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29/04/2018 - 16:00
O Palmeiras empatou sem gols com a Chapecoense esta tarde no Allianz Parque e perdeu dois pontos importantes na caminhada rumo ao décimo título brasileiro. O time esbarrou na forte retranca armada pelos visitantes e na arbitragem, que não marcou um pênalti e anulou um gol legal no último lance da partida. Mesmo com o mau resultado, o Verdão segue no bolo de cima da tabela, ajudado por outros resultados da rodada.
PRIMEIRO TEMPO
O Palmeiras veio para o jogo com novidades, por conta de orientação da fisiologia: Jailson, Edu Dracena e Bruno Henrique descansaram e deram lugares a Weverton, Thiago Martins e Moisés. O Verdão iniciou o jogo forçando pelo lado esquerdo, nas costas de Apodi, mas tinha dificuldades com duas coisas: a boa marcação do esquema com três volantes de Gilson Kleina, e a arbitragem, que picotava demais o jogo marcando falta em qualquer contato.
Aos 10, Felipe Melo interceptou um lançamento, Moisés tocou rápido para Lucas Lima, que enfiou em velocidade para Borja, que tocou por baixo na saída de Jandrei e mandou para as redes, mas o bandeira assinalou impedimento – o colombiano estava na mesma linha que Douglas e o lance foi muito duvidoso. Pouco depois, Felipe Melo sofreu pênalti claro de Apodi, que o empurrou dentro da área numa jogada aérea.
A Chapecoense usava demais o recurso da saída rápida e Felipe Melo se antecipava a várias delas, retomando a posse de bola para o Palmeiras e ligando o ataque – aos 17, desta forma, Keno pegou a defesa da Chape aberta mas adiantou demais a bola, que foi cortada a escanteio. Na cobrança, Thiago Martins testou firme no canto direito e Jandrei se esticou para salvar os visitantes.
Aos 23, Canteros bateu falta da direita e Amaral subiu entre nossos dois zagueiros para testar forte e mandar bola pertinho da forquilha esquerda de Weverton, que só torceu. Três minutos depois, em nova falta da direita, Canteros suspendeu, Amaral desviou e Rafael Thyere tocou para as redes, mas o bandeirinha corretamente assinalou impedimento – ele demorou demais para levantar o instrumento e causou tensão no estádio.
Aos 33, o Verdão teve nova chance com Moisés, que bateu firme da meia-lua após bola rolada por Dudu, mas a bola foi amortecida na zaga. Aos 36, Arthur Caike bateu de fora e a bola passou perto do ângulo direito de Weverton.
Aos 37, a melhor jogada do Verdão, que furou as linhas do visitante na base do toque envolvente: Felipe Melo, Lucas Lima, Borja e Moisés trocaram passes e a bola caiu com Dudu, dentro da área, por trás da zaga; o capitão ajeitou no peito e tocou para o gol, mas Jandrei fechou o ângulo e impediu a marcação do primeiro gol. Aos 40, Borja perdeu um gol feito, ao aproveitar mal uma bola espirrada na área após falta batida por Lucas Lima. Com o Palmeiras superior em campo, mas incapaz de transformar a posse de bola em gol, o primeiro tempo chegou ao fim.
SEGUNDO TEMPO
Sem mudanças, os time voltaram com as mesmas propostas do primeiro tempo. Mas logo com três minutos, Felipe Melo precisou sair após sentir o calcanhar esquerdo e Thiago Santos entrou em seu lugar. Aos cinco, Dudu tabelou com Keno, invadiu a área pela direita e cruzou por baixo, com perigo, mas Jandrei encaixou.
Aos 11, Dudu bateu escanteio da direita e Borja testou forte, sobre o gol. A Chape seguia com uma linha de 4 e outra de 5 e o Verdão tinha problemas sérios para furá-las. Aos 17, o colombiano saiu para dar lugar a Deyverson, numa alteração equivocada de Roger Machado. Thiago Martins subiu ao ataque e bateu de fora aos 22, sem perigo.
Aos 24 Deyverson ajeitou de peito; Keno acionou Dudu que invadiu pela direita e bateu forte, cruzado, e Jandrei mandou a escanteio. Na batida, Lucas Lima pegou a sobra da bola espirrada e concluiu por cima. Pouco depois, o camisa 20 deixou o campo e deu lugar a Willian Bigode.
Aos 33, Dudu cruzou duas vezes para a área; a defesa afastou; Moisés recolocou no bolo e Thiago Santos chegou na pequena área para finalizar, mas foi desarmado em cima da hora por Elicarlos. Aos 38, Dudu aproveitou bola disputada por Moisés e emendou um chute cruzado de direita, que assustou Jandrei.
Aos 43, Dudu sofreu falta frontal. Com a barreira dentro da área, Willian Bigode bateu na barreira; no rebote, bateu de novo e a bola explodiu em Dudu. Aos 45, a bola ficou viva dentro da área e o Palmeiras teve várias chances de empurrar para dentro, mas falhou. No último lance da partida, Dudu cruzou no segundo pau e Antônio Carlos cabeceou no canto de Jandrei, mas o bandeira Felipe Alan Costa de Oliveira anulou o gol erradamente marcando impedimento. Era o parpite do pré-jogo se concretizando, mas que acabou invalidado porque as marcações só voltam neste país se forem para um determinado time.
FIM DE JOGO
Faltou inspiração para os jogadores e para o treinador. Talvez um treino mais específico para furar a já esperada retranca da Chapecoense tenha feito falta – o calendário apertado impede que o time tenha esses luxos nesta fase da temporada e dependemos das individualidades que, desta vez, não sobressaíram.
Mas mesmo com esses problemas, tudo teria sido resolvido se o bandeira tivesse validado o último lance do jogo, quando Antônio Carlos fez o gol da vitória que nos foi negada. Ninguém aguenta mais falar da arbitragem. As pessoas vão começar a largar o futebol desse jeito, estão matando o esporte.
Mas nós seguimos resistindo. VAMOS PALMEIRAS!