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06/06/2018 - 21:45
Foi um jogaço. O Palmeiras fez uma partida quase perfeita, venceu o Grêmio por 2 a 0 em Porto Alegre, e conquistou três pontos importantíssimos no campeonato. A vitória alçou o time ao terceiro lugar na tabela, recuperando os pontos perdidos em casa há algumas rodadas, e recolocou o Verdão na exata conta estabelecida na projeção de pontos inicial do campeonato.
PRIMEIRO TEMPO
Com Luan no lugar de Edu Dracena, com um corte no pé, o Palmeiras começou o jogo com tudo: logo a um minuto, grande jogada coletiva que terminou com um cruzamento rasteiro na pequena área de Hyoran – Willian Bigode chegou um pouquinho depois. Na pressão da saída de bola, Willian emendou um sem pulo e a bola triscou a trave esquerda de Marcelo Grohe.
Acuado, o Grêmio aos poucos conseguiu sair de trás e equilibrar o jogo – mas parava no sempre correto sistema defensivo do Palmeiras, que continuava tentando propor o jogo, e chegava muito mais à área do time da casa.
Aos 15, o Palmeiras chegou de novo com Willian: após passe longo de Felipe Melo, ele caiu pela esquerda, pedalou em cima de Bressan e tentou o chute de curva, mas desta vez a bola saiu sem perigo. O Grêmio respondeu um minuto depois com um chute venenoso de Leonardo, de fora, que exigiu uma grande defesa de Jailson.
O jogo seguia equilibrado. Aos 26 o Verdão foi pra cima, com Dudu, que fez boa jogada pela esquerda, invadiu a área e cruzou por baixo, mas a bola bateu em Bressan e saiu em escanteio. Aos 29, Luan bateu da meia-lua, colocado, mas Jailson estava bem colocado e defendeu firme. Na sequência, Willian roubou uma bola no ataque, invadiu a área, mas quando ia finalizar sofreu a intervenção de Kannemann, em excelente recuperação.
Aos 32, Everton cabeceou firme após cruzamento da direita – Jailson, mais uma vez, defendeu firme, sem rebote. Aos 35, Dudu tabelou com Moisés, entrou na área e bateu forte – Grohe encaixou bem.
Aos 37, Dudu conduziu por dentro, acionou Hyoran, que girou e tocou para Willian, que bateu de canhota, de curva, e mandou a bola no travessão. Um minuto depois, Luan bateu da entrada da área, no ângulo, mas sem muita força – Jailson mandou a escanteio. O jogo era ótimo e as duas equipes desenvolviam o jogo com muita qualidade técnica, mas sem chegar aos gols.
SEGUNDO TEMPO
O Grêmio voltou do vestiário com tudo: aos 19 segundos Lima levou aos trancos e barrancos – e também com a ajuda da mão esquerda – e bateu da meia-lua, exigindo grande defesa de Jailson.
Aos 5, Marcos Rocha bateu lateral na área e Kannemann desviou para trás, quase colocando no cantinho de Grohe. Após a cobrança, a bola beijou a mão de Jailson (o do Grêmio) na área, mas a arbitragem nada marcou. Na sequência, Everton cruzou, a bola saiu muito fechada e Jailson se esticou todo para evitar o gol – a bola bateu na trave.
O Palmeiras chegou pela primeira vez no segundo tempo aos 14 minutos: Victor Luis aproveitou lançamento de Bruno Henrique, desceu com muita velocidade e cruzou por baixo; Hyoran chegou para escorar mas a defesa do Grêmio, com Bruno Cortez, conseguiu pressionar mais uma vez e evitou o gol.
Aos 21, Bruno Henrique lançou para Dudu na esquerda; o camisa 7 fez grande jogada e enfiou para Willian, que deixou Kannemann para trás, ajeitou o corpo e bateu forte de canhota, no cantinho direito de Marcelo Grohe. Golaço!
O Grêmio tentou reagir de imediato e o Verdão enfrentou o momento mais difícil na partida: aos 23, Everton fez uma jogada espetacular, passando por Marcos Rocha, Willian e Felipe Melo, e cruzou por baixo, mas a bola atravessou a área. No minuto seguinte, Jailson saiu mal numa bola parada, a bola ficou viva na área e André finalizou, mas a bola bateu na defesa e saiu a escanteio. Sabendo que fez bobagem, Jailson desabou para esfriar o jogo.
Aos 28, Felipe Melo sentiu algo e pediu para sair – Thiago Santos entrou em seu lugar. Aos 31, Jean reforçou o meio, no lugar de Moisés. O Verdão segurava a pressão do Grêmio e era perigoso nas descidas rápidas – aos 25, Dudu ligou com Willian aberto pela esquerda; ele recuou para Victor Luis que chegou inteiro para a batida – a bola desviou e foi a escanteio.
Bruno Henrique pediu substituição aos 37 e Lucas Lima ganhou nova chance. O Grêmio sentiu as saídas de Maicon e Artur e perdeu completamente o meio-de-campo. Assim, o Verdão controlava o jogo e permanecia atento para alguma brecha – e ela veio aos 41: Hyoran meteu um lindo lançamento para Willian, em condição legal; na velocidade, ele invadiu a área e tocou com categoria na saída de Marcelo Grohe, dando números finais ao placar.
FIM DE JOGO
A temporada não acabou, como foi dito por aí após as derrotas para Sport e Cruzeiro. Este time mostrou que não é composto por pipoqueiros. Os erros individuais desta vez foram evitados, a concentração foi máxima e as oportunidades na frente foram aproveitadas – e não ficamos apenas nos dois gols – Grohe fez boas defesas e mandamos duas bolas na trave. O Verdão jogou muita bola.
Que essa reação seja educativa. Que nossa torcida entenda que futebol é dinâmico e que as coisas mudam muito rápido. Que aprendam a diferenciar um time de vagabundos e pipoqueiros de um time que precisa de apoio para extrair todo seu potencial. Desta vez, foi uma vitória num clássico que proporcionou essa retomada. Mas ter a torcida a favor ajuda muito.
Que tal remarmos todos a favor até o fim do ano, para todos merecermos comemorar os títulos que podem vir? VAMOS PALMEIRAS!