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13/03/2022 - 18:30
Conforme o previsto diante das campanhas e do futebol apresentado recentemente pelas duas equipes, foi um jogo de grande contra pequeno. Num Allianz Parque quase lotado, o Santos não foi páreo para o Palmeiras, que fez um gol de pênalti, mas perdeu dezenas de oportunidades dentro da área santista.
Rony é incansável. Esta noite, além de não se cansar de correr, de marcar, de se movimentar, também não se cansou de perder gols – se o jogo estivesse acontecendo até agora, provavelmente ele ainda estaria errando finalizações. E Rony não tem culpa. A falta de um camisa 9 definidor no elenco grita cada vez mais alto e apenas a diretoria do Palmeiras ainda se faz de surda.
A obviedade da falta do centroavante no elenco rivaliza com a evidente competência defensiva do Palmeiras, que só teve problemas em lances isolados, sobretudo com Ricardo Goulart, que com sua já conhecida movimentação assustou Weverton com uma cabeçada na trave. No mais, mesmo sem Danilo, a defesa do Palmeiras segue sólida como uma rocha.
Jailson chegou encaixado. Sua capacidade de compreender rapidamente o sistema defensivo da equipe. E a força da dupla de zaga foi notável; Gustavo Gómez fez mais uma partida muito firme e Kuscevic foi o dono absoluto da retaguarda, numa de suas melhores apresentações no Allianz Parque.
Dudu estava mais uma vez inspirado e cansou, literalmente, de tanto fazer jogadas de um contra um sobre Lucas Pires. No final, estava pregado, mas com uma produção ofensiva plena – infelizmente desperdiçada pelos companheiros na área.
Do outro lado, Gustavo Scarpa não se limitou a passes longos. O camisa 14 está evoluindo cada vez mais nas jogadas de velocidade e nos dribles, aproveitando seu físico leve. Está virando um ponta-ponta, para mostrar para Abel que não pode perder seu lugar no time titular, qualquer que seja a opção tática para seu flanco.
Apesar de mais uma boa partida de Raphael Veiga, que ostentou com justiça a braçadeira de capitão, o dono do meio de campo foi Zé Rafael, que fez todas as funções defensivas e ofensivas. Até jogada de ponta, o camisa 8 fez. Partida completa!
E Abel Ferreira já chegou num ponto em que o elenco sabe exatamente o que fazer durante a partida; salvo se o adversário não muda seu plano de forma eficiente e exige algum ajuste, Abel já pode se dar ao luxo de escolher o plano de jogo e deixar o time no modo automático.
Obviamente, sempre cabe a busca por melhorar. Mas há pouco espaço para isto sem a chegada de um definidor que esteja à altura da excelência que este elenco atingiu.
Tá chato ficar pedindo centroavante toda hora. Mas tá mais chato ainda saber que esta novela já está durando mais de um ano e seguimos ouvindo desculpas que realmente não colam. A pressão só se mantém sob controle graças à competência de Abel Ferreira, de sua comissão técnica e dos jogadores. Mas toda corda, por mais grossa que seja, uma hora arrebenta se mantida sob muita pressão. Acorda diretoria! VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Santos
Primeiro tempo
Zé Rafael roubou na saída de bola, tentou entrar na área mas Eduardo Bauermann travou e a bola ficou viva, sobrando para Rony que soltou a bomba – Bauermann travou de novo.
Gustavo Scarpa aparou uma bola rebatida por Sandry, avançou rápido e arriscou de fora – João Paulo fez boa defesa no meio do gol.
Raphael Veiga fez lançamento longo e achou o peito de Dudu, que foi ao fundo e cruzou por baixo; a bola bateu no calcanhar de Auro e foi em direção ao gol – João Paulo estava atento e pegou bem.
Linda jogada pelo flanco direito entre Gustavo Scarpa e Mayke, que cruzou por baixo – Rony tentou de letra no primeiro pau e furou; Dudu chegou um décimo de segundo atrasado e a bola atravessou toda a pequena área.
Ótima triangulação entre Veiga, Mayke e Scarpa, que deu um drible de corpo e cruzou à meia-altura; Rony tentou emendar a bike mas furou o pneu. Se pegasse na veia, faria um golaço de fazer todo mundo sair e pagar ingresso de novo.
Auro cruzou da direita e achou a cabeça de Ricardo Goulart – a testada foi no meio do gol, fácil para Weverton.
Raphael Veiga aproveitou bom passe de Jailson, girou rápido o corpo e bateu da meia direita, forte, mas no meio do gol – João Paulo fez mais uma defesa firme.
Após falta batida na intermediária, Auro ficou no mano a mano com Jorge, ganhou com muita facilidade e tocou para Ângelo, que cruzou no segundo pau; Ricardo Goulart saltou de trás e testou firme – a bola beijou a trave de Weverton e ficou com nosso goleiro.
Depois de começarem a partida com as posições invertidas, Dudu e Scarpa destrocaram – Dudu foi pra direita e Scarpa, para a esquerda.
Após lateral batido por Mayke, a bola pingou na área e Rony fez mais uma acrobacia – a bola saiu à esquerda do gol.
Dudu cruzou da direita, Gustavo Gómez testou e João Paulo foi na gaveta direita espalmar a escanteio.
Dudu bateu do bico da área; Velázquez cortou e desviou a escanteio.
Após escanteio, João Paulo rebateu para o chão; Zé Rafael pegou a sobra e chutou; o goleiro rebateu de novo e na disputa do rebote Velázquez acertou o rosto de Kuscevic – Raphael Claus marcou o pênalti e expulsou Velázquez após aplicar o segundo amarelo.
GOL DO PALMEIRAS! Raphael Veiga bateu com violência no canto direito e abriu o placar.
Raphael Claus encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou sem alterações dos vestiários.
Zé Rafael fez boa jogada pela esquerda e cruzou por baixo; Rony tentou escorar mas a bola passou; Dudu pegou a sobra na direita com pouco ângulo e bateu forte, cruzado – Rony fechou de novo, mas tentou escorar com a parte externa o pé direito e errou – o certo seria escorar de canhota, de chapa.
Jorge tocou para Rony, que fez o pivô e devolveu para o lateral, que entrou driblando na área, ficou cara a cara com João Paulo e tocou por baixo – o goleiro fez grande defesa com o pé direito.
Weverton pegou bola fácil e ligou rápido com Dudu, que rolou para a chegada de Zé Rafael, que bateu da meia-lua por cima do gol, com muito perigo.
Em disputa com Lucas Braga na intermediária ofensiva, Mayke torceu o tornozelo direito de forma muito feia – deu lugar a MArcos Rocha
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Veiga fez lindo lançamento para Scarpa, que tocou para Jorge, que cruzou por baixo – Rony mais uma vez perdeu a chance de escorar para o gol.
Atuesta entrou no lugar de Gustavo Scarpa, Wesley no de Zé Rafael
Dudu fez boa jogada pela direita e mais uma vez cruzou por baixo; Rony furou de forma inacreditável e Jailson pegou a sobra para soltar um canhão, mas a bola explodiu na zaga.
Veiga deu lugar a Deyverson; Rony deixou o campo para entrar Rafael Navarro.
Gabriel Pirani arriscou de longe e Weverton foi esquisito para a bola, cedendo escanteio.
Raphael Claus, que apitou tudo no grito, encerrou o jogo.
2×0 .. Navarro desabrocha
tomara, não vejo a hora desse cara desencantar.