Mais um adversário? Palmeiras tem retrospecto positivo jogando na altitude; confira os números

Raphael Veiga comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Independiente Del Valle, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 2021, no estádio Rodrigo Paz Delgado.
Cesar Greco

Palmeiras soma 20 vitórias jogando em altitude acima dos 2.000 metros

O Palmeiras ‘virou a chavinha’ e direcionou o foco na Libertadores, após o empate em 0 a 0 com o Flamengo, no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro.

A equipe comandada por Abel Ferreira entra em campo às 21h30 desta quarta-feira para enfrentar o Independiente del Valle, em Quito-EQU, em duelo válido pela terceira rodada da fase de grupos. Para alcançar os três pontos, o Verdão, além do adversário, precisará superar a altitude.

O estádio Banco Guayaquil, casa do del Valle, fica na capital do Equador e a 2.850 metros do nível do mar. Na última visita ao time equatoriano, o Palmeiras não deu bola para a elevação e venceu o duelo por 1 a 0.

Na História, o Palmeiras tem vantagem contra os adversários mesmo jogando na altitude. Em 39 jogos, foram 20 vitórias, sete empates e 12 derrotas (57%). O levantamento foi realizado através dos dados do Almanaque do Verdazzo e também do estudo do COI (Comitê Olímpico Internacional), que aponta que a partir dos 2000m os efeitos nos atletas são significativos. Sendo assim, os jogos disputados abaixo dos 2000m foram descartados da pesquisa.

Confira o retrospecto do Palmeiras jogando na altitude:

– Arequipa-PER (2.335m)

– Bogotá-COL (2.625m)

– Cidade do México-MEX (2.240m)

– Cochabamba-BOL (2.240m)

– La Paz-BOL (3.640m)

– Manizales (2.200m)

– Potosí-BOL (4.090M)

– Quito-EQU (2.850m)

– Sucre-BOL (2.790m)

Em alta, Gustavo Scarpa fala sobre as dificuldades de jogar na altitude

Gustavo Scarpa durante treinamento do Palmeiras, no campo anexo ao Estádio Olímpico Pátria, em Sucre, na Bolívia.
Cesar Greco

Autor do gol da vitória do Palmeiras sobre a Juazeirense no último sábado, Gustavo Scarpa voltou a atuar centralizado nas últimas duas partidas

Embalado por três vitórias seguidas, o Palmeiras enfrenta na noite desta terça-feira o Independiente Petrolero, em jogo válido pela quarta rodada da Fase de Grupos da Libertadores. A partida acontecerá em Sucre, a uma altitude de aproximadamente 2.800 metros.

“É sempre difícil jogar na altitude. Tem a vantagem de a bola sair mais rápido no chute, o gol do último jogo é uma finalização que eu treino muito, todos os dias. Mas as perdas de jogar na altitude acabam ofuscando essa vantagem com a bola”, comentou Gustavo Scarpa, à TV Palmeiras/FAM.

Nos últimos dias, o clube realizou um cronograma especial para minimizar os efeitos da altitude nos atletas, tanto nas questões respiratórias, quanto na adaptação à velocidade da bola. “Jogar Libertadores tem dessas e precisamos desempenhar bem mesmo assim. Vamos fazer de tudo pra vencer”, prosseguiu o meio-campista.

O Palmeiras está com 100% de aproveitamento na competição e, caso vença a equipe boliviana, garantirá a vaga antecipada às oitavas de final. Além da classificação ao mata-mata, o objetivo do clube é somar 18 pontos nesta fase para ter as vantagens de mando nos jogos eliminatórios.

“Não ganhamos nada ainda, precisamos continuar com essa intensidade nos jogos, com essa determinação. Se conseguirmos manter o nosso ritmo a gente poderá conquistar muito mais”, concluiu o camisa 14.

Gustavo Scarpa celebra chances no meio

Nos últimos dois jogos do Palmeiras, Gustavo Scarpa voltou a jogar mais centralizado com Abel Ferreira e vem subindo de produção após um começo de temporada abaixo do esperado. Jogador com mais participações em gols na temporada passada, o meio-campista foi titular diante do Emelec e anotou o gol da vitória palmeirense sobre a Juazeirense, por 2 a 1.

