Palmeiras vence 3 categorias em premiação da CONAFUT

Palmeiras vence 3 categorias em premiação da CONAFUT.
Cesar Greco

Comissão técnica do Palmeiras, diretor executivo e CEO foram celebrados em evento que premia as melhores gestões do futebol

Aconteceu na noite de segunda-feira a 6ª edição da Conferência Nacional do Futebol (CONAFUT), evento que premia as melhores gestões do futebol da temporada anterior. O destaque da premiação foi o Palmeiras, que saiu vencedor em três das sete categorias: Melhor Comissão Técnica, Melhor CEO (Cristiano Koehler) e Melhor Executivo de Futebol (Anderson Barros).

A eleição ocorre a partir da escolha de três candidatos através do Conselho CONAFUT; então, os votos são divididos entre especialistas, que detém 70% do peso da votação; participantes CONAFUT (20%); e o público em geral (10%).

João Martins representou a comissão técnica na premiação e destacou o trabalho realizado dentro do clube – pelo segundo ano consecutivo que Abel Ferreira e seus auxiliares vencem o prêmio.

Palmeiras vence 3 categorias em premiação da CONAFUT.
Reprodução

“Todos nós trabalhamos para preparar os jogadores, para que eles estejam na melhor forma possível para o jogo. Muitas vezes é difícil, os jogadores sofrem muito. É preciso de uma grande estrutura em volta. Nem sempre temos a mesma opinião e temos a figura do Anderson Barros para nos mediar e conciliar. Todos trabalhamos arduamente para ganhar sempre, o Palmeiras nos obriga a isso”, disse Martins.

Já na categoria de melhor CEO de 2021, Cristiano Koehler, diretor de gestão e finanças do Verdão, preferiu dividir a celebração com todos os profissionais do Palmeiras.

“Muito feliz pelo reconhecimento”, pontuou. “Esse prêmio é de todos que trabalham no Palmeiras, todas as áreas que lutam dia a dia para fazer o melhor para o clube. Sozinho não ganhamos nada”, completou.

Anderson Barros, diretor do Palmeiras, vence pelo 2º ano seguido

No clube desde janeiro de 2020, Anderson Barros recebeu o prêmio de melhor executivo pelo segundo ano seguido, assim como a comissão técnica. O diretor, no entanto, não esteve presente no evento e foi representado por Carlos Martinho, também auxiliar de Abel.

“Desde o primeiro dia, ele ajudou a comissão técnica, esteve sempre conosco, soube nos integrar muito bem. É uma pessoa que tem uma grande importância no Palmeiras. É alguém com muito valor. Ele é uma das principais pessoas, muito dedicado, trabalha muito, sabe ouvir e busca soluções para os problemas”, destacou Martinho.

Sobre a vida e o futebol: Abel Ferreira na 26ª Bienal do Livro

Sobre a vida e o futebol: Abel Ferreira na Bienal do Livro.
Gabriel Yokota

Ovacionado pelo público presente, Abel Ferreira falou sobre o Palmeiras, família e do livro “Cabeça Fria, Coração Quente”

A Arena Cultural Pólen, maior estande da 26ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, transformou-se em arquibancada do Allianz Parque no final da tarde de quinta-feira, quando o técnico Abel Ferreira apareceu para palestrar. Ovacionado, o treinador era aplaudido e ouvia gritos de apoio a cada frase finalizada.

O mediador do bate-papo foi Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal no Brasil, que utilizou o livro “Cabeça Fria, Coração Quente” como guia para a conversa.

Abel iniciou o bate-papo agradecendo a todos que compareceram ao evento. “Estou muito nervoso”, disse. “Queria cumprimentar todos, independentemente do clube de vocês. Estou aqui como ser humano, como pessoa que gosta de ler, crescer e de aprender”, complementou.

O treinador, que separou algumas horas de seu dia de folga para atender os torcedores, discursou sobre sua trajetória no Palmeiras e foi além do futebol; houve momentos de reflexão sobre educação e de emoção ao falar sobre a família, além de descontração, como o gosto por novelas brasileiras e a revelação do exame de sangue alterado por causa do vício em doces.

“Sou formado em educação física e queria partilhar com vocês que são jovens: por favor, não cometam o erro de deixar de estudar. Se vossos pais trabalham para dar esta facilidade, agarrem com unhas e dentes. Os conselhos que posso dar neste evento tem a ver com estudo, literatura e educação”, declarou.

