O caminho de Felipe e o caminho de Fernando

Tchê Tchê comemora seu gol contra o SPFC - 11/03/2017
Cesar Greco / Ag.Palmeiras

O Palmeiras vai encaixando o jogo cada vez mais e a torcida aparentemente recuperou a confiança, bastante abalada após a derrota no Derby. Felipe Melo, insatisfeito com o banco, deu declarações desastradas e foi afastado do grupo. O ambiente parece estar 100% em harmonia.

Uma notinha do portal UOL, no entanto, acusa Tchê Tchê de estar insatisfeito com a reserva, condição a que foi relegado com a ascensão de Bruno Henrique e com a afirmação de Thiago Santos.

Não existe ninguém insaível

Nem Tchê Tchê, nem Felipe Melo, e provavelmente nenhum jogador do elenco do Palmeiras é um craque extra-classe – o que tínhamos no ano passado seguiu para o bilionário mercado europeu. Ninguém é insaível , como o próprio Tchê Tchê já foi chamado aqui como forma de elogio. O projeto do Palmeiras prevê um elenco forte e equilibrado, com peças de reposição à altura para combater os efeitos de um calendário tão puxado; apenas onze jogam e quem quiser estar nesse grupo precisa se provar constantemente, jogo após jogo.

Fernando Prass, convocado para a Seleção no ano passado, foi superado por Jailson e não fez biquinho. Pode estar descontente e frustrado – e é ótimo que esteja mesmo e que não se acomode. Faz o certo ao não demonstrar em público, respeitando o colega, o treinador e o grupo. Segue treinando forte e terá, no próximo domingo, uma chance de mostrar que merece a titularidade de volta.

Dois caminhos

Fernando Prass e Felipe Melo
Cesar Greco / Ag.Palmeiras

Nosso camisa 8 jamais demonstrou um perfil individualista e parece ser bem pouco provável que esteja realmente contrariado com sua condição de reserva. Merece um voto de confiança.

De qualquer forma, não se pode levar muito a sério esses “relatos de observações sobre o que o jogadores estão pensando”, para não dar outro nome.

Mas se Tchê Tchê – ou qualquer outro jogador – estiver realmente com um acesso de prima donna, precisa ser chamado num canto para uma conversa. Cícero Souza, nosso gerente de futebol, vinha acertando sempre nesse tipo de situação – Felipe Melo foi o primeiro caso em que a situação saiu do controle.

Como bem mencionou um dos padrinhos do Verdazzo no grupo de Whatsapp: pela bola que vinha jogando, Tchê Tchê deveria estar é grato, por estar sendo relacionado para o banco.

O Palmeiras tem dois exemplos recentes de como agir em ocasiões de chá de banco. Os reservas podem decidir entre seguir o caminho de Felipe ou o de Fernando. A escolha certa parece muito óbvia.


O Verdazzo é patrocinado pela torcida do Palmeiras.

Aqui, o link para se tornar um padrinho deste site: https://www.padrim.com.br/verdazzo

Evolução do Palmeiras tem nome; FlaPress entra em pânico

Com a exibição de gala do último sábado, o Palmeiras mostrou a tão esperada evolução que a torcida vinha cobrando – e num jogo que, em tese, não deveria servir para isso, pois se tratava de um clássico, onde a garra e o coração normalmente transcendem a estratégia e a obediência tática.

De forma surpreendente, Eduardo Baptista conseguiu encaixar seu 4-1-4-1. As duas linhas finalmente ficaram mais próximas; a compactação tornou o time bem mais sólido na defesa e capaz de dominar o meio do campo – sem Cueva, o SPFC foi engolido sem a menor dificuldade no setor.

