Goleada anima, mas Palmeiras precisa abrir o olho com arbitragem para ser tricampeão

Estêvão em jogo pelo Palmeiras contra o Juventude, durante partida válida pela trigésima rodada do Brasileirão 2024, no Estádio Alfredo Jaconi.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Alex Gomes Stefano e o VAR prejudicaram o Palmeiras em pelo menos três lances claros

Raphael Veiga deu show, Estêvão brilhou mais uma vez e o Palmeiras goleou o Juventude por 5 a 3, no Alfredo Jaconi. A vitória deixou o Verdão a um ponto do Botafogo. Isso tudo, porém, não pode ofuscar a desastrosa arbitragem de Alex Gomes Stefano, de 36 anos, filiado à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), além da atuação de seu conterrâneo que comandou o VAR: Carlos Eduardo Nunes Braga.

As escandalosas ações e omissões da equipe de arbitragem são para deixar os olhos da diretoria palmeirense bem abertos. Ainda no 0 a 0, um recuo intencional de Zé Marcos ao goleiro Mateus foi transformado marotamente em falta de ataque; depois, Estêvão sofreu uma tesoura dentro da área – pênalti claro, novamente ignorado pelo juiz e pelo VAR. Fechando o pódio das decisões absurdas, todas contra o Palmeiras, Estêvão, indo livre em direção ao gol, sofreu duas faltas duras de Jadson na mesma jogada, que somente levou o amarelo. Além disso, amarelou Aníbal Moreno de forma duvidosa, suspendendo-o da próxima partida, contra o Fortaleza, isso sem mencionar a estranha ausência de checagem no primeiro gol do Juventude, que visualmente parece ter sido legal,

Uma estranha predileção

Decisões seletivas de árbitros contra o Palmeiras não são casos esporádicos (vide como saímos das copas, não somente neste ano), mas poucas atitudes vindas da cúpula palmeirense são vistas, com exceção de uma ou outra entrevista após os jogos. Até mesmo Abel Ferreira, sempre disposto a colocar o dedo na ferida, não mencionou Alex Stefano na coletiva de imprensa após a goleada de ontem. Que, ao menos, tenha feito internamente.

A CBF colabora, ao insistir em escalar árbitros do Rio de Janeiro quando o principal adversário do Palmeiras pelo título é um clube carioca. Por quê? Alex Stefano e Carlos Eduardo Nunes Braga foram escalados em três dos últimos sete jogos do Palmeiras (Stefano ainda era o juiz escolhido para o duelo passado, em Bragança Paulista, mas um problema pessoal o afastou na última hora). Quais são os motivos?

São perguntas que o torcedor palmeirense pode e que a diretoria palmeirense deve fazer. Não queremos ser favorecidos, mas também não aguentamos mais ser prejudicados. Precisamos de atitudes concretas para defender nossos legítimos interesses.

Abel diz que empate com Flamengo foi injusto e critica arbitragem: “Não confio nas linhas do VAR”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Flamengo, durante partida válida pela vigésima segunda rodada do Brasileirão 2024, no Maracanã.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Após 1 a 1 no Maracanã, Abel desabafou sobre arbitragem no Brasil e contestou decisões de Wilton Pereira Sampaio

“Triste” e de “saco cheio”. Assim saiu Abel Ferreira do Maracanã, após o empate em 1 a 1 do Palmeiras com o Flamengo. O treinador gostou e elogiou a postura dos jogadores no Rio de Janeiro, mas ficou triste pelo resultado final: “Sensação de dois pontos perdidos”, disse.

“Entramos bem no jogo, tivemos uma segunda parte muito boa. A primeira ou segunda que o Flamengo chegou na área fez o gol. Também acho que temos uma má sorte, mas uma equipe que não vira a cara, lutou e buscou justamente o gol. Mas o bandeira tem muita vontade de levantar a bandeira contra o Palmeiras, é notório”, declarou.

“Acho que hoje fizemos uma belíssima partida. Pelo que criamos, merecíamos ter ganhado. É injusto o resultado aqui, estou triste, fomos melhores. Fatores que influenciaram no jogo, erros claros da arbitragem. Fizemos um gol que foi anulado, pequeno detalhe. Estamos em uma reformulação de elenco, em um período difícil de lesões no ano. Mas o trabalho está aí e vamos em frente. Jogar com coragem, caráter e procurar ser mais efetivo. Foi o 15º gol anulado neste ano e, como te disse, tem muita coisa para melhorar”, complementou.

