A semana em que o Palmeiras se salvou da morte

Janeiro avança e começamos a olhar um pouco também para os lados, em busca do panorama dos concorrentes. É sempre saudável ter alguma ideia de como as outras onze camisas do futebol brasileiro estão se preparando para 2018.

Num momento em que a Lusa, já considerada time grande em outros tempos, perde até torneio quadrangular em casa contra outras três Portuguesas, vemos sinais de fenômenos semelhantes atingindo outros clubes.

Os mais dramáticos são Vasco e Fluminense, que precisam urgentemente passar por um processo semelhante ao que o Palmeiras atravessou a partir de 2013 para não correrem o risco de virarem novas Portuguesas. Em São Januário, o presidente recém-eleito precisa primeiro descobrir onde foram parar os computadores do clube.

Por aqui, quem está louco para pegar esse bonde, ironicamente, é o SPFC – o mesmo clube que, até outro dia, tinha um presidente que arrotava caviar enquanto, comendo banana,  lutava para conseguir um patrocinador melhor que o Arroz Urbano. Referiu-se ao Palmeiras como um clube em processo de apequenamento – e o que vemos hoje é o SPFC afundado nas mesmas práticas que quase nos levaram a esse trágico caminho.

Ele não estava de todo errado

Carlos Miguel AidarO pior de tudo é que Aidar não estava de todo errado. Seguindo o caminho trilhado desde 2001 por Mustafá, Della Monica, Belluzzo e Tirone, o destino do Palmeiras parecia mesmo o de virar uma Lusa, ou um Juventus. Um clube social decadente com um time de futebol medíocre. Uma série de circunstâncias, no entanto, impediu que tivéssemos esse triste fim.

O fator fundamental para a virada foi o tamanho e a paixão da torcida. Dessa massa saíram almas apaixonadas e esclarecidas o suficiente para se reunirem e virarem a chavinha. Além disso, a localização do Palmeiras foi fundamental para que fosse viável um projeto como o do Allianz Parque, indiscutivelmente outro pilar dessa reação.

Mas mesmo tudo isso talvez ainda fosse insuficiente. O Verdão teve a ajuda fundamental da sorte. Na rodada final do Brasileirão de 2014, o Palmeiras precisava vencer o Atlético-PR em casa para se salvar do terceiro, e talvez definitivo, rebaixamento. O clube não resistiria a mais uma queda, mesmo com o Allianz Parque recém-inaugurado.

O Palmeiras havia perdido por 3 a 1 para o Inter na rodada anterior no mesmo momento que Paulo Nobre conseguia a reeleição, a despeito da péssima gestão no futebol. A oposição, encabeçada por um candidato com o mesmo preparo de Arnaldo Tirone, tentava se aproveitar do mau momento do time para alavancar uma candidatura que seria o prenúncio do fim.

Naquela tarde de sete de dezembro, com 0 a 1 no placar, o Verdão foi salvo pelo gol de Henrique Ceifador. De pênalti, como são a maioria dos lances que entram para a História – a bola parada na cal e os corações pulsando a mais de 200 bpm. A expressão angustiada no rosto de nossa torcida, no vídeo abaixo, traduz com exatidão toda a dramaticidade daquele momento.

É verdade que o Vitória perdeu seu jogo para o Santos no finalzinho e não nos passaria de qualquer forma, mas o resultado em aberto em Salvador até os minutos finais fez com que o Palmeiras vivesse a agonia de estar na beira do precipício. Melhor que o gol de Henrique vire o símbolo da salvação do que um não-gol do Vitória.

Depois do alívio, a virada definitiva

DuduReeleito e mantido na Série A, Paulo Nobre pôde dar continuação ao processo iniciado em 2013, invisível ao público, de reestruturação do clube. A despeito dos erros grosseiros no futebol, o Palmeiras estava no caminho certo e precisava manter o plano em andamento. E em 2015 veio a virada definitiva. Patrocínio, boom no Avanti, Allianz Parque cheio, e um projeto consistente também no futebol. Três anos depois, com Maurício Galiotte mantendo as práticas mais importantes, atingimos a condição de ser a maior potência do país, habitante natural do G4 de qualquer campeonato – qualquer coisa diferente disso é surpresa.

