Anderson Barros se indigna com acordo do SPFC com TJD

Anderson Barros se indigna com acordo do SPFC com TJD.
Cesar Greco/Palmeiras

“Um exemplo muito ruim à sociedade”, disse Anderson Barros, em entrevista ao GE

O acordo feito pelo SPFC com o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da FPF, irritou profundamente o Palmeiras. Dirigentes e jogadores do rival foram denunciados pela confusão após o Choque-Rei, no qual insultaram veementemente a equipe de arbitragem. Entretanto, não haverá julgamento porque a entidade e o time paulista fecharam um acordo para somente pagamento de multas.

Anderson Barros falou sobre o ocorrido e não escondeu a indignação. “Tem algo muito grave que envolve isso. Precisamos entender que somos o reflexo da sociedade. Nosso torcedor se inspira nas ações, sempre foi assim. Mais uma vez, a gente dá um exemplo muito ruim à sociedade. O futebol agoniza, a gente vê a todo instante”, disse o diretor de futebol ao ‘GE’.

“Se comete um ato grave e para não ser punido levanta o dedo e pede desculpas? E mais, vaza-se um vídeo antes da transação (disciplinar esportiva) ser assinada. Acho que estamos perdendo por completo a noção do que é racional, em uma situação como essa”, acrescentou.

Anderson Barros e Abel Ferreira durante treinamento do Palmeiras, na Academia de Futebol, em São Paulo-SP.
Cesar Greco/Palmeiras

Carlos Belmonte, diretor do SPFC, gravou um vídeo pedindo desculpas a Abel Ferreira, após ser xenófobo com o treinador palmeirense e chamá-lo de “português de m…”. A filmagem foi vazada nas redes sociais e, de acordo com Barros, não foi entregue ao Palmeiras e nem ao comandante.

“Nunca foi enviado ao Palmeiras (o vídeo) e não cabe enviar ao Palmeiras. Um vídeo transacional eu não consigo entender que ele tem valor que tem que ter. Quando você quer pedir desculpas a alguém, vai falar com a pessoa. A razão do vídeo não é um pedido de desculpas, é para que a pena seja menor”, complementou.

Anderson Barros pede reflexão

O Palmeiras não é parte do processo e não poderá pedir a anulação do acordo. Diante disso, Barros quer que, ao menos, a indignação do clube sirva para reflexão.

“O Palmeiras não pode fazer nada no caso, não pode interferir. Mas pode fazer com que todos reflitam. Está errado, não é a forma correta de fazer. Importante que saibam da indignação minha, institucional, senão a coisa passa. Outros casos vão acontecer, sabe o que vamos dizer nas próximas entrevistas? Que estamos avisando, vai acontecer algo mais grave. Temos que punir”, finalizou.

Patrocínio, Barros e torcida organizada: Leila Pereira concede entrevista na Academia de Futebol

Patrocínio, Barros e torcida organizada: Leila Pereira concede entrevista na Academia de Futebol.
Alexandre Guariglia/Lance!

Veja os principais pontos comentados por Leila Pereira separados pelo Verdazzo

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, concedeu entrevista coletiva na Academia de Futebol. A conversa aconteceu apenas com alguns jornalistas selecionados, na tarde de quarta-feira.

Em mais de uma hora de coletiva, Leila comentou sobre diversos assuntos: negou conflitos de interesses sobre ser patrocinadora e mandatária do clube, falou sobre abrir concorrência para outras marcas, defendeu Anderson Barros, criticou a Mancha Verde e os conselheiros que fazem oposição a ela no clube, além de também comentar sobre contratações.

Confira os principais trechos da entrevista de Leila Pereira separados pelo Verdazzo:

– Patrocínio

“Eu não uso nada do Palmeiras. O Palmeiras nunca pagou camarote para mim, nunca pagou nada para mim. É tudo às minhas custas. Não há questão de conflito de interesse. Elas (pessoas da oposição) querem destruir a nossa gestão e eu não vou deixar”.

“Quando a Crefisa e a FAM chegaram no Palmeiras, em 2015, no ano anterior o Palmeiras estava quase rebaixado. Ninguém nos procurou, nós espontaneamente viemos oferecer. A Crefisa e a FAM já colocaram no Palmeiras ao longo desse tempo cerca de R$ 1 bilhão e R$ 200 milhões”.

“Tem que ser responsável, tem que ter a certeza de que vale. Prove que (por) essa camisa do SCCP estão pagando R$ 123 milhões. Mostrem o papel, que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano”.

