Abel se diz orgulhoso da equipe e pede que jogadores celebrem o segundo lugar

Abel Ferreira durante partida entre Palmeiras e Chelsea, válida pela final do Mundial de Clubes da FIFA 2021, no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dhabi-EAU.
Fabio Menotti

Há pouco menos de um ano e meio como treinador do Palmeiras, Abel Ferreira disputou sua sétima final

O técnico Abel Ferreira está orgulhoso de seus jogadores. Após o revés do Verdão para o Chelsea por 2 a 1, na final do Mundial de Clubes, o comandante concedeu entrevistas na saída do gramado e na sala de imprensa do estádio Mohammed Bin Zayed e elogiou a performance dos atletas.

“Sabíamos que ia ser um jogo difícil. Acima de tudo, orgulho do meu time. Parabéns a quem ganhou, [sinto] orgulho do nosso trabalho. Esse ano ficamos em segundo, contra uma grande equipe, o jogo é decidido em detalhes. Fizemos um trabalho tremendo”, iniciou Abel.

“Nós conseguimos superar, e muito, aquilo que é a qualidade individual do nosso adversário. Conseguimos ser corajosos, valentes, atacar nosso adversário, que tem muita qualidade individual e igualamos com nosso jogo coletivo. O jogo foi decidido nos detalhes. O Weverton não fez grandes defesas e fomos muito competitivos dentro dos nossos recursos. Tivemos transições que poderíamos ter tido mais calma, mas aprender com o que vivemos. No futuro vamos lembrar disso e seguir em frente”, acrescentou.

Além de enaltecer os atletas, Abel fez um pedido aos jogadores: celebrem o segundo lugar.

“Sou muito novo, tenho cinco anos de futebol profissional de alto nível. Temos construído muito em pouco tempo no Palmeiras. Meu coração, hoje, vou curar o que estou a sangrar por dentro. Mas vou dizer isso: vou proibir meus jogadores de não comemorarem o segundo lugar. Ai deles, que não cheguem no hotel, não tomem cerveja, no avião também. Vou ser o primeiro a obrigá-los a celebrarem o segundo lugar”, disse.

Abel fala da torcida palmeirense em Abu Dhabi

Abel alogia a torcida do Palmeiras durante partida contra o Chelsea, válida pela final do Mundial de Clubes da FIFA 2021, no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dhabi-EAU.
Fabio Menotti

Ao final, o treinador destacou a presença dos palmeirenses em Abu Dhabi.

“Foi brutal. Brutal, fantástico o que fizeram. Estamos há 15 horas de viagem de avião e ter o estádio cheio… para quem não conhece o Palmeiras e a torcida, ficou bem evidente a grandeza do nosso clube. Nós, tanto quanto eles, queríamos ganhar. Somos avaliados todos os dias e queríamos ganhar e partilhar esta alegria”, concluiu.

Abel e o Palmeiras têm outra final de campeonato para disputar nos próximos dias: a Recopa Sul-Americana. A equipe enfrentará o Athletico-PR nos dias 23/02 (ida) e 02/03 (volta).

Fifa premia Dudu e Danilo, segundo e terceiro melhores jogadores do Mundial de Clubes

Fifa elege Dudu e Danilo entre os melhores jogadores do Mundial de Clubes.
Michael Regan

Danilo foi eleito o terceiro melhor jogador, enquanto Dudu o segundo

O Palmeiras não saiu vencedor do duelo diante do Chelsea, na final do Mundial de Clubes, mas Dudu e Danilo saíram de Abu Dhabi com ao menos um troféu individual cada. Ao final da partida, a Fifa elegeu os três melhores jogadores da competição e os palmeirenses conquistaram o terceiro e o segundo lugar.

Aos 20 anos de idade e disputando seu segundo Mundial consecutivo, Danilo foi o Bola de Bronze (terceiro colocado).

“Muito valor ganhar como terceiro, mas, logicamente, eu trocaria pelo título do Mundial. Sabemos que demos o máximo. Precisa sair um vencedor e foi o Chelsea. Estou orgulhoso de todos que entraram, os que estavam fora. Demos nosso máximo, mas infelizmente não conseguimos sair com a vitória”, disse o jogador.

“Desfrutei ao máximo, dei meu máximo, corri até dizer chega. Infelizmente o título não veio, mas o mais importante é desfrutar o momento, viver o momento e correr até o final”, completou Danilo.

Dudu é o Bola de Prata

Enquanto Danilo foi o terceiro melhor jogador, Dudu foi eleito pela Fifa o Bola de Prata da competição. O camisa 7 só ficou atrás de Tiago Silva, escolhido como Bola de Ouro.