Fluminense e Vasco, e talvez também SPFC e Botafogo, têm hoje em comum o fato de precisarem de uma virada administrativa radical, sob o risco de se aportuguesarem. Nenhum deles está na Pompéia e podem erguer um Allianz Parque, mas (ainda) têm torcida suficiente para, de alguma forma, saírem da penúria. O caminho será longo e enquanto isso o Palmeiras e os outros clubes que conseguem se manter competitivos têm todas as condições de aproveitar o espaço para conquistar mais títulos, já que a concorrência está menor.

O Palmeiras se salvou por muito pouco de estar vivendo uma realidade muito parecia com a desses clubes e tudo isso teve como ponto nevrálgico aquela semana entre sábado, 29 de novembro e domingo, 7 de dezembro de 2014, quando Paulo Nobre foi reeleito e Henrique Ceifador, que hoje ironicamente está em vias de se tornar jogador do SCCP, marcou de pênalti o primeiro gol do Palmeiras no Allianz Parque.

Talvez um dia isso vire até um filme. Se virar, lembrem-se deste post.


Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

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61 comentários em “A semana em que o Palmeiras se salvou da morte

  1. Não colocaria o Belluzzo nessa lista que tem Tirone e Mustafá. Pra mim, ele teve dificuldades com a oposição predadora do Mustafá e com erros no departamento de futebol. Mas o principal, na minha opinião, o que vai ficar pra história é a presença de espirito que ele teve ao autorizar a demolição do estádio em um momento em que a oposição já se mobilizava parar melar o projeto do Allianz Parque. Considero que ali sim foi o momento em que evitamos nos tornar uma Portuguesa e inevitavelmente começamos a traçar o nosso destino.

  2. Acho que Beluzzo não entra no mesmo pacote dos outros presidentes, ele tentou algo que pode se aproximar do keynesianismo, na crise, ao invés de recuar, ele investiu pesado, porém futebol não funciona como nações, e por diversos fatores aquele brasileiro de 2009 que deveria ter sido nosso ponto de ruptura só aconteceu mais tarde, num momento de sorte que foi escapar do rebaixamento como foi colocado no texto. Beluzzo e Paulo Nobre escolheram caminhos bem diferentes, mas ambos acabaram marcados pelo imponderável do futebol, pra o mal e pra o bem.

  3. Primeiramente parabéns pelo texto, ótima leitura dos fatos que antecederam a “ressurreição” do quase morto Palmeiras!
    Não é preciso ser vidente pra perceber que em breve o Palmeiras será uma potencia ainda mais forte do que já é. Quanto aos outros clubes, lamento pelo Vasco, mas sempre há uma saída, estávamos também em situação parecida com a do Vasco, eramos chacota, ironizavam tudo que vinha da academia, e hoje, onde estamos. Desejo a mesma competência e sorte aos vascaínos, que a nova diretoria possa profissionalizar, modernizar e padronizar os diversos setores desse tradicional clube brasileiro, assim como o PN conseguiu aqui.

  4. Esse time de 2014 foi o pior Palmeiras que vi jogar, tão ruim quanto o de 2012, realmente era uma angustia assistir uma partida deste time. Pra mim, Paulo Nobre era o pior presidente da história do Palmeiras, tinha perdido Barcos e um chapéu vergonhoso do Allan Kardec.
    Nós da torcida, difícilmente tínhamos acesso a tais informações internas do clube, e não víamos toda a reforma que PN fazia internamente. Felizmente, esse jogo foi um divisor de águas, o último dia da angustia. Hoje o Palmeiras está no local que deveria estar.
    Parabens ao Nobre, pela gestão realizada e por ter calado minha boca.

  5. O final dos anos 80 e início de 90 (até 1992, precisamente) foram terríveis para o Palmeiras.

    Torcer para o Palmeiras era uma cruz, porque não ganhávamos nada e o assunto era só “a fila”, “a fila”, “a fila”…

    Depois a época de ouro, até 2000/01.

    Após isso, dois rebaixamentos e um “apequenamento” preocupante em todos os setores.

    Realmente o PN resgatou o Palmeiras. Porque ele, como um torcedor e homem de negócios inteligente, viu que o maior patrimônio do Palmeiras é a sua torcida e investiu nessa nossa paixão.

    Agradeço a ele e à toda torcida, que só engrandece o Palmeiras.