Thiago Santos conseguiu balançar entre as laterais com tranquilidade, pois estava bem coberto. Os espaços eram muito mais facilmente preenchidos. E a saída de bola, fortalecida pela volta de Mina ao time titular, funcionou perfeitamente – Fernando Prass não precisou recorrer aos chutões que vimos na Argentina. Com uma boa saída de bola, pudemos ver mais triangulações pelas laterais e com isso, mais chances de gol. Tudo isso com Dudu extremamente inspirado e o entrosamento entre Guerra e Borja reaparecendo. Só pode dar muito certo.

Danilo das Neves Pinheiro

Linhas compactadas, saída de bola, ocupação de espaço, triangulações. Tudo isso tem um nome: Danilo das Neves Pinheiro, o popular Tchê Tchê. É impressionante como o Palmeiras rende com esse rapaz em campo. A lendária camisa 8 do Palmeiras, que já foi de Leivinha, Jorge Mendonça e Mazinho, ganhou um dono à altura, com todo o respeito ao Lucas Barrios.

Tchê Tchê comemora seu gol contra o SPFC - 11/03/2017
César Greco / Ag.Palmeiras

Com Tchê Tchê, qualquer esquema tende a encaixar. Sua movimentação, intensa, diminui os espaços do adversário quando o Palmeiras não tem a bola e sempre dá opções de passe quando temos a posse. Parece que jogamos num “5-2-4-2”. Como bônus, este ano, vem mostrando uma faceta não tão desenvolvida em 2016: 2 gols em 4 jogos, os dois em chutaços de fora da área.

Uma fatalidade o afastou de campo no primeiro jogo do Paulista: uma queda contra o Botafogo lesionou gravemente o úmero esquerdo. Rapidamente, recuperou-se e voltou a mostrar futebol em altíssimo nível. Com Tchê Tchê em campo, o encaixe do time aparece com muito mais facilidade, mesmo com 5 titulares de fora, e o Palmeiras surgiu de fato com um dos grandes candidatos aos títulos que disputa. Eduardo Baptista e toda a torcida do Palmeiras agradecem.

Flapress em pânico

A imprensa flamenguista percebeu que o monstro acordou e tenta de todas as formas desmerecer nosso crescimento. Com uma cara de pau deslavada, tentam atribuir ao aporte financeiro da Crefisa todo o sucesso do Palmeiras. Convenientemente, se esquecem de algumas coisas:

  • O que a Crefisa faz não é nada diferente do que a Kalunga fez no SCCP e do que a Unimed fez ao Fluminense por muitos anos. E se procurar, teremos mais exemplos semelhantes, como o BMG no Atlético-MG, ISL no Grêmio e Flamengo e Hicks Muse e MSI no SCCP – nunca se viu nenhuma matéria desmerecendo os títulos conquistados por esses times durante essas parcerias;
  • A Crefisa é uma empresa privada e faz o que quiser com seu dinheiro. Se o marketing da empresa julga positivo investir “x” no Palmeiras, ninguém tem nada a ver com isso;
  • A Petrobras patrocinou o Flamengo por mais de uma década enquanto a maioria dos clubes do Brasil tinham patrocínios ínfimos batalhados no mercado;
  • O Flamengo segue sendo agraciado por uma empresa pública – agora, a Caixa – com um contrato muito maior do que o de todos os outros times, exceto o SCCP;
  • O Flamengo e o SCCP ainda usufruem de uma verba da televisão muito maior que todos os outros clubes;
  • A Crefisa banca cerca de 20% do orçamento do Palmeiras; o restante vem de receitas fantásticas como sócio-torcedor, bilheteria, contrato de TV e uma administração financeira que tem como premissas não adiantar parcelas de nenhum contrato e que, assim, paga menos juros bancários.

Sabendo de tudo isso, a torcida palmeirense não pode passar recibo. Não devemos dar moral para esse trabalho de assessoria informal que a imprensa rubro-negra tenta prestar a seu clube. Ignorar, não entrar em debate vazio e diminuir a audiência desses párias é o que a nossa torcida fará de mais inteligente. VAMOS PALMEIRAS!