfeitamente possível.

O Verdazzo seguirá em contagem regressiva com todas as probabilidades atualizadas ao fim de cada rodada. Fique atento!


O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

Conheça mais clicando aqui: https://www.patreon.com/verdazzo.

Brasileirão 2022: planejamento de pontos – fim do segundo quartil

Com o segundo quartil do Campeonato Brasileiro encerrado, o Palmeiras fez sua melhor campanha em toda a História do campeonato no atual formato, desde 2006. Mesmo assim, ao chegar a 39 pontos ao fim da rodada 19, o Verdão ficou a três pontos de cumprir a meta estipulada no planejamento ajustado ao fim do primeiro quartil.

Isso não necessariamente é um problema, diante do desempenho dos concorrentes. A projeção inicial, de 80 pontos, foi ajustada para 79 ao fim do primeiro quartil, e agora pode ser reposicionada para 76. É bem pouco provável que o SCCP, Fluminense, Atlético-MG, Atletico-PR, Flamengo e Inter cheguem a esta pontuação.

Para isso, seria necessário que o SCCP fizesse nos 19 jogos do segundo turno mais 41 pontos, jogando ainda Libertadores e Copa do Brasil. O Fluminense precisaria fazer mais 42. O Galo, 44. O Athletico, 45; Flamengo e Inter precisariam marcar mais 46. Já dá pra dizer que 76 é uma pontuação bem segura.

Para chegar ao número mágico, o Palmeiras então precisa fazer 37 pontos no segundo turno, tendo ainda a Libertadores no meio do caminho (duas, quatro ou cinco partidas) – mas já com seis semanas livres (a primeira, em andamento) com a eliminação da Copa do Brasil. Vamos ao caminho para o décimo-primeiro título:

Terceiro Quartil

Após a primeira semana livre em dois meses, o Palmeiras encara o Ceará no Castelão, pensando no jogo de quarta-feira contra o Galo, pela Libertadores. O Vozão tem compromisso pela Sul-Americana e também deve poupar seus principais valores – assim, o maior problema deve ser mesmo o gramado da arena cearense. Um empate fica de bom tamanho.

O jogo seguinte será contra o Goiás, no Allianz Parque, novamente com Libertadores à vista. Não dá pra pensar em perder pontos aqui, mesmo com time completamente alternativo. Tem que ganhar, nem que seja com gol do Atuesta.

Por conta da rivalidade e da ajuda de sempre, jogo em Itaquera é sempre complicado. Dá pra ganhar, mas empate não é ruim. Já o jogo contra o Flamengo, no Allianz Parque, tem que ser uma vitória daquelas, não só pelos pontos, mas pelo moral. Lembrando que esses jogos antecedem semanas livres e podemos ir com força máxima sem preocupação; os dois adversários, se sobreviverem na Copa, ainda terão mais com o que se preocupar – e poupar.

Fluminense e Bragantino fora, antes de possíveis jogos de Libertadores, são jogos para zero ponto; o que vier será totalmente lucro. Mas a reta final, em jogos contra Juventude e Santos, em casa; Galo e Botafogo, fora, exige 10 de doze pontos possíveis.

Quarto Quartil

Os últimos nove jogos serão de dedicação quase completa ao Brasileirão – teremos “apenas” a final da Libertadores, se chegarmos lá. Lembrando que nosso incrível calendário retirará dos times os jogadores da Copa do Mundo nas quatro últimas rodadas – certamente jogaremos sem Weverton, no mínimo, e provavelmente Piquerez.

Uma arrancada com vitórias sobre Coritiba (C), Atlético-GO (F), SPFC (C) e Avaí (C) nos dará a tranquilidade para poupar tudo às vésperas da final, na Arena da Baixada, onde uma derrota será perfeitamente aceitável.

A reta de chegada prevê ainda vitórias em casa contra Fortaleza e América, e duas partidas fora onde podemos buscar pontos perdidos no meio do caminho. Um empate contra Cuiabá ou Inter deve bastar, mas caso seja necessário, temos margem para buscar mais pontos.