  6. Sobre os times que estão se apequenando, SPFC, Vasco, Florminense e Bostafogo, acho que os únicos que tem chance de se salvar pela torcida são o SPFC e o Vasco, os outros dois só chegaram a um patamar de “grande” pela maciça exposição que a RGT dá aos clubes cariocas, porque suas torcidas duelam em tamanho com a torcida da Ponte Preta!

    Eu acho que nós somos ainda maior, acho mesmo que um terceiro inferno não nos mataria, mas com certeza absoluta não estaríamos hoje onde estamos, ou alguém acha que a Tia Leila ia investir no Palmeiras se estivéssemos na segunda divisão, ela odeia o PN, mas só entrou no clube depois que o PN acertou as coisas, do time falido e sem perspectiva de 2013 (mesmo jogando libertadores) ela não queria nem saber…

  7. Só faltou no texto o agradecimento a Deus… lembro que depois do rebaixamento em 2012 na época da eleição orei muito a Deus para que viesse um presidente diferente dos anteriores, tenho que confessar que em alguns momentos até duvidei que fosse o paulo nobre, rsrsrs. em 2014 foram muitas orações para que não houvesse outra tragédia futebolistica para o palmeiras como citado no texto seria o fim do verdão. em 2015 acho que se tivéssemos perdido a final da copa do brasil do jeito que a imprenssa estava afim de tumutuar o projeto se tivessemos perdido não sei se não teria sido até pior do que o rebaixamento as outras torcidas estavam indo na onda da imprensa que tava impossível … todos tirando zoando, palmeiras seria goleado, time de m, etc… foi uma semana de jejum e oração… durante o jogo fiquei o tempo todo orando e agradeço muito a Deus pela vitória… Deus honrou… muito obrigado meu Deus por essa mudança! um clube que estava praticamente falido se transformar na maior potencia da america em apenas cinco anos temos que reconhecer que só por um milagre…
    muito obrigado Deus! muito obrigado Jesus!

  8. Se em 2013 o Paulo Nobre tivesse investido em 3 jogadores razoáveis teríamos chance de ganhar aquela libertadores que foi descartada praticamente!! Se passassemos pelo Tijuana, as quartas de finais seriam contra o Atletico MG que chegou ao título aos trancos e barrancos e na sorte tb!!!!

  9. Não acredito que viraríamos uma portuguesa, pois a administração era séria e o dinheiro que não estava sendo gasto nas gestões passadas retornaria. Não fizemos sacrificios em 2013 e 2014 e acredito que o processo de ressurgimento como grande potência apenas demoraria um pouco mais. O problema da Portuguesa foi se apequenar no caráter, ou seja, se deixar vender para que o Flamengo não fosse rebaixado. Nada foi provado, mas esta teoria para mim é a mais pertinente.

  10. Acho injusto colocar o Belluzo no mesmo saco de Mustafá, Della Monica e Tirone. Por mais que tenha cometido erros na presidência, ele foi um dos grandes responsáveis pela parceria com a Parmalat e pelo projeto do Allianz Parque. Sem ele, o Palmeiras não seria metade do que é hoje.

    1. ele gastou o que nao tinha em 2009/2010 e confiou que os titulos viriam e com as premiacoes/vendas o clube ia pagar as dividas. nao vieram e o buraco começou a ficar cada vez mais insaível.
      na sequencia, veio o Tirone, que precisava fazer uma gestao de recuperacao financeira, mas acabou de cavar nossa sepultura.
      infelizmente é a História.
      Felizmente revertemos.

      1. Conrado, ao menos ele tentou algo diferente!!! Tivemos muito azar e erros absurdos de arbitragem em 2009!!!! Mas não podemos esquecer que ele foi um pilar importante para a Parmalat e o Allianz Parque!!! O grande cancer que causou 90% de nossos problemas e que foi responsável por termos ficado 17 anos na fila, afinal foi só ele assumir o futebol em 1977 que isso ocorru, foi o Sr. Mustafa Contursi Majoub Goffar!!! Beluzzo é um gota na comparação ao Mustafá!!!!!

        1. mas veja que o texto apenas contextualiza a situação e ela passou inevitavelmente pelas mãos dele. seria errado nao menciona-lo.
          isso é bem diferente de colocá-lo “no mesmo balaio” do tirone e do mustafa.

    2. Belluzo realmente foi importante nestas situaçőes que você comentou, mas a gestão que fez durante seu mandato, adiantando cotas de TV, investindo em técnicos medalhőes e os demetindo e pagando as respectivas multas, elevando a folha de pagamento sem ter condiçőes de honrá-las.

