Conselho do Palmeiras aprova redução no número de vitalícios

Conselho do Palmeiras aprova redução no número de vitalícios.
Reprodução

Após passar pela votação no conselho do Palmeiras, nova emenda precisará da ratificação dos sócios

Na noite de segunda-feira, na sede social do Palmeiras, o Conselho Deliberativo (CD) aprovou a redução do quadro de conselheiros vitalícios do clube. Compareceram à reunião 215 conselheiros, sendo que 199 votaram a favor da redução, enquanto 10 foram contra e 6 se abstiveram.

A proposta aceita foi a de reduzir o número de cadeiras vitalícias de 148 para 130 de imediato e, daqui a dois anos, cortar esse número para 120, com o aumento de 152 para 180 o número de conselheiros eleitos pelos associados.

Para que entre em vigor, a emenda precisará ser ratificada por mais de 50% dos sócios em Assembleia Geral, prevista para acontecer no dia 1 de outubro. Atualmente, 148 cadeiras de um total de 300 conselheiros são destinadas aos vitalícios (124 estão sendo ocupadas no momento).

A proposta aceita pelos conselheiros foi elaborada pela presidente Leila Pereira, Seraphim Del Grande, presidente do CD, e por Tommaso Mancini, presidente do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF).

Cerca de 30 conselheiros da oposição, formado por diversos políticos do Palmeiras, enviaram a Del Grande, na semana passada, outras emendas para serem votadas: a de diminuição imediata para 100 e outra para 120. Ao avaliar o pedido, o presidente do CD, contudo, encaminhou três propostas para a votação – a que foi aprovada e as de desejo dos opositores.

Antes da reunião começar, no entanto, a oposição decidiu por retirar as duas propostas apresentadas. Em seu perfil no Twitter, o conselheiro Luiz Moncau explicou a decisão.

“No espírito de alcançarmos uma redução, [o grupo de conselheiros] retirou as duas propostas apresentadas pela oposição para que o conselho possa se unir em torno de uma proposta que não consideramos satisfatória, mas que pode ser votada com maior consenso”, escreveu.

Redução de conselheiros vitalícios é debatida há anos no Palmeiras

Conselheiros do Palmeiras enviam proposta e cobram redução do número de vitalícios.
Fabio Menotti

A redução no quadro de vitalícios é algo que já vem sendo discutido nos bastidores do clube há pelo menos 20 anos, mas tais cadeiras permanecem sendo uma importante moeda de troca no jogo político do clube.

É na eleição de vitalícios que o toma-lá-dá-cá entre os grupos políticos se renova; os grupos majoritários mantêm o domínio sobre os menores, cujos membros acabam se rendendo aos maiores em troca de mais conforto político.

Em 2019, o Conselho Deliberativo recusou duas propostas de diminuição de vagas vitalícias (uma para 120 e outra para 100).

Conselheiros do Palmeiras enviam proposta e cobram redução do número de vitalícios

Conselheiros do Palmeiras enviam proposta e cobram redução do número de vitalícios.
Fabio Menotti

Proposta indica reduzir para 100 a quantidade de conselheiros vitalícios; reunião acontece nesta segunda-feira

Na semana passada, cerca de 30 conselheiros de diversos grupos políticos do Palmeiras elaboraram e enviaram conjuntamente uma proposta de alteração estatutária para reduzir a quantidade de conselheiros vitalícios do clube. O projeto visa reduzir de 148, número atual de cadeiras vitalícias (124 ocupadas no momento), para 100.

O pedido foi uma contraproposta à convocação do Palmeiras para reunião desta segunda-feira que tratará do tema, com uma proposta considerada discreta, de redução para 120 cadeiras. Após o envio, dois representantes se reuniram com o presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim Del Grande, para explicar a emenda apresentada, em busca de um consenso em torno de uma só proposta.

Del Grande avaliou o pedido e dias depois encaminhou aos conselheiros uma nova formatação para a votação, com três alternativas distintas, algo que provocou descontentamento. De acordo com os 30 conselheiros, a proposta dos Poderes do Palmeiras é considerada tímida e não respeita o desejo do associado, que por duas oportunidades votou em peso pela opção que reduziria as cadeiras a 100.

