Piquerez supera Covid-19, joga partida completa contra Al Ahly e valida declaração de Abel

Piquerez durante partida entre Palmeiras e Al Ahly-EGI no primeiro jogo do Mundial de Clubes da FIFA 2021, no Al Nahyan Stadium, em Abu Dhabi-EUA.
Fabio Menotti

Ao final da partida, Piquerez celebrou a partida e admitiu que não estava 100% fisicamente

Antes de a partida entre Palmeiras e Al Ahly começar, a única dúvida na escalação palmeirense era o lateral-esquerdo Piquerez. Titular da posição, o uruguaio testou positivo para Covid-19 na véspera do embarque para Abu Dhabi e só conseguiu chegar à cidade-sede do Mundial de Clubes no último domingo, dois dias antes da estreia do Verdão.

Em entrevista coletiva na última segunda-feira, o técnico Abel Ferreira tinha deixado em aberto a utilização do jogador na semifinal, mas também afirmou que se ele fosse a campo, entraria ‘voando’. E Piquerez validou a declaração do treinador.

Mesmo tendo feito apenas um treino em solo árabe, o atleta foi escalado entre os onze, permaneceu em campo por todos os 90 minutos e mostrou segurança. Ora fazendo o terceiro zagueiro, ora sendo o lateral-esquerdo, o camisa 22 fez um desarme e uma interceptação na partida e ainda acertou quatro dos seis lançamentos que tentou.

“Foi uma semana difícil. Passaram muitas coisas na cabeça quando testei positivo. O médico me disse que se eu não tivesse sintomas, no quinto dia poderia viajar, e fiquei mais tranquilo. Merecida a final para nós. Agora temos que nos preparar para a final, temos que ganhar e conquistar nosso objetivo”, declarou ao final do jogo.

Questionado sobre a questão física, Piquerez confessou que não estava 100% e celebrou o fato de ter atuado a partida inteira.

“Fisicamente eu não estava muito bem. Fiquei cinco dias em isolamento. Covid pega forte o físico. Eu peguei em 2021, fiquei mal fisicamente, mas este foi mais leve. Eu fiquei tranquilo, consegui jogar os 90 minutos, então estou feliz por isso”, acrescentou.

Piquerez fala sobre disputar um Mundial

Contratado pelo Palmeiras junto ao Peñarol em julho do ano passado, Piquerez veio para substituir seu conterrâneo Matías Viña e até o momento disputou 20 jogos com a camisa palmeirense.

Piquerez durante partida entre Palmeiras e Al Ahly-EGI no primeiro jogo do Mundial de Clubes da FIFA 2021, no Al Nahyan Stadium, em Abu Dhabi-EUA.
Fabio Menotti

O jogador não esperava disputar uma final de Mundial em pouco tempo de clube. “Estou aqui há quase sete meses, não imaginava [já jogar uma final de Mundial]. Mas o futebol é assim. Tem que estar preparado para tudo, fisicamente e mentalmente. Nunca se sabe o que pode acontecer. Conquistamos a Libertadores, agora viemos para cá com um propósito”, finalizou.

A decisão da competição acontecerá no próximo sábado, às 13h30 (horário de Brasília), no Estádio Mohammed Bin Zayed.

“Jogo mais feliz da minha vida”, diz Luan após atuação irretocável contra Al Ahly; confira os números

Luan durante partida entre Palmeiras e Al Ahly-EGI no primeiro jogo do Mundial de Clubes da FIFA 2021, no Al Nahyan Stadium, em Abu Dhabi-EUA.
Fabio Menotti

Diante dos egípcios, Luan liderou o Palmeiras em ações defensivas, interceptações e chutes bloqueados

A vitória do Palmeiras sobre o Al Ahly por 2 a 0, na semifinal do Mundial de Clubes, será lembrado para sempre não só pelos torcedores palmeirenses, mas também – e principalmente – pelo zagueiro Luan.

Companheiro de Gustavo Gómez na zaga, o camisa 13 fez estatisticamente uma partida irretocável. De acordo com os números do DataESPN, Luan liderou os índices de ações defensivas, interceptações e bloqueios de chutes entre todos os jogadores que foram a campo. Confira:

Além disso, o defensor não sofreu nenhum drible e teve um aproveitamento acima dos 85% nos passes certos (57/66).

“Acho que hoje foi o jogo mais feliz da minha vida. Não parava de olhar para minha família na arquibancada, fiz questão que todos estivessem aqui. Passamos por tantas coisas juntos. É difícil conquistar a glória no esporte, sabemos a realidade do país, poucos chegam aqui”, disse o atleta ao final do jogo.

Embora tenha feito a ‘partida da vida’, Luan prefere dar os méritos a todo o grupo. “Não gosto de falar de mim. Eu tenho oportunidade, duas ou três vezes na semana, de colocar em prática o que treino, o que faço e o que eu sou. Feliz pela partida de todos, é fruto de um grande trabalho”.

