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27/10/2018 - 19:00
O Verdão mostrou mais uma vez que sabe reagir após um resultado negativo e manteve o foco numa partida fundamental na caminhada rumo ao decacampeonato. Num Maracanã lotado, quase ganhou o jogo e trouxe um empate valiosíssimo.
Apesar de uma relativa frustração por ter estado na frente até os 35 minutos, o placar manteve a diferença em quatro pontos e jogou a famosa ducha de água fria na reação dos cariocas, empolgados após a troca de treinador. 60 mil flamenguistas foram embora para casa de cabeça baixa, só sentindo o cheirinho.
O resultado revigora ainda mais o grupo para a partida decisiva pela Libertadores na quarta-feira. O Boca Juniors acha que já conheceu o caldeirão do Allianz Parque em abril – mas agora é que eles verão o que é enfrentar o Palmeiras fora de casa de verdade. A chavinha foi virada e desvirada com a autoridade de quem tem muita lenha pra queimar.
O Brasileirão está bem encaminhado. Parabéns a todos os jogadores e comissão técnica, que agora precisam ratificar a conquista nas sete rodadas finais ao mesmo tempo que administram o esforço e as emoções com as três partidas até o bi da Libertadores. É um fim de ano com o protagonismo que sempre desejamos. A nossa parte, seguiremos fazendo. VAMOS, PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Flamengo
Primeiro tempo
Borja brigou do lado esquerdo e cruzou por baixo, na entrada da área; Hyoran escorou para a chegada de Guerra que bateu rasteiro, para boa defesa de César.
Vitinho afunilou e arriscou um chute de média distância, mas pegou mal na bola, que saiu fraca à direita de Weverton.
O Palmeiras resistiu bem à pressão inicial e trancou os dois lados de sua defesa; Felipe Melo, dava apoio perfeito a Victor Luis e Edu Dracena pela esquerda, o mesmo ocorria com Thiago Santos em relação a Luan e Antônio Carlos na direita. Assim, o Flamengo era estéril, mesmo com posse de bola massacrante.
Por outro lado, o Verdão também não conseguia articular as jogadas ofensivas. A proposta de jogo vertical era anulada pelas boas presenças de Arão e Cuéllar impedindo que a bola chegasse redonda para Guerra ou Hyoran, incumbidos de fazerem a esticada de bola para Borja e Dudu. Assim, o jogo ficou concentrado na faixa central do campo e os goleiros passaram a ter pouco trabalho.
Pela primeira vez o Flamengo furou nossa segunda linha, com jogada individual de Vitinho, que foi ao fundo e cruzou por baixo; a bola resvalou em Edu Dracena e ficou viva na pequena área, até que Thiago Santos apareceu bicando tudo e afastou o perigo.
O sistema de iluminação teve uma pane e o jogo foi paralisado. Mesmo sem condições ideais de jogo, os capitães e os goleiros deram sinal verde e a partida recomeçou seis minutos depois.
Vitinho bateu falta da esquerda no segundo pau; Réver escorou para o meio mas Luan se atirou na bola para evitar a cabeçada de Léo Duarte, que levaria muito perigo.
Dudu fez o toque por elevação e acionou Borja dentro da área pelo lado direito; o colombiano esperou a bola pingar no gramado e soltou um canudaço – foi a vez de Réver se atirar e interceptar a trajetória da bola, que ia no canto direito de César.
Borja enxergou a infiltração de Guerra na área e fez um lindo passe; o camisa 18 ficou de frente com César e soltou um blaço, que parou no abdome do goleiro do Flamengo – o bandeira, erradamente, assinalou impedimento na jogada.
Rafael Traci, que até então apitava direitinho, encerrou aos 48 minutos o primeiro tempo em que as equipes tiveram bastante dificuldade de criação.
Segundo tempo
As duas equipes voltaram sem alterações para a segunda etapa.
GOL DO PALMEIRAS! Da linha divisória, Antônio Carlos enxergou Dudu bem posicionado na esquerda e fez o lançamento pelo alto; Dudu dominou com categoria, imprimiu velocidade afunilando a jogada, tirou de Pará e Léo Duarte e soltou um balaço no canto direito de César, sem chances. GOLAÇO DO VERDÃO!
O Flamengo tentou reagir rápido e foi para a pressão. Éverton Ribeiro achou um bom passe para Lucas Paquetá dentro da área; o camisa 11 ajeitou e bateu rápido, exigindo uma defesa de muito reflexo de Weverton.
Guerra saiu para dar lugar a Willian Bigode; Dudu foi para a faixa central do campo.
Em mais uma jogada de Vitinho pela esquerda, a bola foi invertida por baixo para a chegada de Éverton Ribeiro, que bateu de prmeira, para mais uma boa defesa de Weverton, no canto esquerdo.
Desta vez, Vitinho tentou resolver sozinho e bateu de fora, por cima do gol de Weverton.
Exausto e sentindo os lances de contato, Felipe Melo deixou o campo para a entrada de Moisés.
Repetiu-se o panorama do primeiro tempo. Depois da pressão do Flamengo, o Verdão conseguiu trancar as passagens do time carioca e focou nos contra-ataques; o Flamengo ficava sem opções e perdeu força quando Vitinho cansou, dando lugar a Marlos Moreno.
Luan, esgotado, precisou sair e Gómez entrou em seu lugar. Erro fatal.
Gol do Flamengo – Marlos Moreno ganhou fácil de Gómez na velocidade, entrou na área, fintou Antônio Carlos e bateu forte; a bola bateu na trave direita antes de entrar na meta de Weverton.
O estádio se incendiou e quase veio a virada: nova jogada de Mrlos Moreno pela esquerda; ele rolou para Paquetá, livre, de frente para o gol, mas o camisa 11 escorou mal, por cima, para nossa sorte.
Percebendo o enorme equívoco, Felipão rapidamente trocou Thiago Santos de posição com Gómez; o cachorrão tomou conta do setor e estancou a sangria.
O Flamengo veio para a pressão e teve uma sequência perigosa de escanteios.
Renê disputou com Thiago Santos e conseguiu um bom chute de fora, com curva – a bola morreu na rede pelo lado de fora, mas Weverton estava inteiro na jogada.
Geuvânio tentou resolver sozinho: fez a jogada pela direita e bateu de fora; sem direção.
Após sete minutos esperando o Flamengo virar, Rafael Traci, que passou a apitar qualquer contato a favor do time da casa no segundo tempo, não teve alternativas a não ser encerrar a partida.