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08/03/2018 - 20:30

O Palmeiras venceu mais uma vez o SPFC, desta vez por 2 a 0, e garantiu o primeiro lugar do Grupo C do Paulistão – o time enfrentará o Novorizontino nas quartas-de-finais, decidindo em casa. O jogo marcou a centésima partida do Verdão no Allianz Parque e consagrou o inimigo como o maior freguês desde a inauguração: foram seis jogos, com seis vitórias do Palmeiras.

PRIMEIRO TEMPO

Sem novidades na escalação,os dois times foram para o campo com muita disposição – logo a um minuto, Felipe Melo deu uma chegada forte em Petros, que já fez toda sua manha, falando bastante com o juiz e fazendo pressão – algo que aconteceria durante todo o jogo.

Aos 4, o Palmeiras bateu um escanteio curto rápido, aproveitando a desatenção da defesa visitante, e quase Borja conseguiu escorar após Dudu entrar com a bola dominada na área do SPFC, rente à linha de fundo – ela ficou viva e Felipe Melo também teve a chance de aproveitar, mas Jean conseguiu agarrar.

O Verdão forçava bastante pelo lado direito do ataque, em cima de Edimar. E depois de uma grande pressão, sob um barulho ensurdecedor da torcida, o Verdão chegou ao primeiro gol aos 9, com Antônio Carlos, após cobrança de escanteio de Lucas Lima pela esquerda.

Aos 13, o SPFC conseguiu trocar passes pela primeira vez e chegou com algum perigo, com Cueva, batendo da meia-lua sobre o gol de Jailson. Após a pressão inicial do Verdão, o time visitante conseguiu se encontrar em campo e equilibrou momentaneamente as ações. As duas equipes marcavam muito forte e a impressão clara era de que não teríamos 22 jogadores ao final da partida.

Com o meio congestionado, o Palmeiras recorreu momentaneamente a lançamentos longos. Aos 22, Willian recebeu bola esticada, dominou e bateu, mas sem força e direção. Aos 24, Victor Luis cruzou por baixo e Hudson quase marcou contra, mas a bola saiu a escanteio – na cobrança, Lucas Lima recebeu dentro da área, fez um salseiro e tentou finalizar; a bola sobrou para Felipe Melo, que fintou o primeiro marcador mas perdeu para o segundo.

Aos 27, em contra-ataque rápido, Bruno Henrique abriu na direita para Marcos Rocha, que entrou em diagonal e arriscou, mas chutou mal. O Palmeiras voltou a exercer a mesma pressão dos minutos iniciais e roubava a bola do SPFC com muita facilidade em qualquer ponto do campo, com muita atitude em campo.

Aos 31, após Borja recuperar a bola no ataque, Dudu cruzou no segundo pau e Victor Luis emendou um voleio espetacular; Jean rebateu e Borja estava lá para conferir, marcando o segundo gol do jogo.

Depois de tomar um baile, o SPFC tentou reagir e aumentou a intensidade, principalmente através de Valdivia, único jogador lúcido do time visitante.  Mas o Verdão também sabia o que fazer nos momentos de fechar os espaços e não sofreu qualquer ameaça.

Aos 43, o Verdão teve uma enorme chance de desenhar a goleada: após escanteio, a zaga afastou, mas Marcos Rocha recolocou na área; Antônio Carlos tirou uma casquinha e a bola caiu na medida para Willian Bigode, que finalizou pelo alto mas Jean defendeu. O Verdão ainda teve uma última chance no primeiro tempo, aos 44, com Dudu: ele invadiu a área e bateu cruzado, para fora. Um grande primeiro tempo do Verdão, jogando CLÁSSICO e empolgando e orgulhando a todo o estádio.

SEGUNDO TEMPO

Dorival Júnior meteu o louco e fez as três mexidas no intervalo, extremamente insatisfeito com seu time: tirou Hudson, Brenner e Marcos Guilherme, para as entradas de Tréllez, Shaylon e Nenê. O jogo ficou muito aberto; com cinco minutos já tínhamos chegado três vezes dentro da área deles com perigo – por outro lado, o SPFC também ganhou mais presença no ataque.

O visitante surpreendeu aos seis: Shaylon fez um belo toque por elevação e Tréllez tocou rápido, acertando o travessão de Jailson. O lance animou o SPFC, que tentou jogar mais em cima do Verdão; nosso time então passou a se preocupar mais com o posicionamento defensivo, ao mesmo tempo em que parecia guardar as energias para a parte final do jogo. O SPFC se desgastou e não conseguiu nada: o Verdão era senhor do jogo quando atacava e também quando defendia.

Com calma, o Palmeiras chegava: aos 18, Lucas Lima armou a jogada pela direita e a bola ficou com Bruno Henrique, que bateu da entrada da área; a bola ainda desviou na zaga e obrigou Jean a fazer uma defesa difícil. Logo depois, Willian deu lugar ao canhoto Gustavo Scarpa, que ocupou o flanco esquerdo enquanto Dudu foi para o lado direito. Pouco depois, Felipe Melo deu lugar a Thiago Santos.