“Temos contrato e vamos honrar até o final. Vou ser candidata à reeleição no Palmeiras e se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, porque se vier alguém com pagamento acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea…

…Até hoje não chegou nada. Estou sempre aberta a propostas, mas o que desejo é que finalize o nosso contrato de patrocínio em dezembro de 2024 e só então que vamos abrir para novas empresas que queiram patrocinar o Palmeiras”.

– Anderson Barros

“Ele no Palmeiras conquistou nove títulos, sendo duas Libertadores. É responsável direto pela contratação do maior técnico do Palmeiras. Não tenho dúvidas que é um profissional que qualquer clube gostaria de ter. É uma pessoa equilibrada, correta, respeitosa, que eu tenho profundo orgulho de ter ao meu lado. Enquanto eu estiver aqui, o Anderson Barros será meu grande parceiro”.

– Mancha Verde

“Não é tocando tambor e jogando bomba que vou contratar jogadores. […] Essas torcidas organizadas não construíram nada. Eles são caso de polícia. Essas pessoas são o grande câncer do futebol brasileiro”.

“Eu respeito profundamente nossos 20 milhões de torcedores que não são só da vitória. O Palmeiras hoje é um clube modelo de administração. Olha o que nós temos aqui, essa Academia de Futebol, vários clubes vêm conhecer, olha essas revelações na base, olha os últimos anos o que nós somos hoje. Acho que isso enche de orgulho a grande maioria dos torcedores. Pode ter certeza de que pressão externa de torcida organizada não vai mudar uma vírgula do que pensamos sobre o nosso Palmeiras”.

– Oposição

Não é oposição. Eles são da destruição. Não sou uma pessoa vingativa de forma nenhuma. Não sou palhaça. Esses ingressos para conselheiros são uma liberalidade para presidente, oferece para quem quer, e para essas pessoas que querem destruir nossa gestão, não é que não tem ingresso, é que eles não têm nada.

Nota da redação: No mês passado, Leila Pereira vetou ingressos para membros do Conselho Deliberativo que haviam pedido esclarecimentos sobre a gestão no Conselho de Orientação e Fiscalização. Um dos pontos questionados foi a relação da Placar Linhas Aéreas, de propriedade da presidente, com o Palmeiras.

– Contratações

“Eu tenho muita restrição para jogadores que estão se aposentando e querem se aposentar no Palmeiras. Não é nossa mentalidade, não quero. Não quero uma performance de um ano, eu quero continuidade. Tenho essa dificuldade de trazer atletas que joguem como quero. O Palmeiras não é lugar de aposentado. Não vou fazer isso. Contratação é caro, então quero contratar jogadores que podem resolver”.

“No meio do ano tentamos, sim, mas os atletas que foram escolhidos pela nossa comissão técnica não quiseram vir jogar no Brasil. É muito difícil morar aqui, a insegurança do nosso país, dos nossos clubes, causam verdadeira repulsa. O próprio Abel na última coletiva dele falou isso, que tivemos que liberar alguns atletas no meio do ano por causa disso”.

– Planejamento e austeridade financeira:

“Eu não vou sobrecarregar o Palmeiras financeiramente para dar satisfação a jornalistas e torcedores. Sei que o torcedor quer contratação, mas quem paga essa contratação é o clube e eu não posso sobrecarregar o clube acima do que é possível pagar. Não vou fazer isso. Eu penso o Palmeiras a longo prazo, não pro próximo campeonato. Quero que o Palmeiras ganhe sempre, não apenas um campeonato”.

“O Palmeiras tem planejamento sim, mas nosso planejamento é feito dentro da Academia de Futebol. Em hipótese nenhuma vamos planejar contratações ou saídas por pressão de torcida organizada”.

Palmeiras caminha para interromper o ciclo virtuoso e voltar ao vicioso; correções na rota são urgentes

O Palmeiras vive um momento difícil na temporada. Os resultados recentes, bem como o desempenho do time em campo, são preocupantes; o plantel vai sofrendo baixas sem reposição e a base é cada vez mais vista como única solução.

A torcida vê os concorrentes reforçando seus elencos nesta janela de transferências que se encerra no dia 2 de agosto e a apreensão geral só cresce.

Por isso, fizemos um apanhado dos temas mais abordados por nossa torcida nas redes sociais para tentar provocar uma reflexão mais organizada de tantas ideias que se amontoam em nossos pensamentos palmeirenses.