Conclusão

O desempenho do Palmeiras, associado ao dos outros times e ao calendário que restou para todos os concorrentes nos deixou numa posição bastante confortável. A projeção tem trechos difíceis, mas outros bem fáceis e temos até margem para manobra

Cumprindo o plano, chegaremos à última rodada já inalcançáveis – o que seria bastante desejável, já que o jogo é contra o Inter, no Beira-Rio, um cenário que não costuma nos trazer boas lembranças. Mas se precisarmos desses pontos, dá pra buscar.

O Brasileirão é traiçoeiro e já protagonizamos algumas campanhas muito decepcionantes depois de nos destacarmos no primeiro turno. Mas em nenhuma delas tínhamos um sistema tão consolidado e um time tão encaixado com o sistema do treinador.

Depois de 2002 e 2012 trágicos, que 2022 acabe com essa sina. VAMOS PALMEIRAS!

Brasileirão 2022: planejamento de pontos – fim do primeiro quartil

Passamos pela décima rodada do Brasileirão e é chegado o momento do primeiro ajuste na projeção de pontos feita no início do campeonato. Após iniciar a disputa com uma surpreendente derrota em casa para o Ceará, o Verdão cruzou a linha do primeiro quartil líder e desponta como principal favorito ao título, segundo até a imprensa.

No entanto, como alertou Abel Ferreira em sua última coletiva, ainda falta muita coisa. E é sobre essa montanha de jogos que vamos nos debruçar nesta sequência de nosso tradicional exercício.

O Palmeiras atingiu uma maturidade fantástica enquanto equipe e já é possível sonhar com conquistas múltiplas. Além da liderança no Brasileirão, o Verdão está forte nas outras duas frentes de disputa e demonstra estar com o elenco, embora curto, equilibrado. Os reservas estão dando conta do recado e teremos alguns reforços na próxima janela, a partir de julho.

Assim, o ajuste na projeção original que veremos a seguir contempla a possibilidade de vencermos os três campeonatos em disputa, sem jamais perder de vista que essa meta é ousadíssima e que temos exemplos recentes de que o castelo de cartas pode cair numa fração de segundo – como em 2019. Mas se tem um momento em que podemos vislumbrá-la, diante do que o time vem mostrando em campo, é agora.

Panorama do Brasileirão

Luan do Palmeiras em disputa com Ademir do Atlético-MG, durante partida válida pela nona rodada do Brasileirão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

A meta de 80 pontos traçada originalmente pode ser ajustada para baixo. Os principais candidatos ao título, a exemplo do Palmeiras, perderam pontos bobos no primeiro quartil.

Mas não dá para afrouxar muito; sempre existe a chance de um time com bom potencial achar um encaixe que dure alguns bons meses. Assim, baixamos apenas um ponto a meta para bater campeão com segurança: 79 pontos.

Diante do que os times mostraram no primeiro quartil, alguns ajustes de resultado também foram feitos. Times que impunham respeito antes do início da competição, mas que estão mostrando fraquezas, precisam ser vencidos e o resultado previsto foi modificado. De forma análoga, equipes que fizeram a trajetória inversa e cresceram do fim dos estaduais para cá, tiveram os resultados previstos alterados de vitórias para tropeços.

Tudo isso, sem jamais perder de vista que os jogos do Brasileirão, sobretudo no terceiro e quarto quartis, serão entremeados por complicadíssimos jogos de mata-mata, nos funis da Copa do Brasil e da Libertadores.

Segundo quartil

A atual sequência invicta, uma hora, vai cair. Mas não pode ser no Brasileirão, pelo menos neste quartil. Precisamos terminar o primeiro turno com 42 pontos; não podemos nos contentar com uma vantagem mínima para os principais concorrentes. Temos que abrir margem.

