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22/01/2023 - 16:00
O Palmeiras ficou no empate sem gols com o SPFC, no primeiro clássico do ano, para um Allianz Parque mais uma vez lotado. A segunda partida seguida sem gols diante de nossa torcida acende um sinal de alerta, mesmo ainda nos primeiros movimentos da temporada.
Antes das críticas, é preciso pontuar alguns atenuantes. Além da já referida falta de ritmo típica de início de temporada, fazia um calor equatorial na zona oeste da capital paulista. A árbitra Edina Batista decidiu todos os lances discutíveis a favor do adversário, inclusive um pênalti sobre Piquerez.
Mas mesmo com tudo isso, o Palmeiras ficou devendo futebol. A cada jogo que passa, a falta de ritmo soa pior como justificativa, e vemos pouquíssima evolução – na verdade, o primeiro jogo, contra o São Bento, foi bem melhor que os dois últimos, contra Botafogo e SPFC.
Nosso time não encontra Endrick, que segue dando carrinhos doidos para tentar repetir a roubada de bola que o consagrou na Arena da Baixada, ano passado. O jogo não flui por dentro, não flui pelas pontas. A fluidez de 2022 ficou em 2022.
Apesar da defesa ainda estar sem sofrer gols, nosso time está sendo muito mais atacado que ano passado. As ausências de Danilo e Gustavo Scarpa estão gritando.
Scarpa, por sinal, deixou lacunas que parecem impossíveis de preencher. A qualidade de sua batida na bola resolvia jogos renhidos, como o de ontem. Sem o camisa 14, a bola parada do Palmeiras é comum.
Nem Jailson, nem Atuesta, nem Menino parecem estar hoje à altura da titularidade do Palmeiras – ao menos no nível que queremos. Nesta partida, Gabriel Menino sofreu para achar seu posicionamento e deixou muitos espaços entre as linhas.
Rony segue mostrando uma dedicação inigualável, mas ao mesmo tempo continua com problemas técnicos, tanto com a bola no pé quanto no posicionamento para se manter dentro das linhas de jogo – mais uma vez, um impedimento tirou um gol do Palmeiras.
Abel não conseguiu ainda mostrar um caminho. As inversões de lado, soltando Marcos Rocha e segurando Piquerez, passando Dudu para a esquerda, são apenas ensaios muito simples de variações que não surtiram resultado algum. Rafinha, supostamente o elo fraco da defesa do SPFC, não teve nenhum problema na partida.
Enquanto isso, nossa diretoria enfrenta talvez sua pior crise desde que assumiu. Leila Pereira parece mais preocupada com a política do clube, onde segue queimando pontes e cometendo erros seguidos – algo mais do que esperado para uma neófita no ambiente – do que em reforçar o elenco. A presidente nunca enfrentou tantas cobranças como agora. A ver como sua personalidade “pronunciada” reagirá diante das pressões.
Nossa comissão técnica segue buscando soluções, mas o material humano à disposição não responde como gostaríamos. Com o tempo, o desempenho tende a melhorar – o problema é que, no futebol, muitas vezes o tempo não é suficiente e as crises chegam antes.
Os tempos de bonança parecem ter chegado ao fim; quem desfrutou, desfrutou. A temporada 2023 ainda promete protagonismo, mas neste momento, com muito mais dificuldades que nos anos anteriores. A torcida, ou parte dela, está aqui para fazer sua parte e ajudar. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
SPFC
Primeiro tempo
Wellington Rato bateu falta frontal, rasteira – Weverton foi no canto esquerdo e espalmou para o lado.
Raphael Veiga bateu forte de fora da área; Rafael espalmou a escanteio.
Após roubada de bola no campo de ataque, o Palmeiras trabalhou a bola com Dudu, que inverteu para Marcos Rocha, que cruzou na cabeça de Zé Rafael, que testou para fora.
Gabriel Menino aproveitou bola rebatida pela defesa e emendou um canudo de meia distância; Rafael espalmou para a frente e Rony tentou aproveitar, mas estava impedido.
Raphael Veiga bateu falta da intermediária; a bola pingou na risca da pequena área e saiu com perigo à esquerda de Rafael.
Wellington Rato levantou falta na área e Arboleda ganhou de Piquerez para testar por cima, com muito perigo.
O Palmeiras entrou na área do SPFC tocando bola; Dudu acionou Raphael Veiga junto à linha de fundo e o camisa 23 cruzou rasteiro para a pequena área, mas ninguém apareceu para colocar o pé e Rodrigo Nestor afastou.
Edina Batista, que deixou o pau comer, encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
As duas equipes voltaram sem alterações dos vestiários.
David tabelou com Calleri e finalizou da entrada da área, à esquerda do gol de Weverton.
Dudu acionou Endrick dentro da área, o camisa 16 cruzou e Rony escorou para o gol, mas estava um pouquinho avançado e a auxiliar marcou o impedimento.
Endrick conduziu por dentro e bateu rasteiro; Rafael espalmou a escanteio.
Dudu fez a jogada dentro da área em cima de Ferraresi e cruzou no segundo pau; Rony subiu no terceiro andar e testou por cima do gol.
Saiu: Gabriel Menino
Entrou: Atuesta
O SPFC não tinha nenhuma vergonha de fazer cera igualzinho a todos os times pequenos que vêm nos enfrentar no Allianz Parque e não estão perdendo o jogo. Igualzinho!
Saiu: Endrick
Entrou: Breno Lopes
Wellington Rato rolou falta do bico da área para a chegada de Rodrigo Nestor, que bateu por cima.
Breno Lopes fez jogada individual pela meia esquerda e bateu rasteiro da entrada da área; Rafael pegou firme.
Saiu: Rony
Entrou: Rafael Navarro
Saiu: Raphael Veiga
Entrou: Bruno Tabata
Saiu: Dudu
Entrou: Flaco López
Rodrigo Nestor levantou na área; Arboleda escorou e Wellington Rato disputou dentro da pequena área, mas Gustavo Gómez salvou o Verdão.
Rafael Navarro brigou na ponta esquerda e acionou Breno Lopes, que bateu rasteiro, cruzado, para fora.
Edina Batista encerrou a partida, “coberta de glórias”.
não está dando a menor vontade de ver o paulista. ele só fica bom mesmo nos mata-matas. Abel podia usar o campeonato para dar cancha aos meninos.
Tá ficando difícil de justificar a não utilização das crias e a insistência em Atuesta, Navarro, Tabata, B. Lopes etc. Esses jogadores já mostraram até onde podem chegar, se não vai ter contratacões, então tá na hora de apostar nos mlks.