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21/04/2024 - 16:00
Palmeiras e Flamengo não mexeram no placar do Allianz Parque num jogo bastante movimentado, pela terceira rodada do Brasileirão. Os dois times têm compromissos fora de casa pela Libertadores no meio da semana e a partida acabou sendo muito cautelosa, com os esquemas táticos defensivos prevalecendo, apesar da enorme qualidade técnica dos ataques.
Foram poucas finalizações e muitas tentativas de passes longos, com a bola circulando pouco pela faixa central do gramado. As linhas de zaga dos dois times acabaram prevalecendo e um gol só sairia em caso de alguma falha ou de um lance de muita inspiração – e quem tem Endrick sempre está sujeito a isso, mas não foi desta vez.
Abel voltou a escalar Luan, mas entre Marcos Rocha e Gustavo Gómez, escolheu o paraguaio, que fez o flanco direito. Ainda sofrendo com a fase ruim desde a volta da fratura no pé, nosso capitão protagonizou lances embaraçosos que por pouco não tiveram consequências sérias. Seu melhor momento foi quando se chocou com Bruno Henrique, mandando-o pra fora do campo.
Nossa zaga estava bem protegida por Richard e principalmente Aníbal, que fez mais uma partida esplêndida. E quando a bola passou, Murilo estava exuberante, garantindo o bicho. Assim, faltou ao Palmeiras a melhor articulação ofensiva.
Foi difícil estabelecer uma boa relação numérica contra a defesa carioca. Faltou a aproximação de Ríos, que estava atento em preencher os espaços e manter a recomposição defensiva sempre armada, e a de Veiga, que além de estar muito marcado, parece estar com algum sofrimento de ordem física.
Endrick não é imparável, mas sempre é preciso dois, três ou até quatro marcadores para neutralizarem o moleque. As tabelinhas com Flaco López saíram, mas o argentino consegue dar no máximo um toque – Endrick é rápido demais.
O árbitro parecia intimidado para marcar a favor do Palmeiras – todas as faltinhas e pequenas interpretações foram para os visitantes, o que também enervou nossos jogadores. O primeiro tempo terminou com o Palmeiras forçando mais, depois de um início muito forte e de um pequeno predomínio do Flamengo.
Tite recorreu aos titulares poupados no segundo tempo. Pedro, Gerson e De la Cruz entraram e o Flamengo ganhou muita força no meio-campo, usando mais o setor. Felizmente nossa dupla de volantes estava numa tarde inspirada e dificultou bastante a missão dos cariocas. O panorama do jogo seguia o padrão das defesas superando os ataques.
A entrada de Rony voltou a equilibrar o jogo. Cheio de gás, o camisa 10 conseguiu criar mais jogadas em conjunto com Endrick, além da disposição infinita de marcar ponta adversário na linha de fundo defensiva.
Já bem perto do final, Aníbal Moreno marcou de cabeça após cruzamento de Gabriel Menino, em jogada de bola parada, mas o argentino atacou a linha um pouco cedo demais. Foi coisa muito rápida, mas o impedimento de fato ocorreu.
Os cariocas que comentam futebol nas choperias do Leblon e que gostam de futebol bailarino certamente não gostaram do jogo. Foi uma partida renhida, mas muito bem disputada, com nuances táticos de alto nível. Digamos que não foi um jogo para paladares destreinados.
O Verdão não tem muito tempo para lamentar os pontos perdidos em casa, mesmo sendo contra uma equipe de força semelhante. A chave tem que virar rápido, porque vamos ao Equador enfrentar o Del Valle, clube que costuma aprontar contra todos os brasileiros, com exceção de um: a Sociedade Esportiva Palmeiras. Que a tradição permaneça. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Flamengo
Primeiro tempo
Bruno Henrique carregou pelo lado esquerdo e tocou no meio para Luiz Araújo; o camisa 7 bateu de voleio e Weverton espalmou para escanteio.
Endrick recebeu na intermediária de ataque, ajeitou para a perna esquerda e arriscou a finalização; com desvio, a bola saiu em escanteio.
