Leila Pereira despertou um monstro adormecido e pôs seu poder econômico à prova

Patrocínio, Barros e torcida organizada: Leila Pereira concede entrevista na Academia de Futebol.
Alexandre Guariglia/Lance!

Declarações desastradas de Leila Pereira induzem diversos pequenos e fragmentados grupos de conselheiros a se unirem para articular uma oposição mais coesa

O voo de Leila Pereira que culminou em sua chegada à presidência do Palmeiras, no final de 2021, é mais um capítulo tumultuado da História do clube. Começou errado e, ao que parece, vai terminar errado.

Sua falta de palestrinidade sempre saltou aos olhos. Não foi o suficiente, entretanto, para impedir o êxito de sua escalada, na opinião dos que a apoiaram e elegeram. Por isso, podemos tristemente concluir que estamos colhendo o que plantamos – mesmo os que fomos contrários.

Leila Pereira não conhece nada da História do Palmeiras, não conhece nada de futebol, nem dentro, nem fora das quatro linhas, e conhece muito pouco de como lidar com pessoas. De seu escritório luxuoso no Jardim América, acostumou-se a impor suas vontades apoiada em seu poder financeiro, que lhe concede uma autoridade infinita. Ao assumir a cadeira mais importante de nossa Sociedade Esportiva, importou o estilo, que em nosso ambiente claramente está fadado ao fracasso.

O autoritarismo é uma face de uma moeda que tem do outro lado a bananice. Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras entre 2011 e 2012, não tinha a menor vocação para liderar; era pouco inteligente e não tinha nenhuma convicção. Tentou agradar a todos e não agradou a ninguém. Foi um dos piores presidentes de nossa História.

Leila Pereira vai no sentido oposto. Cheia de convicções, impõe ao melhor estilo “dona da bola” suas vontades; pergunta muito pouco e não dá ouvidos a ninguém. Ameaça e pune quem a contesta. Usa e abusa de seu poder econômico. E vem sendo uma das piores presidentes de nossa História.

Um clube do tamanho do Palmeiras precisa de uma liderança forte. E um dos maiores atributos de um líder é saber caminhar sobre a linha que separa a bananice do autoritarismo. Ponderar seus pensamentos, corrigir trajetórias, e ter firmeza para tomar decisões. Ouvir bastante, e saber quando dizer “sim” ou “não”.

Os últimos atos da presidente, ao que parece, eclodiram uma onda de insatisfação em sua própria base de apoio. Dezenas de conselheiros, além dos já conhecidos 26 que a vêm questionando regularmente, já admitem que optaram por um caminho errado e mostram disposição para corrigir essa escolha.

O poder econômico de Leila Pereira segue muito forte, mas suas palavras, pessimamente escolhidas, despertaram em muitos conselheiros o sentimento primal de palestrinidade que parecia adormecido. Figuras que praticaram por anos o pragmatismo e a dissimulação sentiram novamente pulsando dentro de si o sentimento que fez com que nossos ancestrais se entrincheirassem e expulsassem da rua Turiassu, há 81 anos, os invasores que tentaram se apossar de nosso território.

 Assim, o jogo pode estar começando a virar. A partir de agora, até a eleição, daqui a cerca de um ano, a presidente precisará fazer muito mais que distribuir afagos aos conselheiros: se quiser se manter no cargo por mais três anos, vai precisar conter essa revolta, e para isso terá que se converter numa verdadeira líder.

Alguém aqui imagina Leila Pereira ouvindo, ponderando, sendo estratégica, tomando decisões e dando declarações como alguém com a mais legítima alma palestrina? Ela tem um ano para mostrar que pode mudar sua atitude em relação à centenária coletividade que a elegeu presidente e ser a líder que todos precisamos.

Por enquanto, esta antologia de frases de nossa atual presidente não aponta exatamente para essa direção.

BÔNUS – MEMES


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“Não nos curvaremos”: Conselheiros da oposição divulgam carta após coletiva de Leila

“Não nos curvaremos”: Conselheiros da oposição divulgam carta após coletiva de Leila.
Fabio Menotti

Grupo de 26 conselheiros, que foram retaliados pela presidente, publicaram o comunicado à torcida do Palmeiras

Após a entrevista de Leila Pereira, na última quarta-feira, um grupo composto por 26 conselheiros da oposição, criticados pela presidente que os chamou de “destruição”, divulgou uma carta contra as falas da mandatária.

As críticas de Leila ao grupo ocorreram porque, no final de julho, os conselheiros questionaram a empresária, por meio de um documento protocolado, sobre o contrato de patrocínio da Crefisa e FAM com o Palmeiras e também sobre a relação do clube com a Placar Linhas Aéreas, empresa comandada pela atual mandatária, que vem sendo utilizada para transportar a delegação palmeirense.