De “saco cheio” está Abel Ferreira com a arbitragem brasileira. O treinador reclamou da não expulsão de Pulgar, que acertou o rosto de Richard Ríos com a mão, e disparou contra o VAR: “Eu não acredito e nem confio nas linhas do VAR e nem na TV”, falou o comandante, que pediu profissionalização dos árbitros e melhoria da tecnologia.

“Não consigo entender como o jogador do Botafogo é expulso na Copa do Brasil e hoje o do Flamengo não é expulso. Há uma falta de coragem. Onde está o critério dos lances? Não consigo entender. A arbitragem brasileira atravessa um momento de crise grave. Tem que seguir as regras. Meu copo d’água já transbordou, estou de saco cheio”, disse.

“No Allianz Parque apitam de forma tranquila, até sacanagem conseguem fazer com o Palmeiras. Conseguem mostrar um gesto meu inconsciente, mas não mostram uma mão dentro da nossa área [de Fabrício Bruno, no jogo da Copa do Brasil]. É uma sacanagem o que fizeram comigo. Será que é o Maracanã que condiciona? O público? Não sei, acho grave. Foi um lance claro de expulsão. São erros graves que condicionam o presente e o futuro”, continuou.

“Enquanto não comprarem aparelhos novos, não acredito nas linhas. Os aparelhos de hoje são arcaicos. As linhas são arcaicas, e a CBF precisa investir para que realmente a verdade apareça. Queremos verdade desportiva. Há dois anos o VAR resetou e ninguém sabe dizer como”, concluiu.

Nos últimos três jogos, o Palmeiras marcou sete gols, sendo todos eles invalidados por impedimento – três foram corrigidos pelo VAR: Rony, contra Internacional; Vitor Reis contra o Flamengo; e Luighi, contra o Flamengo pelo Brasileirão.

Com o empate, o Verdão chegou aos 38 pontos no Campeonato Brasileiro. A equipe agora ‘vira a chavinha’ para a Libertadores. Na quarta-feira, enfrenta o Botafogo no primeiro jogo das oitavas de final, no Rio de Janeiro.

Confira outras respostas de Abel Ferreira:

– Momento do Palmeiras

Eu sei que todo mundo quer que o Palmeiras entre em crise, são muitos anos vendendo jogadores, ganhando títulos, mais sócios Avanti. Isso incomoda muita gente, mas a gente não vai desfocar do nosso caminho.

– Exigência no Palmeiras

“Entendo que a exigência é grande, o Klopp teve oito anos no Liverpool e ganhou 10 títulos, o Simeone está no Atlético de Madrid há 11 anos e ganhou oito títulos. Nós estamos há 4 anos e ganhamos 11, mesmo assim é pouco. Todo mundo quer que a gente ganhe, já ganhamos esse ano. Já falei que não vamos ganhar sempre, continuaremos nosso trabalho e a dar nosso melhor, valorizar nossos jogadores e esses miúdos que entram muito bem”.

– Jogadores da base

“Não temos um plantel extenso, o que também é bom que fazemos um trabalho extraordinário com os moleques da base. Tem que valorizá-los, isso é evidente nos últimos anos, com Endrick, Luis Guilherme, Estêvão, Vitor Reis e Luighi agora. Sem dúvidas somos a equipe que mais promove e valoriza o trabalho de formação, sendo que somos obrigados a ganhar”.

João Martins diz que Palmeiras foi “arrojado” e detona Anderson Daronco

João Martins do Palmeiras, em jogo contra o Flamengo, durante partida válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Substituindo Abel Ferreira, que foi expulso, João Martins fez duras críticas à arbitragem

João Martins substituiu Abel Ferreira, expulso por Anderson Daronco, na entrevista coletiva após o duelo do Palmeiras contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, que terminou em vitória palmeirense por 1 a 0, mas sem a classificação.

O auxiliar técnico comentou sobre a estratégia do Verdão para buscar a reviravolta no placar e criticou a arbitragem e o VAR.

Sobre a partida

Martins explicou a escalação inicial e também elogiou a postura do Palmeiras em campo:

“Sabíamos que ficaríamos expostos nas transições. Trabalhamos bem para matar as transições deles, abrimos os zagueiros para fechar os corredores e deixamos o Aníbal no meio para ser o primeiro a combater. Demos liberdade ao Mayke e ao Caio para serem mais pontas do que laterais. O Veiga e o Felipe eram para trazer mais capricho e decisão no passe, para criarmos mais oportunidades de gol, algo que nos tem faltado nos últimos jogos. A escalação de hoje era de risco, atrás estávamos expostos. Estivemos muito bem nesse aspecto, mas nos faltou mais um gol”, disse.