      Tudo isso, acabou fazendo dele um dos responsáveis pelos anos subsequentes terríveis que passamos após sua gestão…

    3. Belluzo, além da administração desastrosa em todos os setores, foi responsável direto pela eleição de Arnaldo Tirone.

    4. Concordo plenamente, Belluzo não entra em nada nessa lista ai!
      O texto bem coloca que Paulo Nobre só deu certo, “por sorte”, porque não ser rebaixado passou longe da competência e de um trabalho decente. Assim como a ideia keynesiana de Belluzo não prosperou e assim o movimento de saída da crise, acabou resultando num mergulho mais fundo, por falta de sorte, o trabalho pra 2009 foi muito bem feito, porém questões outras influenciaram no título perdido.

  11. Parabéns Conrado, faltam palavras para definir sua habilidade com as palavras e análises! Graças a Deus esse pesadelo passou, e hoje temos uma administração competente, que possamos evitar a todo custo, que pessoas despreparadas voltem a administrar nossa instituição.

  12. Muito legal esse post. Considero uma coincidência divina o Ceifador cobrar aquele pênalti. Muitos podem nao dar o devido valor, mas precisava ser muito macho pra bater aquele penalti. O que a gente nao sabia era que o Ceifador é o melhor batedor de penaltis dos últimos anos do futebol brasileiro. Talvez eu seja fã demais do Paulo Nobre, mas nem mesmo baquela primeira gestão vi grandes erros. Ainda hoje acho que trocar o Barcos por quatro jogadores nao era nada ruim….ainda mais para quem nao podia paga-lo ( aliás nem mesmo a conta de luz ). Sem dizer que o jogador queria ” visibilidad “. Pode- se discutir que Brunoro deixou a desejar, mas Brunoro nao é o Mattos….e esse.. nao passaria nem na porta, num clube naquelas condições.

  13. Importante lembrar desta semana e também das mudanças internas necessárias, mas invisíveis ao público – que fizeram muitos palmeirenses desatentos pedirem a cabeça de PN.

    Mas o que aconteceu após o final de 2014 é quase sobrenatural, se olharmos somente os fatos de forma objetiva.

    Qualquer outro clube do mundo já não teria resistido a tanta desgraça; Éramos uma terra arrasada. Qualquer um que desenhasse este cenário superavitário e esta imagem de clube-referência seria classificado como um louco irrecuperável.

    Há uma força neste verde e branco que ninguém (a não ser o palmeirense) consegue entender direito.

  14. Esperava por esse reerguimento do Palmeiras a muito tempo! Que bom que deu tudo certo no fim de 2014 e o Palmeiras pode ressurgir com todas as forças! Obrigado Paulo Nobre! Vamos Palmeiras!

    (conrado, parabéns cara, seu trabalho é fenomenal)

  15. A lembrança mais forte daqueles dias, pra mim, não é nem o jogo contra o Furacão, ou o mau desempenho do time.

    O mais marcante é a firmeza com que nosso #VoltaPresidaPN afirmava nos dias que antecederam aquele 7 de dezembro de 2014: “O Palmeiras não cai”.

    Não sei se haverá uma promessa cumprida tão importante nos próximos anos.

    Alguns detalhes daquelas semanas:

    1. Valdisney e sua habitual omissão nas horas-chave — deixou o clube depois de uma derrota pro JdLeonor e só voltou no jogo contra o CAP ainda machucado, perdendo inclusive a inauguracão do AllianzParque; por mais que se alegue que ele “salvou o time”, o fato real é que a ausência frequente dele ao longo do campeonato foi um dos fortes fatores do time chegar à última rodada com a corda no pescoço e, naquela tarde 7/12, ele não fez nada de mais que mereça que se lhe atribua um protagonismo na não-queda.

    2. inesquecível inauguração do AllianzParque: mesmo com a derrota,a mágica daquela “primeira vez”, a iluminação, o ambiente, a renda superior a 5 milhões de reais, a sensação de “voltar pra casa”.. enfim, tudo foi bem forte.

    3. a repulsa que deu do Wesley nos jogos contra Sport e CAP: naqueles dias, criou-se aqui no Verdazzo a “escala-Wesley”de vaias numa substituição de jogador.

