Abel Ferreira elogia adversário e diz que Palmeiras deve seguir sua identidade

Português comentou também sobre a falta de opções de velocidade no elenco

Abel Ferreira
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Às vésperas do duelo contra o Tigres, do México, pela semifinal do Mundial de Clubes, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva no palco do jogo, e elogiou a equipe adversária.

“O Tigres foi três vezes à final da Concacaf, é patrocinado pela segunda maior produtora de produtos de construção civil no mundo e tem investido fortemente na equipe. É um time com grandes jogadores, tem uma forma propositiva de jogo, que valoriza o ataque. Estamos preparados para escalar esta montanha. Um adversário com qualidade individual e coletiva, mas nada altera nossa ambição e o que temos de fazer. Se queremos ser os melhores, temos de enfrentar as melhores equipes. Vai nos obrigar a estar no nosso melhor. Estas competições nos desafiam, eles nos deixam alerta, isto que eu e meus atletas queremos. Temos de enfrentar as melhores equipes”, ressaltou.

O time mexicano possui diversos jogadores experientes. No jogo contra o Ulsan, a média de idade da equipe era de 31 anos. Questionado sobre como o Palmeiras pode explorar essa característica dos mexicanos, Abel comentou:

“Nosso adversário neste momento tem menos jogos realizados que o Palmeiras. É uma equipe com tempo necessário para recuperar, sem medo de ninguém, que vai pelo jogo coletivo. O futebol é físico, um jogador com 28, 30, 31 ainda é fresco. E com mais idade, ele compensa a capacidade física com sua inteligência. Corre menos e corre certo. Esta é a diferença, é isso que procuro como treinador. Que sejam inteligentes com corridas certas”, disse.

Sobre a forma do Verdão entrar em campo, o português ressaltou que cada partida é diferente e que os jogadores devem seguir a identidade do time.

“Nós não controlamos nosso adversário, respeitamos e estudamos todos, mas o importante é o que nós temos de fazer como equipe, é a capacidade de cada um entrar amanha e dar seu melhor, jogar no alto nível. Por muito que eu estude, nunca sei o que vai fazer o adversário, cada jogo tem uma historia. Mas no fim fica nossa identidade e nossa qualidade como equipe. Procuramos estudar, mas o mais importante é nossa capacidade de atacar e defender. Assim que vejo cada desafio, a capacidade de darmos nosso melhor para desafiar o adversário”, observou.

Por fim, o treinador lamentou as lesões sofridas pelos atacantes de velocidade.

Não temos Wesley, também. Às vezes, com todo respeito, se esquecem. Queríamos ter todos, mas temos tido dificuldade com jogadores de velocidade. O Wesley se machucou quando eu cheguei e quando olhamos para o banco, sem o Breno, nos falta quem acelere o jogo, que vocês chamam de pontas. Mas se não temos cão, vamos caçar com gato”, finalizou.