Veja as propostas que estão em pauta:

  • Redução imediata do número de vitalícios para 130, com redução para 120 em dois anos e aumento de 152 para 180 o número de conselheiros eleitos pelos associados;
  • Redução imediata do número de vitalícios para 120, sem aumento do número de conselheiros eleitos pelos associados;
  • Redução imediata do número de vitalícios para 100, sem aumento do número de conselheiros eleitos pelos associados;

“Enquanto conselheiros, nosso papel é o de representar o interesse do associado. Nossa proposta era a única que respeitava isso, mas agora está sendo usada para confundir ainda mais”, relatou Antônio do Rosário, do Grupo Academia, um dos signatários da nova proposta.

O grupo se diz empenhado em reduzir o número de vitalícios e espera que a presidência do Conselho proponha uma solução única e que contemple todas as vozes, até a hora da votação. Eles destacam também uma mudança de prática de Seraphim Del Grande, que avisou que não levará nenhuma proposta que não atinja a aprovação dentro do CD ao associado.

Redução de conselheiros vitalícios é debatida há anos no Palmeiras

A redução no quadro de vitalícios é algo que já vem sendo discutido nos bastidores do clube há pelo menos 20 anos, mas tais cadeiras permanecem sendo uma importante moeda de troca no jogo político do clube.

É na eleição de vitalícios que o toma-lá-dá-cá entre os grupos políticos se renova e os grupos majoritários não querem perder esse poder sobre os menores, cujos membros acabam se rendendo aos maiores em troca de nunca mais terem que disputar uma eleição para conselheiro.

Em 2019, o Conselho Deliberativo recusou duas propostas de diminuição de vagas vitalícias (uma para 120 e outra para 100).

Caso a emenda seja aprovada pelo CD, deverá ser ratificada por mais 50% dos sócios em Assembleia Geral. Se rejeitada, poderá ainda assim ser aprovada, mas precisaria, por regra estatutária, da aprovação de mais de dois terços dos sócios presentes em Assembleia Geral.

Palmeiras e outros 7 clubes assinam documento para criação de nova liga no futebol brasileiro

Palmeiras e outros 7 clubes assinam documento para criação de nova liga no futebol brasileiro.
Fernando Torres

Palmeiras foi representado pela presidente Leila Pereira

Em reunião na manhã desta terça-feira, em um hotel em São Paulo, o Palmeiras e outros sete clubes assinaram documento para a criação de uma nova liga de futebol no país, a ‘Libra’ (sigla para Liga do Futebol Brasileiro). O Verdão foi representado pela presidente Leila Pereira.

Red Bull Bragantino, SCCP, Flamengo, SPFC, Santos, Ponte Preta e Cruzeiro também estiveram de acordo com a proposta apresentada pela empresa Codajas Sports Kapital e assinaram o documento.

Estiveram presentes na reunião 18 representantes dos clubes da Séria A – Juventude e Cuiabá foram as exceções, e mais cinco da Série B (Cruzeiro, Vasco, Guarani, Ponte Preta e Sport). De acordo com o presidente do Santos, Andres Rueda, um novo encontro foi marcado para o próximo dia 12, na sede da CBF, e contará com a presença das 40 equipes que integram a primeira e segunda divisão do futebol brasileiro.

Presidente do Palmeiras se pronuncia após reunião

Ao final do encontro, Leila Pereira, por meio das redes sociais do Palmeiras, afirmou que a criação da nova liga será um “marco” para o país.

“Tenho convicção de que a criação da LIBRA representa um marco na gestão do futebol nacional. Com os clubes unidos e trabalhando em conjunto, vamos potencializar as nossas receitas e oferecer aos torcedores um espetáculo de primeiro nível”, disse a mandatária.

Enquanto uma nova liga ainda é discutida no futebol nacional, o Palmeiras entra em campo pelo Campeonato Brasileiro no próximo domingo para enfrentar o Fluminense, no Allianz Parque.

