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10/03/2022 - 20:30

O plano de Abel pode não agradar a todos, mas depois de um ano e meio treinando o elenco, parece que tudo funciona. Em dez minutos o Verdão abriu o placar e então deu a impressão que escolheu a forma menos cansativa de terminar o jogo com mais gols que o adversário.

A presença de Gustavo Gómez facilita essa escolha. O capitão do time liderou um sistema defensivo impecável, que abriu mão de pressionar a saída de jogo do SPFC para atrair suas linhas em direção a nosso campo e assim abrir campo para a transição ofensiva rápida.

O time da casa chegava com relativa facilidade à nossa intermediária e mesmo até a entrada da área, mas as finalizações  não saíam – ou o último passe era desviado, ou a finalização era travada – um muro verde que só foi suplantado em duas oportunidades – numa, Weverton teve que trabalhar duas vezes, em jogada de bola parada; e na outra, Marquinhos acertou uma finalização de rara felicidade, mas a trave salvou o Verdão.

Por 90 dos 100 minutos de jogo, o Palmeiras esteve à frente no placar, em ambiente hostil, com quase 50 mil pessoas torcendo contra, com uma frieza espantosa. E se Tiago Volpe também não teve muito trabalho, podemos dizer que o Palmeiras teve lances em que o gol não saiu por detalhes, sobretudo por conta do último passe pra os deslocamentos de Rony.

A partida tática do Palmeiras foi tão tranquila que Abel fez as três primeiras trocas aos 25 minutos, sem alterar a proposta, apenas fazendo a famosa “gestão de energia” – as duas mexidas finais parecem ter acontecido apenas para fazer o relógio andar.

Vencer o clássico que na teoria seria o mais difícil dos três, fora de casa, de forma tão tranquila, até tira um pouco a graça. O favoritismo do Palmeiras nos impele a cair numa soberba que não orna com nosso histórico. Temos que admitir nossa superioridade para não entrar no território da falsa modéstia, mas nunca caindo na armadilha do já-ganhou.

Que venham os próximos clássicos, e que venha o mata-mata. O Verdão está pronto. VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalação

SPFC

Tiago Volpi
Rafinha
Diego Costa
Reinaldo
Arboleda
Léo Pelé
Pablo Maia
Rodrigo Nestor
Igor Gomes
Marquinhos
Gabriel Sara
Patrick
Éder
Luciano
Calleri
Rogério Ceni
TÉCNICO


Primeiro tempo

6'
Palmeiras

Em jogada de falta ensaiada pela meia direita, Raphael Veiga disparou um míssil, mas a bola saiu por cima do travessão.

8'
Palmeiras

Piquerez cruzou na área e Raphael Veiga emendou uma bomba; a bola explodiu no rosto de Diego Costa e Wesley pegou o rebote para escorar colocado – ela beijou a trave esquerda de Tiago Volpi, correu pela pequena área e Arboleda afastou o perigo.

10'
Palmeiras

GOL DO PALMEIRAS! Marcos Rocha teve liberdade e cruzou no primeiro pau; Rony se antecipou a Arboleda, atacou a bola e testou firme – a bola bateu na trave esquerda, no corpo de Volpi e morreu dentro do gol.

26'
Palmeiras

Após lançamento longo, Arboleda rebateu; Dudu pegou a sobra, trouxe para dentro e tocou de calcanhar para Rony, que estava um palmo impedido – o camisa 10 fuzilou Volpi e colocou nas redes, mas a bandeirinha anulou o lance e o VAR confirmou.

48'
SPFC

Igor Gomes arriscou de fora, com força e bem colocado – Weverton foi no rodapé direito e defendeu em dois tempos.

48'

Na sequência, o árbitro encerrou o primeiro tempo.


Segundo tempo

As duas equipes voltaram sem alterações dos vestiários.

3'
Palmeiras

Após arremesso lateral rápido, Rony recebeu dentro da área e girou, com pouco ângulo, e mandou a bola na rede pelo lado de fora.

6'
SPFC

Rodrigo Nestor abriu para Gabriel Sara na meia esquerda e o meio-campista arriscou de fora, com força, mas sem nenhuma direção.

18'
SPFC

Rodrigo Nestor mandou uma bomba, de falta, de longe – Weverton rebateu para a frente e Calleri aproveitou a sobra para testar; Weverton de novo rebateu e Danilo afastou o perigo.

