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03/04/2018 - 21:30
Sem forçar, o Verdão venceu o Alianza Lima por 2 a 0 no Allianz Parque e abriu vantagem no Grupo 8 da Libertadores. Diante de um adversário com sérias limitações, o Verdão deu-se ao luxo de buscar a maioria das finalizações de dentro da pequena área – e assim construiu o placar.
Com a missão cumprida na competição sul-americana, o time pode finalmente focar na final do Paulistão, marcada para domingo. Ninguém vê a hora!
PRIMEIRO TEMPO
Com Mayke,Diogo Barbosa, Moisés e Keno como novidades, o Palmeiras começou tocando a bola com tranqüilidade, tentando entender o sistema de marcação do time peruano – e era um sistema simples: dez atrás da linha da bola. Diante do congestionamento, o Verdão tocava a bola de um lado para o outro, pacientemente, tentando achar os espaços.
A recompensa veio rápido: aos 10, Dudu bateu falta da esquerda, com curva, procurando Antônio Carlos no primeiro pau; ele desviou de leve e a bola beijou a trave tirando o goleiro e toda a defesa da jogada; a bola voltou bem onde estava Thiago Martins na pequena área, e aí ficou fácil para empurrá-la para o fundo das redes.
Aos 12, Keno conseguiu a jogada pela esquerda e cruzou na linha da pequena área; Borja chegou atrasado e por pouco não fez o segundo. Aos 15, Dudu tabelou com Borja e saiu na cara do gol; a finalização saiu rasteira e Araujo travou, mandando a escanteio. Na cobrança ensaiada, por baixo, Lucas Lima recebeu dentro da área e rolou para a chegada de Keno, que isolou – o gol estava à disposição.
Com o gol sofrido, o Alianza deu espaços e o Verdão deitou: aos 17, Felipe Melo deu um passe longo sensacional de primeira para Dudu; ele aparou perto da linha de fundo e cruzou por baixo; Borja chegou escorando e a bola tirou uma casquinha da trave. No minuto seguinte, Borja escapou livre pela direita, entrou na área e perdeu ângulo; tentou bater pra dentro para a chegada de Moisés, mas errou. Aos 21, Dudu aproveitou escanteio batido rápido, pedalou na frente de Godoy e bateu forte, por cima. Foram onze minutos de um massacre impressionante.
O Verdão baixou um pouco a rotação, mas continuou atacando: aos 28, Dudu arrancou pela direita, ganhou de Duclós e cruzou por baixo; Borja passou um pouquinho da bola, ainda tentou a letra, mas a bola passou direto. Estava tão fácil que nossos dois volantes estavam subindo ao mesmo tempo, deixando um espaço perigoso para o contra-ataque dos peruanos – nossa sorte é que eles eram muito ruins.
Aos 34, numa saída de bola errada do Palmeiras, Ascues tabelou com Ramirez e saiu na cara de Jailson; o chute veio forte, cruzado, mas nosso goleiro fez uma excepcional defesa – que não valeu, porque Ascues estava impedido. O Verdão respondeu em seguida, com Keno, que invadiu a área pela esquerda, chegou a ficar só com o goleiro pela frente mas, com pouco ângulo, preferiu cruzar e foi interceptado.
Com Dudu na esquerda, invertido com Keno, o Palmeiras seguiu atacando e levando perigo à defesa do Alianza, sem, no entanto, conseguir uma finalização. O primeiro tempo acabou 1 a 0, mas poderiam ter sido 3 ou 4 tranquilamente.
SEGUNDO TEMPO
Nem deu tempo de respirar: aos 37 segundos, depois de uma sensacional jogada de Keno pela esquerda; Borja aproveitou a falha do goleiro Prieto e tocou para o gol, fazendo o segundo e dando tranquilidade ao Verdão para administrar o jogo e o físico, já pensando em domingo.
Tranquilidade? Antes dos dois minutos Dudu chegou forte pela direita, invadiu a área e soltou a bomba; desta vez Prieto defendeu bem e a bola foi para o lado da área; o próprio Dudu aproveitou o rebote e cruzou forte, para Borja, que estava livre na risca da pequena área mas não teve impulsão suficiente para testar em cheio, e a bola espirrou.
Aos 8, linda tabela de Dudu com Lucas Lima, o capitão chegou dentro da pequena área mas em vez de enfiar um canudo pelo alto tentou achar Borja, e errou. Aos 9, Prieto saiu esquisito numa bola pelo alto, soltou na frente de Felipe Melo, mas ao bater no chão a bola encobriu nosso camisa 30. Aos 10, Dudu lançou Borja em velocidade, pela direita; a seu estilo, o colombiano engatou a quarta marcha e soltou um canudaço, que foi na rede por fora.
Aos 14, o Alianza deu seu primeiro chute a gol no segundo tempo, numa falta frontal mal marcada pela arbitragem: Hohberg bateu e a bola saiu por cima, assustando Jailson. Dois minutos depois, Mayke cochilou na marcação e Hohberg recebeu livre de Quevedo dentro da área, girou o corpo e bateu firme, encobrindo mais uma vez nosso gol.
O Palmeiras diminuiu o ritmo, naturalmente, e passou a ir ao ataque com menos gente – Moisés e Felipe Melo já não desciam tanto. Mesmo assim, o Palmeiras seguiu recorrendo às tabelas e tentando fazer gols de dentro da pequena área, já que Dudu, Keno, Lucas Lima e Borja estavam inspirados.
Aos 29, Roger Machado mandou a campo Deyverson e Guerra, nos lugares de Borja e Lucas Lima. Todo mundo aplaudiu todo mundo. Aos 32, o primeiro chute de fora: Diogo Barbosa arriscou e mandou longe. Quatro minutos depois, o camisa 6 saiu sentindo muitas dores e Tchê Tchê entrou em seu lugar.
Com as mexidas, o ritmo do time caiu demais. Aos 38, Cruzado sofreu falta frontal de Felipe Melo;ele mesmo bateu e a bola lambeu a rede por fora, dando a impressão de gol. O Palmeiras se desligou tanto do jogo que o Alianza, pela primeira vez, passou a ocupar nosso campo de defesa e pressionou nossa saída de bola.
Aos 42, Deyverson e Keno tabelaram pela esquerda; Keno bateu de pé trocado e obrigou Prieto a espalmar a bola para a esquerda. Aos 44, outro lance muito parecido, desta vez com Guerra e Tchê Tchê. Já nos descontos, todo o ataque participou da jogada, que rodou por todo o campo ofensivo até chegar em Moisés; de frente, ele emendou um chute forte que saiu pelo alto. Foi a última chance de gol do jogo.
FIM DE JOGO
Nem precisa desvirar a chavinha: ela nem saiu do lugar; mesmo com um jogo de Libertadores pela frente a cabeça de todos os palmeirenses jamais saiu do Derby de domingo. A sorte é que o adversário desta noite era muito, muito limitado e não exigiu grandes esforços do Palmeiras – nem técnico, nem tático, nem físico.
Agora vamos ao que interessa: em busca da primeira taça do ano. São cinco dias entre descanso e ajustes finais – e serão dias intensos, de muita ansiedade. A vitória por um placar não muito dilatado, no fundo, foi ótima para que ninguém nem pense em subir no salto e continuem todos muito focados na decisão. A hora não passa! VAMOS PALMEIRAS!