Jogos em casa contra Atlético-GO, Athletico-PR, Cuiabá e Inter precisam ser vencidos a todo custo – mesmo o confronto contra os paranaenses, às vésperas da decisão de vaga na Libertadores: jogaremos com time misto, mas eles provavelmente também.

As partidas fora contra Avaí e América só admitem vitória, com plena confiança em nosso elenco de apoio. Já o jogo de amanhã, contra o Coritiba, até admite empate, diante de nosso histórico sofrível no Couto Pereira, um estádio hostil.

O clássico diante do SPFC, a dois dias de outro confronto contra eles no mesmo local pela Copa, não admite derrota, sob qualquer prisma. Apesar da recente virada no Paulista, perder no Morumbi traria uma dose de emoção indesejada para o futuro na Copa do Brasil, onde uma eliminação comprometeria a própria sequência no Brasileiro e no resto da temporada, num efeito dominó terrível. Este jogo pelo Brasileiro não parece, mas é um dos jogos-chave da temporada. Não podemos perder.

Terceiro quartil

Se passarmos para as quartas-de-finais das duas competições, o terceiro quartil será infernal. As rodadas 20 a 27 sempre serão disputadas nos finais de semana, com terríveis confrontos de mata-mata durante a semana. É por causa disto que temos que acumular gordura no primeiro turno.

Temos que seguir vencendo em casa e os jogos contra Goiás, Juventude e Santos não podem ter tropeços. Contra o Flamengo, na véspera da semifinal da Copa do Brasil, o jogo deve ser tenso e admite um empate – pelo menos enquanto não sabemos se os dois times estarão classificados. Pode até ser véspera de um novo confronto entre ambos, como acontece agora contra o SPFC.

Já os jogos fora de casa contra Ceará, SCCP, Fluminense e Bragantino serão onde a gordura acumulada poderá ser utilizada. Com o foco totalmente nos mata-matas, o Palmeiras terá condições de perder pontos e ainda assim se manter competitivo na disputa.

Após a data FIFA, teremos mais duas partidas fora, contra Atlético, quando um empate será bem fácil de digerir – o mesmo não se pode dizer do confronto no Engenhão, contra o Botafogo, quando a rotina de vitórias precisa ser retomada para chegar ao fim do quartil com 59 pontos.

Quarto quartil

A última parte da tabela do Brasileirão se inicia com apenas mais três jogos de mata-mata possíveis pela frente – justo as finais. Não sabemos se estaremos classificados, mas é certo que, se estivermos, será difícil manter o foco nas partidas do Brasileirão.

Por isso, os jogos em casa contra Coritiba e Avaí são fundamentais, já que os jogos fora contra Atlético-GO e Athletico-PR, mais o clássico contra o SPFC, todos imediatamente antes das partidas finais, devem nos render, no máximo, quatro pontos.

Passando pelos mata-matas, teremos então as quatro rodadas finais do Brasileirão, onde em tese poderemos ter um tropeço. Lembrando que este recorte decisivo do campeonato, de forma incrível, será feito já no período em que as seleções classificadas para a Copa do Mundo estarão reunidas visando o embarque para o Qatar.

Com o desfalque certo de Weverton, precisaremos da atuação de nossa diretoria nos bastidores para nos pouparem das convocações de Gustavo Gómez, Kuscevic e Atuesta, que não vão à Copa.

Conclusão

Com um quartil já encerrado, nosso tradicional exercício de projeção fica menos nebuloso, mas segue sendo apenas uma referência. Tudo pode mudar muito rápido.

De uma coisa, no entanto, nossa torcida pode estar certa: este time atual do Palmeiras tem todas as condições de, seguindo ou não este planejamento, conquistar os três troféus em disputa. Sobretudo se continuar tendo o apoio nas redes sociais e principalmente nas arquibancadas do Allianz Parque.

Voltaremos com a sequência deste exercício ao final do turno, entre os dias 24 e 27 de julho. VAMOS PALMEIRAS!