O melhor período de Luan no clube acontece após quase um ano de um dos seus piores momentos dentro do Palmeiras. Na semifinal do Mundial de Clubes do ano passado, o defensor cometeu o pênalti que resultou no gol da derrota palmeirense contra o Tigres.

“Faz parte da profissão. Grandes zagueiros do mundo já erraram, já cometeram pênaltis. Mas o que eu mais admiro no ser humano é a capacidade de se superar, dar a volta por cima e fazer bons jogos”, declarou.

Luan não escolhe adversário na final

Luan comemora seu gol pelo Palmeiras contra a Ponte Preta, durante partida válida pela primeira rodada do Paulistão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

O Palmeiras espera agora pelo confronto entre Chelsea e Al Hilal, que acontecerá na tarde desta quarta-feira, para saber quem será seu adversário na finalíssima. Questionado se tem preferência por algum dos dois times, Luan respondeu:

“Não é fácil chegar aqui, muito menos na final do Mundial. Em um nível desse, não tem nem como escolher [o adversário da final]. Sabemos que são duas grandes equipes. Falamos do Chelsea porque no Brasil passam mais jogos do Chelsea, mas o Al Hilal tem grandes jogadores. O que nos resta hoje é comemorar até o final do dia, sentar com a família, ver que vale a pena todo o sacrifício, todo o esforço. Tem o Covid, Veron e Vinicius trancados no hotel, o torcedor que gasta com passagem e ingresso caro, então isso tudo nos enche de energia para fazer o nosso melhor”.

Em sua sexta temporada pelo Verdão, Luan soma 181 partidas pelo clube (quarto jogador do elenco com mais jogos), sete gols marcados e cinco títulos conquistados.

Raphael Veiga diz que ficha ainda não caiu e relembra a infância palmeirense

Raphael Veiga diz que ficha ainda não caiu e relembra a infância palmeirense.
Fabio Menotti

Destaque do Palmeiras na partida com um gol e uma assistência, Raphael Veiga foi eleito o melhor jogador da partida pela Fifa

Torcedor do Palmeiras desde criança, Raphael Veiga vem vivendo algo que milhões de palmeirenses já sonharam: fazer gol e ser decisivo em jogos importantes. Fundamental nas finais da Copa do Brasil, contra o Grêmio, e da Libertadores, frente ao Flamengo, o camisa 23 voltou a ser destaque e contribuiu com um gol e uma assistência na vitória por 2 a 0 sobre o Al Ahly, na semifinal do Mundial de Clubes.

“Quando estou no ônibus indo para os jogos, vejo os torcedores nas ruas e passa um filme na minha cabeça. Desde pequeno eu sonho em viver isso, ainda mais no Palmeiras, time que sempre torci. Estou acostumado com o ambiente verde e branco. Claro que quando entro em campo me concentro no que preciso fazer, mas quando um jogo como o de hoje acaba, o sentimento é gratificante pois é algo que eu sonhei. Estou muito feliz por tudo isso”, disse o meia em entrevista coletiva ao final do jogo.

“Acredito que a ficha só vai cair daqui a algumas horas. É uma emoção enorme fazer um gol num campeonato como este”, acrescentou.

Eleito pela Fifa o melhor jogador da partida, Veiga comentou também como foi para controlar a ansiedade antes do jogo iniciar.

“A ansiedade e o nervosismo sempre existirão. A diferença é como cada um encara isso. A cabeça controla todo o corpo e precisamos cada vez mais focar nisso. O Abel e toda a comissão batem nessa tecla, de a gente se tornar mentalmente muito fortes. Tudo o que eles fazem nos traz confiança para entrarmos em campo já sabendo o que iremos fazer. Isso nos ajuda em relação à ansiedade e faz a gente se concentrar”, comentou.

Raphael Veiga analisa a vitória

Raphael Veiga diz que ficha ainda não caiu e relembra a infância palmeirense.
Fabio Menotti

Ao falar sobre a vitória, o camisa 23 destacou a qualidade da equipe adversária, enalteceu a obediência tática da equipe e pediu para que todos aproveitem o momento.

“Foi um jogo muito difícil. A equipe deles é muito bem treinada, tem jogadores fortes fisicamente. Eles gostam do contra-ataque, marcam muito forte, mas gostam também da posse de bola. No começo do jogo, até pela responsabilidade da partida, estudamos mais e nos expusemos menos. Mas em uma jogada em que o Abel disse pra nós que eles deixariam espaços nas costas do zagueiro, o Dudu foi feliz no passe e eu na finalização. Temos que desfrutar do momento, de tudo que estamos vivendo. Sei que não ganhamos nada, ainda tem um jogo importante, mas demos um passo importante para o objetivo”, contou.

“O Abel é o nosso comandante e estuda muito. Toda comissão também. Então, nada mais justo do que obedecermos e fazermos tudo que ele pede. Eles sabem o que estão fazendo, nosso compromisso é cumprir taticamente o que ele pede”, finalizou.

O Palmeiras terá pela frente o Chelsea ou o Al Hilal, na decisão do Mundial de Clubes, que será disputada no próximo sábado.

