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O Verdão fez mais um ótimo jogo fora de casa e chegou à segunda vitória no campeonato ao vencer o Atlético por 3 a 1, em Curitiba. Com o resultado, o time alcançou oito pontos na tabela e chegou à segunda colocação, atrás apenas do Flamengo. O time teve muita inteligência para ler o jogo, travar as iniciativas do time da casa e ser letal no ataque, usando e abusando da qualidade técnica dos jogadores. O time agora já pensa na Copa do Brasil, já que estréia na quarta-feira, em Belo Horizonte, contra o América.

PRIMEIRO TEMPO

Talvez buscando um ataque mais móvel diante de uma defesa com três zagueiros, Roger Machado escalou Willian Bigode no ataque, no lugar de Borja. Outra surpresa foi a manutenção de Moisés como principal armador, tomando o lugar de Lucas Lima – e isto provavelmente não teve nada a ver com opção tática.

Com dois minutos de jogo, Jailson cometeu um erro grave: para evitar um escanteio, rebateu uma bola por baixo e deu no pé de Guilherme, que não conseguiu o domínio e perdeu a chance de tocar para o gol desguarnecido. Os dois times queriam a posse da bola e o jogo começou com briga intensa, com pressão alta dos dois lados.

Com seis minutos, Moisés sentiu uma puxada no posterior da coxa esquerda e foi substituído por Lucas Lima. Aos 12, a primeira chegada do Verdão: depois do escanteio curto pela direita, Dudu  cruzou no segundo pau; Antônio Carlos testou para o meio e Felipe Melo cabeceou buscando o canto esquerdo de Santos, mas a bola saiu.

Depois de um início muito pegado, os sistemas se encaixaram e o jogo, como de costume, ficou mais concentrado no meio do campo. Rosseto arriscou de longe e encaixou um belo chute, exigindo boa defesa de Jailson, que espalmou a escanteio. Na cobrança, Thiago Heleno testou para dentro e Lucho González quase empurrou para o gol, mas não alcançou a bola.

Aos 23, Carleto foi ao fundo pela esquerda e cruzou no meio da área, para ninguém; Jailson espalmou mal para o meio da área e Rosseto emendou de primeira, por cima do gol. Aos 27, Carleto bateu falta da esquerda, com força, e obrigou Jailson a rebater para o lado. E aos 30, mais uma chegada pela esquerda, em que Carleto cruzou e Pavez testou por cima, sem perigo.

O Palmeiras tinha problemas no meio-campo e não conseguia a ligação por baixo, recorrendo aos chutões e tentando pressionar a saída de bola do adversário lá perto da área – o time da casa, habituado a sair jogando no toque, mantinha a posse, mas passou a esbarrar na marcação de nossa segunda linha, que finalmente encaixou bem.

Aos 36, o Verdão voltou a assustar, após jogada rápida de lateral pela direita: a bola sobrou para Felipe Melo na frente da área e ele emendou para o gol, buscando o canto esquerdo de Santos – a bola saiu por pouco.

Aos 43, Bruno Henrique iniciou a jogada após roubada no meio do campo e tocou para Lucas Lima, que articulou rápido para Dudu, na esquerda. O capitão inverteu dentro da área para Keno, na direita, que  rolou para a chegada de Bruno Henrique, que bateu de chapa, na gaveta esquerda de Santos. O Verdão chegou à vantagem na qualidade técnica de seus jogadores, com uma jogada bem simples. Aos 46, Keno partiu pra cima de Thiago Heleno, entrou na área e rolou para Lucas Lima, que bateu de trivela raspando o ângulo direito de Santos. Vantagem merecida do Verdão, que segurou a pressão do Atlético e impôs sua maior qualidade técnica.

SEGUNDO TEMPO

Sem alterações, os times voltaram conforme o esperado: o Atlético com mais presença ofensiva e o Palmeiras armado para o contra-ataque – e o primeiro veio logo a quatro minutos, com Willian, que arrancou pelo lado direito e rolou para o lado oposto, para a chegada de Dudu, mas Santos se antecipou e evitou o segundo gol do Verdão.

Aos 9, Dudu comandou o ataque pela esquerda, Lucas Lima puxou o marcador e Dudu cortou para o meio; o capitão podia até buscar o arremate, mas tentou a enfiada para Willian – Santos mais uma vez se antecipou e saiu bem pelo chão. Aos 14, mais um contra-ataque, desta vez com Willian, que partiu pra cima de Pavez e bateu prensado, ganhando o escanteio. Na cobrança, Lucas Lima atrasou para Marcos Rocha, que tocou para Dudu e correu; o capitão bateu firme e Santos deu rebote – Marcos Rocha chegou na velocidade e meteu para dentro aumentando a vantagem do Palmeiras.

