Sobre a vida e o futebol: Abel Ferreira na 26ª Bienal do Livro

Sobre a vida e o futebol: Abel Ferreira na Bienal do Livro.
Gabriel Yokota

Ovacionado pelo público presente, Abel Ferreira falou sobre o Palmeiras, família e do livro “Cabeça Fria, Coração Quente”

A Arena Cultural Pólen, maior estande da 26ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, transformou-se em arquibancada do Allianz Parque no final da tarde de quinta-feira, quando o técnico Abel Ferreira apareceu para palestrar. Ovacionado, o treinador era aplaudido e ouvia gritos de apoio a cada frase finalizada.

O mediador do bate-papo foi Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal no Brasil, que utilizou o livro “Cabeça Fria, Coração Quente” como guia para a conversa.

Abel iniciou o bate-papo agradecendo a todos que compareceram ao evento. “Estou muito nervoso”, disse. “Queria cumprimentar todos, independentemente do clube de vocês. Estou aqui como ser humano, como pessoa que gosta de ler, crescer e de aprender”, complementou.

O treinador, que separou algumas horas de seu dia de folga para atender os torcedores, discursou sobre sua trajetória no Palmeiras e foi além do futebol; houve momentos de reflexão sobre educação e de emoção ao falar sobre a família, além de descontração, como o gosto por novelas brasileiras e a revelação do exame de sangue alterado por causa do vício em doces.

“Sou formado em educação física e queria partilhar com vocês que são jovens: por favor, não cometam o erro de deixar de estudar. Se vossos pais trabalham para dar esta facilidade, agarrem com unhas e dentes. Os conselhos que posso dar neste evento tem a ver com estudo, literatura e educação”, declarou.

Por fim, Abel falou da conexão que sente com o Palmeiras e os torcedores e sobre o respeito. Confira:

A vez de Tiago Costa, auxiliar de Abel Ferreira

No período da manhã, outro membro da comissão técnica de Abel Ferreira foi à Bienal do Livro para palestrar: Tiago Costa. Auxiliar técnico responsável pela análise de desempenho, Costa esteve presente no Estande de Portugal.

Tiago Costa, auxiliar de Abel Ferreira, participa de debate na Bienal do Livro de São Paulo.
Gabriel Yokota

O assistente falou da sua trajetória no futebol, desde o início no futsal até a escolha para ser treinador de campo; dos desafios para redigir o livro “Cabeça Fria Coração Quente” e de realizar sua função no Brasil, devido às dificuldades impostas pelo calendário; além dos valores inegociáveis da comissão técnica.

“O que o jogador de futebol precisa é de alguém que seja direto. Essas questões humanas, que pra mim valem muito, é um dos traços do trabalho do Abel. Entendemos a importância da saúde mental. Nós não treinamos jogadores de futebol, e sim homens. Temos a felicidade de estar em clube que também possui esses valores humanos. É um casamento perfeito”, disse.

“O vestiário saudável é mais importante para nós do que a tática. Quem chuta a bola ou dá o passe, nós pensamos que é o atleta, mas podemos pensar que é o homem”, acrescentou.

Ao final do bate-papo, Tiago Costa ainda atendeu aos torcedores presentes, autografando o livro, tirando fotos e separando alguns minutos para conversar.

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