Campeonato Brasileiro 2002

A derrota para o Paysandu na semifinal da Copa dos Campeões aumentou a pressão sobre Vanderlei Luxemburgo, mas ninguém esperava que o treinador pedisse as contas. Sem grande orçamento, sem vaga para a Libertadores e seduzido por um projeto do Cruzeiro, o treinador deixou o Palmeiras após a primeira rodada do Brasileirão, o que foi considerado por muitos um ato de traição.

Murtosa

Perdida, sem técnico, sem projeto, a diretoria teve a brilhante ideia de trazer Flávio Teixeira, o Murtosa, para dirigir o time. O Brasileirão, com 26 clubes, teria uma fase de classificação com 25 jogos em turno único e os quatro piores classificados seriam rebaixados. Como reforços, o time trouxe de volta o ídolo Zinho, o atacante Dodô, o coringa Fabiano Eller, além de jovens destaques como Leonardo Moura e Nenê.

Nas mãos de Flávio Teixeira, o time sofreu goleadas vexatórias: 0 a 4 para o Atlético, no Palestra, e 5 a 0 para o Paraná Clube. Rapidamente todos perceberam que Murtosa não conseguiria emular Felipão, e Levir Culpi foi chamado, no desespero.

As rodadas se sucediam e o Palmeiras não reagia. Foram quatro derrotas e um empate nos primeiros cinco jogos sob o comando do novo treinador. O rebaixamento, inimaginável, passou a ser visto como uma ameaça real. Após 12 rodadas, o Palmeiras era o lanterna do campeonato com apenas 7 pontos.

Antes da partida contra o Paysandu, a torcida se mobilizou. Uma imensa imagem de Nossa Senhora Aparecida foi estendida na ferradura do Palestra. E o Palmeiras venceu por 1 a 0, com um gol de Itamar aos 24 do segundo tempo.

Parecia que o time finalmente reagiria, mas o buraco era grande. Dali em diante, a campanha foi regular, insuficiente. Uma vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense, no Maracanã, deixou o time com condições de sobreviver com suas próprias forças nas rodadas finais. O empate contra o Flamengo na penúltima rodada, combinado com outros resultados, ainda dava ao Palmeiras a chance de sobreviver com uma vitória no Barradão, contra o Vitória.

Vitória 4x3 Palmeiras

Foi um dos jogos mais amargos de nossa História. Saímos perdendo logo com 3 minutos, mas Flávio deixou tudo igual aos 5. De pênalti, o Vitória fez 2 a 1 aos 27 minutos. Nenê empatou aos 3 do segundo tempo, e a esperança ainda persistia.

O time, entretanto, não tinha forças e acabou sofrendo um gol de Zé Roberto, aos 31 minutos. Desesperado, precisando de dois gols em poucos minutos, foi todo à frente. Um empate ainda poderia salvar o Verdão caso os outros resultados ajudassem. Mas o gol de André Balada aos 40 minutos foi a pá de cal. Nem o gol de Arce, de pênalti, aos 43, serviu para alguma coisa. A catástrofe, inimaginável, estava concretizada: o Palmeiras estava rebaixado para a Segunda Divisão.

Lista e estatística dos jogadores

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