25'

Entraram Gabriel Veron, Jailson e Breno Lopes nos lugares de Zé Rafael, Dudu e Wesley.

30'
SPFC

Marquinhos arriscou da entrada da área; a bola pegou um efeito muito forte, descaiu no travessão e ainda tocou na trave direita de Weverton.

31'

Entrou Atuesta no lugar de Raphael Veiga.

36'

Rafinha fez falta desleal em Rony, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso de campo; depois de reclamar sem o menor pudor, desceu para os vestiários para beber Gatorade.

41'

Rafael Navarro entrou no lugar de Rony.

50'

Depois de um controle total do Palmeiras nos minutos finais, o árbitro encerrou o jogo.



Notas


Jogador
Descrição
Nota
Weverton
Duas boas defesas em sequência e muita experiência para fazer o relógio andar.
7
Marcos Rocha
Partida de manual; lateral raiz que defende bem sem se expor e sai jogando com muita qualidade.
7.5
Gustavo Gómez
O melhor em campo, colocou o Calleri no bolso e mostrou quem é o melhor defensor das Américas.
8.5
Murilo
Partida sem sustos, jogou sério e não deixou ninguém lamentar a ausência de Luan.
7
Piquerez
Regular; não brilha mas também não erra e não deixa barato nenhuma jogada.
6.5
Danilo
Jogando no piloto automático com uma consciência tática assombrosa.
7.5
Zé Rafael
Forma com Danilo uma das melhores duplas de volantes dos últimos anos. E olha que já tivemos Moisés & Tchê Tchê e Felipe Melo & Bruno Henrique.
7
Gabriel Veron
Parece disperso, indo para o mesmo caminho de outras Crias que perderam espaço. Precisa de um chacoalhão.
6
Dudu
Ele gosta de jogar bem contra o SPFC.
7.5
Jailson
Em seu sexto ano de Palmeiras, fez mais uma part... não... pera...
6.5
Raphael Veiga
Tira o olho, Tite!
7
Atuesta
s/n
Wesley
Além da bola na trave, fez um jogo importante sem a bola, mantendo a largura do lado esquerdo e prendendo Rafinha.
7
Breno Lopes
s/n
Rony
Fez gol, provocou, amarelou adversário e foi a principal arma do time.
8
Rafael Navarro
s/n
Abel Ferreira
Abel Ferreira
Poderia ter usado um plano que desse menos chances ao adversário, mas parece que ele tinha tudo calculado.
7




13 comentários em “10-03-2022 – SPFC 0x1 Palmeiras – Campeonato Paulista 2022

  1. Rafinha era discreto e comportado na Alemanha.

    Mas já no urubu começou a se mostrar chiliquento e ineficiente.

    Agora está no clube certo. Ontem foi um espetáculo. É uma verdadeira trika. Seja lá que diabo for isso…

    1. No flamerda jogou bem. Colocou em prática o que aprendeu na Europa nos treinamentos do Bayern de Munique e observando os jogos do banco de reservas. Depois que vieram as taças, a soberba veio junto. Raphita colocou o salto alto e assumiu dentro e fora das 4 linhas uma postura condizente com o clube em que hj joga.

  2. Foi impressão minha, ou o Abel utilizou o jogo para treinar saída de bola? por varias vezes saiu jogando com toque de bola dentro da área.

  3. Vai ser duro assistir pelo youtube: narrador péssimo, com o pior bordão que já ouvi e com comentários de Dodô e Milene Domingues kkkkkkkk Pelo menos é de graça.

  4. É uma pena que o politicamente correto não permite mais. Adorava a escalação “feminina” do Trikas aqui no Verdazzo. Desde 2015 estamos melhores que eles e precisamos aproveitar isso para reverter o quadro de vitórias gerais a nosso favor. Ganhar do “inimigo” é essencial.

    1. Exatamente! Rogo para que os jogos de 2022 contra as Trikas sejam de grande valia pra zerar este quadro geral contra ‘elas’. E sobre o que mencionou sobre a escalação ‘feminina’ das Trikas, também concordo. Uma pena o futebol também ter se tornado um ambiente tão cheio de patrulhamento e senões.

      VAMOS, PALMEIRAS!!!

    2. Eu vim aqui para fazer justamente esse comentário! Era uma tradição… será que seria assim:
      Tiaga Volpa; Rafinha, Diega Costa, Arboleda e Léa Pelé; Pabla Maia, Rodriga Nestora, Nikona e Gabriela Sara; Édera e Callera

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