Substituindo Abel Ferreira, que foi expulso, João Martins fez duras críticas à arbitragem
João Martins substituiu Abel Ferreira, expulso por Anderson Daronco, na entrevista coletiva após o duelo do Palmeiras contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, que terminou em vitória palmeirense por 1 a 0, mas sem a classificação.
O auxiliar técnico comentou sobre a estratégia do Verdão para buscar a reviravolta no placar e criticou a arbitragem e o VAR.
Sobre a partida
Martins explicou a escalação inicial e também elogiou a postura do Palmeiras em campo:
“Sabíamos que ficaríamos expostos nas transições. Trabalhamos bem para matar as transições deles, abrimos os zagueiros para fechar os corredores e deixamos o Aníbal no meio para ser o primeiro a combater. Demos liberdade ao Mayke e ao Caio para serem mais pontas do que laterais. O Veiga e o Felipe eram para trazer mais capricho e decisão no passe, para criarmos mais oportunidades de gol, algo que nos tem faltado nos últimos jogos. A escalação de hoje era de risco, atrás estávamos expostos. Estivemos muito bem nesse aspecto, mas nos faltou mais um gol”, disse.
“Nós tínhamos que arriscar, era um mata-mata e precisávamos reverter. Fomos arrojados e intensos. Tinha que ser assim. Agora vamos ver as consequências sobre os jogadores [Felipe Anderson, Mayke e Raphael Veiga foram substituídos por conta de problemas físicos]. Mas uma coisa é certa: no domingo vamos ter o Palmeiras mais forte possível, assim como na quarta-feira que vem”, complementou o preparador físico, que também falou sobre a confiança do elenco.
“Sabemos que a confiança é muito importante, porque jogar de 3 em 3 dias sempre há oscilações. É normal abalar a confiança quando se é eliminado, mas pensamos no jogo a jogo. Tivemos uma postura positiva. Não era fácil, uma semana depois, superar as dificuldades que tivemos lá. Hoje foi exatamente ao contrário, o Palmeiras foi superior. Vamos tentar manter esta postura, comportamento. Todos nós queremos ganhar, mas saber perder faz parte. Não queremos isso, mas fizemos de tudo e saímos com a cabeça tranquila”, concluiu.
João Martins detona arbitragem
Em relação ao árbitro Anderson Daronco e o VAR, comandado por Wagner Reway, João Martins fez um longo pronunciamento, com duras críticas:
“É a quinta vez que o Anderson Daronco apita um jogo nosso esse ano. Contra o Botafogo-SP lá [em Ribeirão Preto], qualquer toque era falta e o time deles era fortíssimo na bola parada. Talvez ele estivesse cansado. Contra o SCCP aqui, expulsou o Raphael Veiga porque disse que o contexto era de expulsão. Já contra o Botafogo lá no Rio de Janeiro, deveria ter expulsado o zagueiro deles aos 3 minutos, mas disse que estava pressionado. Se ele estava assim, significa incompetência. O Rony levou um pisão na coxa [do jogador do Botafogo] e ele disse que foi acidental, depois o Bastos deveria ter sido expulso. Esse jogo [contra o Botafogo] foi há 15 dias e eu não entendo como a CBF coloca ele para arbitrar novamente. Um árbitro que usa toda bola parada para conversar com os jogadores com o intuito de descansar. Isso é inacreditável, para em todos os escanteios e faltas para conversar. Nós queremos jogar futebol”, disse.
“Como o VAR expulsa uma pessoa um minuto e vinte segundos depois de uma falta ridícula que marcaram do Marcos Rocha sobre o Gerson na linha de fundo do nosso ataque. Esta foi uma das várias faltas que ele marcou sobre os zagueiros do Flamengo. Tudo isso porque ele precisa descansar. Onde estão os contextos. Veio aqui para marcar faltinhas. Agora, digam como nós suportamos isso mentalmente”, acrescentou.
“Sobre o lance do gol do López, se formos olhar para a bola ao invés da linha, vamos ver que a bola já está fora do pé [do Gabriel Menino]. E sabemos que os frames fazem toda a diferença. É um lance que não é esclarecedor, isto para não falar do primeiro gol, que a vontade era tanta que até anularam, mas aí era tão claro que validaram. São coisas que somadas fazem importância. Olhar as faltinhas uma a uma não faz, mas aí depende de quem olha. O que temos hoje é a consciência tranquila. Quando saiu a nomeação, perguntei ao Anderson Barros: mais uma vez este homem? É um padrão. O Brasil tem tantos árbitros jovens e com vontade. Esse árbitro tem um padrão de não deixar os jogos evoluir. Se não tem como performar, tem que reformar-se”, finalizou.