“Tenho certeza que não só nós temos orgulho do grupo pelo que apresentamos. Queríamos o título, não conseguimos, mas o time está de parabéns pela garra, determinação, a seriedade com que encaramos a competição. Estamos só no começo do ano, é erguer a cabeça”, falou o atacante, que também já projetou o restante da temporada.

“A gente tem tudo para fazer um grande ano se jogarmos com esta qualidade, com esta competitividade, tanto na semifinal quanto hoje. A equipe está de parabéns; [gostaria de] agradecer a todos que nos ajudaram, espero que a gente possa ter um grande ano de 2022”, finalizou.

A delegação palmeirense embarca na madrugada de domingo para São Paulo.

Jogadores do Palmeiras lamentam revés na decisão, falam em sentimento de ‘orgulho’ e pedem ‘cabeça erguida’

Jogadores do Palmeiras lamentam revés na decisão, falam em sentimento de ‘orgulho’ e pedem ‘cabeça erguida’.
Fabio Menotti

Raphael Veiga, Gustavo Scarpa, Zé Rafael e outros jogadores do Palmeiras concederam entrevista após o duelo frente ao Chelsea, no Mundial de Clubes

O Palmeiras lutou até o final, mas não conseguiu superar o Chelsea na final do Mundial de Clubes e acabou derrotado no duelo por 2 a 1. Após sair atrás do placar, o Verdão chegou ao gol de empate com Raphael Veiga no segundo tempo e levou o jogo à prorrogação. Mas no final do segundo tempo da prorrogação, Havertz fez o gol decisivo, de pênalti.

Ao final da partida, o sentimento claro dos jogadores do Palmeiras era de lamentação, mas também de orgulho e muitos pediram ‘cabeça erguida’.

Confira o que os jogadores do Palmeiras disseram ao final da partida:

– Raphael Veiga:

“A gente tem que saber valorizar tudo o que fizemos para chegar até aqui. Lógico que a gente queria ganhar. Chegar até aqui não é fácil, jogamos de igual para igual contra uma equipe dessa que foi ou é a melhor da Europa. Tem que valorizar o que a gente fez, não chegamos aqui por sorteio ou por acaso, temos nossos méritos. A gente fica chateado, mas a gente sai daqui muito feliz pela disposição de cada um nesses dois jogos, saímos muito mais maduros. Tristes, mas temos que seguir com a cabeça erguida sempre.”

“[Sobre a partida] um jogo assim é difícil, são lances pontuais. A gente poderia ter feito gols no começo do jogo, porque tivemos chances. Se isso acontecesse, o jogo seria diferente. São lances pontuais e eles acabaram fazendo mais gols do que a gente”.

– Gustavo Gómez:

“É triste, mas tranquilo, a gente deixou tudo dentro de campo, lutamos até o fim, demonstramos que podemos competir contra times poderosos. Não tenho palavras, só me sinto orgulhoso dos meus companheiros, do Palmeiras e da torcida que veio nos apoiar aqui.”

“Tivemos nossa chance e temos que aproveitar quando elas aparecem, ser contundente. Mas o jogo foi equilibrado, definiu nos últimos minutos. Ficamos tristes, mas deixamos tudo dentro de campo. Todos vão dormir tranquilos. É aceitar a derrota e trabalhar para seguir melhorando e ganhando os títulos”.

– Gustavo Scarpa:

“Nossa equipe tem que se sentir orgulhosa. Não realizamos nosso maior sonho, mas o que apresentamos foi digno de uma equipe que ganhou duas vezes a Libertadores. É levantar a cabeça… Na verdade, a cabeça está erguida. É seguir em frente e buscar voltar de novo aqui conquistando mais uma Libertadores. O futebol é muito dinâmico, não tem tempo para ficar lamentando as derrotas, ainda mais quando a gente chega num nível muito alto. A gente já tem decisão pela frente, não tem que ficar pensando. Vai lamentar hoje, mas bola para frente”.

“[Sobre o jogo] dentro da proposta que estabelecemos, a gente foi muito bem. Sabíamos que eles, pela superioridade técnica e física, ditariam o ritmo de jogo. Nosso time se portou bem, acabou sofrendo o gol, mas tá todo mundo de parabéns, estou orgulhoso pra caramba do clube. Vamos em busca de mais títulos e quem sabe voltar”.

– Zé Rafael:

“É frustrante perder um jogo assim, mas faz parte do futebol, tem que levantar a cabeça, seguir trabalhando. Isso aqui ia coroar os anos passados que a gente tem feito, tem sido glorioso tudo que a gente vem vivendo, mas não é porque perdemos a final que o trabalho vai ser jogado no lixo”.