Leila Pereira é oficialmente eleita presidente do Palmeiras

A nova presidente Leila Pereira foi eleita na tarde deste sábado (20), em Assembleia Geral realizada ginásio poliesportivo do clube social, em São Paulo.
Fabio Menotti

Única candidata para o cargo, Leila Pereira obteve 1.897 votos

Aconteceu neste sábado, no ginásio poliesportivo do clube social, a eleição para presidente do Palmeiras. A empresária Leila Pereira, única candidata, será a mandatária do clube nos próximos três anos (2022/2023/2024), com possibilidade para uma reeleição.

A dona da Crefisa e da FAM (Faculdade das Américas), principais patrocinadores do Palmeiras, recebeu 1.897 votos de 2.141 possíveis e começará o seu mandato a partir do dia 15 de dezembro.

Além de Leila, compõem sua chapa (Palmeiras de Todos) Paulo Buosi (reeleito 1º vice), Maria Tereza Ambrósio Bellangero (2ª), Neive Conceição Bulla de Andrade (3ª) e Tarso Luiz Furtado Gouveia (4ª).

Leila Pereira precisava de 50% dos votos para ser eleita

Apesar de Leila concorrer sozinha à presidência do Palmeiras, era preciso que ao menos 50% dos votos fossem direcionados a ela. E isso foi alcançado com facilidade, já que a empresária obteve 88,6% – 244 sócios votaram em branco.

Ela será sucessora de Maurício Galiotte, que presidiu o clube de 2017 a 2021. Aos 57 anos, Leila, formada em Jornalismo e Direito, será a primeira mulher na História a comandar esse cargo no Palmeiras.

Episódio ‘BlackStar’ deve se encerrar nas próximas horas; veja como fica o saldo de cada envolvido

BlackStarA aproximação da BlackStar, conglomerado de empresas misterioso que fez uma proposta de patrocínio astronômica ao Palmeiras, agitou a política do clube na última semana. A postura das duas partes, contudo, conduziu a situação para um descarte definitivo nas próximas horas.

Ninguém fez muita questão de fazer o negócio andar. Sob a influência fortíssima da conselheira/patrocinadora Leila Pereira, o Palmeiras jogou com o tempo. Em vez de iniciar o processo de Due Dilligence de forma objetiva, o clube elaborou, depois de uma reunião presencial, uma sabatina para que o interlocutor, um certo Rubnei Quicoli, respondesse por e-mail.

O movimento irritou o representante da empresa, que abocanhou o anzol com todas as forças ao responder de forma grosseira a mensagem do Palmeiras, que, entre dezenove perguntas, continha de fato quatro ou cinco questões relevantes – todas poderiam perfeitamente ser elucidadas pelo processo formal devido. Tudo foi acompanhado de perto pela imprensa, que teve amplo acesso ao nada amistoso diálogo.

O tiroteio através dos veículos de comunicação prosseguiu durante o fim-de-semana, tornando o clima muito difícil de ser contornado. A tendência é que não haja avanço e que o Palmeiras renove o patrocínio com a Crefisa.

Proposta incomum

Não pelo momento em que a primeira informação chegou, mas pelo volume de dinheiro e por todo o mistério que envolve a holding, a proposta naturalmente suscitou desconfiança de conselheiros, associados e torcedores. A falta de informações nos documentos preliminares reforçou a nebulosidade do cenário.

Todas as dúvidas, entretanto, poderiam ser dissipadas, com um mínimo de boa vontade das partes. O Palmeiras colocou obstáculos. E o representante da holding teve o comportamento que lembra tudo, menos o de um homem que está decidindo o destino de R$ 1 bilhão.

O Palmeiras, se não estivesse sob influência política tão forte, poderia ter sido mais receptivo à proposta e facilitado o caminho para o esclarecimento. E o senhor Quicoli poderia ter lidado melhor com o joguete proposto pelo clube. Teriam sido atitudes que preservariam intacto o clima respeitoso e profissional que uma negociação que envolve tantos recursos e interesses envolve.

Da forma como tudo aconteceu, parece que ninguém estava muito a fim mesmo de que o negócio saísse.