Iniciamos com um formato de FAQs, para depois esboçar um plano de ações, que pode e deve ser complementado pelos leitores. Afinal, nosso papel é o de provocar reflexões e discussões que eventualmente cheguem à nossa diretoria, para avaliar as ideias como melhor entender.

Anderson Barros fala após eliminação, prega equilíbrio e comenta sobre reforços: “precisamos de novas peças”.

Por que a diretoria alardeia que “não vai fazer loucuras” nesta janela de transferências?
Porque o mercado sabe que o Palmeiras é um dos times com as finanças mais organizadas e, por isso, sempre pede mais. Nossa diretoria, sempre zelosa do ponto de vista financista, tenta, assim, evitar que abusos sejam cometidos contra nossos cofres.

E por que a diretoria mesmo assim faz algumas loucuras, como gastar mais de R$ 50 milhões no Flaco López?
Porque considerou, depois de uma análise criteriosa, que o retorno esportivo seria muito provável, e que consequentemente teria também o retorno financeiro.

E por que o Flamengo faz loucuras o tempo todo e não quebra?
Porque tem margem para isso; de cara, recebe de mão beijada mais de R$ 200 milhões a mais por ano da Globo. Mas também tem sido muito mais competente que o Palmeiras em buscar outras receitas – por exemplo, no patrocínio da camisa.

Mas por que o Flamengo tem todas essas outras receitas e o Palmeiras não?
Não é só o Flamengo. Até o Botafogo, que recentemente profissionalizou sua gestão, está lançando produtos e mais produtos aproveitando a boa fase do time e enchendo os cofres. Mas o diretor de marketing do Palmeiras não é do ramo – é um ex-funcionário de banco aposentado, leal à presidente, e que não ousa sequer mexer no contrato de patrocínio da camisa.

A diretoria do Palmeiras erra em não arrebentar com os cofres do clube?
Esta premissa é equivocada. Não ser irresponsável é obrigação. Da mesma forma que é obrigação de uma diretoria de um clube tão grande estabelecer uma política de gestão de elenco com mais margem para manobras e impor uma postura dominante, de maneira responsável.

Conclusão: afinal, onde está o erro da diretoria do Palmeiras?

Resumidamente, na visão estritamente financista, que não dá o devido peso ao componente esportivo do negócio e ao efeito que a paixão desperta no público.

O Palmeiras flerta neste momento com uma espiral negativa que pode o levar de volta aos tempos de mediocridade. Com exceção dos competentíssimos profissionais locados na Academia de Futebol, que sustentam o dia-a-dia da equipe, o Palmeiras é dirigido hoje por pessoas que apenas atendem a interesses políticos, com notória incapacidade em desempenhar suas funções em alto nível. Lembra demais o ambiente do clube nos anos 2000.

A competência do elenco e da comissão técnica, uma máquina de conquistar títulos, criou uma zona de conforto sobre a qual a diretoria se deitou. Mas a roda girou; peças importantes saíram e não foram repostas. A base, barata, virou a solução para tudo. O equilíbrio estabelecido no elenco se esvaiu e tudo dependeu de que os meninos fossem realmente fenômenos extraordinários.

Podem vir a ser, alguns deles provavelmente serão. Mas não se pode colocar tantas expectativas em cima do desempenho entre profissionais de jovens que sequer atingiram idade para dirigir os espetaculares carros que já têm em suas garagens. Nosso elenco hoje é curto e desequilibrado em vários aspectos. A maioria das peças de reposição baratas que o clube busca no mercado, como regra, fracassam. Artur, citado frequentemente como um bom acerto, é uma exceção. A premissa de uma boa gestão foi invertida.

Em seus discursos, a presidente do Palmeiras disse algumas vezes que não acreditava no “bom e barato”, em alusão ao período como ficou conhecida a gestão desastrosa de Mustafá Contursi após a saída da Parmalat. A frase de efeito, entretanto, foi apenas instrumento de retórica, já que sua autora vem repetindo exatamente o que o histórico cartola fez por tanto tempo nos bastidores do clube.

À sua maneira, Leila Pereira reproduz a trajetória mustafista ao manter o Conselho inerte, satisfazendo-os e calando-os com mimos triviais, sonhando e fracassando na tarefa de manter forte o elenco herdado simplesmente gastando pouco e com uma “postura assertiva” que, em sua visão, traduz-se em “acertar” nas parcas contratações.

