Ovacionado pelo público presente, Abel Ferreira falou sobre o Palmeiras, família e do livro “Cabeça Fria, Coração Quente”
A Arena Cultural Pólen, maior estande da 26ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, transformou-se em arquibancada do Allianz Parque no final da tarde de quinta-feira, quando o técnico Abel Ferreira apareceu para palestrar. Ovacionado, o treinador era aplaudido e ouvia gritos de apoio a cada frase finalizada.
O mediador do bate-papo foi Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal no Brasil, que utilizou o livro “Cabeça Fria, Coração Quente” como guia para a conversa.
Abel iniciou o bate-papo agradecendo a todos que compareceram ao evento. “Estou muito nervoso”, disse. “Queria cumprimentar todos, independentemente do clube de vocês. Estou aqui como ser humano, como pessoa que gosta de ler, crescer e de aprender”, complementou.
O treinador, que separou algumas horas de seu dia de folga para atender os torcedores, discursou sobre sua trajetória no Palmeiras e foi além do futebol; houve momentos de reflexão sobre educação e de emoção ao falar sobre a família, além de descontração, como o gosto por novelas brasileiras e a revelação do exame de sangue alterado por causa do vício em doces.
“Sou formado em educação física e queria partilhar com vocês que são jovens: por favor, não cometam o erro de deixar de estudar. Se vossos pais trabalham para dar esta facilidade, agarrem com unhas e dentes. Os conselhos que posso dar neste evento tem a ver com estudo, literatura e educação”, declarou.
Por fim, Abel falou da conexão que sente com o Palmeiras e os torcedores e sobre o respeito. Confira:
A vez de Tiago Costa, auxiliar de Abel Ferreira
No período da manhã, outro membro da comissão técnica de Abel Ferreira foi à Bienal do Livro para palestrar: Tiago Costa. Auxiliar técnico responsável pela análise de desempenho, Costa esteve presente no Estande de Portugal.
O assistente falou da sua trajetória no futebol, desde o início no futsal até a escolha para ser treinador de campo; dos desafios para redigir o livro “Cabeça Fria Coração Quente” e de realizar sua função no Brasil, devido às dificuldades impostas pelo calendário; além dos valores inegociáveis da comissão técnica.
“O que o jogador de futebol precisa é de alguém que seja direto. Essas questões humanas, que pra mim valem muito, é um dos traços do trabalho do Abel. Entendemos a importância da saúde mental. Nós não treinamos jogadores de futebol, e sim homens. Temos a felicidade de estar em clube que também possui esses valores humanos. É um casamento perfeito”, disse.
“O vestiário saudável é mais importante para nós do que a tática. Quem chuta a bola ou dá o passe, nós pensamos que é o atleta, mas podemos pensar que é o homem”, acrescentou.
Ao final do bate-papo, Tiago Costa ainda atendeu aos torcedores presentes, autografando o livro, tirando fotos e separando alguns minutos para conversar.