Saldo do episódio

Maurício Galiotte e Genaro MarinoEm vez de elucidar, os contatos contribuíram apenas para que o episódio entre para o folclore palmeirense. É bastante possível que o nome da holding se transforme num vocábulo para descrever algo duvidoso. Aquele ponta-esquerda que virá a peso de ouro e não vingar será um “BlackStar”. Aquele agente de atletas com postura duvidosa também poderá ser classificado com o nome do conglomerado. Até árbitros podem passar a ser chamados de “BlackStar”. Isso só não acontecerá se Quicoli cumprir sua ameaça de procurar outro clube e ele realmente despejar num rival o caminhão de dinheiro que quis originalmente aportar aqui. O tempo dirá.

A diretoria do clube reforçou sua lealdade à patrocinadora. A Crefisa, por sua vez, manteve-se apenas observando, com declarações furtivas, e não se desgastou – ao contrário: mesmo sem fazer nada, saiu fortalecida, com a imagem mais sólida ainda após ser comparada com uma alternativa que não passou confiança.

A oposição, mesmo tendo feito sua obrigação, saiu com a imagem arranhada. Apesar dos cuidados para manter a oferta em pé mesmo se perdesse a eleição, caracterizando o trabalho em favor do clube e não de uma condição política, o grupo encabeçado por Genaro Marino será lembrado por algum tempo como os responsáveis pela BlackStar – algo que, como vimos, terá sempre uma conotação negativa.

O Palmeiras não perde nada, mas talvez deixe de ganhar. A condição de pagamento à vista por um patrocínio de dez anos vai sempre projetar uma sombra sobre a atual gestão. As incertezas sobre o negócio jamais deixarão de ser comparadas com uma oferta de transferência imediata de uma quantia que seria mais de 60% superior ao que atualmente oferece a Crefisa. Sempre alguém poderá lembrar que o clube não se esforçou para, ao menos, ter certeza que a BlackStar seria uma jogada equivocada.

Reajuste: nada mais correto

Leila PereiraNossa diretoria, apesar de toda lealdade à atual patrocinadora, poderá usar o episódio na hora de definir o novo valor a ser pago pela Crefisa nos próximos três anos. A própria Leila já deixou a possibilidade em aberto, ao dizer que avaliaria se teria condições de cobrir a eventual proposta da BlackStar.

Ora, se a Crefisa deixou claro que poderia subir a proposta para competir com a BlackStar, e se a parceira tem sido tão boa assim para a empresa, que teve um retorno absurdo em forma de faturamento e evidência na mídia, nada mais correto do que um bom reajuste nos termos do patrocínio.

Afinal, o Palmeiras já se mostrou atrativo a empresas dispostas a pagar bem mais, mesmo com dados que acabaram não sendo dissecados. Como vimos, isso aconteceu por atitudes que passam não apenas pela grosseria do interlocutor, mas também por pressão política da própria Crefisa.

Então é hora de subir a régua.

Atualização – 14h59

O presidente Maurício Galiotte divulgou na imprensa agora há pouco que consultou o banco HSBC a respeito da carta de garantia apresentada por Rubinei Quicoli, e o banco afirmou que o documento é falsificado.

A revelação é o fato concreto que era necessário para que o assunto fosse encerrado sem que a dúvida de rasgar R$ 1 bilhão pairasse sobre a diretoria. Dispensa até o processo de Due Dilligence. A diretoria, desta forma, agiu com o profissionalismo que uma cifra de dez dígitos exige.

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O papel da mídia palestrina isenta é defender os interesses do clube acima de tudo. E a única coisa a defender neste caso era a apuração rigorosa dos fatos. Foi o que o Verdazzo defendeu do início ao fim do episódio.

Mas muita gente, involuntariamente, acabou se revelando. Não há credibilidade para quem tomou partido antes da prova concreta surgir. Só duas coisas explicam tal irresponsabilidade: ou é a fanfarronice típica dos botecos, ou é gente que defende demais os interesses de particulares – colocando-os acima até dos do clube. E pode haver uma série de razões para isso.


O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

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