Anderson Barros faz críticas à arbitragem brasileira e enfatiza: “Mais medidas de nossa parte serão tomadas”

Anderson Barros faz críticas à arbitragem brasileira e enfatiza: “Mais medidas de nossa parte serão tomadas”.
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Anderson Barros afirmou que mudanças drásticas precisam ser feitas, ou o futebol caminhará para “um lugar ruim”

O diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, apareceu na sala de imprensa da Arena Castelão, após o triunfo palmeirense por 2 a 1 sobre o Ceará, para fazer fortes críticas contra o juiz da partida, Anderson Daronco, e também a toda arbitragem brasileira.

Representando o clube, Barros reclamou do pênalti assinalado a favor do Ceará, na noite deste sábado, e relembrou do polêmico duelo contra o SPFC.

“Estamos à frente há algum tempo do futebol do Palmeiras e acredito que essa seja a primeira vez que eu venho representando toda a diretoria em razão de algo que está ficando insustentável para o nosso futebol”, iniciou. “Tivemos uma arbitragem extremamente complicada do Anderson Daronco. São situações que estão corriqueiras em nosso futebol”, reclamou.

“Tivemos um jogo contra o São Paulo, que a CBF, em nome de Wilson Luís Seneme, foi incapaz de nos dizer se houve impedimento ou não. Contra o Internacional, mais uma vez fomos prejudicados. E hoje, ele define por um pênalti que não aconteceu, ele não consulta o VAR”, complementou.

O diretor pediu por mudanças drásticas para que o futebol brasileiro consiga evoluir.

“Temos um grande produto na mão e, de alguma forma, estamos diminuindo seu valor. O Palmeiras já esteve na CBF e as coisas não mudam. Não adianta dizer que está há pouco tempo no cargo porque os erros hoje são muito maiores do que de um tempo atrás. Ou tomamos uma posição, ou a CBF toma uma posição, ou o presidente da CBF toma posição, ou o Seneme e toda sua equipe tomam uma posição drástica, ou o futebol vai caminhar para um lugar muito ruim”, declarou.

Anderson Barros diz que Palmeiras tomará medidas

Por fim, o executivo enfatizou que o Palmeiras tomará mais medidas contra a arbitragem.

O diretor de futebol do Palmeiras Anderson Barros, concede entrevista coletiva, na Academia de Futebol.
Cesar Greco

“As situações que ocorrem no dia a dia, são responsabilidades também de atletas, comissões técnicas, diretoria e presidente; mas hoje, a arbitragem se torna um grande problema, que tende a influenciar o futebol brasileiro. E a gente não pode permitir isso. O Palmeiras não vai aceitar isso. Mais medidas de nossa parte serão tomadas contra a comissão de arbitragem, contra o árbitro do jogo, e até mesmo junto à própria presidência da CBF, porque é a responsável por esse processo”, afirmou.

“Importante o Palmeiras registrar essa posição, porque está chegando um momento muito delicado da competição e medidas precisam ser tomadas”, concluiu.

Palmeiras vence 3 categorias em premiação da CONAFUT

Palmeiras vence 3 categorias em premiação da CONAFUT.
Cesar Greco

Comissão técnica do Palmeiras, diretor executivo e CEO foram celebrados em evento que premia as melhores gestões do futebol

Aconteceu na noite de segunda-feira a 6ª edição da Conferência Nacional do Futebol (CONAFUT), evento que premia as melhores gestões do futebol da temporada anterior. O destaque da premiação foi o Palmeiras, que saiu vencedor em três das sete categorias: Melhor Comissão Técnica, Melhor CEO (Cristiano Koehler) e Melhor Executivo de Futebol (Anderson Barros).

A eleição ocorre a partir da escolha de três candidatos através do Conselho CONAFUT; então, os votos são divididos entre especialistas, que detém 70% do peso da votação; participantes CONAFUT (20%); e o público em geral (10%).

João Martins representou a comissão técnica na premiação e destacou o trabalho realizado dentro do clube – pelo segundo ano consecutivo que Abel Ferreira e seus auxiliares vencem o prêmio.

Palmeiras vence 3 categorias em premiação da CONAFUT.
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“Todos nós trabalhamos para preparar os jogadores, para que eles estejam na melhor forma possível para o jogo. Muitas vezes é difícil, os jogadores sofrem muito. É preciso de uma grande estrutura em volta. Nem sempre temos a mesma opinião e temos a figura do Anderson Barros para nos mediar e conciliar. Todos trabalhamos arduamente para ganhar sempre, o Palmeiras nos obriga a isso”, disse Martins.