Abel analisa vitória sobre Al Ahly e diz que Palmeiras foi ‘competitivo e adulto’

Abel analisa vitória sobre Al Ahly e diz que Palmeiras foi ‘competitivo e adulto’.
Fabio Menotti

Abel elogiou também a festa da torcida e disse que se sentiu no Allianz Parque

O técnico Abel Ferreira aprovou o desempenho do Palmeiras na vitória por 2 a 0 sobre o Al Ahly. Em entrevistas concedidas ainda no gramado do Al Nahyan Stadium e na sala de imprensa, o treinador destacou a forma em que os jogadores entraram na partida.

“Fomos uma equipe muito adulta e competitiva. O mais importante era fazer a nossa tarefa, fazer o que era preciso para estar na final. Nosso propósito é muito claro: ganhar. Vai ser mais difícil, não sei se vamos ganhar, mas o nosso propósito é esse”, iniciou.

“Seguimos o plano, as coisas são muito claras. Mas isso é só 30%. Os 70% são coisas que não podem ser vistas, como caráter, espírito… Eu corro por ti, tu corres por mim. Foi uma vitória justa, de uma equipe que já ganhou muito, mas que também já perdeu. Estou feliz que estamos em quase todas as finais. Perdemos umas e ganhamos outras”, completou.

Abel fala dos palmeirenses presentes no estádio.
Fabio Menotti

Além de destacar a competitividade dos atletas, o comandante ressaltou outro fator que foi importante para o triunfo: a humildade.

“Sempre fui habituado a fazer mais com menos. Tornar das dificuldades, forças. O segredo para esse jogo foi ser tão humilde como eles foram contra o Monterrey. Foi assim que o Chelsea ganhou a Champions League, respeitando o adversário”, enalteceu.

“Aqui, ganhamos todos juntos, perdemos todos juntos. Amanhã, vão dizer que fizemos todas as coisas muito bem feitas. Eu gosto de ter muito equilíbrio, foi isso que fez a gente ganhar hoje, respeitando o adversário. Disse aos jogadores para competir e para ganhar”, acrescentou.

Abel fala dos palmeirenses presentes no estádio

A presença maciça dos palmeirenses no Al Nahyan Stadium, palco da semifinal, e a festa que eles fizeram no estádio mexeram com Abel Ferreira, que afirmou ter se sentido no Allianz Parque.

“Hoje, a Europa e o mundo sabem a grandeza do Palmeiras, começam a ouvir o nome do Palmeiras. Foi espetacular estar no banco e ver tudo de verde no lado contrário. Parecia que estava no Allianz Parque. Muito obrigado à família Palmeiras”, finalizou.

Dudu comenta parceria com Raphael Veiga nos dois gols do Palmeiras contra o Al Ahly

Dudu comenta parceria com Raphael Veiga nos dois gols do Palmeiras contra o Al Ahly.
Fabio Menotti

Dudu deixou Veiga frente a frente com o goleiro no primeiro gol, enquanto o meia serviu o camisa 7 no segundo tento

Símbolo de uma era vitoriosa do Palmeiras, Dudu foi outra vez decisivo vestindo a camisa palmeirense e ajudou a equipe a vencer o Al Ahly por 2 a 0, na semifinal do Mundial de Clubes, com um gol e uma assistência.

No primeiro tento, o camisa 7 deixou Raphael Veiga na cara do gol para abrir o placar. Já no gol decisivo, foi a vez do meia servir Dudu. Após o final da partida, o ‘Baixola’ comentou sobre essa parceria.

“A gente se entende muito bem, mas a cada jogo vamos nos entrosando mais. O nosso time tem muita qualidade. A equipe está de parabéns, assim como os torcedores, eles nos ajudaram do começo ao fim”, contou.

Ao fazer uma análise sobre o triunfo palmeirense, Dudu ressaltou a forma em que o time foi a campo, obedecendo tudo que foi pedido por Abel Ferreira.

“A gente sabia o quão difícil seria a semifinal, o time do Al Ahly é competitivo, mas nosso time jogou bem. Demos um passo muito importante. Fizemos aquilo que o Abel pediu: marcamos bem e saímos rápido na velocidade. Além disso, tivemos a calma quando tínhamos a posse de bola e aceleramos no momento certo. A equipe está de parabéns pelo jogo”, declarou.

Dudu comenta sobre a final

Dudu comenta parceria com Raphael Veiga nos dois gols do Palmeiras contra o Al Ahly.
Fabio Menotti

O adversário do Palmeiras na final do Mundial de Clubes ainda não está definido. Nesta quarta-feira, Chelsea e Al Hilal se enfrentarão pela outra semifinal para definir quem será o oponente do Verdão.

Sobre a decisão, Dudu afirmou que “time que quer ser campeão não tem que escolher adversário”, e projetou: “Temos que estar preparados e fazer um grande jogo contra a equipe que vier. Agora é descansar, treinar e sábado fazer uma ótima partida”, finalizou.

Em sua oitava temporada pelo Palmeiras, Dudu chegou a 77 gols marcados e 82 assistências distribuídas, já contando as jogadas da partida de hoje.