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09/10/2021 - 21:00
Em mais uma derrota, o Palmeiras, desta vez, não foi um time apático como nas partidas anteriores. O time entrou disposto a reverter a sequência negativa, jogou melhor e criou mais que o Bragantino, mas pagou caro pelos erros individuais.
O time se manteve mentalmente forte e aproveitou o calor da torcida, que fez sua parte de forma brilhante, apoiando o tempo todo, mesmo quando o placar apontava 0 a 3. A reação veio, o Verdão chegou aos 2 a 3, mas o Bragantino inteligentemente recorreu ao expediente de picotar o jogo e freou a investida do Palmeiras para, no final, jogar a pá de cal com um bonito gol após triangulação, aproveitando que o Palmeiras tinha se aberto em busca do empate.
O lado esquerdo da defesa continua bagunçado. Quando jogamos com dois zagueiros, é uma avenida. Patrick, Jorge e Renan ainda não encontraram a melhor dinâmica e o gol de Ytalo, aos 12, já poderia ter saído em jogada idêntica, oito minutos antes.
O Palmeiras se manteve sóbrio e atacou o adversário em busca do empate. Dudu foi o líder técnico do time, construindo a maioria das jogadas em cima de Aderlan. Mas Wesley e Raphael Veiga não estavam em noite inspirada e Rony como referência no ataque é uma opção que Abel ainda não se convenceu ser nula. Ainda assim, o volume ofensivo era satisfatório e o empate parecia maduro.
Foi quando nossa defesa cometeu dois erros seguidos em saídas de bola e, em questão de minutos, o placar pulou para 0 a 3, para incredulidade da torcida. O Verdão, ainda assim, se manteve forte mentalmente e conseguiu diminuir antes do fim do primeiro tempo – e quase chegou ao segundo, sempre com Dudu comandando as ações.
A entrada de Gabriel Veron no segundo tempo não surtiu efeito; o camisa 27 segue lutando contra a irregularidade e errou praticamente tudo o que tentou. Mesmo assim, o Palmeiras seguiu buscando os gols e chegou ao segundo pouco depois da entrada de Luiz Adriano no lugar de Danilo Barbosa – o camisa 10, jogando como armador, participou da jogada que culminou no pênalti sofrido por Jorge.
Esta opção tática de Abel é interessante; Luiz Adriano consegue fazer essa função de maneira bem aceitável – o que não faz muito sentido é fazer duas improvisações para montar o time tendo Gustavo Scarpa no banco – o camisa 14 no lugar de Rony deixaria o time bem mais natural, jogando como meia, e empurrando Luiz Adriano para mais perto do gol. Abel demorou demais para mexer de novo e nosso time foi travado pelo Bragantino.
O quarto gol, marcado pelos méritos do adversário, que aproveitou que o Palmeiras precisou se arriscar mais em busca do empate, definiu a disputa.
Foi uma bonita partida de futebol; o placar deu-se diante dos erros do Verdão. Ao contrário dos últimos jogos, vimos um time aguerrido, que honrou a presença da torcida, que pagou caro pelos ingressos. O problema é que a derrota em casa, sofrendo quatro gols, veio colada numa sequência anterior muito ruim, e as frustrações se somam.
Não podemos esmorecer. Seguimos com uma final de Libertadores no horizonte e tudo o que nossos inimigos querem é que façamos o trabalho deles, nos matando sozinhos. Eles sabem que somos o Palmeiras, e que nossa vocação, para seus desesperos, é conquistar títulos – mesmo quando todos nos dão como mortos.
Repetir esta história, outra vez, será delicioso. Por isso, não podemos cair na pilha e temos que resistir, confiar nos jogadores e na comissão técnica, e torcer para que eles saibam corrigir esta trajetória. São sete semanas até Montevideo e há tempo de sobra. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Red Bull Bragantino
Primeiro tempo
Ytalo escapou por trás do lado esquerdo de nossa zaga, entrou na área e bateu cruzado, fraco, fácil para Jailson.
Na jogada ensaiada perfeita, Veiga tocou na área para Wesley, que pisou para a chegada de Dudu, que bateu de curva no pé da trave esquerda.
Gol do Bragantino – jogada repetida, sempre do lado esquerdo de nossa defesa – Ytalo foi lançado por trás de nossa zaga e desta vez acertou a finalização, forte, no canto direito alto de Jailson.
Cuello tabelou com Artur, invadiu a área pela direita e, quando todos esperavam o cruzamento, bateu direto, obrigando Jailson a dar um passo atrás e fazer uma linda defesa.
Após escanteio da direita, Luan desviou no primeiro pau; Rony pegou a sobra, testou e Cleiton fez uma enorme defesa; na sequência, Dudu dominou na área e sofreu falta – Rafael Traci marcou o pênalti, mas o bandeira anulou acusando (corretamente) impedimento de Rony na jogada anterior.
Raphael Veiga lançou Dudu na esquerda, por trás da zaga; o camisa 43 entrou na área, puxou para o pé direito e bateu rasteiro – Cleiton fez boa defesa, mandando a escanteio.
Gol do Bragantino – Danilo Barbosa perdeu na saída de bola; Praxedes roubou e abriu na esquerda para Cuello, que aproveitou a distância deixada por Kuscevic e bateu de média distância – a bola desviou em Danilo Barbosa e matou Jailson.
Gol do Bragantino – Kuscevic passou errado na saída; Ytalo passou rápido para Artur, que entrou na área e bateu forte no canto esquerdo de Jailson.
Aderlan desceu como quis pela direita e cruzou por baixo; a bola passou na frente de Ytalo.
Praxedes desceu pela direita e bateu forte, cruzado – a bola saiu ao lado da trave direita de Jailson.
