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18/07/2021 - 16:00
Mesmo poupando jogadores importantes como Marcos Rocha, Viña, Danilo, Gustavo Scarpa, Breno Lopes e Deyverson, Abel repetiu o 4-2-3-1 dos últimos jogos, voltando a posicionar Raphael Veiga por dentro.
Dudu jogou aberto pela direita, ainda em processo de recuperação de ritmo de jogo e de evolução física. Sem gás para voltar toda hora para marcar o lateral-esquerdo, Dudu ficou plantado na ponta, o que fez com que Mayke ficasse quieto na defesa, sem apoiar muito. Na esquerda, Renan ficou plantado porque não tem facilidade no apoio mesmo. Assim, os ataques pelos lados eram jogadas de ponta puros, sem ultrapassagens de laterais. Quase um 4-3-3 à moda anos 70 – a diferença era o uso de apenas um meia, com dois volantes.
Após algumas jogadas pelo lado direito, o Palmeiras passou a forçar mais o jogo com Wesley, pela esquerda, e uma série de oportunidades de gol foram criadas, principalmente usando as chegadas dos meio-campistas por trás e as participações de Willian como pivô.
Faltou a execução. As jogadas, desenhadas, aconteciam, mas na hora de dar o último passe ou de finalizar, as jogadas saíam com defeito. O adversário parecia impotente diante do forte sistema defensivo do Palmeiras, que trancou todas as saídas, e criava chances seguidas de gol assim que retomava a bola.
Sob um calor de 30° C em Goiânia, o time baixou um pouco a intensidade na segunda metade do primeiro tempo, para retomar a carga depois do intervalo. E o Palmeiras encontrou alguma dificuldade para criar nos primeiros minutos.
Quando Abel já tinha três jogadores preparados para entrar, saiu o gol que abriu a porteira: Wesley ganhou mais uma de Dudu e cruzou por baixo; Willian disputou com Éder, que acabou tocando contra seu gol.
Com Deyverson, Scarpa e Breno Lopes, o time seguiu forte; o camisa 19 é mais efetivo que Dudu neste momento e o Palmeiras voltou a ter os dois lados balanceados.
Aos 29, as entradas de Viña e Danilo deram outra cara ao time: formou-se uma linha de 5 na defesa, que deu mais solidez ao sistema defensivo, e com Danilo e Zé Rafael fazendo os volantes/meias que percorrem o campo todo o time não perdeu a capacidade ofensiva.
Se o que faltou no primeiro tempo foi eficácia na execução, sobrou no segundo. Em dois ataques mortais, o Palmeiras fechou o placar em jogadas com participações fundamentais de Deyverson. Breno Lopes e Scarpa foram às redes, consagrando as substituições de Abel.
Foi mais uma grande exibição, sólida, segura. Weverton só foi ameaçado, de fato, numa falta suspeita, marcada aos 40 minutos do segundo tempo, na qual o Palmeiras poderia até ter sofrido o empate, configurando mais uma injustiça que só o futebol proporciona. Felizmente nosso goleiro é uma fortaleza.
Ao alcançar a sétima vitória seguida (pela segunda vez no ano), o Verdão mostra que está cada vez menos suscetível a oscilações. Elas seguem acontecendo, como em qualquer time do mundo, mas o repertório tático desenvolvido permite retomar a boa fase com pequenos ajustes. E assim o Verdão marcha forte em direção ao funil da temporada. Se vamos erguer mais troféus, ninguém sabe – mas que estamos na direção correta, não há dúvidas. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Atlético-GO
Primeiro tempo
Dudu fez a jogada em velocidade pela direita e cruzou; a bola desviou em Willian Maranhão e ia entrando no ângulo esquerdo, mas Fernando Miguel fez grande defesa e mandou a escanteio.
Após pressão na saída de bola, Arthur Gomes tentou o arremate mas Gustavo Gómez travou; no rebote, Willian Maranhão emendou de primeira e a bola saiu pelo alto.
Raphael Veiga conduziu pela esquerda e cruzou na meia-lua; Patrick de Paula pegou um lindo sem-pulo mas a bola explodiu em Oliveira.
Mais uma vez quem armou o ataque foi Veiga, desta vez em diagonal; ele inverteu a bola buscando Dudu, mas Willian acabou interceptando no meio do caminho e disparou; a bola teve direção mas ganhou muita altura e encobriu o travessão.