O Atlético tentou reagir rápido e Rosseto, já como volante após a entrada de Jonathan, armou a descida; ele abriu na esquerda para Carleto que cruzou na medida para Pablo cabecear forte – Jailson fez uma defesa enorme, e após a conclusão da jogada desabou para esfriar o jogo.

Aos 20, Keno engatou uma quinta marcha pela direita e tocou para Willian na meia-lua; Dudu passou pela esquerda mas o Bigode preferiu bater para o gol – o chute saiu fraquinho e Santos pegou fácil.

Com muita experiência, o Palmeiras passou a controlar o jogo e esfriou tanto o time do Atlético como sua torcida e o jogo avançava de forma muito tranquila. Aos 31, Dudu puxou mais um contra-ataque e enfiou para Lucas Lima, no bico da pequena área o camisa 20 teve a chance de fazer o terceiro mas estava desequilibrado e o pé direito tirou a bola do esquerdo na hora da conclusão. Aos 32, Hyoran entrou no lugar de Keno. Aos 37, Thiago Santos entrou no Felipe Melo.

Aos 39, Bruno Henrique roubou de Guilherme e Hyoran ligou rápido mais um contra-ataque, desta vez com Willian; no mano a mano com Pavez, ele levou vantagem e tocou na saída de Santos, pelo alto, e marcou o terceiro. E o quarto só não saiu aos 41 porque Willian se empolgou e deu uma bica na lua após linda jogada pela direita de Marcos Rocha – se deixasse passar, Lucas Lima estava com a canhota engatilhada.

Aos 44, com o jogo já em ritmo de treino, o Atlético fez o gol de honra: Bergson abriu para Jonathan, que cruzou para o meio da área, onde Pablo estava sozinho para fuzilar Jailson. O Verdão voltou à carga com o Atlético todo aberto e Hyoran fuzilou Santos, que se esforçou para mandar a escanteio. O Verdão ainda desperdiçou a chance de estabelecer a goleada no último lance, quando Lucas Lima puxou o ataque, abriu para Marcos Rocha que cruzou na medida para Hyoran e Dudu furarem de forma inacreditável. Com 3 a 1 no placar, o jogo acabou.

FIM DE JOGO

O tão cobrado investimento dá suas caras, a qualidade dos jogadores que entram não deixa o nível do jogo cair. A inteligência do time, cada vez mais entrosado, também vai aparecendo. O Verdão somou pontos fora de casa, compensou o tropeço da rodada anterior e segue o planejamento de pontos que nos levará ao decacampeonato. Que o time siga nessa pegada, que a torcida cobre apenas o que tem que ser cobrado, e vamos seguir firme nas três frentes. VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalação

Atlético-PR

Santos
Zé Ivaldo
Pavez
Thiago Heleno
Matheus Rossetto
Renan Lodi
Camacho
Lucho González
Jonathan
Thiago Carleto
Bergson
Nikão
Guilherme
Pablo
Fernando Diniz
TÉCNICO





Notas


Jogador
Descrição
Nota
Jailson
Errou duas vezes no início do jogo - uma delas, de forma grave - mas fez uma defesa importantíssima logo após o 2 a 0 que praticamente matou o jogo.
7
Marcos Rocha
Equilíbrio importante entre defesa e ataque, premiado com o primeiro gol com a camisa do Verdão.
8
Antônio Carlos
Jogou como um veterano, com muita tranquilidade.
7
Edu Dracena
Apesar da dormida no lance do gol do CAP, fez mais um bom jogo.
6.5
Diogo Barbosa
Discreto, só precisou ser firme nas descidas de Matheus Rossetto.
6
Felipe Melo
Sempre visado pela catimba do adversário, teve problemas de passe no início, mas depois se firmou.
6
Thiago Santos
Volta a ganhar moral no elenco e segue ameaçando a posição do titular.
s/n
Bruno Henrique
Mais uma vez mostrou muita regularidade, bloqueando as ações no meio e surgindo sempre como alternativa para o ataque - deixou mais um lá dentro.
8
Dudu
Aproveitou as costas de Rossetto e fez ótimas jogadas, muitas delas entrando em diagonal.
7.5
Moisés
Que pena! Na torcida para que não seja grave.
s/n
Lucas Lima
Apesar da aparente lerdeza, participou bastante dos lances agudos e só não deixou o seu porque o Bigode foi egoísta dentro da área.
7.5
Keno
Foi o melhor do primeiro tempo, fundamental para que o time encaixasse o jogo nos 15 minutos finais e chegasse à vantagem.
8
Hyoran
Crescendo demais num ótimo momento da temporada.
7
Willian
Decisivo, infernizou a trinca de zagueiros e ainda marcou o seu, fazendo Borja coçar a cabeça.
8
Roger Machado
Roger Machado
Leu o adversário e neutralizou totalmente o esquema de Fernando Diniz. O chamado nó tático explica o baile.
9




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