Aos 24, boa chegada do SPFC: Nenê fez a jogada pela direita e cruzou na cabeça de Trellez, que escorou para fora, à esquerda de Jailson. Um minuto depois, Nenê bateu falta da direita; Antônio Carlos falhou e Cueva escorou para trás para Militão, que bateu cruzado, sem direção. Roger queimou a última mexida mandando Moisés a campo, no lugar de Bruno Henrique.

Aos 30, após Jean sair jogando rápido, Gustavo Scarpa roubou a bola de Petros, que precisou fazer  falta dentro da meia-lua. Lucas Lima bateu no canto do goleiro, já que a arbitragem permitiu que a barreira avançasse muito – Jean se esticou e espalmou a escanteio. Na cobrança, Borja testou para fora.

Aos 36, Dudu e Gustavo Scarpa já tinham invertido as posições – o capitão fez uma linda invertida e Scarpa aparou, trouxe para dentro, levou dois e bateu de chapa, visando o ângulo direito de Jean, mas a bola saiu por pouco. Aos 37, mais uma roubada no ataque, desta vez de Marcos Rocha – ele abriu para Scarpa que colocou na cabeça de Borja, e o colombiano testou para as redes, mas o bandeira marcou impedimento – a impressão, no momento, foi de posição legal.

Nos minutos finais, o Palmeiras apenas rodou a bola e tratou de resistir às tentativas infrutíferas do time visitante. Nos descontos, Dudu comandou o olé, que ainda rendeu uma chance após bela jogada individual de Lucas Lima, que rolou para Marcos Rocha bater cruzado, mandando a bola para fora, mas bem perto da trave direita de Jean. E o jogo acabou.

FIM DE JOGO

Foi uma vitória maiúscula do Verdão, que foi superior ao SPFC em quase todo o jogo e impôs sua maior categoria, em cima de um adversário muito nervoso e intimidado em nosso estádio. A atitude dos jogadores dentro de campo, sobretudo no primeiro tempo, foi um grande diferencial, proporcionando roubadas de bola sensacionais que, além de reiniciar nossos ataques, tiravam confiança e o foco dos adversários.

A partida serviu para mostrar, de novo, que precisamos ter mais tolerância com as oscilações naturais de início de temporada. Assim como no jogo em Barranquilla, o time respondeu num jogo grande logo após uma partida ruim. Quanto mais confiança esse grupo pegar, mais difícil será de ser batido, ainda mais com o apoio de nossa torcida, que hoje foi sensacional. Estamos todos de parabéns, e VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalação

SPFC

Jean
Éder Militão
Rodrigo Caio
Arboleda
Edimar
Hudson
Tréllez
Petros
Valdivia
Cueva
Marcos Guilherme
Nenê
Brenner
Shaylon
Dorival Junior
TÉCNICO





Notas


Jogador
Descrição
Nota
Jailson
Batido na bola na trave, de resto fez boas saídas pelo alto quando preciso - e mais nada.
7
Marcos Rocha
Correto na marcação e cada vez mais presente no ataque, finalizando duas vezes aproveitando a fragilidade de Edimar.
7
Antônio Carlos
Um gol no começo pra ditar o rumo do jogo - atuação só ficou prejudicada por uma falha grosseira no segundo tempo. Vai virando o artilheiro dos clássicos.
8
Thiago Martins
Um gigante, com muita presença e personalidade - algo que sentimos falta nos jogos anteriores. Bela recuperação.
8
Victor Luis
Partida em alto nível, com participações importantes sobretudo na defesa.
7.5
Felipe Melo
Jogou clássico, se impôs sobre Petros e mostrou quem é o xerife - tudo isso sem colocar em risco sua permanência em campo.
8
Thiago Santos
Preencheu os espaços corretamente.
6
Bruno Henrique
Está na frente do Tchê Tchê, claramente. Entendeu certinho o que o treinador quer.
7
Moisés
Sumido no começo, se soltou mais na parte final.
6
Willian
Não chegou a brilhar, num jogo muito propício para fazer o nome.
7
Gustavo Scarpa
Participou muito do jogo, no ataque e na defesa. Quase fez um golaço.
7.5
Lucas Lima
Sabe o que fazer em todo momento e chama a bola de "meu amor".
8
Dudu
Esse é o Dudu que aprendemos a adorar em campo. Jogou demais, mesmo sem ir às redes.
9
Borja
Muita disposição e dois gols - no que valeu, foi ele quem iniciou a jogada com uma roubada de bola.
8
Roger Machado
Roger Machado
Entendeu o jogo e fez poucas experiências, conseguiu pilhar o grupo na medida exata e colocou em campo um time muito difícil de ser batido. Deu a resposta que todos - ou quase todos - queriam ouvir.
7




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