UUUUHH! Raphael Veiga cobrou escanteio pelo lado esquerdo do ataque e encontrou Murilo próximo à marca do pênalti; o zagueiro cabeceou firme e a bola passou rente à trave direita de Rossi.
QUASE O PRIMEIRO! Mayke cruzou na área para Flaco López, que cabeceou para o gol, mas a bola saiu por cima do travessão.
Endrick roubou a bola na intermediária de ataque, avançou com a bola dominada e finalizou de muito longe, mas pegou mal e a bola saiu à esquerda de Rossi.
Fraco e sem critério, Rodrigo José Pereira de Lima apitou o fim da primeira etapa.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou a campo sem alterações na escalação.
BOA CHANCE! Richard Ríos recebeu pelo lado direito, puxou para o meio e cruzou no segundo pau para Flaco López; o argentino saltou e cabeceou com certo perigo, mas Rossi conseguiu encaixar.
Entrou: Rony
Saiu: Flaco López
WEVERTON! Bruno Henrique tocou curto com De Arrascaeta; o uruguaio trouxe para o meio e bateu firme de perna direita, mas Weverton espalmou para escanteio.
Entraram: Marcos Rocha e Gabriel Menino
Saíram: Mayke e Richard Ríos
UUUUHHH! Raphael Veiga recuperou a bola no ataque e acionou Endrick, que adiantou e bateu de perna esquerda para o gol; rasteiro, o chute levou perigo à meta de Rossi, mas a bola saiu à esquerda do gol.
Entraram: Estêvão e Lázaro
Saíram: Raphael Veiga e Murilo
De la Cruz cobrou falta perigosa de perto da entrada da área, mas a bola saiu por cima do gol de Weverton.
Lázaro recebeu pelo lado esquerdo do ataque e acionou Gabriel Menino; pelo meio, o camisa 25 dominou, ajeitou para a perna direita e bateu firme, mas a bola saiu à esquerda do gol.
GOL IMPEDIDO! Gabriel Menino cobrou falta pelo lado esquerdo do ataque; o camisa 25 alçou na área e Aníbal Moreno chegou cabeceando pingado, para o fundo das redes, mas o impedimento foi marcado.
Rodrigo José Pereira de Lima, que só fez média e apitou tudo para o Flamengo, encerrou a partida.
Começo de Brasileirão a gente sabe que é assim mesmo, mas acho que o Abel precisa pensar em formas de tornar o time mais criativo. Com a má fase do Veiga o time fica totalmente sem cérebro, dependendo de chutões e cruzamentos. A gente acaba dependendo de Mayke, Piquerez, Rios e etc armando o time, todos jogadores muito bons taticamente mas sem criatividade para fazer algo fora do arroz com feijão. Rômulo pode ser uma solução, ou insistir mais com Estevao e Luis Guilherme desde o início do jogo. Pelo menos até Dudu voltar e Felipe Anderson chegar
Empate normal. Apenas a terceira rodada e os dois jogam na altitude na quarta, não tem motivo pra forçar demais agora. Essa insistência no “tabu” de ñ ganharmos do crf no Brasileirão é burrice ou puro clubismo da mídia esportiva. Somos bicampeões brasileiros sem ganhar deles, qual o problema? É um campeonato de pts corridos e ñ mata-mata (aonde, aliás, ganhamos nas duas vezes). Flaco pode ser uma boa opção no banco, mas ñ dá pra ser titular. É muito grosso com a bola nos pés. Fez 10 gols mas no Paulista, contra adversários de nível técnico bem inferior. Precisávamos de um centroavante pro segundo semestre. A diferença de elenco é muito grde, realmente temos q dar mérito pro Abel. Os caras colocam Pedro, De La Cruz e Gerson, a gente responde com M. Rocha, G. Menino e Rony. Na minha opinião, nesse momento o jogo ficou perigoso, os caras passaram a dominar o meio, temi pelo pior. Só voltamos a equilibrar qdo Abel abandonou os 3 zagueiros e colocou Estevão e Lázaro, q podiam ter entrado antes. Essa é uma ressalva q eu faço ao Abel, demora muito pra mexer.