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21/07/2022 - 20:00
O Palmeiras venceu o América em Belo Horizonte e, contando com mais um tropeço do Atlético, abriu vantagem na liderança do Brasileirão, garantindo o título simbólico do primeiro turno com uma rodada de antecedência.
Como esperado, a vitória veio numa partida difícil, com o time da casa, cheio de brios, dificultando demais a progressão do Verdão, com um bom equilíbrio entre defesa e ataque. Às vezes é difícil entender como times capazes de fazer jogos tão bons, como Cuiabá e América, estão tão lá embaixo na tabela.
Com um lado esquerdo afiado, o time da casa iniciou o jogo dando trabalho ao setor de retaguarda do Verdão – um pequeno ajuste, que exigiu mais de Dudu na composição defensiva, resolveu o problema.
Como o camisa 7 estava numa noite inspirada, isto não influenciou sua produção ofensiva. Na falta de Raphael Veiga, que além de estar bem marcado por Éder parecia disperso, sonolento, foi Dudu quem puxou a maioria das iniciativas de ataque.
Com predomínio do América até os 20 minutos, e do Palmeiras a partir desta marca, o primeiro tempo foi equilibrado e o maior destaque foi a arbitragem de Bráulio Machado, que, ao menos, foi coerente ao mostrar um critério bem definido: apitar todos os lances a favor do América.
O Palmeiras voltou bem para o segundo tempo e mesmo sem contar com a criatividade de Zé Rafael e Raphael Veiga, conseguia levar perigo ao gol do time da casa. Mas foi com as entradas de Gustavo Scarpa e do estreante López que o time engrenou.
Com surpreendente movimentação, o argentino passou a incomodar muito mais a defesa do América. E a eletricidade de Gustavo Scarpa aumentou a tensão ofensiva do Palmeiras – o gol passou a ser questão de tempo.
Nove minutos depois da dupla mexida, saiu o gol, em jogada de Scarpa que lembrou bastante o gol marcado em Barueri contra a Juazeirense, embora o chute, desta vez, tenha sido de dentro da área.
O Palmeiras parecia bem mais perto do segundo gol que o América do empate. As entradas de Mayke e Breno Lopes mantiveram a ofensividade do Verdão enquanto a parede verde à frente de Weverton conseguia conter com alguma tranquilidade as investidas do time branco.
E o Palmeiras teve a chance clara de matar o jogo já perto do fim, num contra-ataque de 3 contra 2 que Mayke arruinou ao correr para a direita em vez de se manter pelo flanco esquerdo, destruindo a superioridade numérica do lance. O Verdão só não foi castigado pelo erro mortal porque tem “estrelinha”, segundo Abel: Juninho, sozinho na pequena área, sem goleiro, chutou para fora à la Nilson, no último lance do jogo.
O Palmeiras venceu porque foi melhor na maior parte do jogo, mesmo com três jogadores bem abaixo dos demais. Por razões diversas, Zé Rafael, Raphael Veiga e Merentiel não jogaram bem. Mas quando um time está bem treinado, ainda assim consegue criar os lances decisivos. E um pouquinho de sorte também ajuda. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
América-MG
Primeiro tempo
Depois de boa jogada de Pedrinho pela esquerda, Matheusinho recebeu dentro da área e disparou – Gustavo Gómez fez a parede e desviou a escanteio.
Everaldo bateu escanteio da esquerda; Germán Conti desviou de cabeça mas não conseguiu dar direção, e a bola saiu à esquerda de Weverton.
Dudu deu um belo passe para Wesley, que triangulou com Marcos Rocha, que cruzou por baixo; a bola passou a um palmo dos pés de Merentiel e Dudu, mas acabou passando para o outro lado sem que ninguém a escorasse para o gol.
Dudu recebeu no bico da área, ganhou de Danilo Avelar e chutou forte; Germán Conti tentou cortar e quase fez contra, mas Matheus Cavichioli conseguiu defender com a perna.
Após lateral batido por Marcos Rocha, Gustavo Gómez desviou e Dudu tocou de lado para Wesley espetar para as redes, mas o gol foi anulado por impedimento de Dudu.
Raphael Veiga recebeu na intermediária e arriscou o chute forte; a bola fez a curva e saiu a um palmo do rodapé esquerdo de Matheus Cavichioli, com perigo.
Danilo Avelar respondeu na mesma moeda e disparou de longe; a bola saiu à direita de Weverton, que estava na jogada.
Dudu tentou enfiar para Raphael Veiga; a zaga apertou e a sobra ficou como próprio Dudu, que bateu de trivela, por cima do gol.
Bráulio Machado, que teve um critério de apito claro – sempre contra o Palmeiras – encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou do vestiário sem alterações.
Wesley brigou dentro da área e deu a bola para Dudu, que achou Raphael Veiga em ótimas condições dentro da área, mas o camisa 23 demorou demais para definir e foi travado por Patric.
Zé Rafael bateu falta frontal bem colocada, mas sem muita força – Matheus Cavichioli chegou na bola e pegou firme.
Saíram Raphael Veiga e Merentiel para as entradas de Gustavo Scarpa e Flaco López.
Marcos Rocha achou Dudu dentro da área; o camisa 7 tentou a enfiada e López brigou dentro da pequena área, mas Matheus Cavichioli fechou o ângulo.
Matheusinho fez a jogada pela direita e cruzou no segundo pau; Juninho disputou com Luan e a bola sobrou para Henrique Almeida, que depois de empurrar escandalosamente Danilo testou forte – Weverton, com reflexo, fez enorme defesa. O juiz não assinalou a falta.
GOLAÇO DO PALMEIRAS! Gustavo Scarpa recebeu aberto na direita, trouxe para o bico da área e chutou forte, de curva, no ângulo direito de Cavichioli, que não teve chances.
Luan apoiou e alçou na área para Gustavo Scarpa, que dominou, tirou do primeiro marcador e chutou; a zaga estava fechada e a bola não entrou – o bandeira deu impedimento, que seria checado pelo VAR e revertido em caso de gol, já que Scarpa estava em condição legal.
Dudu tentou a jogada, a zaga cortou parcialmente mas a bola sobrou para Zé Rafael, que ficou com pouco ângulo e finalizou na rede pelo lado de fora.
Breno Lopes e Mayke entraram nos lugares de Wesley e Dudu.
Marcos Rocha tocou para López na área; o estreante rolou para a chegada de Gustavo Scarpa, que furou bisonhamente – o pé direito desarmou o esquerdo.
Gabriel Menino entrou no lugar de Danilo.
Breno Lopes fez ótimo cruzamento no segundo pau; Mayke ajeitou de cabeça e Flaco López tentou de letra e a bola saiu raspando.
Em contra-ataque de 3 contra 2, Gustavo Scarpa rolou para Zé Rafael, que tentou chapar a bola mas mandou na lua.
Na bola parada, o América teve a chance do gol claro, com Juninho perdendo o gol sem goleiro na pequena área.
O árbitro não teve outra alternativa a não ser encerrar o jogo.
Mas que “borjada” no final… sorte nossa! 🙂