“Nós tínhamos que arriscar, era um mata-mata e precisávamos reverter. Fomos arrojados e intensos. Tinha que ser assim. Agora vamos ver as consequências sobre os jogadores [Felipe Anderson, Mayke e Raphael Veiga foram substituídos por conta de problemas físicos]. Mas uma coisa é certa: no domingo vamos ter o Palmeiras mais forte possível, assim como na quarta-feira que vem”, complementou o preparador físico, que também falou sobre a confiança do elenco.

“Sabemos que a confiança é muito importante, porque jogar de 3 em 3 dias sempre há oscilações. É normal abalar a confiança quando se é eliminado, mas pensamos no jogo a jogo. Tivemos uma postura positiva. Não era fácil, uma semana depois, superar as dificuldades que tivemos lá. Hoje foi exatamente ao contrário, o Palmeiras foi superior. Vamos tentar manter esta postura, comportamento. Todos nós queremos ganhar, mas saber perder faz parte. Não queremos isso, mas fizemos de tudo e saímos com a cabeça tranquila”, concluiu.

João Martins detona arbitragem

Em relação ao árbitro Anderson Daronco e o VAR, comandado por Wagner Reway, João Martins fez um longo pronunciamento, com duras críticas:

João Martins do Palmeiras, em jogo contra o Flamengo, durante partida válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“É a quinta vez que o Anderson Daronco apita um jogo nosso esse ano. Contra o Botafogo-SP lá [em Ribeirão Preto], qualquer toque era falta e o time deles era fortíssimo na bola parada. Talvez ele estivesse cansado. Contra o SCCP aqui, expulsou o Raphael Veiga porque disse que o contexto era de expulsão. Já contra o Botafogo lá no Rio de Janeiro, deveria ter expulsado o zagueiro deles aos 3 minutos, mas disse que estava pressionado. Se ele estava assim, significa incompetência. O Rony levou um pisão na coxa [do jogador do Botafogo] e ele disse que foi acidental, depois o Bastos deveria ter sido expulso. Esse jogo [contra o Botafogo] foi há 15 dias e eu não entendo como a CBF coloca ele para arbitrar novamente. Um árbitro que usa toda bola parada para conversar com os jogadores com o intuito de descansar. Isso é inacreditável, para em todos os escanteios e faltas para conversar. Nós queremos jogar futebol”, disse.

“Como o VAR expulsa uma pessoa um minuto e vinte segundos depois de uma falta ridícula que marcaram do Marcos Rocha sobre o Gerson na linha de fundo do nosso ataque. Esta foi uma das várias faltas que ele marcou sobre os zagueiros do Flamengo. Tudo isso porque ele precisa descansar. Onde estão os contextos. Veio aqui para marcar faltinhas. Agora, digam como nós suportamos isso mentalmente”, acrescentou.

“Sobre o lance do gol do López, se formos olhar para a bola ao invés da linha, vamos ver que a bola já está fora do pé [do Gabriel Menino]. E sabemos que os frames fazem toda a diferença. É um lance que não é esclarecedor, isto para não falar do primeiro gol, que a vontade era tanta que até anularam, mas aí era tão claro que validaram. São coisas que somadas fazem importância. Olhar as faltinhas uma a uma não faz, mas aí depende de quem olha. O que temos hoje é a consciência tranquila. Quando saiu a nomeação, perguntei ao Anderson Barros: mais uma vez este homem? É um padrão. O Brasil tem tantos árbitros jovens e com vontade. Esse árbitro tem um padrão de não deixar os jogos evoluir. Se não tem como performar, tem que reformar-se”, finalizou.

Abel faz pedido à direção sobre Estêvão e questiona linha de impedimento do VAR: “É algo muito sério”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Botafogo-SP, durante partida válida pela terceira fase da Copa do Brasil 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Palmeiras venceu o Botafogo por 2 a 1, mas poderia ter tido uma vantagem maior se não fosse o gol anulado, criticado por Abel

O Palmeiras abriu vantagem contra o Botafogo-SP, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Atuando no Allianz Parque, o Verdão venceu por 2 a 1, graças aos gols de Rony e Estêvão, que marcou no último lance da partida.

Ao final do confronto, o técnico Abel Ferreira, em entrevista coletiva, não escondeu a felicidade ao falar do jovem jogador palmeirense e fez um apelo à direção.