    4. Eu discordo que o time de 2014 tenha sido tão ruim. No Paulista, fomos muito prejudicados na semi-final em que Prass e AK se contundiram e não voltaram pro segundo tempo contra o Ituano. Depois, a perda do AK, a fratura do Prass e o desencaixe total do time, mais o fator-Valdisney citado acima, geraram um qua-se queda sem volta e ficou a impressão de ruindade no time.

    No fim, o ano do centenário acabou mesmo sendo um ano de transformação em que, mesmo não vencendo algum torneio, o clube se viu administrativa e patrimonialmente capacitado pra uma nova era.

    #ObrigadoPresidaPN e companheiros de mudanças.
    #VamosPalmeiras

    1. Amigo Monaco, como assim não ganhamos nenhum torneio em 2014? E o Troféu Julinho Botelho no Pacaembu? kkkkkkk… abraços!

    2. Valdisney nos desfalcou para participar de um amistoso pós copa do mundo, na reta final do brasileiro, quando lutávamos contra o fantasma do 3º inferno,. aquele amistoso q não serve pra nada, só pra machucar jogador, o que efetivamente aconteceu, de novo.

      Ali em diante eu decidi que nunca mais iria me empolgar com esse vagabundo e dei graças quando deixou o clube!

    3. Para com isso Valdivia jogou demais, tá inventando história pra tirar o mérito do cara ter destruído quando jogou.

      1. Pedro: eu claramente vi os fatos de um jeito bem diferente de você e convivo bem com nossa discordância.

        Apenas pra explicar porque eu disse o que disse,
        1. a estatística de jogos jogados pelo “cavalheiro” é clara: pouco mais de 42% ao longo de 5 (cinco) anos.
        2. O número de vezes em que ele foi decisivo em horas decisivas nos 5 anos = 1, na volta contra o GRE pela CdBR-12.
        3. o desaparecimento dele depois da Copa do Mundo — foi pra Disney sem ter pedido permissão à direção.
        4. tudo isso a um custo de 500 mil mensais.

        é por isso que eu penso que ele foi omisso.

        Quanto a ele SABER jogar, nenhuma dúvida: ele sabe MUITO. Em 2008, foi a fera do time.

        Mas quanto ao período entre 2010 e 2015, respeito sua leitura, mas prefiro ficar com a minha.

        Abrazzo.

  16. Lembro bem daquele 3×1 contra o Inter. No final do jogo, a torcida deles cantava: “ão, ão, segunda divisão.” Foi uma delícia devolver isso no Allianz parque em 2016, quando encaminhamos eles ao purgatório da série B.

    1. o Inter é o SPFC do RS. pelo menos na arrogância. Timinho de merda que até 2006 não ganhava nada relevante, aí se acharam a pica da galáxia. Tomaram uma série B pra aprenderem a baixar a bola e serem mais humildes.

  17. Sem dúvida, uma grande lição do futebol para a vida: “Nunca menosprezar alguém, não importa quem seja, ou em que situação esteja.”
    No início da década, a soberba do time da Vl. Sônia reinava absoluta, hj não conseguem sequer fazer uma campanha no BR superior a um clube que perdeu o elenco inteiro antes do início da temporada (Chape).
    A grande diferença entre “elas” e os rivais da capital, é que não possuirão a mesma resiliência para resistir ao aportuguesamento.

  18. Nesse período de 2001-2014, fomos um quinto “time carioca”, tanto na gestão como em títulos. Cru, Bam e Gam ganharam 03 brasileiros, NPSM, Fru/Unimed, 02 títulos e 01 para brisa-pr e cheirinho (era para ser nosso). Além de ter caído 02 vezes nesse período.
    Seria uma vergonha tremenda cair pela 3ª vez, porém, me lembro de imaginar que seria mais como: um ano de atraso em relação a títulos e boas temporadas (a esperança já existia), do que temor de não subir ou não ser campeão da Série B, etc.
    Nossa primeira grande festa na Arena foi a permanência na primeira divisão em pleno ano do centenário do Clube. É triste, mas também é lindo. Pois os únicos que não mereciam cair aquele ano eram os torcedores.
    Vou sempre me orgulhar da nossa história, me apaixonei por ela e amo viver cada novo episódio! Sejam na boa ou na ruim!
    DALEPORCO!

