FPF reforça protocolos de segurança e marca reunião com MP para tentar reiniciar o campeonato

Novo protocolo foi discutido com os clubes na manhã desta segunda-feira

Em uma nova tentativa de convencer o Ministério Público e o Governo do Estado de que é seguro disputar o Paulistão no atual momento, a Federação Paulista de Futebol produziu um protocolo de segurança mais rígido.

Novas medidas foram discutidas na manhã desta segunda-feira em reunião virtual entre a Federação e os 16 clubes da Série A1. Neste novo protocolo, assinado pelos médicos de todos os clubes, a entidade propõe que os clubes fiquem isolados em CTs/hotéis e saiam apenas para disputar o jogo; está prevista uma frequência maior de testagens e uma redução no número de pessoas envolvidas nas partidas.

O Paulistão está suspenso desde o dia 15 de março, devido a um decreto do Governo Estadual que impôs medidas de restrição para tentar conter a pandemia da Covid-19. Em princípio, esta fase mais restritiva duraria até o dia 30 de março, mas na semana passada a data final foi redefinida para 11 de abril.

Desde a paralisação do futebol, a FPF tenta convencer o Governo e o MP a liberar as partidas do Campeonato Estadual. Sem sucesso nas primeiras tentativas, a entidade estudou levar alguns jogos do Paulistão a estados que não possuem restrição, mas apenas duas partidas foram realizadas (São Bento x Palmeiras e SCCP x Mirassol).

Confira abaixo as novas medidas produzida pela FPF:

Para se manter o conceito de segurança no futebol, no atual momento, deverá haver um “endurecimento” do protocolo anterior, com as seguintes providências de conduta que, sob o ponto de vista médico, devem ser tomadas como necessidades mínimas para continuidade do Campeonato Paulista durante a Fase Emergencial:

  • Manter os atletas em “Ambiente Controlado” (“Bolha like”), entendido como local onde os riscos são monitorados e minimizados.
  • Reforçar e seguir rigorosamente todos os itens do protocolo já definidos na edição anterior;
  • Todos que tiverem que entrar na concentração deverão ser testados nas 24 horas antecedentes;
  • Os atletas, comissão técnica, assim como todos os que estiverem na concentração, devem ser submetidos regularmente aos testes de RT-PCR antes e depois de cada partida, com intervalo máximo de 3 dias entre os testes;
  • Na eventualidade de se ter um teste RT-PCR positivo, além do atleta ser imediatamente afastado; deverá ser orientado o rastreamento de contato, conforme o relato do atleta, para identificar outras possíveis contaminações;
  • Os colaboradores que se deslocarem para suas casas (estafe dos clubes) deverão ser testados diariamente com RT-PCR;
  • Diariamente, todos os colaboradores deverão ter a aferição da temperatura e serem submetidos ao questionário epidemiológico, que será controlado pelo Departamento Médico do clube;
  • Reforçar as orientações do protocolo anterior, para evitar acúmulo de pessoas em determinados ambientes fechados como, Fisioterapia, Academia, Restaurante, Laboratório, vestiários…
  • Reduzir o número de colaboradores e concentrar os que puderem permanecer;
  • Na cozinha, deverá haver fiscalização rigorosa com monitoramento e reforço constante do treinamento dos colaboradores, de acordo com as normas da Associação de Bares e Restaurantes;
  • Em relação à limpeza, a equipe deverá ser treinada e orientada para higienização reforçada, além de manter cheios os reservatórios em locais estratégicos com álcool gel;
  • Toda e qualquer entrega de embalagem externa deverá ser higienizada com o álcool 70% antes de entrar na concentração;
  • O médico do clube mandante deverá informar ao Comitê Médico da FPF sobre a existência de vagas hospitalares e disponibilidade de leitos de UTI em hospital da cidade, para eventual caso de emergência médica durante a partida. No caso de jogos em outras cidades, o Departamento de Competições da FPF comunicará o Comitê Médico da FPF.