“O que peço à Leila é que não venda esse jogador. Deixe-o ficar conosco até 2027, porque esse jogador é diferente de tudo que já vi. Ataca, defende, não se esconde do jogo. Pode ser uma referência para nós, todas as equipes precisam deste tipo de jogador”, disse o treinador.

“Não sou eu que lhe ensino a driblar, a chutar, o que ensino é saber defender, se posicionar. Ele sabe que tem o carinho de todos, tem uma família muito bem estruturada. Me deixa feliz vê-lo jogar, mas se amanhã ou depois ele ficar de fora, não critiquem, porque ele não pode jogar todas. É bom ter jogadores desse nível. Só quero que fique conosco até os 20, 21 anos”, complementou.

O treinador palmeirense também falou sobre o gol anulado de Rony pelo VAR, no qual foi marcado impedimento, e reclamou de como as linhas foram traçadas.

“Era pra ter tido mais um gol, mas foi anulado. Pra mim, aquilo é gol legal, a linha não pode ser traçada errada, cortando a orelha do jogador. Vamos esperar para ouvir [o áudio do VAR]. O VAR veio para sanar as dúvidas, mas eu olho para a imagem e pra mim o Rony não está impedido. Além disso, parece ter uma linha mais grossa que a outra, isso me assusta, é algo muito sério e, às vezes, parece brincadeira”, disparou.

Confira outras respostas de Abel Ferreira:

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Botafogo-SP, durante partida válida pela terceira fase da Copa do Brasil 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

– Análise do jogo

“A gente sabia das dificuldades que iríamos encontrar. Eles vieram com uma linha de cinco atrás e outra de quatro à frente. Havia pouco espaço. No primeiro tempo as melhores oportunidades foram deles, em transições. Na segunda parte, sim, mudamos para ter mais presença na área e sabíamos que eles não iam aguentar nossa pressão. Pedi para os jogadores manterem o ritmo e velocidade na circulação. Criamos oportunidades, fizemos os gols”.

 Troca de Rony por Veiga, no intervalo

“A alteração do Rony pelo Veiga foi para ter mais gente na área, começamos a atacar com seis jogadores. Acredito que correu bem”.

– Rômulo

“Os jogadores representam em campo tudo aquilo que vejo na vida. Somos resilientes, persistentes. De alguma maneira a gente chega lá. O último gol é prova disso, a forma com que o Rômulo disputa e ganha a bola para fazer o cruzamento. Parabéns para ele, entrou muito bem, o lançamento foi um primor. Ele mereceu. O último gol é a imagem do Palmeiras”.

“Nosso primeiro jogo da temporada foi contra o Novorizontino e, depois da partida, o Barros e eu fizemos aquilo que tínhamos de fazer, que era não deixar esse jogador escapar para outra equipe. É um jogador com fome de triunfar, tem qualidade, já tem o respeito dos colegas porque ele é bom, assim como o Veiga”.

Supercopa: Bráulio Machado o árbitro e VAR com inovação

Braulio da Silva Machado em jogo do Palmeiras contra o Fluminense, durante partida válida pela trigésima sétima rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Decisões do VAR na Supercopa do Brasil serão anunciadas pelo árbitro

Invicto em 2024, o Palmeiras entra em campo para a primeira decisão da temporada neste domingo, contra o SPFC, pela Supercopa do Brasil. O duelo acontece no Mineirão, às 16h.

Bráulio da Silva Machado foi o árbitro designado pela CBF para comandar a partida. Pertencente ao quadro de Santa Catarina, o juiz de 44 anos já comandou o apito em 29 jogos do Verdão na carreira. Clique aqui e veja o histórico.

Bráulio terá como assistentes Rodrigo Figueiredo Henrique Correa e Guilherme Dias Camilo. O quarto árbitro será Rafael Rodrigo Klein, enquanto Wagner Reway será o responsável por comandar a arbitragem de vídeo.

Supercopa terá novidade no VAR

Supercopa do Brasil: Palmeiras e Flamengo se enfrentarão em Brasília.
Lucas Figueiredo/CBF

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, anunciou que, na Supercopa, todas as decisões do árbitro após revisão no VAR (alteradas ou mantidas) serão anunciadas ao público do estádio.

Essa medida chegou a ser testada pela Fifa no ano passado no Mundial de Clubes e também na Copa do Mundo Feminina. A ideia da CBF também é promover essa mudança no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.