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21/03/2018 - 21:45

O Palmeiras venceu o Novorizontino por cinco a zero esta noite no Allianz Parque e avançou às semifinais do Campeonato Paulista. Além da vaga, o Verdão também selou a vantagem do mando numa possível final, já que, caso se classifique, não poderá mais ser alcançado por nenhum adversário.

O Palmeiras chegou à quarta vitória consecutiva sem tomar gols; marcou 13 vezes – é uma sequência de muito respeito. Conseguiu também a maior goleada dos 101 jogos disputados até agora no Allianz Parque – antes desta partida, o Verdão havia aplicado duas goleadas por 5 a 1, sobre o Sampaio Corrêa em 2015 e sobre o Sport, no fim do ano passado.

PRIMEIRO TEMPO

Com Willian enfiado no meio dos zagueiros, o Verdão entrou em campo tentando entender como jogar sem a referência de Borja. Keno saiu jogando pela esquerda, invertido com Dudu, e foi dele o primeiro cruzamento perigoso para a área, aos 3 minutos – Willian não conseguiu o cabeceio por 5 centímetros de estatura.

Aos seis, depois de muita insistência, saiu o primeiro: Dudu brigou pela direita e cruzou; Antônio Carlos disputou por cima e a bola sobrou com Lucas Lima, que abriu na esquerda para Willian; o cruzamento veio por baixo e Bruno Henrique, na pequena área, tocou para dentro.

O gol matou o Novorizontino moralmente e o jogo virou um massacre. Aos oito, Dudu aproveitou um bom contra-ataque, puxou para dentro e enfiou para Willian no facão; o Bigode não acompanhou pensando que a bola iria para Marcos Rocha, que passava por fora, e perdeu a chance de entrar com bola e tudo.

Aos 18, Keno fez a jogada de velocidade pela esquerda, tabelou com Lucas Lima, recebeu de volta já dentro da área e tocou na saída de Oliveira, de cavadinha, marcando um golaço. Estava muito fácil.

Aos 23, Keno fez linda jogada pelo fundo, invadiu a área e tocou por baixo; Willian perdeu a chance de tocar para dentro e fazer o terceiro. O Verdão aproveitava os mesmos espaços deixados pelo Novorizontino na partida de ida e entrava na área adversária como queria.

Dois minutos depois, Lucas Lima puxou o contra-ataque e ligou com Dudu na direita; o capitão teve a chance de ir para dentro, mas preferiu esperar a definição da defesa; Lucas Lima se apresentou do outro lado com toda a liberdade e Dudu fez um lindo passe por cima; o camisa 20 dominou e soltou a perna, para ótima defesa de Oliveira.

Aos 33, a primeira jogada de bola parada: Marcos Rocha bateu falta da direita e Felipe Melo se projetou na área tentando o arremate; não alcançou e a bola quase entrou direto, assustando Oliveira. Um minuto depois, Lucas Lima armou o contra-ataque e lançou Marcos Rocha; já dentro da área, o lateral puxou dois marcadores e girou o corpo para cruzar para Willian, sem marcação – ele encheu o pé e marcou o terceiro.

Aos 37, a primeira chegada do visitante: Jean Carlos arriscou do meio da avenida e acertou um belíssimo chute, exigindo boa defesa de Fernando Prass, que espalmou a escanteio. Um minuto depois, a bola aérea do Novorizontino apareceu de novo: Jean Carlos bateu falta da esquerda e Guilherme Teixeira apareceu no segundo pau para escorar, livre, mas a bola saiu por cima.

Aos 41 começou a chover sobre o Allianz Parque, o Palmeiras então diminuiu o ritmo do jogo e parecia esperar pelo apito final do primeiro tempo. Mas no último lance, após falta pela direita batida rápido por Marcos Rocha por baixo, Keno invadiu a área e tocou para Dudu, que fintou Éder Ferreira e tocou para fazer o quarto o gol. Parecia churrasco.

SEGUNDO TEMPO

A chuva não deu trégua e Verdão voltou com duas mexidas: Tchê Tchê no lugar de Marcos Rocha e Edu Dracena no lugar de Thiago Martins. O Novorizontino também fez duas alterações: Thallyson deu lugar a Lucas Silveira e Jean Carlos saiu para a entrada de Valdeir. Na prática, o que se viu foi que Doriva mandou o time recuar, para evitar uma goleada histórica.

Aos sete, a primeira boa chegada do Verdão: Bruno Henrique tabelou com Tchê Tchê pelo meio e bateu rasteiro da meia-lua; a bola saiu à esquerda do gol de Oliveira, por pouco. Aos 13, escanteio curto e Tchê Tchê cruzou para Felipe Melo, na marca do pênalti; a testada saiu forte mas foi em cima de Oliveira, que fez a defesa.

