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06/04/2022 - 21:00
O Palmeiras passeou na estreia da Libertadores e goleou o Táchira por 4 a 0 em San Cristobal, mesmo com um mistão. Contra um time bastante frágil técnica e taticamente, o Verdão usou armas simples e passou por cima do adversário, que jogando desta forma teria dificuldades para disputar até o campeonato paulista.
Craques como Dudu e Raphael Veiga deitaram e rolaram em cima dos marcadores venezuelanos. E mesmo jogadores menos cotados como Rafael Navarro puderam tirar uma casquinha – melhor para o camisa 29, que marcou seus dois primeiros gols com a camisa do Palmeiras e afastou a má sorte que o perseguia.
Com três zagueiros e laterais lançados, o Táchira deixou duas avenidas nas costas de Camacho e Benitez; o Palmeiras decidiu explorar o lado direito do ataque com Dudu e foi, de fato, uma festa.
Nas bolas paradas, muita liberdade e a cada escanteio era um pandemônio na área do time da casa. Dudu perdeu um gol feito logo no segundo ataque, num escanteio em que aproveitou um latifúndio de liberdade – mas na chance seguinte, não desperdiçou, contando com a colaboração do goleirão.
A liberdade era vista também com bola rolando, e após roubada de bola de Mayke, Atuesta tocou simples para Veiga, que aproveitou o espaço. Na atual fase, o camisa 23 é mortal de qualquer forma, calculem se o deixarem com liberdade: ele recebeu a bola já ajeitando para o disparo e executou antes da chegada do marcador, com muita precisão. Golaço.
O técnico espanhol do Táchira mexeu no sistema defensivo no intervalo colocando Garcéz em campo, mas não adiantou nada: em duas jogadas que nasceram do lado direito de nosso ataque, mais dois gols, e justo de Rafael Navarro, que precisava demais dos gols. O segundo foi executado com um gesto técnico perfeito, uma cabeçada de manual, com a bola picando na grama antes de bater na bochecha da rede.
Com quatro gols de frente, o Palmeiras, claramente, tirou o pé e deu início à gestão de energia. Se precisasse de mais, faria – perguntem ao SPFC…
Próximo objetivo: 3 pontos no Brasileirão, em casa – e o Ceará é muito mais complicado que o Táchira. O Verdão lutará contra o adversário e contra o desgaste da longa viagem e vai ter que contar com toda a competência do NSP para manter os atletas em sua melhor forma.
De qualquer forma, Marcos Rocha e Danilão no Brasil ficaram recuperando as baterias e estarão 100%. Pra cima deles e VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Deportivo Táchira
Primeiro tempo
Após escanteio da direita, Veiga achou Dudu solto dentro da área; o camisa 7 dominou e chapou buscando o canto esquerdo, mas pegou mal na bola e mandou para fora, perdendo gol certo.
GOL DO PALMEIRAS! Mais um escanteio da direita batido por Veiga; na segunda bola, Dudu de novo ficou com a sobra, novamente livre, mas desta vez a batida simples por baixo venceu o goleiro Varela, que ajudou.
Desta vez o escanteio foi pela esquerda; a bola foi rebatida e sobrou para Gabriel Veron, que bateu da meia lua, rasteiro – a bola saiu à esquerda de Varela, com muito perigo.
A zaga do Táchira não sabia marcar escanteio. Dudu bateu mais um, pela direita; Kuscevic testou da marca do pênalti e a bola beijou o travessão.
GOL DO PALMEIRAS! Mayke roubou no campo de ataque; a bola ficou com Atuesta que serviu Raphael Veiga, completamente livre pelo miolo; o camisa 23 enquadrou o corpo e mandou uma bomba de canhota, no canto esquerdo de Varela.
Mayke tabelou com Raphael Veiga, infiltrou na área, recebeu de volta e serviu Gabriel Veron, que escorou para fora, com o gol aberto.
O árbitro encerrou o primeiro tempo, muito fácil de ser apitado.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou com Rafael Navarro no lugar de Gabriel Veron.
Wesley aproveitou bola roubada por Rafael Navarro e bateu prensado; a bola saiu devagarinho à esquerda do gol.
GOL DO PALMEIRAS! Dudu enfiou para Mayke, que recebeu por trás da zaga e cruzou; Rafael Navarro se antecipou à marcação no primeiro pau e escorou para as redes.
GOL DO PALMEIRAS! Dudu fez a jogada de velocidade pela direita e cruzou; Rafael Navarro se esticou e não alcançou; a bola passou e Wesley aparou pela esquerda e cruzou de novo; Rafael Navarro já tinha se levantado e testou para as redes.
Saíram Wesley, Dudu e Raphael Veiga; entraram Breno Lopes, Gabriel Menino e Giovani.
Giovani fez jogada de velocidade pela direita, fez o breque e bateu de canhota, de curva – a bola passou a um dedo da trave direita. Navarro esperava babando para fazer o hat trick.
Jailson chegou atropelando o adversário e recebeu o segundo amarelo, deixando a equipe com dez jogadores.
Cova bateu falta frontal por baixo; Weverton foi firme no canto direito e pegou sem problemas.
Em jogada de contra-ataque, Cova chutou de longe e a bola desviou na defesa, quase pegando Weverton desprevenido. A bola saiu em escanteio pela esquerda; Simisterra, impedido, tentou aproveitar o rebote mas Weverton fechou o ângulo.
Zé Rafael entrou no lugar de Atuesta.
Gabriel Menino cobrou falta sofrida por Zé Rafael com força, mas no meio do gol, fácil para Varela.
E o juiz argentino encerrou a partida.
Em muitos jogos esse ano, foi gritante a falta do camisa 9. Principalmente nos gols que o Rony perdeu cara a cara com goleiro ou até sem goleiro. O Navarro só entrava quando o time já tinha feito o resultado e estava diminuindo o ritmo, com o ataque desfigurado. Muitas vezes sem Veiga, Dudu ou Scarpa. As oportunidades que o Rony tinha de fazer gols, o Navarro dificilmente teve. Ontem foi diferente.
O que isso quer dizer? Será que ele vai ser o 9 que todo mundo queria? Não dá pra cravar nada. Afinal, o adversário de ontem era péssimo. A única coisa que dá pra afirmar é que PRECISA DAR TEMPO para o cara. O crescimento que alguns jogadores tiveram com o Abel Ferreira foi absurdo.
Time muito consistente. Normalmente, sofreríamos mais com um time misto – principalmente pela “ressaca” logo após um título. Não com esta comissão técnica, não com esse elenco. Entraram com fome de bola, honraram a alcunha de atual bicampeão da américa e foi um vareio de bola. Sim, o Tachira é muito fraco. Mas o Palmeiras fez o que um grande tem que fazer com times fracos: se impor. Destaco as partidas de Atuesta, Jorge, Menino (que parece estar acordando pra vida) e principalmente Kuscevic e Navarro. E cabe dar parabéns pro Tachira, que em nenhum momento quis partir pra agressão, dar pontapé ou mesmo chilique, igual vimos a Raphaela fazer domingo. Tentaram à todo tempo fazer seu gol de honra.
Bora que hoje tem gol do Navarro, pra tirar a zica do primeiro gol, logo em uma liberta. AVANTI PALESTRA.
Avanti Palestra!