A manutenção da força de um elenco depende de um profissional agressivo, com extensa rede de contatos e grande capacidade de negociação, e que tenha à disposição um orçamento compatível, sustentado por receitas que não fiquem restritas ao manjado tripé patrocínio da camisa + renda da TV + venda de jogadores.

Abel alogia a torcida do Palmeiras durante partida contra o Chelsea, válida pela final do Mundial de Clubes da FIFA 2021, no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dhabi-EAU.

Nossa torcida é vista hoje pela diretoria apenas como os 70-80 mil que se revezam no Allianz Parque, é fonte de receitas apenas quando paga pelos ingressos e consome em dias de jogos. Os mais de 99% de palmeirenses espalhados pelo mundo têm seu potencial de consumo absolutamente desprezados. O Avanti é um mero plano de venda de ingressos.

Só com um melhor processo de prospecção de jogadores, com uma postura realmente assertiva no mercado, mostrando posicionamento, objetividade, clareza, transparência, decisão e firmeza, sustentada por um poder financeiro que se baseia na constante renovação das fontes de receitas – o que inclui defender os interesses do clube nas relações vigentes e em buscar novas fontes – o Palmeiras poderá se manter forte.

Se a rota perdida não for rapidamente corrigida, os excepcionais profissionais que hoje defendem nossas cores na Academia de Futebol naturalmente se transferirão para clubes compatíveis com seus potenciais.

E sem os sustentáculos de nosso sucesso recente, voltaremos para o status dos anos 2000; quem hoje apenas surfa em nosso sucesso sem ligação emocional com o uniforme verde e branco saltará do barco e só restará a torcida, novamente, para carregar a paixão nas costas, em mais um processo de reconstrução.

É um filme repetido, que por aqui sempre teve final feliz, mas que não convém passar muitas vezes, porque quando der errado de verdade, pode ser um caminho sem volta. Não podemos sair do ciclo virtuoso, atingido após uma construção tão difícil, para voltarmos ao vicioso.


O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

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Anderson Barros fala após eliminação, prega equilíbrio e comenta sobre reforços: “precisamos de novas peças”

Anderson Barros fala após eliminação, prega equilíbrio e comenta sobre reforços: “precisamos de novas peças”.
Reprodução

Anderson Barros quebrou a ‘lei do silêncio’ e concedeu entrevista depois do Choque-Rei

O Palmeiras não conseguiu superar o SPFC e acabou sendo desclassificado da Copa do Brasil, após o revés por 2 a 1 no Allianz Parque – o gol palmeirense foi anotado pelo lateral-esquerdo Piquerez.

Após o jogo, o diretor Anderson Barros quebrou a ‘lei do silêncio’ implementada pela diretoria depois do jogo contra o Athletico-PR, na semana passada pelo Brasileirão, e concedeu entrevista coletiva.

O dirigente começou se pronunciando sobre a decisão adotada pelo clube de não falar com a imprensa após as partidas. “Desde o jogo contra o Athletico-PR nós adotamos uma postura [de não conceder entrevista], mas entendemos que diante do resultado de hoje devíamos falar e assumir a responsabilidade. Se a vitória viesse, manteríamos o nosso posicionamento. O que nós queremos é um futebol melhor”, iniciou.

Em seguida, Barros falou sobre os protestos da torcida, sobre a falta de reforços e afirmou que o Palmeiras está em busca de novos jogadores.

“É muito dolorido pra todos nós [a eliminação] porque nós sabemos o que fazemos. Estamos há quatro temporadas na busca incessante pelo resultado. Entendemos também o quanto sofre o nosso torcedor, mas o importante é que ele tenha consciência do nosso caminho, da nossa estrutura de trabalho sólida. A gente sabe que precisamos corrigir, mas não podemos mudar tudo por completo. Definimos algo nessa temporada e vamos seguir. São cinco competições que tínhamos nessa temporada e vamos continuar as outras duas que nos falta”, disse.

“Temos a consciência daquilo que estamos desenvolvendo. Nós temos que ficar muito atentos para não precipitarmos, jogar pra baixo tudo que estamos construindo. O Palmeiras é um clube muito sólido, responsável e extremamente estruturado, com excepcionais atletas. Temos que ter agora a competência suficiente para encontrar o que está dando errado. Sabemos que precisamos de novas peças, não é novidade. Precisamos de um camisa 5, mas estamos tendo dificuldade de encontrar. Mas, precisamos ter a inteligência suficiente para não cometer erros que possam nos prejudicar futuramente”, complementou.