Na carta aberta desta sexta-feira, o grupo afirma que não se curvará “aos caprichos, vontades e ofensas daquela que tem o dever de prestar contas”. Vale lembrar que os ex-presidentes do Palmeiras, Paulo Nobre e Luiz Gonzaga Belluzzo, também criticaram a entrevista concedida por Leila.

Confira na íntegra o documento assinado pelos 26 conselheiros:

Aos Associados, Sócios Torcedores e Torcedores da Sociedade Esportiva Palmeiras

Nós, os 26 CONSELHEIROS DA SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS, “retaliados”, tolhidos de exercer com autonomia o mandato para representar o associado, defendendo os interesses da instituição, vimos, por meio desta, nos manifestar:

O simples ato de questionar é um direito inalienável do cidadão. Quando este exerce mandato outorgado por uma coletividade, esse direito se transforma em dever.

No cumprimento desse direito/dever, nós, CONSELHEIROS DA SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS, fizemos indagações à PRESIDÊNCIA EXECUTIVA sobre os contratos de patrocínio da Crefisa/FAM e o transporte aéreo da Placar Linhas Aéreas, haja vista, fato excepcional e relevante, onde a presidente da INSTITUIÇÃO figura como representante da contratante e sócia-proprietária das contratadas.

Ainda que os questionamentos tenham sido colocados de maneira respeitosa, a presidente nos respondeu de maneira INTIMIDATÓRIA, nos SEGREGANDO dos demais membros do CONSELHO DELIBERATIVO, tangenciando as questões.

Essa mesma intimidação se escalonou com a entrevista coletiva convocada pela própria mandatária, na qual deveria esclarecer o funcionamento da relação contratual entre as empresas nas quais possui participação societária e a Sociedade Esportiva que preside.

Quando perguntada sobre o tema, se apressou em responder que não havia qualquer conflito de interesses e, de maneira grosseira, chamou os Conselheiros que ousaram questioná-la de “DESTRUIDORES”.

Esse episódio, assim como os anteriores, demonstram uma dificuldade no entendimento das atribuições estatutárias por parte de quem exerce a presidência, que administra, por tempo determinado, uma SOCIEDADE que não lhe pertence. Devendo, portanto, acrescentar em seu vocabulário termos como: CONTRADITÓRIO, RESPEITO e TRANSPARÊNCIA.

Reafirmamos o compromisso com aqueles que confiaram a nós o mandato de CONSELHEIROS e, representaremos também a todos que amam a Sociedade Esportiva Palmeiras.

Por fim, não nos curvaremos aos caprichos, vontades, ameaças e ofensas daquela que tem o dever de prestar contas.

Contem conosco!

  • Adriano Tadeu Lívani Reale,
  • Emerson da Rosa,
  • Felipe Giocondo Cristovão,
  • Francisco Vituzzo Neto,
  • Genaro Marino Neto,
  • Gerson Clemente Guarino,
  • Guilherme Gomes Pereira,
  • Guilherme Romero,
  • João Carlos Minello,
  • José Antonio Aparecido Junior,
  • José Carlos Tomaselli,
  • José Corsini Filho,
  • Juan Manuel Berrospi Carreno,
  • Luis Henrique Monteiro Fronterotta,
  • Luciana Santilli,
  • Luiz Fernando Marrey Moncau,
  • Luiz Roberto Cassab Mousinho,
  • Marcos Antonio Gama,
  • Mauricio Pegoraro,
  • Mauricio Vituzzo,
  • Pedro José Vilar Godoy Horta,
  • Ricardo Alberto Galassi,
  • Ricardo Spinelli Poppi,
  • Valdomiro Otero Sordili Filho,
  • Victor Fruges,
  • Vinicius Feres Zucca.

Patrocínio, Barros e torcida organizada: Leila Pereira concede entrevista na Academia de Futebol

Patrocínio, Barros e torcida organizada: Leila Pereira concede entrevista na Academia de Futebol.
Alexandre Guariglia/Lance!

Veja os principais pontos comentados por Leila Pereira separados pelo Verdazzo

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, concedeu entrevista coletiva na Academia de Futebol. A conversa aconteceu apenas com alguns jornalistas selecionados, na tarde de quarta-feira.

Em mais de uma hora de coletiva, Leila comentou sobre diversos assuntos: negou conflitos de interesses sobre ser patrocinadora e mandatária do clube, falou sobre abrir concorrência para outras marcas, defendeu Anderson Barros, criticou a Mancha Verde e os conselheiros que fazem oposição a ela no clube, além de também comentar sobre contratações.

