Em coletiva após vitória sobre o Red Bull Bragantino, Abel também destacou a maneira como o Palmeiras se defende
Segundo levantamento da mídia palestrina Análise Verdão, nos últimos 85 jogos que o Palmeiras disputou, em apenas sete vezes a equipe saiu derrotada. Esse número expressivo impressionou até mesmo o técnico Abel Ferreira, que foi questionado sobre a consistência da equipe após a vitória sobre o Red Bull Bragantino por 2 a 0, no Allianz Parque.
“Trabalhamos no silêncio e deixamos que o nosso trabalho brilhe. Nem sabia desse número, quantas derrotas? 7? Só tenho que parabenizar os jogadores que seguem com fome de vencer. Isso é o que mais me admira neles”, disse o treinador.
Contra o Bragantino, o Palmeiras precisou contar com o sistema defensivo e com o goleiro Weverton em noite inspirada para vencer. E para Abel, isso não é um problema.
“Há quem diga que defender é muito mais fácil do que atacar. Vejo de maneira diferente. Defender é uma arte e para se ganhar campeonatos é preciso saber atacar e defender bem. Somos a melhor defesa [do Paulistão], mas é verdade que hoje o adversário arrematou muito contra o nosso gol, muitos de fora da área. O futebol é assim”, pontuou.
“As equipes contra nós dão a vida para ganhar, já percebi isso. E nós, quando precisarmos defender com categoria, vamos fazer. Tenho uma linha com quatro jogadores atrás que é fantástica e três jogadores na frente que fazem de tudo. Parabéns a todos os jogadores por mais um grande jogo”, complementou.
Abel comenta sobre Endrick
O atacante Endrick também foi assunto na coletiva. A Cria da Academia, que ainda não marcou na temporada, foi substituído por Giovani no início do segundo tempo e, no banco de reservas, chorou com um colete cobrindo seu rosto, conforme revelou Abel. Ao falar da situação de Endrick, o treinador comentou:
“Faço uma autocrítica porque falhei em não dar um abraço nele, porque ele precisa. Precisa continuar sorrindo. Só vi depois que ele estava chorando. Ele, nos momentos certos do ano passado, fez gols decisivos, por exemplo contra o Athletico-PR. O que peço a ele é que não perca o sorriso na cara, tem ainda 16 anos. Todos aqui vão ajudá-lo e é tudo no tempo de Deus. Por mais fortes que sejamos mentalmente, ninguém gosta de ler críticas. Claro que há uma pressão tremenda em cima dele e ele vai fazer os gols no momento certo. Tem uma carreira pela frente extraordinária”, concluiu o treinador.
Já classificado para as quartas-de-final do Paulistão, o Palmeiras volta a campo no próximo domingo para encarar a Ferroviária, novamente no Allianz Parque.