Confira outros trechos da coletiva de Anderson Barros

– Avaliação da diretoria sobre a lei do silêncio

“Não foi porque adotamos essa postura que não vencemos. Entendemos que, naquele momento, foi a melhor decisão para blindar os jogadores. O Palmeiras não deixa de comunicar o torcedor, apesar do nosso posicionamento de não falar. Quando decidimos não falar, não deixamos de nos comunicar com o nosso torcedor”.

– Cobrança de Abel

“Sim [pediu reforços], ele é extremamente competitivo e nos cobra o tempo inteiro. Mas ele tem consciência de tudo aquilo que fazemos no nosso dia a dia. Ele vem nos cobrando desde a temporada passada, mas tem momentos que temos que ter tranquilidade para não nos precipitar”.

– Como superar a crise

“Trabalhar mais e mais e procurar porque, após a Data Fifa, deixamos de trilhar o caminho que estávamos. Temos que aguentar, suportar e trabalhar duro para encontrarmos novamente o caminho”.

Anderson Barros faz duras críticas à arbitragem e cobra a CBF: “Não tem o direito de interferir no resultado”

Anderson Barros faz duras críticas à arbitragem e cobra a CBF: “Não tem o direito de interferir no resultado”.
Thiago Ferri

Após vitória do Palmeiras contra o Atlético-MG, no Mineirão, Anderson Barros citou “erros grosseiros” do juiz e do VAR

A vitória sobre o Atlético-MG no Mineirão, por 1 a 0, não diminuiu a irritação do Palmeiras com o árbitro Marcelo de Lima Henrique e com o VAR, Rodrigo Carvalhaes de Miranda.

Ao final do jogo, o diretor de futebol do clube, Anderson Barros, fez um pronunciamento antes da coletiva de imprensa de João Martins e criticou duramente o desempenho da equipe de arbitragem, chegando a citar os lances que o Palmeiras foi prejudicado.

“Mais uma vez precisamos falar da arbitragem, das decisões que foram tomadas”, iniciou Barros. “Tivemos num passado recente um problema na Copa do Brasil, que até hoje não teve explicação. Estamos disputando um Campeonato Brasileiro dificílimo, viemos jogar no Mineirão contra o Atlético-MG e outra vez tivemos interferência da arbitragem e, principalmente, do VAR”, acrescentou.

“O árbitro pode ter tomado a maioria das decisões corretas, mas quando necessitou da ferramenta, houve novamente erros grosseiros do VAR: não marcou o pênalti claro em cima do Atuesta e, sequer, chamou o árbitro para uma revisão”, complementou o diretor, que também citou as duras faltas dos atleticanos e o gol anulado de Breno Lopes no final da partida.

“Podemos falar mais, do primeiro carrinho do Dodô em cima do Mayke, já seria o primeiro amarelo e, em seguida, a expulsão do atleta [o lateral recebeu o amarelo no lance seguinte]. Fizemos um gol no final da partida e mais uma vez há um erro. Não podemos permitir mais que isso aconteça no futebol, principalmente no campeonato mais importante do país”, disse o dirigente.

Essa é a segunda vez que Barros reclama publicamente da arbitragem brasileira. A outra ocorreu no final de julho, depois da vitória do Palmeiras sobre o Ceará por 2 a 1, no Castelão.

Anderson Barros manda recado à CBF

Na sequência do pronunciamento, Barros voltou a realizar cobranças à CBF e à comissão de arbitragem, além de pedir isonomia nas ações dos árbitros na reta final do Brasileirão.

“Será que mais uma vez teremos que aparecer antes dos nossos técnicos para falar da arbitragem? Quando erámos para estarmos falando da parte técnica, tática, do evento?”, indagou.

“Mas não, precisamos chamar atenção da CBF e da diretoria de arbitragem. Não podemos permitir que isso aconteça na reta final da competição. É a segunda vez que nos posicionamos neste ano. Faltam 10 rodadas para o campeonato terminar, e a arbitragem não tem o direito de interferir nos resultados. Esse é o recado do Palmeiras”, concluiu.

Com a vitória sobre o Atlético-MG, o Palmeiras alcançou os 60 pontos e abriu nove de vantagem para o segundo colocado, que atualmente é o Fluminense. A equipe volta a campo na próxima segunda-feira para encarar o Botafogo, no estádio Nilton Santos.