Felipe Melo elogia Abel Ferreira e diz que conquistar a Libertadores era “um sonho de criança”

Aos 37 anos, meiocampista conquistou seu terceiro título no clube

Felipe Melo
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Um dos principais líderes do elenco alviverde, Felipe Melo cumpriu a promessa de voltar a jogar ainda nesta temporada. Mesmo sofrendo uma grave lesão em novembro do ano passado, o capitão palmeirense retornou a tempo de ajudar a equipe na final da Libertadores e, ao lado de Gustavo Gómez, levantou a taça da competição continental no último sábado.

Em entrevista ao Globoesporte.com, Felipe comentou sobre diversos assuntos. Dentre eles, a felicidade de voltar aos gramados antes do prazo e de conquistar a América pelo Verdão.

“Muito feliz, contente, realizado e muito grato a Deus. Lá trás, durante a contusão, algumas pessoas diziam que eu não voltaria. Me jogaram pedra. Mas eu sempre acreditei na palavra de Deus, então não tinha dúvidas de que eu voltaria antes do previsto. Aproveito para falar do Centro de Excelência do Palmeiras, de todos profissionais envolvidos: médicos, massagistas e fisioterapeutas”, comentou.

“[Levantar a taça] é uma sensação incrível, muita felicidade. É um sonho de criança realizado. Hoje em dia, por causa da internet, as crianças sonham com uma Champions League, mas eu quando criança queria conquistar a Libertadores. Então, levantar este troféu que tem uma importância mundial, por um clube que eu já tenho uma identificação, não tem preço”, completou.

Durante o período que esteve fora por lesão, o atleta sempre foi elogiado por Abel Ferreira por mostrar toda sua liderança e ajudar o elenco da forma que era possível.

“Desde criança meu pai dizia que eu era líder. Em todos os clubes que eu passei, mesmo com pouca idade, sempre que eu falava as pessoas escutavam. E isso ajudou minha formação como líder também. Confesso que depois da lesão, foi o período que eu mais exerci o espirito de liderança e capitania dentro do clube. Em momentos cruciais na Libertadores, por muitas vezes, o próprio Abel chegava até em mim para conversar. Então, é a realização de um sonho, mas sobretudo, de um trabalho”, disse.

Aos 37 anos, o volante já passou por diversos clubes na Europa e também conheceu o trabalho de diversos treinadores. Questionado sobre as diferenças de Abel para outros treinadores, Felipe falou:

“É um cara forte. Eu vi a entrevista dele depois do jogo da final, ele chorando por estar longe da família, das filhas para ser um melhor treinador. Então essa força, a gana de vencer que ele tem, sem dúvida nenhuma faz toda a diferença. Além de ser um cara muito inteligente e que taticamente mudou muito a cara do Palmeiras”, ressaltou.

Ainda, para Felipe, Abel Ferreira já está entre os maiores no Palmeiras.

“Para mim, ele é uma lenda [no Palmeiras], assim como é o professor Felipe Scolari e o próprio Luxemburgo. São pessoas que ganharam muito. E o Abel ganhou um título de muita expressão em apenas três meses. É o segundo título da Libertadores do clube. Foram 20 anos para ganhar. Só quem tinha ganho era o Felipão. É fácil falar do Felipão, tenho muita consideração, está no patamar dos melhores do futebol, ganhou em tudo o que é lugar. O Abel vai ser lembrado por toda eternidade”, afirmou.

Sobre o Mundial que o Verdão disputará a partir de domingo, o camisa 30 destacou que é um sonho, e que para vencer, o Palmeiras e a torcida precisam focar no título.

“A gente sonha. O torcedor do Palmeiras tem o direito de sonhar. Tem de focar no título, no bi mundial. Foi assim na Libertadores. Vencemos o Paulista, alguns torcedores foram fazer manifestação, foram cobrar, tínhamos perdido alguns jogos. Naquele momento ninguém ia imaginar que o Palmeiras estivesse na final da Copa do Brasil, ganhasse a Libertadores e partisse rumo ao bi mundial”, finalizou.