Abel diz que Palmeiras foi “precipitado” no segundo tempo

O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, comanda a equipe em partida contra o Fortaleza no Allianz Parque
Cesar Greco

Saídas de Scarpa e Veiga e a entrada de Victor Luis também foram explicadas pelo comandante

O técnico Abel Ferreira não gostou do desempenho do Palmeiras no segundo tempo do jogo contra o Fortaleza, que acabou com a vitória do visitante por 3 a 2. Em entrevista coletiva após o duelo, o comandante disse o que faltou para a equipe, principalmente após a expulsão do jogador adversário Felipe, na etapa complementar.

“O Fortaleza vem demonstrando um bom desempenho no campeonato. Mas acredito que hoje eles foram muito eficazes e marcaram gols em jogadas em que normalmente a nossa equipe é forte. Não foi uma partida bem jogada no segundo tempo. No primeiro, nós entramos bem, foi um jogo aberto”, iniciou.

“A expulsão do jogador adversário fez com que eles se fechassem mais e nós fomos precipitados em nossas decisões. Não fomos capazes de criar e de conseguir desequilibrar o Fortaleza. Acima de tudo, não tivemos a calma e paciência para circular a bola até o último terço do campo. Por incrível que pareça, ficar com um a mais nos trouxe mais ansiedade e foi isso que senti dos meus jogadores”, acrescentou.

Apesar de não ficar satisfeito com o jogo do Verdão e apontar o que a equipe deixou de fazer, o treinador chamou para si a responsabilidade da derrota e afirmou: “Eu sou o principal culpado. A culpa é minha e de mais ninguém. Eu assumo inteiramente a derrota de hoje”.

O revés para os comandados de Vojvoda fez com que o time perdesse a sequência de dez jogos invictos na temporada e a marca de 18 partidas sem perder como mandante no Brasileirão.

“Não podemos ficar agarrados ao passado, temos que aprender com aquilo que fizemos hoje e saber que não ganharemos todas. É minha primeira derrota no campeonato [como mandante] e, um dia, aconteceria. Amanhã já estaremos prontos na Academia para pensar no próximo jogo”, declarou.

Abel explica as substituições feitas no segundo tempo

Por fim, Abel explicou as alterações feitas na etapa final, começando pelas saídas de Gustavo Scarpa e Raphael Veiga.

“Trocamos um assistente canhoto, que é o Scarpa, para um que é destro, o Dudu. Ele é um atleta que nos traz outras coisas. Já a escolha da saída do Veiga foi para tirar um médio e colocar um jogador mais avançado, que foi o Luiz Adriano. Colocamos o Veron na direita porque ele é um rompedor. Nós já ganhamos jogos por causa das substituições, mas hoje não fomos efetivos no que a gente pretendia”, explicou.

Sobre a entrada de Victor Luis e a opção por manter Piquerez no banco, prosseguiu: “O Piquerez não está habituado a jogar no sintético e também tem a parte da adaptação. Ele chegou há três dias e ainda está passando pelo mesmo processo que o Dudu, Deyverson e outros que chegaram agora, passaram. A entrada do Victor foi para mudar o desenho do time, começamos a sair com quatro atrás [Luan, Gómez, Zé Rafael e Patrick de Paula], demos largura com o Mayke e o Victor Luis e tínhamos dois centroavantes à frente. Foi algo que já fizemos em muitos jogos, mas não fomos efetivos”, finalizou.

O Palmeiras volta suas atenções para a Copa Libertadores, competição pela qual o time enfrenta o SPFC na próxima terça-feira, no Morumbi, na fase de quartas-de-final.