Por fim, Abel falou da conexão que sente com o Palmeiras e os torcedores e sobre o respeito. Confira:

A vez de Tiago Costa, auxiliar de Abel Ferreira

No período da manhã, outro membro da comissão técnica de Abel Ferreira foi à Bienal do Livro para palestrar: Tiago Costa. Auxiliar técnico responsável pela análise de desempenho, Costa esteve presente no Estande de Portugal.

Tiago Costa, auxiliar de Abel Ferreira, participa de debate na Bienal do Livro de São Paulo.
Gabriel Yokota

O assistente falou da sua trajetória no futebol, desde o início no futsal até a escolha para ser treinador de campo; dos desafios para redigir o livro “Cabeça Fria Coração Quente” e de realizar sua função no Brasil, devido às dificuldades impostas pelo calendário; além dos valores inegociáveis da comissão técnica.

“O que o jogador de futebol precisa é de alguém que seja direto. Essas questões humanas, que pra mim valem muito, é um dos traços do trabalho do Abel. Entendemos a importância da saúde mental. Nós não treinamos jogadores de futebol, e sim homens. Temos a felicidade de estar em clube que também possui esses valores humanos. É um casamento perfeito”, disse.

“O vestiário saudável é mais importante para nós do que a tática. Quem chuta a bola ou dá o passe, nós pensamos que é o atleta, mas podemos pensar que é o homem”, acrescentou.

Ao final do bate-papo, Tiago Costa ainda atendeu aos torcedores presentes, autografando o livro, tirando fotos e separando alguns minutos para conversar.

Tiago Costa, auxiliar de Abel Ferreira, participará de debate na Bienal do Livro de São Paulo

Tiago Costa, auxiliar de Abel Ferreira, participará de debate na Bienal do Livro de São Paulo.
Fabio Menotti

Responsável por cuidar do setor de análise de desempenho, Tiago Costa estará presente no dia 7 de julho, das 10h30 às 11h50

Tiago Costa, integrante da comissão técnica de Abel Ferreira no Palmeiras, marcará presença na Bienal do Livro de São Paulo na próxima quinta-feira, dia 7. O auxiliar participará de um debate dentro do auditório do Estande de Portugal, das 10h30 às 11h50.

Intitulado de “Futebol e livros: a Prática teórica e a Teoria prática”, o bate-papo terá entrada gratuita. Entretanto, para entrar no Expo Center Norte, local onde está sendo realizada a 26ª edição da Bienal do Livro, é preciso realizar a compra do ingresso.

Tiago Costa contará sobre sua experiência no futebol – desde as categorias de base até o profissional – e sobre as referências literárias e culturais que o ajudaram a escrever o livro “Cabeça Fria, Coração Quente”, que conta os bastidores da chegada de Abel Ferreira e seus auxiliares ao clube até o título da Libertadores conquistado sobre o Flamengo.

Dentro do organograma da comissão técnica, Costa é o responsável pela análise de desempenho e por fazer a ligação entre o Centro de Inteligência do Palmeiras e a equipe técnica.

Abel Ferreira e Tiago Costa orientam jogadores, durante treinamento do Palmeiras em Brasília-DF.
Cesar Greco

“O Abel desenvolveu uma equipe de trabalho com tarefas muito bem definidas, como se fôssemos uma empresa dentro de um clube de futebol. Cada um de nós tem a sua responsabilidade muito bem definida e isso ajuda muito”, contou o profissional em entrevista ao site da Universidade do Porto, em janeiro deste ano.

“De forma resumida, a minha responsabilidade na comissão técnica do Mister Abel Ferreira é observar e analisar os adversários e, a partir dessa análise, propor uma estratégia inicial para o jogo que é discutida em reunião entre nós. Como todos os jogos e adversários são diferentes, cada jogo tem uma abordagem diferente e tem uma história única”, acrescentou.

Tiago Costa conhece Abel há 7 anos

Tiago Costa é licenciado em Ciências do Desporto pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) e se tornou Mestre em Treino de Alto Rendimento Desportivo. O primeiro contato dele com Abel Ferreira ocorreu em 2015, quando trabalhava na equipe B do Sporting Braga.

Em 2019, fixou-se na comissão técnica do treinador quando Abel foi contratado pelo PAOK, da Grécia.

