Libertadores da América 1971
A Copa Libertadores da América de 1971 foi disputada por 21 clubes entre janeiro e junho. Os dois melhores clubes de cada país da Conmebol participaram, além do Estudiantes-ARG, campeão do ano anterior.
O grupo do Brasil foi formado contra os fracos representantes da Venezuela, Deportivo Italia e Deportivo Galícia. Mas o Palmeiras estreou mesmo contra o Fluminense, no Pacaembu, no segundo jogo da temporada. Ainda frio, o Verdão acabou derrotado por 2 a 0, com gols no primeiro tempo.
Conforme o time foi pegando ritmo, as vitórias vieram. O Verdão não desperdiçou nenhum ponto nas quatro partidas contra os venezuelanos, ao passo que o Fluminense conseguiu perder um jogo, anulando assim a vantagem da vitória na primeira rodada. Os dois times chegaram empatados com 4 vitórias e uma derrota para o jogo decisivo, no Maracanã.
Somente um clube avançava para a fase seguinte e em caso de empate um jogo extra seria realizado. E o Verdão se posicionou para jogar no contra-ataque – estratégia que se mostrou muito acertada, já que aos 27 minutos já vencia por 2 a 0, com golaços de César e Hector Silva.
No segundo tempo o Palmeiras apenas segurou o jogo e ainda fez o terceiro, de pênalti, com Pio – Samarone descontou para os cariocas, eliminados, aos 42 minutos. O Verdão passou de fase e disputou a vaga na final num triangular com o Universitário-PER e o Nacional-URU.
Em meio à disputa do Campeonato Paulista, o Palmeiras venceu os peruanos em Lima, para depois receber o Nacional no Pacaembu. Tendo como destaque Artime, ex-atacante do Verdão, o time uruguaio se impôs no primeiro tempo com muito vigor físico e abriu vantagem de 2 a 0, os dois de Artime. Relatos da época contados nas alamedas descrevem o intervalo como surreal: os jogadores uruguaios não teriam sequer descido ao vestiário e permaneceram no gramado se exercitando, para não esfriarem, numa demonstração incomum de vigor físico.
No segundo tempo, o Palmeiras não teve forças para diminuir o placar e ainda sofreu o terceiro gol perto do fim. A derrota por 3 a 0 fez nosso time precisar de uma vitória no Uruguai para poder ainda sonhar com a vaga na final.
A chance se manteve com a vitória sobre o Universitário no Pacaembu, facilitada pela expulsão de três peruanos ainda no primeiro tempo: 3 a 0. E como o Nacional acabou deixando um ponto em Lima, uma vitória do Palmeiras em Montevideo daria a vaga direta na final, sem precisar de jogo-desempate.
O Verdão encarou o fortíssimo time da casa e saiu na frente com um gol de César. Mas Artime igualou o placar ainda no primeiro tempo, e a virada se consolidou na etapa final. Cheios de gás, os uruguaios se classificaram para a final, que acabou disputada contra o Estudiantes, com vantagem do Nacional após jogo-desempate em Lima.