“[Sobre o jogo] acho que nossa equipe usou estratégia que o Abel pediu, tentou fazer jogo consistente, acabou não saindo como a gente planejava algumas coisas, mas faz parte do futebol. Em campo nem tudo dá para ser controlado. A nossa equipe fez um grande jogo, jogou de igual para igual contra uma grande equipe, com grandes atletas, e perdeu no detalhe”.

“[Sobre sua saída da partida] estava com probleminha muscular, já vinha sentindo ao longo do jogo. Não estava conseguindo fazer o 100% e naquele momento do jogo nossa equipe precisava manter o meio de campo firme. Se o Abel não me tirasse eu não iria aguentar jogar muito mais tempo”.

Felipão, sobre Abel Ferreira: “é o maior treinador que o Palmeiras já teve”

Felipão e Abel Ferreira se encontram em hotel em Caxias
Cesar Greco

Histórico treinador do Palmeiras, Felipão falou também sobre o duelo entre Palmeiras e Chelsea

A um dia de estar no banco de reservas comandando o Palmeiras na final do Mundial de Clubes, o técnico Abel Ferreira recebeu um enorme elogio de Luiz Felipe Scolari.

Multicampeão pelo Verdão, o histórico treinador afirmou, em entrevista à TV Bandeirantes, que Abel “é o maior treinador que o Palmeiras já teve em todas as épocas”, e acrescentou: “Ele conseguiu os títulos, conseguiu fazer com que esses jogadores trabalhassem pelo clube com alegria, com satisfação e pensamento pelo Palmeiras que, quem sabe, nós não conseguimos passar”.

Felipão e Abel têm uma amizade de longa data. Os dois se conheceram quando Scolari era o treinador da Seleção de Portugal (2003 a 2008) e convocou o atual comandante do Verdão em alguns jogos amistosos. No ano passado, quando o Palmeiras jogou contra o Juventude, em Caxias do Sul, o ex-treinador visitou a delegação palmeirense.

“O Abel, como jogador, já apresentava sinais de comando. Era muito sério, equilibrado. Quando o chamei para a seleção, ele sabia que não era a primeira opção para a posição, mas continuou super equilibrado. Sempre notei nele essa facilidade em influenciar os jogadores. Confio no trabalho dele”, completou.

Abel minimiza elogios de Felipão

Na entrevista coletiva desta sexta-feira, Abel soube dos elogios feitos por Felipão mas, modestamente, minimizou.

“Não vejo as coisas assim. Sou mais um dentro de uma estrutura. O futebol me ensinou que dependemos um dos outros, que precisamos ser coletivos, plurais. Respeito essas opiniões, mas sou mais um dentro do clube com uma posição específica. No Brasil precisam encontrar um herói e um vilão. Vocês nunca vão me ouvir falar ‘eu ganhei ou perdi'”, disse o comandante.

Palmeiras aprimora fundamentos antes da decisão contra o Chelsea

Palmeiras aprimora fundamentos antes da decisão contra o Chelsea. O elenco alviverde fez o reconhecimento de gramado no Mohammed Bin Zayed Stadium.
Fabio Menotti

Campeão em 1951, Palmeiras vai em busca do bicampeonato Mundial

O Palmeiras está pronto para encarar o Chelsea, na finalíssima do Mundial de Clubes. Na noite desta sexta-feira (horário de Abu Dhabi), o Verdão fez o último treinamento antes da final e o reconhecimento do gramado do Mohammed Bin Zayed Stadium, palco da decisão.

A comissão técnica trabalhou com os jogadores a parte tática e técnica. De início, o foco foi aprimorar a marcação, a troca de passes e a posse de bola. Em seguida, dividido em dois times, o elenco fez uma atividade com foco no posicionamento.

Para finalizar, os jogadores ensaiaram jogadas de bola parada. Após o treinamento, o técnico Abel Ferreira e o capitão Gustavo Gómez concederam entrevista coletiva à imprensa que está em Abu Dhabi.

Palmeiras disputa sua terceira decisão de Mundial de Clubes

Presente quatro vezes na sua História no Mundial de Clubes, o Palmeiras disputará a grande decisão pela terceira vez. A equipe foi campeã em 1951 ao bater a Juventus na final e foi vice-campeã em 1999.

O Palmeiras é o único clube brasileiro a chegar à decisão nos três formatos de mundiais já realizados: em 1951, torneio foi organizado pela CBD, antiga CBF, e chancelado pela Fifa; em 1999, quando era promovido pela UEFA e Conmebol; e em 2021, sob a organização da Fifa.