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24/03/2018 - 19:00

Dosando as energias – até mais que o normal – o Palmeiras venceu o Santos por 1 a 0 e abriu uma vantagem muito interessante para resolver a classificação – o time agora joga pelo empate no jogo de volta, na terça-feira, quando terá o apoio de toda a nossa torcida. O destaque do jogo foi Jailsão da Massa, que fez grandes defesas nos momentos de pressão do time da casa e garantiu a vantagem.

PRIMEIRO TEMPO

Roger Machado, como de costume, não aprontou nenhuma surpresa na escalação. Já o Santos, além da já esperada mudança de Jean Mota por Diogo Vitor, precisou alterar a escalação esperada em duas posições: Leo Cittadini sentiu lesão na coxa e Renato entrou em seu lugar. Na ponta esquerda, por desgaste físico do titular, Jair Ventura escalou Arthur Gomes no lugar de Rodrygo.

Os dois times começaram o jogo marcando forte a saída de bola do adversário – isso fez com que a maioria das jogadas morresse antes de chegar à intermediária oposta. A primeira finalização foi do Palmeiras, aos 9 minutos: Jailson fez o lançamento para Keno, na esquerda; ele engatou a terceira, cortou para dentro e bateu pelo alto, buscando o ângulo esquerdo de Vanderlei, mas errou o alvo.

Aos 11, o apoio de Bruno Henrique foi fundamental: ele recebeu de Keno, virou o jogo para Dudu na direita; o capitão cruzou por baixo e Willian Bigode, na pequena área, só escorou para as redes. Muito fácil, parecia o Novorizontino.

O Santos sentiu a pressão do gol e passou a querer resolver todas as jogadas com rapidez, o que facilitava a missão do Palmeiras de ganhar a batalha pelo meio do campo. Aos 19, Willian e Keno tabelaram e invadiram a área; a defesa do Santos fechou os espaços e a bola foi rolada para Dudu, que emendou de primeira, sem direção.

Aos 23, Keno, invertido, deitou em cima de Dodô e cruzou por baixo; Dudu escorou para trás e Willian bateu da meia-lua – Vanderlei defendeu com as pernas. Aos 28, Bruno Henrique tentou de fora da área, mas exagerou na curva e a bola saiu à direita do gol. O domínio do Palmeiras era absoluto.

Aos 30, Lucas Lima pressionou a saída de bola de Vanderlei, que chutou em cima do camisa 20 e a bola sobrou limpa para Keno, que ia marcar o segundo; mas a arbitragem paralisou acusando toque de braço Lucas Lima – mas seu braço estava colado ao corpo. Muito prejudicado o Palmeiras nessa marcação.

O Verdão diminuiu o ritmo inexplicavelmente, diante de tanta facilidade, e o Santos quase chegou aos 39, na bola parada: a falta da direita foi cobrada na marca do pênalti, Thiago Martins dividiu com David Braz pelo alto e a bola foi em direção ao segundo pau, onde Gabriel tentou alcançar mas não chegou a tempo. O Verdão respondeu no minuto seguinte, com Dudu, batendo de frente buscando o canto direito de Vanderlei, mas a bola saiu à direita.

A falta de pegada do Palmeiras na parte final do primeiro tempo por pouco não custou caro em dois lances em que Jailson brilhou: aos 43, Thiago Martins vacilou feio na saída de bola, perdeu para Gabriel que invadiu a área pela direita e tentou bater por baixo de Jailson, que fechou o ângulo e defendeu bem, mandando a escanteio. Na cobrança, Renato ganhou de Felipe Melo e testou firme, no canto esquerdo, mas Jailson foi buscar com muito reflexo e salvou o Verdão. Serviu de alerta para o time voltar mais ligado no segundo tempo.

SEGUNDO TEMPO

Os dois times voltaram do vestiário sem alterações. E o Palmeiras chegou logo com dois minutos: Keno articulou pela esquerda e acionou Victor Luis, que invadiu a área, cortou para dentro e bateu cruzado à meia altura, exigindo ótima defesa de Vanderlei – se batesse rasteiro, era caixa. Um minuto depois, Keno fez mais uma jogada individual em cima de Daniel Guedes e, mesmo com Dudu fechando como centroavante, tentou colocar no canto de Vanderlei, mas errou o alvo. Marcos Rocha sentiu uma fisgada e pediu substituição – Tchê Tchê entrou em seu lugar.

Ainda frio, Tchê Tchê foi vencido por Arthur Gomes, que cruzou forte na pequena área; Jailson rebateu para o alto e Gabriel emendou de primeira na caída da bola, mas pegou mal e ela subiu muito. O Palmeiras respondeu aos sete, com Keno aparando lançamento longo e acionando Lucas Lima, que emendou de canhota, para fora.

