Como já é tradição, às vésperas do Brasileirão o Verdazzo lança o planejamento de pontos para o campeonato, visando projetar o acompanhamento de uma campanha suficiente para o Palmeiras chegar ao título.
Diante do histórico do Brasileirão, a pontuação de 77 costuma apontar o campeão com sobras – jamais um vice-campeão ultrapassou os 72 pontos, o que dá uma certa margem para que a meta estipulada seja suficiente.
O Campeonato Brasileiro, com 12 camisas importantes além das tradicionais surpresas, tem uma dinâmica diferente das grandes ligas européias, onde sempre dois ou três times costumam disparar e chegam na reta final com mais de 80 pontos.
Sempre é bom lembrar que a projeção a seguir é apenas uma referência. O importante é chegar ao fim de cada período com a pontuação sugerida – uma vitória prevista que não se concretiza pode ser compensada com uma vitória em outro jogo em que estava projetado um empate ou uma derrota.
Primeiro quartil – 23 pontos
Este ano, diante da parada para a Copa do Mundo, o primeiro período precisa ser um pouco mais longo, abrangendo as 12 primeiras rodadas até o recesso. Nesta sequência, a tabela marotamente coloca o Palmeiras como visitante em três jogos difíceis, contra o SCCP, em que seremos mais uma vez garfados, e ainda contra Cruzeiro e Grêmio. Assumindo esses três jogos como possíveis derrotas, ainda mais porque o time ainda está em fase de desenvolvimento, o Palmeiras chegará ao final do quartil com 23 pontos; com essa pontuação, possivelmente no G4.
Para isso, precisa vencer todos os jogos em casa, contra Inter, Chapecoense, Bahia, Sport, SPFC e Flamengo, além de arrancar empates contra o Botafogo, na estréia, e contra o Atlético-PR. Numa campanha de 12 jogos, entremeada por três jogos de Libertadores e dois de Copa do Brasil, o Verdão precisa sete vitórias e dois empates.
Segundo quartil – 16 pontos
O segundo período tem início assim que termina a Copa do Mundo e acaba sendo mais curto, com apenas sete jogos. Dos 21 pontos em jogo, o Palmeiras precisa fazer 16.
Após a largada com uma possível derrota para o Santos no Pacaembu, o Verdão precisa engatar uma série de 5 vitórias (Galo, Paraná e Vasco em casa; e Fluminense e América fora), para fechar o quartil com um empate no Barradão. Se fechar o turno com 39 pontos, o Palmeiras fatalmente estará entre os dois melhores do campeonato, já com uma certa distância do pelotão intermediário.
Terceiro quartil – 20 pontos
A terceira parte da tabela conta com dez jogos e o Palmeiras precisa, em tese, passar invicto por ela. A boa notícia é que vários empates podem ser tolerados, e uma derrota não prevista pode ser compensada em outra partida bem encaixada.
Depois de receber o Botafogo, quando precisa vencer, o Palmeiras faz uma miniexcursão ao sul do país, para enfrentar Inter e Chape – dois empates seriam ótimos; uma vitória já é lucro. De volta ao Alianz Parque, receberemos o Atlético-PR e logo em seguida teremos o Derby em que a vitória, além de obrigatória em todos os sentidos, vai deflagrar a arrancada para o título.
O Verdão parte em nova miniexcursão, desta vez ao nordeste, para enfrentar Bahia e Sport, e a missão é trazer seis pontos na bagagem, para ter fôlego para as três partidas finais do período: Cruzeiro, em casa; clássico fora contra o SPFC, onde não temos levado sorte há muito tempo; e Grêmio em casa, em partida que tende a lembrar o duelo contra o Flamengo em 2016. Ao final deste quartil, se bem sucedido, estaremos com 59 pontos e na liderança do campeonato – com 3 ou 4 pontos de frente.
Quarto quartil – 18 pontos
A reta final, caso a meta dos três primeiros quartis estejam batidas, vai exigir concentração total, mas também permitirá que o time administre os resultados conforme os jogos dos adversários diretos.
Nestes nove jogos, receberemos Ceará, Santos, Fluminense e América – para ser campeão não esperamos nada menos que vitória em todos os jogos. Nas visitas contra Flamengo, Galo e Vasco, dois pontos parecem ser suficientes para manter a margem. Enfim, chegaremos à rodada final contra o Vitória, em casa, possivelmente já com o título garantido com 76 pontos. Se for necessário, amassaremos o time baiano para chegar a 79, mas a tendência é de um jogo relaxado e um empate.
Confiança
Em 2016, a previsão deu certo. No ano passado, tropeços no primeiro quartil tiraram o Palmeiras do passo. Os quartis seguintes estiveram bem próximos da projeção, mas a Lei de Guardiola mostrou-se acurada novamente: “num campeonato de pontos corridos com 20 clubes, um time ganha o campeonato nos oito últimos jogos e perde nos oito primeiros”.
O Verdão ainda tem pontos a evoluir na formação do time, mas tem um trunfo fundamental: elenco. Para campeonatos de tiro longo, ter reservas que mantêm o nível técnico é fundamental, sobretudo em temporadas espremidas pela Copa do Mundo, em que semanas sem jogos na quarta-feira praticamente não existem. Não será surpresa se este ano o corte para ser campeão fique mais abaixo ainda da média histórica.
Como sempre, ao final de cada quartil faremos a conferência do desempenho do Palmeiras comparado com esta projeção, confiantes que este ano o decacampeonato virá. VAMOS PALMEIRAS!
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Um comentário em “Brasileirão 2018: planejamento de pontos”