“É sempre importante desempenhar bem. Fiquei feliz com a oportunidade de jogar no meio novamente, fazia muito tempo que eu não jogava nessa posição. Contra o Emelec eu já poderia ter marcado um gol, acabei acertando a trave”, finalizou Scarpa.

Na atual temporada, o camisa 14 marcou dois gols e deu duas assistências, em 16 jogos realizados.

Palmeiras realiza preparação especial para minimizar efeitos da altitude

Gustavo Scarpa durante treinamento do Palmeiras, na Academia de Futebol.
Cesar Greco

Na noite desta terça-feira, Palmeiras enfrenta o Independiente Petrolero, em Sucre, na Bolívia

O Palmeiras enfrenta, na noite desta terça-feira, a equipe do Independiente Petrolero, em jogo válido pela quarta rodada da Fase de Grupos da Libertadores. O duelo acontece no estádio Olímpico Pátria, em Sucre, a uma altitude de cerca de 2.800 metros.

Com 100% de aproveitamento na competição, o Verdão quer a vitória na Bolívia para manter o objetivo de conquistar 18 pontos nesta fase e ter todas as vantagens de mando no mata-mata. Para isso, o clube realizou um cronograma especial para minimizar os efeitos da altitude nos atletas, tanto nas questões respiratórias, quanto na adaptação à velocidade da bola.

Na atividade de ontem, os goleiros treinaram com bolas enchidas com gás hélio. “Esse gás é mais leve que o gás colocado na bola normalmente e dá um pouco mais de velocidade e trocas de direções. É uma adaptação para aquilo que a gente vai encontrar lá na altitude”, explica Rogério Godoy, preparador de goleiros do Palmeiras.

“A primeira etapa foi aqui [na Academia de Futebol] e vamos concluir no treino pré-jogo todas essas situações diferentes. Os goleiros já estão acostumados com essa adaptação inicial à altitude e isso é importante”, complementa.

Já Daniel Gonçalves, coordenador do Núcleo de Saúde e Performance, explicou que o trabalho de adaptação já vem sendo feito há semanas com os jogadores, com algumas mudanças na alimentação e na hidratação.

“As medidas já estão em prática há algumas semanas, como o monitoramento bioquímico e do sangue dos atletas, pois sabemos que o transporte de oxigênio dentro do corpo tem relação com as hemácias e com o ferro. Sendo assim, já tentamos corrigir isso através da alimentação e medicamentos específicos. Implementamos também a hidratação fracionada ao longo do dia, já que a altitude aumenta a frequência respiratória e, por consequência, o ressecamento das vias aéreas e, com isso, uma desidratação maior”, detalha Daniel, que completa.

“Essas ações são para minimizar os efeitos negativos, já que eles ocorrerão sob o ponto de vista fisiológico, e também potencializar situações físicas. Por conta da menor densidade do ar há uma diminuição na pressão de oxigênio, e então, os atletas tendem a ter dificuldades respiratórias. Quanto mais rapidamente nos adaptarmos a essas questões, sobretudo mental (de o atleta saber o quanto o seu corpo vai sofrer), melhor será a performance no jogo”.

Palmeiras realiza último treino na altitude

A delegação viajou no domingo para Sucre e terminará a preparação na Bolívia. O último treino está marcado para acontecer às 11h no horário local (12h horário de Brasília), em um campo anexo do Estádio Olímpico Pátria.

“Viajamos um dia antes para que os atletas consigam treinar e tenham o pleno conhecimento das situações que podem encontrar, mesmo sabendo que fisiologicamente isso não é tão positivo. Mas entendemos que os ganhos na parte mental e na adaptação à velocidade da bola são maiores que as perdas de chegar um dia antes”, finalizou Daniel.

O Palmeiras é o líder do Grupo A da Libertadores, com nove pontos. Na sequência, vêm Deportivo Táchira (4), Emelec (2) e Independiente Petrolero (1).