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19/05/2018 - 21:00
Em partida de grande desempenho técnico de quase todo o time, o Verdão venceu o Bahia pelo clássico placar de 3 a 0 no Allianz Parque e voltou ao G4 do Brasileirão – agora seca o Grêmio e o SCCP para se manter entre os quatro primeiros. A distância para o líder permanece em dois pontos.
PRIMEIRO TEMPO
Lucas Lima voltou à titularidade e iniciou o jogo como a grande esperança de que o Palmeiras vencesse a dura disputa pelo meio-campo, contra um adversário com dois volantes de pegada. O Verdão começou muito forte, abrindo o placar aos 3 minutos: Keno lançou Borja, que disputou com Everson, entrou na área, podia ter tentado cavar o pênalti no choque com Lucas Fonseca mas insistiu – ele rolou para Willian Bigode, que só escorou para o gol.
Aos seis, Jailson jogou uma bola no fogo para Felipe Melo; Júnior Brumado se antecipou, roubou e tocou para Vinicius, que bateu forte – Edu Dracena desviou a bola que levaria perigo, mas saiu em escanteio. Aos nove, depois de rebote de escanteio, Léo Pelé recolocou na área; nossa defesa dormiu e Lucas Fonseca escorou livre, de frente, e a bola bateu na forquilha esquerda de Jailson.
Aos 14, Zé Rafael recebeu no meio do campo, ganhou de Marcos Rocha e avançou sem ser incomodado, invadiu a área e bateu cruzado, para boa defesa de Jailson. O Bahia teve três boas chances por erros sucessivos de passes que o Palmeiras cometia. Apesar da vantagem no placar, o Palmeiras jogava mal e não conseguia organizar as jogadas.
Aos 24, depois de bom centro de Lucas Lima, Keno rachou com Douglas, que afastou no soco; a bola caiu nos pés de Willian, que limpou o marcador e bateu forte, de curva, e Douglas fez uma defesa pra sair na foto. Após um início sonolento, nosso camisa 20 despertou, passou a ser mais participativo e o jogo voltou a pertencer ao Palmeiras.
Aos 32, Marcos Rocha bateu o escanteio curto com Lucas Lima, que podia suspender para a área, mas preferiu devolver para o lateral, livre; ele invadiu, percebeu Antônio Carlos se aproximando e tocou no meio de três defensores do Bahia, que só olharam nosso zagueiro-artilheiro ir mais uma vez às redes. Foi o terceiro gol do camisa 25 no ano.
O visitante não desistia e aos 34 construiu uma linda jogada: Zé Rafael acionou Júnior Brumado e se projetou, o novo passe achou Vinicius na área e ele tocou de primeira para a chagada de Zé Rafael, que improvisou uma puxeta e quase fez um golaço – a bola encobriu o gol de Jailson.
Aos 41, um gol com a facilidade que todos sempre desejamos: bola de pé em pé, de Felipe Melo para Bruno Henrique, daí para Lucas Lima, tudo pela faixa de dentro do gramado; o camisa 20 deu um passe de cinema para Borja, que fez o facão por trás de Lucas Fonseca e tocou por baixo de Douglas, para fazer o terceiro gol, enlouquecer e atirar a camisa para a torcida – e levar cartão amarelo.
Aos 43, Keno foi lançado, matou no peito, chapelou Everson e tocou para o excelente apoio de Bruno Henrique, que foi ao fundo e cruzou por baixo, para a chegada de Borja, que escorou mal, perdendo gol feito – mas depois do belo gol, da assistência e com o placar folgado, só recebeu aplausos. O primeiro tempo acabou com três gols de vantagem, o que não foi bem o que aconteceu no jogo – mas o que interessa é quem coloca pra dentro as chances que cria.
SEGUNDO TEMPO
Os dois times voltaram sem mexidas para o segundo tempo e o Verdão seguia em ritmo forte, ao menos nos minutos iniciais. Aos três, Diogo Barbosa apoiou bem pela esquerda e cruzou para a chegada de Borja; Willian não percebeu e tentou aproveitar e os dois se embolaram, desperdiçando boa chance.
Aos 8, Lucas Lima controlou bem a bola pela direita, esperou a movientação na área e cruzou para Borja, que se atirou na bola – Douglas fez grande defesa. Um minuto depois, mais uma vez Lucas Lima ligou com Borja, que bateu da entrada da área,por cima. Douglas sentiu a virilha no tiro de meta e deu lugar a Anderson.
O placar definido fez os dois times naturalmente diminuírem a intensidade e o jogo ficou bem menos interessante. Aos 21, Nino Paraíba aproveitou uma bola na direita e bateu direto, quando todos esperavam o cruzamento – Jailson fez uma grande defesa. Aos 26, Borja saiu para a entrada de Hyoran e recebeu uma salva de aplausos impressionante. Boa Copa, Miguelito!
Aos 29, Lucas Lima enfiou para Keno, em impedimento; livre, o camisa 11 puxou a jogada e rolou para Willian, livre, sem goleiro – mas o camisa 29 bateu a bola no travessão, de forma inacreditável. No fundo, foi até bom que o gol não saiu, pois seria irregular. Aos 33, Felipe Melo deu lugar a Thiago Santos e passou a braçadeira para Edu Dracena. Dois minutos depois, Guerra rendeu Keno.
Aos 38, Elber recebeu um bom passe pela esquerda, invadiu a área e bateu com pouco ângulo – Jailson fechou as pernas pra não levar entre as canetas e tirou do gol com o calcanhar; Zé Rafael pegou a sobra do outro lado e tentou bater de novo, e Jailson foi lá e colocou a escanteio. Na batida, Everson cabeceou forte e a bola triscou o travessão.
Aos 45, Guerra fez um lindo passepor elevaçãopara Willian, que tentou bater mas foi travado; Guerra ainda teve a chance de pegar o rebote mas não conseguiu equilibrar o corpo para bater bem e Anderson defendeu. Dois minutos depois, nova tabela entre Willian e Guerra, e o camisa 29 bateu por baixo para mais uma defesa de Anderson. Na última chance do jogo, Lucas Lima isolou uma bola rolada por Guerra, depois da bola passar por toda a nossa linha ofensiva de pé em pé. E assim o jogo acabou.
FIM DE JOGO
Não houve nenhum grande movimento tático; o Palmeiras jogou no automático e contou com noites inspiradas de quase todo o time. Lucas Lima demorou um pouco para acender, mas após 20 minutos de jogo pegou no tranco e o time deslanchou.
Todos jogaram muito bem e as jogadas saíram com naturalidade. Foi um jogo perfeito para a torcida perceber como é bom ter jogadores com boa condição técnica em todas as posições.
Uma pena perder Borja, justo agora. O colombiano atravessa, seguramente, sua melhor fase no Palmeiras, mas deixa o time para servir a sua seleção. Uma coisa fica clara: Willian, à sua moda, deve dar conta do recado. A próxima missão é ratificar o avanço na Copa do Brasil, contra o América. Vira de novo a chavinha, e VAMOS PALMEIRAS!