Os dois times resolveram acelerar o jogo, que ficou bastante aberto por alguns instantes. Aos 17, Dudu puxou o contra-ataque e abriu para Tchê Tchê, que cortou para dentro e bateu de esquerda, cruzado, mas a bola passou ao lado do ângulo direito de Vanderlei.

Aos 19, numa bola que parecia morta, Bruno Henrique cochilou e Gabriel conseguiu aproveitar, tocando para Eduardo Sasha, que bateu prensado com Bruno Henrique, que se recuperou no lance. Aos 21, Rodrygo, que tinha acabado de entrar, pegou de fora da área uma bola rebatida por Antônio Carlos e bateu forte, exigindo ótima defesa de Jailson, que desabou e esfriou o jogo. Bruno Henrique deu lugar a Moisés enquanto nosso goleiro era atendido. Pouco depois, Felipe Melo, exausto, deu lugar a Thiago Santos.

O Santos tentava atacar sem muita organização, na base da vontade, tentando explorar nosso lado direito, com Rodrygo em cima de Tchê Tchê. O Palmeiras cozinhava o jogo, estranhamente satisfeito com o placar magro. Jailson trabalhou de novo aos 30: Gabriel bateu de fora da área e acertou o cantinho esquerdo; nosso goleiro foi buscar.

Aos 37, Gabriel saiu da área mais uma vez e conseguiu um bom cruzamento pela direita; Vitor Bueno se descolou de nossa zaga e cabeceou livre, mas para nossa sorte foi na direção de Jailson, que defendeu bem. O Palmeiras respondeu em ritmo lento, após uma falta sofrida por Dudu que Lucas Lima bateu na barreira.

Os minutos finais foram marcados por um Palmeiras fazendo o relógio passar e o Santos tentando atacar de qualquer jeito, mas parando em nossa defesa. Aos 49, Flavio Rodrigues de Souza encerrou a partida.

FIM DE JOGO

O Palmeiras respeitou demais o Santos e não só perdeu a chance de abrir uma vantagem muito mais confortável, como ainda deu chance do time da casa empatar o jogo, não fosse uma atuação soberba de Jailson. O Verdão agora tem dois dias para se recuperar fisicamente e ratificar a vantagem. Esperamos, com Marcos Rocha recuperado. VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalação

Santos

Vanderlei
Daniel Guedes
Lucas Veríssimo
David Braz
Dodô
Alisson
Renato
Vitor Bueno
Diogo Vitor
Rodrygo
Eduardo Sasha
Gabriel
Arthur Gomes
Jean Mota
Jair Ventura
TÉCNICO





Notas


Jogador
Descrição
Nota
Jailson
Pegou tudo, sendo pelo menos duas defesas em altíssimo nível. O cara do jogo.
9
Marcos Rocha
Fazia uma partida irrepreensível até sentir a lesão.
7
Tchê Tchê
Parece destoar do resto do time, desanimado com a perda da posição.
5.5
Antônio Carlos
Só deu mole no lance do Vitor Bueno, já perto do final. Muito firme.
7
Thiago Martins
O vacilo no lance com Gabriel foi gravíssimo. Voltou a oscilar em jogo grande.
5
Victor Luis
Do lado dele, ninguém se criou. E ainda arriscou umas descidas.
7
Felipe Melo
Chegou forte demais "pra colocar moral" no primeiro tempo, sem precisar. Segurou o meio do Santos enquanto teve fôlego.
6
Thiago Santos
Foi importante para ajudar na cobertura de Tchê Tchê na direita, entrou muito bem.
6.5
Bruno Henrique
Fundamental na jogada do gol, fez muito bem na sua missão de ganhar o meio no primeiro tempo. A exemplo de Felipe Melo, pregou na fase final.
7
Moisés
Foi o clone do Bruno Henrique, e manteve a qualidade.
6.5
Dudu
Muita firula depois do 1 a 0, podia ter jogado mais simples. Tomou um cartão bobo no fim do jogo.
6.5
Lucas Lima
Tranquilo, suportou a pressão da torcida do Santos e deu o tom do time principalmente no primeiro tempo.
7.5
Keno
Infernizou a defesa do Santos durante todo o jogo, caindo pelos dois lados. Faltou só um capricho na finalização.
8.5
Willian
Além do oportunismo no gol, foi muito bem no trabalho defensivo, salvando bolas até na área defensiva.
8
Roger Machado
Roger Machado
Talvez tenha faltado exigir do time no intervalo mais intensidade para aumentar a vantagem. Armou bem o time em cima do Keno e fechou bem os espaços quando o Santos aumentou a pressão do nosso lado direito.
7.5




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