Já na categoria de melhor CEO de 2021, Cristiano Koehler, diretor de gestão e finanças do Verdão, preferiu dividir a celebração com todos os profissionais do Palmeiras.

“Muito feliz pelo reconhecimento”, pontuou. “Esse prêmio é de todos que trabalham no Palmeiras, todas as áreas que lutam dia a dia para fazer o melhor para o clube. Sozinho não ganhamos nada”, completou.

Anderson Barros, diretor do Palmeiras, vence pelo 2º ano seguido

No clube desde janeiro de 2020, Anderson Barros recebeu o prêmio de melhor executivo pelo segundo ano seguido, assim como a comissão técnica. O diretor, no entanto, não esteve presente no evento e foi representado por Carlos Martinho, também auxiliar de Abel.

“Desde o primeiro dia, ele ajudou a comissão técnica, esteve sempre conosco, soube nos integrar muito bem. É uma pessoa que tem uma grande importância no Palmeiras. É alguém com muito valor. Ele é uma das principais pessoas, muito dedicado, trabalha muito, sabe ouvir e busca soluções para os problemas”, destacou Martinho.

Anderson Barros revela pedido à CBF para adiar clássico contra o Santos

O diretor de futebol do Palmeiras Anderson Barros, concede entrevista coletiva, na Academia de Futebol.
Cesar Greco

Diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros quer o adiamento por conta das ausências de Weverton e Danilo, que foram convocados

O goleiro Weverton e o meio-campista Danilo foram convocados pelo técnico Tite, da Seleção Brasileira, na quarta-feira, e desfalcarão o Palmeiras em até cinco partidas. Por conta da ausência dos dois, que são titulares da equipe de Abel Ferreira, o clube pediu à CBF o adiamento do clássico contra o Santos, marcado para o dia 29 de maio.

“São três, quatro e por que não cinco jogos? A Seleção vai voltar da Ásia numa terça, e o Palmeiras tem jogo na quarta, contra o Atlético-GO. Como você aproveita da melhor forma esses atletas? O jogo do Santos não está nem dentro da data Fifa, mas tem que liberar antes para que eles possam obedecer a programação. Acho que a CBF não pode permitir esse desequilíbrio hoje. É o mínimo que ela pode atender é à solicitação do Palmeiras para que esse jogo contra o Santos seja adiado”, disse Anderson Barros, em entrevista ao site GE.

De acordo com a entidade, os convocados que atuam no futebol brasileiro devem se juntar à seleção no dia 26 de maio. O Brasil enfrentará a Coréia do Sul, no dia 2 de junho, e o Japão, no dia 6. Há a possibilidade de mais um amistoso ocorrer, já que o duelo contra a Argentina, marcado para o dia 11, foi cancelado e a CBF busca um novo adversário.

“O Palmeiras perde esses dois, mas tem outros atletas selecionados, como é o caso do Gustavo Gómez. Não perde dois, perde três porque faz um bom trabalho. Quantos países no mundo não param por causa de uma data Fifa. A gente fica extremamente prejudicado”, complementou o diretor de futebol.

Caso se confirme a realização do terceiro amistoso, além do clássico contra o time de Vila Belmiro, os palmeirenses desfalcarão a equipe contra o Atlético-MG, Botafogo e Coritiba. O duelo frente ao Atlético-GO, citado por Anderson Barros, também pode não ter a presença dos selecionados.

Anderson Barros critica calendário do futebol brasileiro

Desde que chegou ao Palmeiras, Abel Ferreira sempre teve que lidar com as ausências de seus principais jogadores por conta de convocações. Em inúmeras oportunidades o treinador criticou a organização do calendário do futebol brasileiro, que não pausa os campeonatos em datas Fifa.

“O calendário hoje prejudica principalmente aqueles que fazem um bom trabalho. O Palmeiras é um clube que nos últimos anos chega em quase todas as finais e por isso é penalizado por ter um número de jogos excessivos, tem uma condição de treinamento diferente dos demais clubes. Tudo isso por causa de um calendário em que a gente não é capaz de encontrar soluções”, criticou Barros.

“Nós acabamos por prejudicar o trabalho de toda uma comissão técnica, não só do Abel. De todos os profissionais, porque não conseguimos entregar a eles todos os atletas em condições. É uma situação extremamente delicada, mas que as partes não podem ser prejudicadas. Temos que sentar, discutir e encontrar uma solução para isso. Precisamos atender a Seleção? Sim. Como você não permite que um atleta convocado não esteja na seleção a quatro ou cinco meses de uma Copa do Mundo? Não podemos fazer isso e nunca fizemos isso. O que a gente pede hoje é que a CBF tenha essa sensibilidade e encontre um caminho, principalmente para o jogo do Santos”, finalizou.