Mais informações:

26ª Bienal do Livro de São Paulo
Local: Expo Center Norte – Auditório do Estande de Portugal (E62)
Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme, São Paulo-SP
Informações e compra de ingressos: https://www.bienaldolivrosp.com.br

Tiago Costa, auxiliar de Abel, explica a função de analista e comenta sobre o futebol brasileiro

Tiago Costa, auxiliar de Abel, explica trabalho como analista e comenta sobre o futebol brasileiro.
Reprodução

Integrante da comissão técnica de Abel Ferreira desde 2019, Tiago Costa falou também das duas conquistas de Libertadores

No dia 2 de novembro de 2020, Abel Ferreira desembarcou no Brasil, ao lado de seus auxiliares João Martins, Vitor Castanheira, Carlos Martinho e Tiago Costa, para comandar o Palmeiras.

Pouco mais de um ano depois, a comissão técnica de portugueses já conquistou uma Copa do Brasil e duas Libertadores (consecutivas: 2020 e 2021) com o Verdão, algo raro entre os times brasileiros.

“Os brasileiros perguntam com frequência se a gente tem noção dessa conquista. E nós, apesar de termos noção da importância do feito, não o sentimos nem o entendemos como um brasileiro sente esses títulos. Talvez daqui a muitos anos tenhamos consciência da real dimensão das conquistas”, relatou Tiago Costa em entrevista ao site da Universidade do Porto.

Analista de desempenho, Tiago trabalha com Abel Ferreira desde 2015, mas foi em 2019 que o observador técnico se fixou na equipe. Profissional cuja função é exercida fora do campo, o assistente explica como funciona seu trabalho.

“O Abel desenvolveu uma equipe de trabalho com tarefas muito bem definidas, como se fossemos uma empresa dentro de um clube de futebol. Cada um de nós tem a sua responsabilidade muito bem definida e isso ajuda muito”, iniciou.

“De forma resumida, a minha responsabilidade na comissão técnica do Mister Abel Ferreira é observar e analisar os adversários e, a partir dessa análise, propor uma estratégia inicial para o jogo que é discutida em reunião entre nós. Como todos os jogos e adversários são diferentes, cada jogo tem uma abordagem diferente e tem uma história única”, acrescentou.

Apesar da função crucial de analisar os oponentes, o auxiliar aponta outra particularidade que é considerada tão importante quanto a observação. “O exercício da minha profissão requer um equilíbrio muito grande entre aquilo que é a importância dada aos comportamentos do nosso próprio time e aos comportamentos do adversário”, revela.

“Os comportamentos do adversário não devem ‘pesar mais’ do que os comportamentos da nossa equipe. É uma filosofia nossa que a componente estratégica, que deve existir porque não jogamos sozinhos, não deve ser mais influente que os comportamentos do nosso time nem deve colocar em causa a nossa identidade de processos”, completa.

Tiago Costa comenta as adversidades impostas pelo calendário brasileiro

Abel Ferreira e sua comissão técnica: o auxiliar técnico Vitor Castanheira, o analista de desempenho Tiago Costa, o preparador físico João Martins e o auxiliar técnico Carlos Martinho, do Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol.
Cesar Greco

Questionado sobre as diferenças entre o futebol praticado no Brasil em comparação com o da Europa, Tiago destacou a enorme quantidade de jogos disputados para argumentar a dificuldade de se ter um jogo mais intenso no país. Além disso, comentou como esse problema afeta diretamente o seu trabalho.

“Não pode haver um jogo mais rápido enquanto os gramados não melhorarem ou enquanto os jogadores atuarem com recuperações incompletas, acentuando o risco de lesão. Além disso, o próprio estilo de jogo do futebol brasileiro é mais pausado, porque aqui a maioria dos atletas são educados a jogar com a bola no pé. Fazem poucos movimentos sem bola e de ataque ao espaço”, destacou.

“A minha área de atividade é bastante afetada por este contexto. Por exemplo, na Grécia ou em Portugal nós tínhamos [com frequência] microciclos de trabalho de 6 ou 3 dias para analisar um adversário. No Brasil, tenho 2 dias e às vezes um dia para analisar o oponente. Ou seja, tenho menos tempo para executar o mesmo trabalho. Como é possível? Por causa dos profissionais do Palmeiras, já recebo um filtro de informação grande sobre os nossos adversários. Depois tenho que ser muito mais preciso, seja na informação que procuramos do oponente, do que passo ao treinador e o que passamos aos atletas”, completou.