Renan colocou Wesley pra correr; o camisa 11 evitou a saída pela linha de fundo e cruzou; Willian fez a parede e Veiga chegou batendo, mas pegou fraco e ficou fácil para Fernando Miguel defender.
Wesley fez jogada individual pela esquerda, puxou pra dentro no bico da área e bateu rasteiro; Fernando Miguel defendeu mais uma.
Wesley enfiou para Willian na área; o camisa 29 fez o pivô para a chegada de Raphael Veiga que entrou batendo de direita, mas pegou mal na bola, que saiu mastigada, sem direção.
André Luís entrou na área fazendo fila, levou três marcadores e tentou chutar, mas foi travado por Felipe Melo; Patrick disputou com Lucão e a bola sobrou pelo alto para Arthur Gomes, que tentou a bicicleta, mas furou o pneu.
Zé Rafael tentou a finalização rasteira da entrada da área, mas mandou à direita do gol.
Arthur Gomes bateu falta da meia esquerda, com perigo – a bola saiu perto do ângulo direito do gol de Weverton.
O árbitro Denis Serafim, calmo, encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou sem alterações para o segundo tempo.
GOL DO PALMEIRAS! Wesley puxou a jogada pela esquerda e cruzou por baixo para o meio da área; Willian disputou a jogada com Éder, que acabou escorando contra seu próprio gol, no canto esquerdo de Fernando Miguel
Três mexidas no Verdão: Deyverson no lugar de Wililan; Gustavo Scarpa no lugar de Raphael Veiga; Breno Lopes no lugar de Dudu.
Danilo e Viña entraram nos lugares de Patrick de Paula e Wesley.
Gustavo Scarpa bateu escanteio da esquerda no primeiro pau; Zé Rafael subiu livre mas testou por cima do gol.
Arthur Gomes bateu falta de dentro da meia-lua, com força, no canto do goleiro; Weverton foi firme na bola e desviou para o lado e Renan aliviou.
Em contra-ataque rápido, Gustavo Scarpa enxergou a infiltração de Viña e alçou na área; o uruguaio conseguiu escorar, mas pegou meio sem jeito na bola, que saiu fraca à direita do gol.
GOL DO PALMEIRAS! Danilo recuperou a bola no campo de defesa e lançou Deyverson, que segurou um pouco a jogada e abriu para Breno Lopes; o centro veio na direção de Gustavo Scarpa, que fechava pelo meio; o camisa 14 ainda precisou se entortar todo para conseguir cabecear para o fundo do gol.
GOL DO PALMEIRAS! Deyverson roubou a bola no campo de ataque e rolou para a entrada em velocidade de Breno Lopes, que tocou no canto esquerdo do gol.
Após todos os acréscimos possíveis, o árbitro encerrou o jogo.
Menino Dey hahahaha boa!!
Deyverson ta jogando muito, o período que ele ficou na Europa fez bem pro futebol dele
Estamos a 16 vitórias de mais um título.
O Abel é um técnico estudioso, humano e inteligente e que tem coragem de arriscar e fazer experiências em jogos. No futuro irá brilhar nas grandes ligas da Europa. Temos que aproveitar e apoiar essa sua jornada no Verdão, que trará ainda mais títulos.
Abel é o melhor técnico depois do Scolari.
Incrível ver o Menino Dey jogando bola, até isso o Abel foi capaz de fazer, e ainda tem gente que quer encher o saco dele… sou muito grato por testemunhar essa fase, que a era Abel seja longa e próspera. só de não sentir vergonha alheia nas entrevistas já me dá um alivio enorme.
Abel conseguiu fazer muitos jogarem um pouco mais do que jogavam: Scarpa, Veiga, Melo, Deyverson; até o Ramires tava melhorando na mão dele.
Com isso eu confio que, se o Borja voltar, vai ter sua chance também; e tomara que a aproveite.
Acho válida a tentativa com Borja. Em termos de estratégia de reintegração ao elenco, o começo da volta do futebol da pandemia teria sido o momento ideal, para ganhar confiança, uma vez que sabemos de seus problemas de timides, levando-se em consideração a falta de público nos estádios. Mas ainda há tempo. Porém existe a programação salárial do elenco e tals…..
Pouparia Scarpa ou Veiga, para poder contar com eles mais minutos contra o Católica no jogo da volta….
Talvez dar mais minutagem ao Dudu, Patrick, Wesley mudando um pouco o esquema.