  19. Como a molecada gosta de dizer, “esse dia foi loco”…

    Meu filho foi fazer uma prova de vestibulinho pra escola técnica, e eu falei pra ele ficar sossegado na prova que eu ia pro jogo, e na volta o pegaria, e ele, evidentemente, não iria ao jogo aquele dia… Mas foi foi a maneira que encontrei pra ele não ficar se preocupando com o jogo e fazer a prova tranquilo. Fiquei esperando ele terminar na porta da escola, e quando saiu, voamos para o Allianz. Até hoje não sei como não tomei multa de velocidade aquele dia, kkkkk…

    Chegamos e já estava 1×1, faltando pouco pra terminar o primeiro tempo. Assistimos o segundo tempo, que foi medonho como todo o ano de 2014.

    A minha maior lembrança daquele dia foi o sofrimento no final do jogo. Aquele foi o último dia que chorei de raiva, tristeza e desespero pelo Palmeiras. Mas ao mesmo tempo, foi um choro de alívio tb… Mas um alívio momentâneo, pois acredito que ninguém imaginava o rumo que o Palmeiras tomaria no futuro próximo.

    Entretanto, com tudo o que foi dito no texto pelo Conrado, tenho certeza que essa foi a última vez que passei por isso na minha vida, pois o nosso presente é sólido e nosso futuro é promissor.

      1. hahahahahaha…. passou nada, Eric… ele falou que não conseguia parar de pensar no jogo… e tava muito P da vida, pq eu tinha ido no jogo, e ele não…

  20. Só um detalhe que nunca me esquecerei: na inauguração do Allianz, naquele time bisonho, Marcelo Oliveira foi nosso capitão. Podem procurar as fotos. Aquela braçadeira naquele braço era o retrato preciso de toda a situação que passamos à época;

  21. Eu considero o ano de 2014 uma virada como torcedor Palmeirense. Lembro que (quase todos devem ter pensado igual a mim), ponderava naqueles minutos intermináveis do que seria de mim em 2015 na 2ª de novo… Sofri, mas antes do fim daquele jogo na Bahia, pensei “caindo de novo, serei ainda mais palmeirense”. Daí, veio 2015 e tantos e tantos comentários canalhas da imprensa lixo! Fomos coroados com a Copa do Brasil. Veio 2016 e nosso ENEA. Quando consegui raciocinar após o título, me lembrei da promessa e ponderei: “hj sou mais palmeirense do que era em 2014 e do que seria em 2015 caso a tragédia acontecesse”. Somos assim. Forjados no sofrimento, damos muito mais valor às vitórias. Sempre limpas. Sempre em campo. Sempre jogando. Como poucos no Brasil fazem ou fizeram.

    ORGULHO DE SER PALESTRA!

    FORZA PALESTRA!!!

  22. Pra mim esse gol do Henrique tá entre os gols mais importantes de nossa história. Todos os gols dele, na verdade. Ele foi o verdadeiro salvador do centenário.

    1. Achei injusto ele ter saído no ano seguinte… Foi artilheiro do time com F. Menezes armando o jogo!

  23. Me embrulha o estômago só de lembrar desse dia. Tava um puta clima pesado no Allianz. 2014 só não é um ano pra esquecer porque também foi pra aprender.
    E a gente precisa manter essa história viva pra não dar chance para oportunistas tirarem tudo isso que o Palmeiras conquistou.

  24. Ainda não colocaria o Bambi no patamar de Vasco, Botafogo e Fluminense. Acho que o bambi tá num estágio de mediocridade, mediocridade perigosa.

  25. Aniversário da namorada. Eu, na ponta do sofá sofrendo e tentando dar atenção às bexigas vazias. Apesar de lembrar de certo otimismo naquele dia, foi difícil enfrentar a TV.

    Ainda bem que passou.

  26. Boa lembrança, Conrado! Nunca sofri tanto no estádio como naquele último jogo de 2014. Estádio lotado e uma tensão no ar quando Henrique foi cobrar o penalti. Mas memorável mesmo foram os minutos entre o fim do jogo do Palmeiras, e Vitória x Santos. Depois do apito final em Salvador e a consolidação do Palmeiras na Série A, o estádio inteiro cantando o hino do clube, uma mistura de alívio, felicidade e esperança de uma nova era…

  27. Caramba! Parece que foi em outra vida! Espero nunca mais ter que passar por esse drama, por isso rezo todo dia pro Cramulhão levar logo o Sapo Boi….

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