Confira os principais trechos da entrevista de Leila Pereira separados pelo Verdazzo:

– Patrocínio

“Eu não uso nada do Palmeiras. O Palmeiras nunca pagou camarote para mim, nunca pagou nada para mim. É tudo às minhas custas. Não há questão de conflito de interesse. Elas (pessoas da oposição) querem destruir a nossa gestão e eu não vou deixar”.

“Quando a Crefisa e a FAM chegaram no Palmeiras, em 2015, no ano anterior o Palmeiras estava quase rebaixado. Ninguém nos procurou, nós espontaneamente viemos oferecer. A Crefisa e a FAM já colocaram no Palmeiras ao longo desse tempo cerca de R$ 1 bilhão e R$ 200 milhões”.

“Tem que ser responsável, tem que ter a certeza de que vale. Prove que (por) essa camisa do SCCP estão pagando R$ 123 milhões. Mostrem o papel, que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano”.

“Temos contrato e vamos honrar até o final. Vou ser candidata à reeleição no Palmeiras e se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, porque se vier alguém com pagamento acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea…

…Até hoje não chegou nada. Estou sempre aberta a propostas, mas o que desejo é que finalize o nosso contrato de patrocínio em dezembro de 2024 e só então que vamos abrir para novas empresas que queiram patrocinar o Palmeiras”.

– Anderson Barros

“Ele no Palmeiras conquistou nove títulos, sendo duas Libertadores. É responsável direto pela contratação do maior técnico do Palmeiras. Não tenho dúvidas que é um profissional que qualquer clube gostaria de ter. É uma pessoa equilibrada, correta, respeitosa, que eu tenho profundo orgulho de ter ao meu lado. Enquanto eu estiver aqui, o Anderson Barros será meu grande parceiro”.

– Mancha Verde

“Não é tocando tambor e jogando bomba que vou contratar jogadores. […] Essas torcidas organizadas não construíram nada. Eles são caso de polícia. Essas pessoas são o grande câncer do futebol brasileiro”.

“Eu respeito profundamente nossos 20 milhões de torcedores que não são só da vitória. O Palmeiras hoje é um clube modelo de administração. Olha o que nós temos aqui, essa Academia de Futebol, vários clubes vêm conhecer, olha essas revelações na base, olha os últimos anos o que nós somos hoje. Acho que isso enche de orgulho a grande maioria dos torcedores. Pode ter certeza de que pressão externa de torcida organizada não vai mudar uma vírgula do que pensamos sobre o nosso Palmeiras”.

– Oposição

Não é oposição. Eles são da destruição. Não sou uma pessoa vingativa de forma nenhuma. Não sou palhaça. Esses ingressos para conselheiros são uma liberalidade para presidente, oferece para quem quer, e para essas pessoas que querem destruir nossa gestão, não é que não tem ingresso, é que eles não têm nada.

Nota da redação: No mês passado, Leila Pereira vetou ingressos para membros do Conselho Deliberativo que haviam pedido esclarecimentos sobre a gestão no Conselho de Orientação e Fiscalização. Um dos pontos questionados foi a relação da Placar Linhas Aéreas, de propriedade da presidente, com o Palmeiras.

– Contratações

“Eu tenho muita restrição para jogadores que estão se aposentando e querem se aposentar no Palmeiras. Não é nossa mentalidade, não quero. Não quero uma performance de um ano, eu quero continuidade. Tenho essa dificuldade de trazer atletas que joguem como quero. O Palmeiras não é lugar de aposentado. Não vou fazer isso. Contratação é caro, então quero contratar jogadores que podem resolver”.

“No meio do ano tentamos, sim, mas os atletas que foram escolhidos pela nossa comissão técnica não quiseram vir jogar no Brasil. É muito difícil morar aqui, a insegurança do nosso país, dos nossos clubes, causam verdadeira repulsa. O próprio Abel na última coletiva dele falou isso, que tivemos que liberar alguns atletas no meio do ano por causa disso”.

– Planejamento e austeridade financeira:

“Eu não vou sobrecarregar o Palmeiras financeiramente para dar satisfação a jornalistas e torcedores. Sei que o torcedor quer contratação, mas quem paga essa contratação é o clube e eu não posso sobrecarregar o clube acima do que é possível pagar. Não vou fazer isso. Eu penso o Palmeiras a longo prazo, não pro próximo campeonato. Quero que o Palmeiras ganhe sempre, não apenas um campeonato”.

“O Palmeiras tem planejamento sim, mas nosso planejamento é feito dentro da Academia de Futebol. Em hipótese nenhuma vamos planejar contratações ou saídas por pressão de torcida organizada”.

