Gisele Silva, psicóloga do Palmeiras, fala sobre o seu papel no dia a dia do clube

Marcos Rocha e a psicóloga do Palmeiras Gisele Silva, durante treinamento na Academia de Futebol.
Cesar Greco

O atacante Rony, um dos destaques da “Era Abel Ferreira”, enfatizou a importância do papel da psicóloga

Desde que chegou ao Palmeiras, o técnico Abel Ferreira faz questão de sempre citar a importância da parte mental dentro de uma equipe. Para o comandante, o psicológico é tão importante quanto o fator técnico e tático.

No clube, a profissional responsável por esta parte é Gisele Silva. Psicóloga do clube desde 2009, a profissional começou sua trajetória no Verdão pelo futsal, passou pelas categorias de base e, no final do passado, começou a trabalhar diariamente com a equipe profissional. Em entrevista à TV Palmeiras/FAM, a psicóloga falou como é o seu dia a dia na Academia de Futebol.

“Muitos acham que o nosso papel é cuidar somente da concentração e o foco dos jogadores durante os jogos, mas não é apenas isso. A gente olha para as condições de vida do atleta, as questões pessoais e como o jogador está se sentindo dentro da instituição”, disse.

“Eu acompanho os treinos, faço algumas ponderações com o atleta à beira do campo quando há necessidade, vou atualizando demandas específicas que vou trabalhando com ele. É importante que a gente consiga olhar que esse atleta é um ser humano comum, como eu, e entender que ele não é uma máquina. Os atletas são pessoas que têm problemas, são pessoas que têm dificuldade em lidar com algumas situações que talvez, para mim, sejam mais fáceis, mas para eles não”, acrescentou.

A parte mental foi um dos fatores que fizeram o Palmeiras ter muito sucesso na temporada passada. A equipe, que disputou todas as partidas possíveis em 2020/2021, demonstrou essa força após a frustrada participação no Mundial de Clubes e, em seguida, deu a volta por cima com o título da Copa do Brasil sobre o Grêmio.

“Nós não estamos aqui só para cuidar exclusivamente de problemas, mas para trabalhar com os atletas as estratégias de enfrentamento que sejam mais adequadas para que eles possam, a partir disso, entrar no processo de adaptação mais favorável, mais produtivo e que eles se sintam bem, se sintam felizes e consigam entregar o melhor”, finalizou Gisele.

Rony comentou o trabalho feito pela psicóloga do Palmeiras

Rony e Felipe Melo durante treino do Palmeiras no Allianz Parque
Cesar Greco

O atacante Rony, um dos principais nomes do clube na conquista da Tríplice Coroa, elogiou o trabalho psicológico feito pelo Palmeiras com os atletas, principalmente após as derrotas na Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e na final do Paulistão.

“A gente não deixou que esses jogos nos abalassem. Sabemos que o psicológico abala muitas vezes, mas nós temos o dever de controlar a nossa mente. Temos nossa psicóloga, que conversa diariamente com a gente, vamos na sala dela para conversar. O Palmeiras nos dá todo esse suporte”, contou.

“Se fosse outro clube, todos iriam falar que estava no desespero. E o Palmeiras é um clube grande, tem uma estrutura gigantesca para dar todo esse suporte. Cada jogador tem seu pensamento, sabe o que quer para a vida, sabe que nem a vitória e nem a derrota tem que refletir na vida”, concluiu.

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