Na súmula, Matheus Candançan relata conflito entre equipe de arbitragem e Anderson Barros

Na súmula, Matheus Candançan relata conflito entre equipe de arbitragem e Anderson Barros.
Cesar Greco

O jovem árbitro também explicou na súmula o motivo da expulsão de João Martins, auxiliar técnico do Palmeiras

O Palmeiras enfrentou o SCCP na noite de ontem e venceu o rival por 2 a 1. Apesar do resultado apertado, o Verdão dominou as ações em quase toda a partida e marcou um gol em cada tempo: Raphael Veiga, de pênalti, aos 28’ da primeira etapa; e Danilo, aos 23’ do segundo tempo, aproveitando rebote do goleiro Cássio.

O Derby teve no comando do apito o jovem Matheus Delgado Candançan, que na súmula após a partida, relatou um conflito entre a equipe de arbitragem e dois profissionais do Palmeiras: Carlos Martinho (auxiliar de Abel) e Anderson Barros (diretor de futebol).

De acordo com Candançan, Martinho foi em direção aos juízes no final do jogo, nas escadas que dão acesso aos vestiários, e proferiu as seguintes palavras: “foi falta antes do pênalti, só vocês não viram, ele [Róger Guedes] empurrou”.

O documento aponta ainda que o quarto árbitro, Salim Fende Chavez, colocou-se à frente de Candançan na reclamação de Carlos Martinho e pediu para o assistente se retirar. Em seguida, o árbitro relata que Anderson Barros tomou à dianteira da discussão, “segurou a camisa do quarto árbitro” e disse: “você não pode falar assim, aqui eu que resolvo as coisas”, escreveu.

Seguranças do Palmeiras tiveram um rápido confronto com o policiamento presente no local e a discussão foi encerrada.

Árbitro relata na súmula motivo da expulsão de João Martins

Além de detalhar o conflito nos vestiários do Allianz Parque, Matheus Candançan também explicou na súmula os motivos que o levaram a expulsar João Martins, assistente técnico do Palmeiras, que foi ejetado da partida aos 43 minutos da etapa final.

“Expulso por sair de seu banco de reservas e ir na direção do 4º árbitro, Sr. Salim Fende Chavez, reclamando acintosamente das decisões da arbitragem com gestos e ações, proferindo as seguintes palavras: ‘vocês têm que checar, só checam para os caras’”, relatou.

O Palmeiras volta a campo no próximo domingo para jogar a última rodada da primeira fase do Paulista. Líder do Grupo C e já classificado para as quartas-de-final, o Verdão espera pela definição do seu adversário; Ituano, Botafogo e Mirassol brigam por essa última vaga na chave.

Palmeiras inspira confiança no Mundial, apesar da letargia da diretoria

Abel Ferreira comanda treino do Palmeiras visando a disputa do Mundial de Clubes 2022
Cesar Greco

A menos de 4 semanas da estreia no Mundial de Clubes, Abel Ferreira trabalha para colocar o elenco que jogará a competição em condições de disputar o título.

A competição nos Emirados Árabes acontece no início da temporada e não há a preocupação com o desgaste físico acumulado. Os atletas do Verdão chegarão a Abu Dhabi perto da condição atlética ideal – ainda estarão “na subida”, dado o retorno das férias.

Por isso, o time considerado titular por Abel pode ser usado sem maiores restrições; o uso intensivo do elenco não deve ser necessário no Mundial. São apenas duas partidas, a serem disputadas com muita intensidade, mas numa fase bastante amena do calendário.

Assim, a base do time que venceu a Libertadores, mantida, deve permanecer para a competição nos Emirados Árabes. Dos reforços confirmados até agora, Atuesta e Murilo aparecem com mais chances de serem incorporados aos titulares, dependendo da opção tática de Abel para cada jogo.

Pressa? Que pressa?

O diretor de futebol do Palmeiras Anderson Barros, concede entrevista coletiva, na Academia de Futebol.
Cesar Greco

Talvez seja a confiança na manutenção do elenco titular que venceu a Libertadores que faz com que a diretoria do Palmeiras não demonstre a agilidade no mercado que a torcida deseja.

