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19/02/2022 - 16:00
Abel mandou a campo uma formação sem centroavante, evidenciando que já trabalha com o cenário de não ter um 9 extra-classe em toda a temporada. Com Dudu e Rony abertos, as jogadas por dentro eram executadas pelas chegadas de Raphael Veiga, apoiado por Atuesta e Jailson.
Danilo atuou como 5, aparecendo para o apoio somente quando um dos outros volantes se plantava em seu lugar. Os laterais se arriscaram pouco, evidenciando que a largura ofensiva era feita por Rony e Dudu.
Com dois jogadores tão perigosos pelos flancos, a defesa do Santo André precisou, naturalmente, se abrir. A primeira linha se manteve com quatro jogadores, o que proporcionou os espaços que nossos meiocampistas precisavam para dominar o setor.
As descidas de Veiga, Atuesta e Jailson se mostraram muito perigosas em todo o jogo. A qualidade do passe foi preponderante para que essa dinâmica funcionasse, bem como o gramado do Allianz Parque. As tabelas eram precisas e em alta velocidade.
Raphael Veiga se converteu no líder de fato do time. Dá para dizer com tranquilidade que, hoje, ele é “o cara” do Palmeiras. Aos 26 anos, atingiu uma maturidade que equilibra com seu nível físico e técnico.
Abel Ferreira, mais uma vez, responde com trabalho aos que vociferam na internet desprezando sua capacidade. Ao desenvolver mais uma variação tática, nosso treinador vai abrindo o leque que torna o Palmeiras cada vez mais pronto para enfrentar qualquer tipo de situação. A inspiração cada vez mais dá lugar a estudo, experiência, teste e correções. Como um grande programador, Abel desenvolve scripts e os guarda para serem aplicados a qualquer momento – a memória tática dos jogadores, estudiosos e aplicados, fechados com o professor, faz o resto.
Este novo modelo de jogo ainda precisa de ajustes, sobretudo na transição defensiva. Neste jogo, especificamente, o lado esquerdo de nossa defesa ficou um tanto exposto; o lateral Jefferson consegui criar lances de perigo jogando em cima de Piquerez, sem cobertura, já que Murilo precisou ficar atento ao apoio de Dudu Vieira. Esses mecanismos tendem a ser desenvolvidos com o tempo.
É para isso que serve o estadual, ainda mais nesses jogos contra os pequenos. Enquanto outros clubes seguem mandando seus ótimos técnicos embora, o Palmeiras de Abel, um técnico “sem repertório e comum”, vai ampliando seu poder de fogo para os confrontos no país e na América do Sul, onde segue sendo uma das maiores forças e candidato a todos os títulos. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Santo André
Primeiro tempo
Jailson foi lançado na esquerda e cruzou por baixo; Atuesta dominou e foi derrubado – o pênalti não foi marcado porque houve impedimento no começo da jogada.
Jefferson recebeu aberto na direita dentro da área e rolou para a chegada de Giovanny Bariani que bateu colocado e Weverton fez uma ponte espetacular para salvar o Verdão
Rony recebeu aberto pela esquerda, entrou em diagonal e bateu de curva – a bola passou lambendo o ângulo esquerdo de Jefferson Paulino.
Depois de boa troca de passes, Dudu Vieira bateu e Weverton saltou para desviar a escanteio.
Rony recebeu lindo lançamento de Veiga e cruzou; Jailson testou prensado e a bola saiu por cima do gol
Dudu recebeu na direita, ajeitou para Danilo que enquadrou o corpo e bateu colocado – a bola passou perto do ângulo direito de Jefferson Paulino.
Depois de lateral pela direita, a bola bateu no braço de Carlão dentro da área, a jogada seguiu e Piquerez pegou a sobra na risca da área e disparou colocado – o goleiro voou no canto direito para fazer a defesa. O VAR chamou o árbitro para checar o pênalti, que foi assinalado.
GOL DO PALMEIRAS! Raphael Veiga cobrou no meio do gol após o goleiro cair para a direita e abriu o placar.
Em lindo contra-ataque, Atuesta arrancou por dentro acompanhado por Veiga, tocou de lado e o camisa 23 bateu de chapa, colocado – a bola saiu por muito pouco com o goleirão batido.
Veiga recebeu na meia direita, girou o corpo e bateu rápido, visando o ângulo direito, mas a bola saiu.
Atuesta roubou a bola no campo de ataque e o Palmeiras ficou com 4 contra 2; a bola foi tocada para Dudu, que invadiu a área sem marcação mas finalizou muito mal.
Dudu Vieira aproveitou bola viva na área pelo lado direito e bateu forte, rasteiro; Weverton fez ótima defesa.
O árbitro encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
Rony inverteu da esquerda para a direita; Dudu fez jogada de ponta clássico, foi ao fundo e cruzou por baixo; Atuesta por muito pouco não chegou para conferir, mas a bola ficou com o goleiro.
Atuesta enfiou para Veiga na área. Jailson infiltrou e recebeu com açúcar, livre, na marca do pênalti; ele escolheu o canto esquerdo mas bateu mal, sem direção, perdendo um gol feito.
Atuesta bateu escanteio da direita; Murilo surgiu como um raio e testou um míssil; Jefferson Paulino pegou no reflexo com o pé.
Saiu Rony para a entrada de Wesley.
Saiu Danilo para a entrada de Rafael Navarro.
Jefferson foi ao fundo e cruzou na risca da grande área; Sabino emendou um bom chute e deu trabalho para Weverton.
Patrick de Paula e Breno Lopes entraram nos lugares de Dudu e Raphael Veiga.
Depois de uma pressão inútil do Santo André, o árbitro encerrou a partida.
Eu não me esqueço do Rony enrolado com a bola, não. Não tem como esquecer. Ter um jogador titular só “porque é comprometido” é muito pouco pra um time do tamanho do Palmeiras…
Concordo, porém hoje é mais “bola” que Verón, Breno Lopes e Wesley
Abel o “comum”.. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk adorei
Abel ampliando seu repertório, treino de luxo. Na minha opinião, em função das características dos jogadores, esta dinâmica é mais efetiva com Atuesta em campo
Palmeiras 2×0 (Dudu e Murilo)
3×0 Dudu, Wesley e Navarro