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04/11/2024 - 20:00
Jogando um futebol com excesso de teoria e pouca prática, cometendo erros bisonhos, o Palmeiras foi derrotado por 2 a 0 pelo Corinthians e ficou mais distante da conquista do tricampeonato brasileiro seguido.
Mesmo com um bom plano de jogo e sendo superior enquanto ainda sustentou o moral para disputar o jogo, nosso time se perdeu em falhas individuais ridículas, como já havia acontecido nos jogos contra Juventude e Fortaleza. Em Caxias, trouxemos 3 pontos; no jogo anterior, tropeçamos; e agora… desabamos.
A derrota nos obriga a secar o Botafogo do Rio, que precisa deixar pelo menos 3 pontos na mesa nas seis partidas que restam além do confronto direto contra nós, na rodada 36. Isso se vencermos todas as partidas que nos restam, o que, convenhamos, parece um cenário bem irreal na atual conjuntura. Tá bem complicado.
O Palmeiras começou o jogo muito bem e imprimiu 15 minutos de futebol impositivo, marcando a saída de bola do adversário, que parecia assustado, cometendo erros forçados por nossos atacantes. As chances começaram a aparecer e Hugo Souza já tinha trabalhado duas vezes nos primeiros 11 minutos, em finalizações importantes de Flaco López e Felipe Anderson. Aos 14, da risca da pequena área, Raphael Veiga escorou cruzamento de Estêvão por baixo mas a bola foi desviada pela zaga. O gol parecia maduro.
Mas o Palmeiras diminuiu a pressão, talvez administrando o físico. O adversário estava totalmente cercado e não tinha saída, não tinha como competir, e dependia de erros que nosso time viesse a cometer. E eles ameaçaram acontecer em bolas esticadas para Yuri Alberto, que ora em velocidade, ora fazendo o pivô, tentava levar vantagem sobre uma dupla de zaga bem postada. Parecia que não tinha como as coisas darem errado.
Mas deram, a partir de uma tentativa estúpida de Caio Paulista de afastar uma bola que morreria na linha de fundo, de calcanhar, para o meio da área – Matheuzinho agradeceu e rolou para Garro, que bateu de fora, frontal, bem colocado numa brecha, no cantinho esquerdo de Weverton, aos 41 minutos.
A vantagem injusta encheu o estádio de confiança; torcedores e jogadores esqueceram o mar de problemas em que estão enfiados e focaram em ganhar o Derby de qualquer jeito. E voltaram para o segundo tempo com a setinha pra cima, no último. Já os nossos jogadores, um tanto abatidos, focaram na burocracia do sistema de jogo e das tarefas a serem cumpridas. Nem uma centelha de loucura, nem uma pitada de anos 90. Num Derby, isso às vezes custa caro.
Enquanto o Palmeiras ainda acreditava que a plena superioridade tática e técnica fatalmente resultaria num gol, e que o mental do adversário iria para o ralo, o time da casa ignorava todo o desgaste físico sofrido durante os últimos dias e resistia do jeito que podia, até que numa bola mal enfiada para Yuri Alberto, Weverton teve a chance de sair e armar um contra-ataque rápido, mas fez a leitura equivocada da trajetória da bola, deixou-a passar e Yuri Alberto, que não desistiu do lance, conseguiu chegar para aproveitar o vacilo e aumentar o placar.
Foi um erro tão tolo, tão primário, que o mental de nossos jogadores derreteu por completo e o jogo acabou ali. As mexidas de Abel não surtiram o menor efeito, o moral de quem entrou era tão baixo quanto o de quem já estava no campo. Para piorar, uma escolha em particular não fez o menor sentido: Estêvão, que não estava exatamente em sua melhor noite, mas ainda assim era a melhor opção de jogo, foi sacado para a entrada de Mauricio para jogar por dentro, com Veiga sendo deslocado para o flanco direito.
Menino cobrou uma falta no travessão; Dudu passou a criar algumas chances de gol a dez minutos do fim, mas ninguém aproveitava, inclusive ele mesmo. Nada funcionou e era um daqueles jogos em que poderiam estar jogando “até agora” que o Palmeiras não faria nenhum gol.
Wilton Pereira Sampaio, que quase não atrapalhou o jogo e não cometeu nenhum erro grave, encerrou o martírio e o Verdão não cumpriu a obrigação de se manter dependendo só de si para chegar ao título, além de falhar no dever cívico de empurrar o adversário para a segunda divisão, decepcionando quase todo o país que viveu uma rara noite de torcer, por motivos tortos, pelo Palmeiras.
