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17/03/2018 - 19:00
Num jogo em que os dois times sofreram bastante com o calor e a umidade, o Palmeiras conseguiu mostrar muita eficiência e bateu o Novorizontino por 3 a 0 no Jorge Ismael de Biasi e praticamente garantiu a classificação para as semifinais do Paulistão – algo que só não vai acontecer se o time do interior reagir de forma espetacular e fazer algo que ninguém fez nos 100 jogos no Allianz Parque: marcar quatro gols.
PRIMEIRO TEMPO
Ao contrário do que dizia a previsão do tempo, o dia em Novo Horizonte foi de tempo claro e o gramado, ao menos, estava em boas condições para se jogar bola. Sem novidades na escalação, o Verdão entrou em campo cauteloso, esperando a definição da forma com que o Novorizontino, segundo melhor ataque do campeonato, se comportaria – e o que se viu foi o time da casa, conforme esperado, buscando o jogo.
Aos sete minutos, após cruzamento da direita, Jean Carlos aproveitou falha da defesa – Marcos Rocha estava com dois – e escorou buscando o cantinho direito, mesmo com pouco ângulo – Jailson estava bem colocado e apenas viu a bola passar à sua direita; ela ainda bateu na trave.
O Palmeiras chegou pela primeira vez aos 11: Borja escorou o lançamento longo para o meio, onde estava Willian Bigode, que bateu de chapa, mas a bola ficou na zaga. Aos 14, após falta da esquerda no segundo pau, Alisson Safira entrou por trás da zaga e testou firme, buscando o canto direito de Jailson – a bola saiu raspando. O Palmeiras respondeu no minuto seguinte, após troca de passes no ataque, Willian recolheu, puxou para a perna esquerda e disparou – a bola parou em Lucas Lima, que estava na marca do pênalti tentando pegar o rebote.
O jogo estava bastante aberto, com a bola parando pouco na faixa central do gramado. O Palmeiras então tentou tirar a velocidade do jogo e rodou a bola por muito tempo, até Lucas Lima cruzar da direita para Borja, na área; Tony chegou por trás e deu um tranco no colombiano: pênalti indiscutível, que o juiz assinalou. Dudu bateu com força no canto direito, Oliveira foi na bola mas não alcançou.
O Novorizontino se arreganhou após o gol e deixou espaços. Aos 22, Marcos Rocha fez um lançamento longo para Borja; a bola quicou e encobriu o zagueiro, ficando à mercê do colombiano, que podia ter feito um golaço mas pegou de canela na bola, que saiu rolando pela lateral. Passou vergonha.
Aos 23, Willian tabelou com Borja e desceu em velocidade pela esquerda; invadiu a área, cortou o zagueiro e bateu cruzado, buscando o canto esquerdo de Oliveira, que se esticou e defendeu parcialmente; Victor Luis chegou para tentar aproveitar o rebote mas a zaga aliviou.
O Verdão então diminuiu muito a cadência do jogo, até pelo forte calor. Pouca coisa aconteceu além dos dois times alternando trocas de passes e cometendo muitos erros. Em ritmo morno, a partida caminhou até o final do primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Logo aos 27 segundos, Bruno Henrique lançou Willian em velocidade; ele partia em direção ao gol em posição legal, mas o bandeirinha tratou logo de marcar impedimento. Aos seis, Borja tentou um chute de longa distância e mandou a bola fora do estádio.
Aos sete, o Novorizontino armou um contra-ataque rápido pela esquerda; Juninho acionou Thallyson, que cruzou no primeiro pau; Safira cabeceou com força, no ângulo, mas Jailson saltou e esticou o braço direito para mandar a escanteio – uma defesaça. O time da casa se animou e no minuto seguinte Thallyson cruzou no segundo pau; Safira ganhou de Victor Luis e a bola sobrou para Cleo Silva, que se esticou para tentar escorar para o gol, na sápida de jailson; ele não pegou em cheio na bola e Victor Luis interceptou a bola que se arrastava em direção ao gol.
Parecia que o time da casa ia manter a pressão, mas o Palmeiras respondeu rápido: Marcos Rocha desceu em velocidade e inverteu o jogo; Borja deixou a bola passar e ela se ofereceu para Willian, livre; ele dominou e tocou na saída do goleiro, mas a bola saiu por pouco – um erro crasso de finalização.
Aos 16, depois do chutão de trás, Lucas Lima enxergou Dudu fazendo o facão e enfiou; o capitão entrou de carrinho e tocou de bico; a bola explodiu no peito de Oliveira. E depois do octogésimo quinto erro grosseiro de Borja, Roger mandou Keno a campo em seu lugar – Willian passou a jogar mais enfiado. Pouco depois, Lucas Lima deu lugar a Guerra.
O jogo seguia em banho-maria até os 31, quando Keno acertou um belo lançamento para Willian, que mais uma vez aproveitou o enorme espaço deixado pela defesa do Novorizontino e saiu na cara do goleiro; ele aproveitou a bola pingando para fazer uma finta de corpo no goleiro e tocou para o gol vazio.
Mesmo com o gol sofrido, o Novorizontino não conseguia reagir, possivelmente sofrendo muito com o calor – o Palmeiras aproveitava e fazia o relógio passar. O time da casa chegou de novo aos 41, numa boa cabeçada de Alisson Safira pra fora.
Aos43, o Palmeiras chegou ao terceiro e jogou a pá de cal sobre o time da casa: Marcos Rocha cruzou; Willian disputou com a zaga e a bola se apresentou para Keno macia, gostosa, pedindo “me chuta, me chuta, me chuta”; Keno encheu o pé, sem chances para Oliveira. O Novorizontino ainda tentou o gol de honra aos 45, com Magno Alves, num bom chute de média distância, mas Jailson estava lá para acabar com a graça. E o jogo acabou
FIM DE JOGO
O placar não refletiu o que foi o jogo, mas ninguém pode dizer que foi injusto, afinal, o Palmeiras foi eficiente aproveitou as chances que teve e não houve interferência da arbitragem. Com o placar construído e com o forte calor, parece natural que o time tenha jogado numa intensidade abaixo do que a que estamos acostumados.
Desde que nos jogos grandes nossos jogadores mostrem que são capazes de impor um ritmo forte, mesmo sob um calor equatorial, nos jogos grandes e decisivos, um jogo mais moderado como o desta noite não incomoda – claro, apoiado num placar de 3 a 0; caso o resultado não tivesse sido tão satisfatório, a compreensão da torcida com o ritmo mais lento não seria a mesma. Que venha o jogo da volta e VAMOS PALMEIRAS!