Aos 15, Tchê Tchê infiltrou pelo meio e tentou ligar com Willian, enfiado na área; na matada, a bola subiu e ele não teve dúvidas: meteu uma bike e a bola saiu à esquerda de Oliveira, assustando o goleirão.

Fechadinho, o Novorizontino se tornou um teste interessante para o Palmeiras tentar furar com esta nova configuração, tendo Willian como referência. Mas aos 19, o jogo mudou, com a expulsão de Jonatan Lima, que levou o segundo amarelo por falta grosseira sobre Keno. Roger mandou Papagaio a campo, no lugar do camisa 29. O jogo era ataque contra defesa; o Novorizontino não passava do meio do campo.

Já sem a chuva para atrapalhar, o Verdão conseguiu um pênalti aos 28: Keno recebeu a bola invertida por Felipe Melo e foi para o drible, recebendo a falta dentro da área. Felipe Melo foi para a batida e tocou de forma bisonha, por cima do gol. Tentou fazer graça e prejudicou a ótima partida que vinha fazendo.

Mas aos 33, Keno fez uma jogada mágica pela esquerda, de calcanhar, deixando Lucas Lima livre para entrar na área; o camisa 20 parecia até constrangido tamanha a facilidade; olhou, escolheu e ergueu na cabeça de Papagaio, que marcou seu primeiro gol com a camisa do Verdão.

Após o quinto gol, as duas equipes se deram por satisfeitas. A bola rolava tranqüila pra lá, pra cá, enquanto parte da torcida já se encaminhava para o metrô. Vinicius Furlan encerrou o jogo aos 45 minutos, sem acréscimos.

FIM DE JOGO

O gol logo no início selou a classificação e deu o tom do jogo. O Palmeiras jogou com foco e apetite, buscou os gols quase o tempo todo e se aproveitou da falta de vocação do Novorizontino para se defender. O primeiro tempo teve momentos que lembrou o time de 1996, tamanha a facilidade com que envolvia o time do interior.

O adversário nas semifinais será conhecido amanhã – a tendência é que seja o Santos, algo que só não acontecerá se o SCCP derrotar o Bragantino por um gol e o time do interior avançar nos pênaltis. Venha quem vier, o time parece pronto. VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

25.446

R$ 1.471.899,40

Vinicius Furlan

Súmula

Borderô

Escalação

Novorizontino

Oliveira
Tony
Guilherme Teixeira
Éder Ferreira
Thallyson
Lucas Siqueira
Adilson Goiano
Jonatan Lima
Jean Carlos
Valdeir
Cleo Silva
Reverson
Alisson Safira
Juninho
Doriva
TÉCNICO





Notas


Jogador
Descrição
Nota
Fernando Prass
Algumas boas saídas pelo alto e uma ótima defesa num chute de longe.
6.5
Marcos Rocha
Participou de dois gols, jogando muito tranquilo.
7.5
Tchê Tchê
Jogou sério, apoiando bastante, e trocou bons passes.
6.5
Antônio Carlos
Conseguiu ser vibrante num jogo em que devia ter ficado com sono.
7
Thiago Martins
Nenhum problema nos 46 minutos em que ficou em campo.
6.5
Edu Dracena
Não existe ocasião melhor para reentrar em campo do que num jogo como este. Pegou um pouco de ritmo.
6.5
Victor Luis
Excelente partida, muito importante na marcação a Cleo Silva nos momentos em que o Novorizontino poderia dificultar o jogo, sobretudo no primeiro tempo. Respondeu da melhor forma possível à presença de Diogo Barbosa no banco.
8.5
Felipe Melo
Poderia ter sido o melhor em campo não fosse o pênalti bizarro.
7.5
Bruno Henrique
Tá encaixado demais no esquema. Parece feito sob medida para ele.
8
Keno
Endiabrado, fez um golaço e uma jogada mágica que deu no quinto gol. E dizem que "é jogador de segundo tempo"...
8.5
Lucas Lima
Correu o campo todo mais uma vez, com muita presença e disposição - e participações em gols.
7.5
Dudu
Tá solto, tanto na esquerda, quanto na direita, só esperando os clássicos.
8
Willian
Se garante em qualquer pedaço do campo lá na frente. Joga muito.
8
Rafael Elias
Centroavante tem que fazer gol. Foi lá e fez.
8
Roger Machado
Roger Machado
Irreparável. Onde este homem vai parar?
8.5




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