Depois de mais de 1000 dias sem perder um Derby, deixamos a escrita ser quebrada. A única coisa boa é que o próximo jogo já será daqui a 4 dias e não haverá muito tempo para ecoar a crise. Uma vitória contra o Grêmio, em casa, combinada com um eventual tropeço do Botafogo do Rio em dois jogos, recoloca o Verdão na briga. Não podemos desistir.
Que a magia do futebol faça sumir a vergonha que estamos sentindo o mais rápido possível. Já foi, já fizemos a bobagem, que estará escrita na História, para sempre. A única chance de fazê-la ficar menor é dando a volta por cima, brigando pelo campeonato até a última rodada – e de preferência, ganhando. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
SCCP
Primeiro tempo
BOA CHANCE! Felipe Anderson roubou a bola na intermediária e tocou curto para Flaco López; de frente para o gol, o camisa 42 finalizou de perna canhota, mas não pegou firme e Hugo Souza agarrou com facilidade.
QUAAAASE! Estêvão disparou pelo lado direito do ataque, levou para a linha de fundo e cruzou na medida para Felipe Anderson
MAIS UMA! Weverton descolou lançamento primoroso para Estêvão, na ponta direita; o camisa 41 disparou em velocidade e tocou na entrada da área para Raphael Veiga, que teve boa chance para marcar, mas Hugo espalmou para escanteio.
WEEEEEEVERTON! Matheuzinho disparou em contra-ataque pela direita, chegou na entrada da área e tocou para Yuri Alberto; livre de marcação, o camisa 9 bateu firme para grande defesa de Weverton, que espalmou para escanteio.
UFA! Yuri Alberto recebeu a bola na intermediária, carregou para a perna direita e bateu firme, tirando tinta da trave esquerda de Weverton
PERDEU! Marcos Rocha tocou curto com Estêvão, na entrada da área; o camisa 41 tentou a finta e a bola sobrou novamente com o lateral, que cruzou rasteiro para Flaco López; o argentino teve boa chance, mas demorou para finalizar e foi bloqueado.
WEEEEEVERTON! Yuri Alberto recebeu nas costas da zaga, com o campo inteiro para correr, foi avançando em velocidade e encarou Weverton, que foi saindo em velocidade e fez grande defesa. Ao final do lance, o bandeira assinalou impedimento.
Gol do SCCP. Após cruzamento vindo do lado esquerdo do ataque, Caio Paulista tentou afastar e deu nos pés de Matheuzinho, que rolou atrás para Garro; o camisa 10 bateu firme, rasteiro, no canto esquerdo de Weverton para abrir o placar.
UUUHHH! Flaco López recuperou a bola no ataque, avançou pelo lado esquerdo e bateu firme de perna canhota e Hugo espalmou; Estêvão tentou chegar no rebote, mas a defesa afastou e cedeu escanteio.
Wilton Pereira Sampaio apitou o fim da primeira etapa após cinco minutos de acréscimo.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou para a segunda etapa sem alterações na escalação.
UUUHHH! Estêvão avançou pela direita, levou para a linha de fundo e rolou para Aníbal Moreno, que chegou batendo firme, mas a bola pegou na rede pelo lado de fora.
Gol do SCCP. Garro rececebeu do lado direito do ataque, carregou em velocidade e inverteu o jogo para Yuri Alberto; a bola saiu forte demais e estava mais para Weverton, mas o goleiro se posicionou mal e deixou o gol aberto para o camisa 9 marcar o segundo gol.
Entraram: Vanderlan e Dudu
Saíram: Caio Paulista e Felipe Anderson
QUASE! Raphael Veiga tocou na esquerda para Caio Paulista, que acionou Dudu; o camisa 7 balançou, cortou para a perna direita e bateu firme, com perigo, mas a bola saiu à direita de Hugo.
Entrou: Rony
Saiu: Flaco López
Entraram: Gabriel Menino e Mauricio
Saíram: Aníbal Moreno e Estêvão
NA TRAAAAAVE! Em falta na quina da área do lado esquerdo do ataque, Gabriel Menino bateu direto para o gol e a bola explodiu no travessão.
Gabriel Menino recebeu do lado direito do ataque e cruzou no segundo pau para Dudu, que cabeceou cruzado, mas Hugo agarrou com facilidade.
UUUHHH! Dudu recebeu pelo lado esquerdo, cortou para dentro e cruzou na medida para Rony; o camisa 10 deu uma casquinha precisa, no canto direito de Hugo, que fez uma defesa incrível.
QUAAASE! Dudu recuperou a bola no ataque, tentou uma finta e a bola sobrou com Gabriel Menino, que arriscou de longe com muito perigo e ela passou raspando na trave esquerda de Hugo.
Conrado, e as notas dos jogadores?
zero pra todo mundo ué!