Em coletiva após vitória sobre Internacional, Abel voltou a comentar sobre os problemas crônicos no futebol brasileiro
O técnico Abel Ferreira admitiu que o Palmeiras caiu fisicamente no segundo tempo da partida diante do Internacional, vencida pelo Verdão por 2 a 1. Em entrevista coletiva após o duelo, o comandante afirmou que, por conta da sequência de jogos, o time entrou com “70% de bateria”, mas ainda assim viu justiça na vitória.
“Fomos muito bem na primeira parte. Sabíamos que iríamos sofrer nos últimos 20 minutos. Nossa equipe entrou a 70% da bateria, porque não teria como recuperar. Nossa intenção era buscar o jogo no começo”, iniciou o treinador.
“Eles são organizados. Vieram com algumas mudanças iniciais, mas depois alteraram, colocaram os pontas de lança e nos criaram perigo no segundo tempo. Mas também tivemos as nossas chances. Foi um bom jogo. Eles cresceram pelas capacidades físicas, na minha opinião. Mas, com a nossa alma, coração e com ajuda dos torcedores ganhamos porque acreditamos até o fim. Pelo que fizemos na primeira parte e no jogo todo, fomos os justos vencedores”, complementou Abel.
Com o triunfo, o Palmeiras chegou aos 39 pontos no Brasileirão e terminou o primeiro turno como o time de melhor campanha, mais gols marcados (31) e com a defesa menos vazada (13). A equipe inicia a segunda parte do campeonato no sábado que vem, diante do Ceará, fora de casa.
“Nossa batalha é jogo a jogo. Já disse que não sabia como a equipe ia reagir ao calendário, temos muitos jogadores fora por lesão, como os outros têm, também. Aqui é jogo a jogo. Há muitos candidatos pela mesma cadeira, está tudo embolado. Jogo a jogo e no fim vemos a tabela”, pontuou.
Abel reclama do VAR e outros problemas do futebol brasileiro
A arbitragem também foi assunto da coletiva de Abel Ferreira. O treinador questionou o gol anulado de Murilo e pediu que o campeonato seja “resolvido dentro das quatro linhas”.
“Queria ver onde pararam o frame. Só espero e desejo que este campeonato seja resolvido dentro das quatro linhas pelas duas equipes que têm que ser protagonistas, não uma terceira. Espero que o campeonato não seja resolvido pelo VAR nem pelos árbitros, mas pelas equipes. Tenho visto muita confusão. Por favor, leiam a regra do VAR. Eles só podem interferir em lances claros, escandalosos”, discursou.
“Só peço a quem está à frente do organismo que façam um esforço. Não sei se eles estão cansados também, porque realmente é muito jogo. Sentimos cansaço e eles têm este direito, mas espero que este campeonato seja resolvido nas quatro linhas”, completou.
Substituição de Dudu
Por fim, o treinador esclareceu a saída de Dudu da partida – Wesley entrou no lugar do camisa 7, aos 23’ da segunda etapa.
“Há jogadores que são aceleradores de jogo; os pontas são esse tipo de jogador. Em determinada altura perdem energia e só jogam com bola. É normal em qualquer equipe que os pontas e centroavantes sejam os primeiros a saírem. Queremos rendimento, produção, gols. Faz parte [mudar], é normal chegar ao minuto 70 e ter que mudar os pontas, como o Dudu, por exemplo. Àquela hora precisávamos de energia, o time estava cansado. E fomos felizes porque o segundo gol saiu em uma jogada que o Wesley participou”, finalizou.