Conselho de Orientação e Fiscalização é solicitado a debater a relação entre Palmeiras e Placar Linhas Aéreas

Conselho de Orientação e Fiscalização debate a relação entre Palmeiras e Placar Linhas Aéreas. Diretoria, comissão técnica, atletas e staff do Palmeiras, durante viagem para o Rio de Janeiro (RJ).
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Após o elenco do clube sofrer com problemas na aeronave no retorno da Colômbia, membros do Conselho Deliberativo solicitaram debate sobre a parceria

Na noite desta segunda-feira (28), o Conselho de Orientação e Fiscalização do Palmeiras faz mais uma reunião ordinária. Um grupo de membros do Conselho Deliberativo, através de carta ao presidente do órgão, solicitou que fosse debatida a natureza da relação entre o Palmeiras e a Placar Linhas Aéreas. Os conselheiros pontuaram a necessidade de formalização dessa relação por meio de contrato, deixando claros os termos da relação e também mencionaram a necessidade da definição de uma política com processos e regras adequadas e transparentes para lidar com situações de conflitos de interesse na gestão.

O principal evento que motivou a discussão foi o problema com a aeronave oferecida ao clube, que adiou o retorno do elenco a São Paulo após a partida contra o Deportivo Pereira, pela Libertadores. A viagem, que deveria ocorrer na quinta-feira, foi adiada para sábado, fazendo com que o Verdão treinasse apenas uma vez antes da partida contra o Vasco pelo Brasileirão.

Membros do Conselho já solicitaram transparência à presidente

Um pedido enviado em 27 de julho a Leila, solicitando a divulgação de informações financeiras e de governança do clube, não teve resposta até hoje. A mensagem pedia, além do acesso a documentos relativos a esses temas, como demonstrativos financeiros e atas de reuniões, uma formalização de um plano de abertura de concorrência para patrocínio do Palmeiras.

O pedido é que o processo de concorrência seja conduzido por uma empresa independente e experiente, que seja objetivo e todos os membros do Conselho tenham acesso a ele. Como nenhum dos pedidos foi acatado e o tema segue sem discussão, os conselheiros lembraram que os temas permanecem em aberto e demandando um posicionamento da Diretoria Executiva.

Conselho do Palmeiras aprova redução no número de vitalícios

Conselho do Palmeiras aprova redução no número de vitalícios.
Reprodução

Após passar pela votação no conselho do Palmeiras, nova emenda precisará da ratificação dos sócios

Na noite de segunda-feira, na sede social do Palmeiras, o Conselho Deliberativo (CD) aprovou a redução do quadro de conselheiros vitalícios do clube. Compareceram à reunião 215 conselheiros, sendo que 199 votaram a favor da redução, enquanto 10 foram contra e 6 se abstiveram.

A proposta aceita foi a de reduzir o número de cadeiras vitalícias de 148 para 130 de imediato e, daqui a dois anos, cortar esse número para 120, com o aumento de 152 para 180 o número de conselheiros eleitos pelos associados.

Para que entre em vigor, a emenda precisará ser ratificada por mais de 50% dos sócios em Assembleia Geral, prevista para acontecer no dia 1 de outubro. Atualmente, 148 cadeiras de um total de 300 conselheiros são destinadas aos vitalícios (124 estão sendo ocupadas no momento).

A proposta aceita pelos conselheiros foi elaborada pela presidente Leila Pereira, Seraphim Del Grande, presidente do CD, e por Tommaso Mancini, presidente do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF).

Cerca de 30 conselheiros da oposição, formado por diversos políticos do Palmeiras, enviaram a Del Grande, na semana passada, outras emendas para serem votadas: a de diminuição imediata para 100 e outra para 120. Ao avaliar o pedido, o presidente do CD, contudo, encaminhou três propostas para a votação – a que foi aprovada e as de desejo dos opositores.

Antes da reunião começar, no entanto, a oposição decidiu por retirar as duas propostas apresentadas. Em seu perfil no Twitter, o conselheiro Luiz Moncau explicou a decisão.

“No espírito de alcançarmos uma redução, [o grupo de conselheiros] retirou as duas propostas apresentadas pela oposição para que o conselho possa se unir em torno de uma proposta que não consideramos satisfatória, mas que pode ser votada com maior consenso”, escreveu.

Redução de conselheiros vitalícios é debatida há anos no Palmeiras

Conselheiros do Palmeiras enviam proposta e cobram redução do número de vitalícios.
Fabio Menotti

A redução no quadro de vitalícios é algo que já vem sendo discutido nos bastidores do clube há pelo menos 20 anos, mas tais cadeiras permanecem sendo uma importante moeda de troca no jogo político do clube.

É na eleição de vitalícios que o toma-lá-dá-cá entre os grupos políticos se renova; os grupos majoritários mantêm o domínio sobre os menores, cujos membros acabam se rendendo aos maiores em troca de mais conforto político.

Em 2019, o Conselho Deliberativo recusou duas propostas de diminuição de vagas vitalícias (uma para 120 e outra para 100).