Na defesa, Abel ainda sonha com um zagueiro canhoto para melhorar a saída de bola e aproveitar Piquerez mais avançado. Sem essa peça, já que Murilo é destro, o uruguaio tende a seguir ajudando na saída de 3, prejudicando a saída rápida pelo lado esquerdo. Para resolver a questão, Gustavo Scarpa pode seguir sendo usado pelo flanco, região onde o camisa 14, claramente, não rende todo o seu potencial. A boa notícia é que Jorge parece bem mais desenvolvido fisicamente que no ano passado e passa a ser mais uma opção.

No ataque, Rony segue sendo o favorito para figurar como peça mais avançada, mas Deyverson, na esteira do gol decisivo em Montevideo, e o novato Rafael Navarro, que conduziu o Botafogo a uma campanha de destaque na Série B, aparecem como opções.

Obviamente o torcedor espera ainda por uma grande contratação para ser o 9 do Palmeiras na temporada de 2022, mas a esta altura, parece pouco provável que uma negociação concretizada nas próximas horas renda o centroavante do Mundial, diante do tempo necessário para cumprir todo o processo de ambientação. É sabido que no futebol, às vezes, encaixes acontecem rápido – mas é bem raro.

Os novatos

Marcelo Lomba

Marcelo Lomba substitui Jailsão no elenco e sabe que sua função é estar à disposição quando Weverton, titular absoluto, estiver fora de combate.

Experiente e ainda em boa forma técnica, vai ser importante para o vestiário e também na lapidação de Vinicius Silvestre, que ainda sonha com a titularidade no futuro.

O zagueiro Murilo chegou para ser a opção de zagueiro pelo lado esquerdo, onde está acostumado a jogar, mesmo sendo destro.

Se tiver o passe com o pé esquerdo bem calibrado, pode tomar conta do setor. Mas vai precisar conquistar a confiança da comissão técnica e isso leva algum tempo.

Jailson

Jailson chega para fazer o “5” e ocupará a vaga de Felipe Melo no elenco. Além de ser um volante com características mais combativas, pode ser deslocado para a zaga numa eventualidade.

A falta de ritmo de jogo causada pela longa inatividade, no entanto, pode atrapalhar neste início de temporada.

Atuesta

O colombiano Atuesta aparenta ser um meio-campista completo, com noções de marcação, ocupação de espaços e capacidade para armar jogadas por dentro.

Tem tudo para ser o cara que dá o passe que quebra linhas, algo que Danilo ainda não desenvolveu por completo. Briga para ser o “8” do Mundial.

Bastante jovem, Rafael Navarro ainda não tem envergadura para satisfazer a torcida, que sonha com um anúncio de impacto.

No entanto, ser a principal peça numa campanha de destaque do Botafogo devia animar mais. O clube carioca já não tem porte para nadar de braçada nem na segunda divisão; se conseguiu, foi graças a um ponto fora da curva e os botafoguenses ainda lamentam demais sua saída para o Verdão. Dá para colocar algumas fichas no cara.

Confiança em ganhar o Mundial, apesar da letargia

O atual elenco certamente não dará conta de toda a temporada, mas pode ser perfeitamente capaz de trazer o bicampeonato mundial.

O entrosamento adquirido, o pleno entendimento das propostas do treinador, a forma física adequada e o foco ajustado são fatores que jogam a nosso favor. Não tivemos nada disso em 2021, no Catar. Todos os nossos principais adversários de 2022 têm problemas relacionados a alguns desses aspectos. Por isso, é bastante possível sonhar com mais uma conquista.

Mas isso não exime a diretoria de futebol de cobranças, mesmo se o título vier. Era obrigação do Palmeiras ter dado a Abel Ferreira o elenco completo já para o Mundial. Não se vence uma Libertadores toda hora; não se disputa um Mundial toda hora. É uma chance rara de conquistar um campeonato histórico que está sendo tratada como uma passagem trivial, apenas um campeonato a mais.

O tamanho da disputa merecia um esforço especial da diretoria. Fazer loucuras, cometer irresponsabilidades, nunca é o caminho correto, mas o diretor de futebol está no cargo há dois anos; a presidente já sabia que estaria eleita há tanto ou mais tempo e o trabalho não tem “apenas um mês”. Deveria haver planos de contratação para cada lacuna do elenco para entregar ao treinador o elenco completo no dia da reapresentação. As indefinições depõem contra a existência desse planejamento.

Que essa letargia da diretoria não nos custe uma chance de vencer mais um campeonato histórico. VAMOS PALMEIRAS!


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