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16/05/2018 - 21:45
O Palmeiras venceu o Junior de Barranquilla por 3 a 1 e assim garantiu o primeiro lugar geral da fase de grupos da Libertadores, o que garante ao Verdão a primazia de decidir todos os mata-matas em casa atéo final da competição.
Os grandes nomes do jogo foram Fernando Prass e Borja, que, com atuações de gala, evitaram que a arbitragem nos tungasse a vitória e a vantagem. O paraguaio Enrique Cáceres e seus auxiliares estavam nitidamente dispostos a tirar a vantagem do Palmeiras, mas não conseguiram.
PRIMEIRO TEMPO
O Verdão entrou em campo com uma escalação alternativa, sobretudo na defesa. Chamou a atenção a braçadeira de capitão, que ficou com Fernando Prass, mesmo com Dudu em campo. E o Junior veio com tudo pra cima do Palmeiras, mostrando que queria definir o jogo desde o começo, fazendo marcação alta e tornando nossa troca de passes bastante difícil.
Aos 9, Emerson Santos errou um passe após quase dois minutos de paciente troca de bolas; Chará agradeceu, tocou para Barrera, que ligou com Téo Gutierrez, cara a cara com Fernando Prass, que abafou. Logo depois, Thiago Santos viu Mayke se projetando e fez um lindo lançamento; o lateral cruzou por baixo, depois que Borja já tinha passado da linha da bola; Guerra ainda tentou aproveitar e abriu para Dudu, que bateu fraco. O Junior respondeu rápido, com Chará levantando para González cabecear, mas Prass defendeu sem muitos problemas.
A pressão inicial do Junior foi para o espaço e o Palmeiras tomou o controle do jogo, mas a troca de passes era muito pobre e o time tinha enorme dificuldade para envolver a defesa colombiana. Aos 28, Guerra tabelou com Borja e quase conseguiu o chute, mas foi travado na linha da pequena área; Thiago Santos ainda tentou emendar o rebote, mas a bola subiu muito. Nosso camisa 5, mais uma vez, era o dono do meio do campo: bloqueava a maioria das tentativas do Junior e ainda ditava o tom das armações, com o auxílio de Guerra, bem mais móvel que Lucas Lima.
Aos 35, Willian Bigode aparou um chute de longe de Victor Luis, chegou a chapelar Arias dentro da área e se preparava para fazer um gol de cinema, mas acabou desarmado na hora H por Piedrahita. Aos 38, Barrera recebeu no meio e suspendeu para a área; Luan rebateu mal, para o meio, e Téo Gutierrez bateu no canto direito alto, mas Fernando Prass fez uma enorme defesa.
Um minuto depois, González fez o cruzamento por trás de Emerson Santos e Chará, que é menor que o Dudu, cabeceou de frente para o gol, mandando no cantinho, e Prass mais uma vez fez uma defesa monstruosa. O Palmeiras respondeu numa descida rápida que começou com Dudu, passou por Tchê Tchê, que tocou para Guerra, que pela segunda vez deixou um companheiro em condições de marcar: Dudu saiu na cara de Viera mas bateu mal, em cima do goleiro. Aos 42, Dudu deixou Guerra na cara de Viera, que abafou bem na saída do gol. O primeiro tempo ficou muito aberto no final, mas acabou mesmo sem gols.
SEGUNDO TEMPO
Sem mexidas, os times voltaram atrás da vitória: o Palmeiras, porque jogava em casa, e o Junior, porque já sabia que o Boca estava vencendo o Alianza por 4 a 0. E o Verdão começou mais forte: Tchê Tchê, aos 4, soltou um canudo de fora que encobriu o goleiro e explodiu no travessão. Aos seis, o primeiro gol: Mayke tabelou com Borja e cruzou por baixo; Viera tentou segurar e deu rebote, aí Borja recolheu, girou e bateu prensado, a bola entrou sofrida, mas o gol valeu.
Aos 8, Emerson Santos permitiu a tabela entre Barrera e Téo Gutierrez, que disputou a jogada com Luan dentro da área e se desmanchou – o juiz não teve a menor vergonha de marcar pênalti. Barrera bateu e Fernando Prass voou no canto esquerdo para pegar sem dar rebote. O estádio pegou fogo!
Aos 10, Dudu cruzou para Mayke, que escorou de peito pra Borja, que pegou de voleio e faria um golaço,mas Viera fez uma defesa espetacular. Dois minutos depois,Dudu recebeu de Borja, de frente, e bateu rasteiro; a bola desviou na zaga e saiu.
Aos 13, González foi lançado em velocidade, mas Fernando Prass se antecipou e rachou, dando um chutão que pegou a defesa do Junior desatenta; Willian aproveitou e tocou para Borja, que invadiu, ameaçou dar uma patada mas esperou o goleiro se atirar para dar uma cavadinha, fazendo um golaço.
Aos 19, Dudu recebeu deWillian e bateu cruzado; a bola passou muito perto. O Junior queimava seus últimos cartuchos e aos 20 Chará achou Téo Gutierrez livre e tocou; mesmo escandalosamente impedido o veterano tocou para o gol e a arbitragem validou. Um escândalo.
Com um gol roubado, o Palmeiras viu a vitória ameaçada e partiu para matar o jogo. Aos 22, Borja achou Willian livre pela esquerda, mas o chute saiu fraquinho e ficou fácil para Viera. E aos 23, Guerra bateu falta na área; Murillo cortou mal e Borja só teve o trabalho de empurrar para as redes. A bola procurou por seus pés.
Aos 26, Roger fez duas mexidas: Bruno Henrique entrou no lugar de Tchê Tchê e Hyoran substituiu Borja, que saiu consagrado. Aos 28, Hyoran entrou driblando na área e tocou para Willian, mas a zaga cortou em cima da hora; no rebote, Thiago Santos bateu de fora e Viera defendeu.
Aos 31, linda tabela entre Dudu e Willian; o camisa 7 recebeu dentro da área e tocou na saída de Viera, mas não teve sorte e a bola saiu triscando a trave esquerda do colombiano. Aos 32, Hyoran recolheu um passe de Guerra e bateu por cima, com perigo. Era um passeio.
Aos 36, numa descida do Junior, a bola bateu na mão de Luan dentro da meia lua. Ruiz bateu mal, por cima. Com 3 a 1 no placar, os dois times diminuíram o ritmo e a partida caminhou para seu final.
FIM DE JOGO
Mesmo contra um time desesperado e desarrumado, nosso mistão aproveitou as chances e teve até momentos de brilho, fazendo jus ao placar. A arbitragem também complicou, mas nem assim nos tirou a vitória.
Guerra mostrou estar em condições melhores que Lucas Lima e pede passagem, assim como Thiago Santos, que fez tudo o que Felipe Melo faz, com muito mais vigor físico. E Roger que se vire para mandar o Prass de volta pro banco.
Miguel Borja engrossou algumas vezes, mas deixou os companheiros duas vezes na cara do gol em tabelas muito bonitas; fez três gols de NOVE-NOVE e só não fez o quarto, de voleio, porque Viera fez uma enorme defesa. Sem dúvidas, a melhor partida do colombiano com nossa camisa. Parece que ele nasceu para jogar Libertadores.
O Verdão segue numa rotina de virar chavinhas: sábado, pega o Bahia, pelo Brasileirão; no meio da semana, tenta passar de fase na Copa do Brasil contra o América; e no outro sábado encara o Sport, novamente pelo Brasileirão. Todas no Allianz Parque. Ótima sequência para embalar e recuperar o moral com a torcida. VAMOS PALMEIRAS!