Renan tabelou com Dudu, foi ganhando espaço, invadiu a área e bateu para o gol – ela saiu pelo alto, mas assustou Cleiton.
Dudu puxou o contra-ataque, entrou em diagonal, viu a passagem de Veiga pela esquerda e rolou; a finalização saiu sem direção, à direita de Cleiton.
GOL DO PALMEIRAS! Kuscevic tabelou com Wesley, foi ao fundo e cruzou; Rony puxou a marcação e Dudu apareceu livre, na risca da pequena área, e pegou Cleiton no contrapé.
Dudu recebeu na esquerda, passou por Aderlan e cruzou fechado – Cleiton desviou e a bola bateu na trave direita.
Rafael Traci, gordo e errando muitas decisões, terminou o primeiro tempo.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou com Gabriel Veron no lugar de Wesley.
Artur foi lançado em velocidade, colocou na frente mas foi desarmado por Jailson, que saiu no desespero, de carrinho.
Dudu suspendeu falta da esquerda na área; Luan Cândido desviou mal e Luan chegou no segundo pau para conferir, mas a testada saiu pelo alto.
Luiz Adriano entrou no lugar de Danilo Barbosa.
Dudu tabelou com Luiz Adriano, recebeu e bateu por baixo; Cleiton fez a defesa e Jorge pegou a sobra, tentou a jogada e foi derrubado na área. Rafael Traci assinalou o pênalti.
GOL DO PALMEIRAS! Raphael Veiga bateu forte no canto esquerdo de Cleiton e o Verdão encostou no placar.
Luiz Adriano abriu em velocidade para Jorge; com Rony e Veron fechando na área, o lateral preferiu bater cruzado e facilitou para Cleiton.
Artur suspendeu falta da esquerda; Aderlan testou no primeiro pau e a bola saiu cruzada, à esquerda do gol de Jailson.
Gol do Bragantino – Helinho acionou Ytalo, que rolou para Artur na meia-lua e o ex-palmeirense colocou no ângulo direito de Jailson.
Dudu recebeu lançamento longo na esquerda, amorteceu no peito e bateu cruzado, com força – Cleiton espalmou para o lado.
Breno Lopes e Gustavo Scarpa entraram nos lugares de Kuscevic e Jorge.
Dudu bateu escanteio da esquerda; Renan testou e a bola foi no travessão.
Deyverson entrou no lugar de Rony.
Rafael Traci encerrou a partida.
Conrado, achei um errinho: nos campinhos está o Weverton em vez do Jailson.
Parabéns pelo ótimo texto no final. Não podemos baixar a cabeça, ESTAMOS NA FINAL!
Quanto ao jogo achei que ia ser uma tragédia, mas o time foi buscar, e a arbitragem deveria ter expulsado a atleta que fez o pênalti, já estava amarelado e poderia mudar o rumo da partida.
Quanto ao ano nenhuma contratação o que fez que outros times nos alcançasse.
Precisamos de um 9 à altura do Palmeiras, e uma reformulação desse elenco mesmo com o título da Libertadores.
Quando o Bragantino fez 3×0 bem rápido já pensei que seria uma Parmerada histórica , daquelas goleadas vergonhosas que o Palmeiras sofria todo ano a alguns anos atrás, não que 4×2 não seja uma goleada né, foi bem feio viu, de positivo é que o time não se abalou e lutou bastante, o empate chegou a brilhar no horizonte o 3×3 seria um baita resultado, pelas circunstâncias é claro, mas agora é focar nos próximos jogos, não pode se afobar, temos mais 10 jogos pela frente ante da final da Libertadores, que na minha opinião é um dos jogos mais importantes da história do Palmeiras.
Não vou falar do jogo, mesmo porque eu falaria com o fígado.
Acho que é bom destacar que o clube decidiu não atender nenhum pedido do Abel, desde que o técnico foi contratado. Absolutamente nenhum.
Foram só contratações de conveniência. Jogadores esquecidos, em fim de contrato, jogador lesionado. Nenhum esforço financeiro.
O único reforço de verdade, Dudu, veio à contragosto, à revelia dos esforços do clube.
Esse time nota seis (ok, Weverton pode estar acima disso) tem limites claros e sérios. Só o que dá para ver agora é uma sofrida vaga para a Sulamericana de 22.
Agora vejo em todo lugar gente cravando que a candidata à presidência (seria a única candidatura, mesmo?) já teria assegurado a contratação de pelo menos dois peso-pesados vindos do velho mundo. De onde tiraram isso, não sei – já que a eleição ainda nem aconteceu. Tem toda pinta de ser matéria paga pela própria candidata, como forma de pressão para desestimular oposição. Desnecessário citar o enorme conflito de interesses entre futura provável presidenta e patrocinador.
Vamos entrar nessa vibe mesmo? Jogar 2021 no lixo e esperar ano que vem?
E se Abel pular fora nas próximas semanas alegando ser impossível ficar, porquê jamais teve algum pedido atendido, quem poderá condená-lo?
Olho para o horizonte e não vejo nenhum alento.
Praticamente não existe mais oposição. Vai ser ela e seja o que Deus quiser. Vai ter seus erros e acertos, mas que faça um bom mandato, não quero sofrer antes da hora. Quanto a tal matéria, sua fonte possui o nome de jorge e sobrenome nicola (minúsculo mesmo). É mais fácil acreditar em papai noel!
É impressionante como tão pouca gente observa as possíveis consequências — vamos colocar assim — de ter a dona da empresa patrocinadora como presidente do clube. Ainda mais depois das manobras realizadas para ser candidata o quanto antes.
Da minha parte, repito sempre: torço até a morte pela Sociedade Esportiva Palmeiras, não para o Crefisa FC.