Vitor Castanheira lamenta falta de eficácia e explica estratégia do segundo tempo

Vitor Castanheira dirigiu o Palmeiras na partida contra o Cuiabá
Cesar Greco

Castanheira ainda comentou escolha por manter Luiz Adriano no banco de reservas

Sem poder contar com Abel Ferreira à beira do gramado, o Palmeiras foi a campo na manhã de ontem para enfrentar o Cuiabá, no Allianz Parque, e saiu derrotado por 2 a 0, com um gol sofrido no primeiro minuto de jogo e outro no último lance da partida.

Com o comandante suspenso, a equipe foi comandada por seu assistente Vitor Castanheira (João Martins, que normalmente substituiu Abel, também estava suspenso). Ao final da partida, em entrevista coletiva, Castanheira analisou o duelo e lamentou as chances desperdiçadas pelo time.

“Tudo o que produzimos em termos ofensivos e chegarmos ao fim sem nenhum gol marcado, de fato nos deixa um pouco desiludidos. Nós criamos o suficiente para por a bola na baliza. É lógico que incomoda [a falta de eficiência]. O adversário em bloco baixo fecha bem o corredor central e fica complicado achar os espaços. Se não formos eficazes, fica complicado sair com o resultado positivo em jogos nestes cenários”, iniciou.

“Estaríamos mais preocupados se não tivéssemos criando. Nós estamos, mas precisamos em alguns momentos ter mais tranquilidade. Tivemos três ou quatro bolas que, se tivéssemos uma escolha técnica melhor, sairíamos daqui com outro resultado”, acrescentou.

De acordo com o site de estatísticas SofaScore, o Verdão teve 31 finalizações ao gol no total, sendo sete contra o gol defendido por Walter. Além do alto volume de arremates, o Palmeiras também cruzou muitas bolas à área (52 no total). A escolha por essa estratégia foi explicada por Castanheira.

“O cenário do jogo proporcionou vários cruzamentos. Devido à marcação do Cuiabá, que ocupou a parte central com nove jogadores e fez com que o jogo entre as linhas não existisse, nós tínhamos que forçar as jogadas pelas laterais. Era o espaço que tínhamos e era por onde o nosso jogo tinha que fluir. Podíamos ter tido um último passe ou cruzamento melhor, mas mesmo assim criamos e o goleiro adversário foi bem”, relatou.

Castanheira fala sobre Luiz Adriano e primeiro gol do Cuiabá

Recuperado de um problema no joelho, o atacante Luiz Adriano novamente não entrou em campo e permaneceu no banco de reservas. Ao ser indagado sobre o camisa 10, Vitor Castanheira disse: “O Luiz está trabalhando normalmente. Assim como ele, hoje não entrou o Veron e também o Breno [Lopes]. Nós optamos por colocar o Deyverson e o Willian por achar que eram as melhores opções para o que jogo pedia. Não há outro motivo”.

Por fim, o auxiliar comentou o lance do primeiro gol do Cuiabá e admitiu que a equipe entrou um pouco desconcentrada em campo.

“A convicção que tínhamos [antes do jogo] e o que passamos aos jogadores era que precisávamos entrar com a máxima concentração, para conseguir atingir o objetivo da vitória, mas a verdade é que não foi isso que aconteceu. Foi o único lance deles de perigo no primeiro tempo e chegaram com vantagem. Depois procuramos os espaços, o Cuiabá fechou-se bem, mas não fomos eficazes”, finalizou.

Com a derrota, o Palmeiras se mantém com 32 pontos no Campeonato Brasileiro e agora torce por um tropeço do Atlético-MG para não ver a vantagem para o líder aumentar. A equipe terá uma semana livre até o próximo confronto, que será diante do Athletico-PR, novamente no Allianz Parque, às 21h do sábado.